- há 6 meses
- #5g
- #leilaodo5g
- #anatel
O superintendente de Competição da Anatel, Abraão Balbino, explicou em entrevista a 'O Antagonista' os principais elementos do leilão do 5G, encerrado nesta sexta (5).
Na entrevista, o superintendente da Anatel tirou dúvidas práticas sobre o que vai acontecer com as antenas parabólicas, se o 5G vai exigir novos celulares, se haverá “roaming” do serviço, o papel da chinesa Huawei – e como pode operar a Winity, a nova operadora de telefonia celular no Brasil.
#5G #leilaodo5G #anatel
--
Cadastre-se para receber nossa newsletter:
https://bit.ly/2Gl9AdL
Confira mais notícias em nosso site:
https://www.oantagonista.com
Acompanhe nossas redes sociais:
https://www.fb.com/oantagonista
https://www.twitter.com/o_antagonista
https://www.instagram.com/o_antagonista
Na entrevista, o superintendente da Anatel tirou dúvidas práticas sobre o que vai acontecer com as antenas parabólicas, se o 5G vai exigir novos celulares, se haverá “roaming” do serviço, o papel da chinesa Huawei – e como pode operar a Winity, a nova operadora de telefonia celular no Brasil.
#5G #leilaodo5G #anatel
--
Cadastre-se para receber nossa newsletter:
https://bit.ly/2Gl9AdL
Confira mais notícias em nosso site:
https://www.oantagonista.com
Acompanhe nossas redes sociais:
https://www.fb.com/oantagonista
https://www.twitter.com/o_antagonista
https://www.instagram.com/o_antagonista
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Olá, eu sou o CD Silva e hoje estou conversando com Abraão Balbino, que é superintendente de competição da Anatel
00:08e vai tirar todas as nossas dúvidas sobre o leilão do 5G.
00:12O superintendente Abraão é engenheiro de telecomunicações formado pela UNB,
00:17está completando quase 15 anos de carreira na Anatel e ele vai nos falar tudo sobre o leilão.
00:23Começando pela primeira pergunta, superintendente, que diferença que o 5G vai fazer nas nossas vidas?
00:30Bom, boa tarde a todos, boa tarde aos nossos ouvintes.
00:35Primeiro, é um prazer estar aqui com vocês, nesse veículo tão importante do nosso país.
00:43O 5G, ele não é apenas uma nova tecnologia, ele é um novo ecossistema tecnológico
00:50que surge para as redes móveis, mas que envolve todo o ambiente de telecomunicações
00:55e vai, de uma certa forma, trazer um conjunto de novos serviços e facilidades para todos nós.
01:05De uma forma prática, o que o 4G fez nas nossas vidas?
01:09Ele nos permitiu usar o smartphone.
01:12Antes, nós não utilizávamos um dispositivo moderno, capaz de fazer múltiplas coisas ao mesmo tempo,
01:20acessar conteúdos, redes sociais, nos comunicar de forma tão vasta como nós temos hoje.
01:27Então, o 4G já trouxe uma grande revolução nas nossas vidas que muito pouca gente esquece.
01:33Há menos de 10 anos atrás, nós não tínhamos tantas facilidades como nós temos hoje com o 4G.
01:40E o 5G também será assim, só que ele será assim numa perspectiva muito maior,
01:44porque enquanto o 4G nos conecta às pessoas ao resto do mundo,
01:50o 5G vai conectar todas as coisas ao mundo digital, vai nos conectar às coisas.
01:57Então, eu vou poder, com base no 5G, ter uma revolução, por exemplo, na agroindústria, em toda a economia,
02:08e eu vou ter, ao meu dispor, como usuário final, um conjunto de facilidades que vão ajudar na minha vida.
02:16A minha casa vai estar conectada, o meu carro vai estar conectado, os meus dispositivos que eu uso vão estar conectados.
02:22Então, o 5G, ele nos permite ampliar muito mais o nível de conexão das nossas vidas com o mundo digital.
02:31Perfeito. É uma das coisas que o 4G nos trouxe, nos trouxe os aplicativos de táxi,
02:37e também os aplicativos de carros de carona, os aplicativos de motoristas.
02:43E o 5G vai, por exemplo, permitir velocidade e baixa latência o suficiente para a gente ter carros autônomos.
02:51A gente chamar o aplicativo no futuro, como já está em teste em alguns países,
02:56e vir um carro sem motorista, além de outras aplicações.
02:59Superintendente, uma coisa que me chamou a atenção nesse leilão,
03:03é que tem um lote, que é um dos lotes principais do 5G,
03:08que são diferentes faixas, diferentes estradas, e tem a faixa de 3.5 GHz.
03:13Nessa faixa tinha 4 lotes, e desses 4 lotes, 3 foram arrematados pelas hoje principais operadoras de telefonia do Brasil,
03:21que são a Claro, a Vivo e a TIM.
03:24Existe alguma diferença entre esses lotes que as três operadoras arremataram,
03:30ou são todos lotes nacionais iguais?
03:32Eles são todos lotes nacionais iguais, e a diferença de preço entre eles decorreu da dinâmica própria do leilão,
03:39que, de uma certa forma, fez com que eles tivessem diferença de preços entre eles.
03:46Mas isso não há nas radiofrequências nenhuma diferença específica.
03:51O que acontece com esse quarto lote?
03:53Ele fica na prateleira para uma empresa pegar no futuro?
03:56O que vai acontecer?
03:57Na verdade, ele já foi licitado.
03:59O que o leilão previu é, se um dos lotes não fosse arrematado,
04:04ele seria fracionado em blocos de 20 MHz e vendidos no próprio leilão.
04:11Então, as próprias empresas que arremataram os demais lotes,
04:14arremataram pelo tipo D esse lote que não foi vendido.
04:19Então, as faixas que antes, originalmente, eram de 80 MHz,
04:23se tornaram faixas de 100 MHz.
04:27Então, explica para o nosso leitor isso em termos leigos.
04:30Significa que as três operadoras que levaram os lotes B1 e B3,
04:35elas vão ter mais estradas ou mais avenidas para oferecer o 5G,
04:39com esse lote fracionado, vamos dizer assim, é isso?
04:42Isso.
04:43Exatamente isso.
04:44Na prática, o que nós temos é que aquelas operadoras que adquiriram os lotes nacionais
04:49têm mais a radiofrequência, mais espaço, mais capacidade espectral disponível
04:55para ofertar e desenvolver seu serviço.
04:59Nós acreditamos que isso é algo natural e já fizemos isso em outros leilões.
05:05Perfeito.
05:07O espectro de radiofrequência, para o leitor que é leigo, mas deve se lembrar recentemente,
05:14a gente teve, poucos anos atrás, a migração da televisão para a televisão digital.
05:19E as TVs de tubo antigas, que não receberam um adaptador,
05:24elas não funcionam mais, porque a televisão que chegava por meio de uma estrada,
05:28ela passou a chegar por meio de outra estrada, da estrada digital,
05:31para que aquela estrada antiga pela qual chegava a radiofrequência da televisão antiga,
05:37ela passe a ser ocupada por outras funções.
05:40E isso agora, superintendente, vai acontecer de novo com a questão das parabólicas.
05:44As antenas parabólicas vão deixar de funcionar, porque esse sinal vai passar,
05:51essa estrada de radiofrequência, vai passar a ser ocupada pelo sinal do 5G.
05:56Como que ficou a questão da substituição das parabólicas
06:00e como que as milhões de famílias brasileiras que só têm televisão por antena parabólica
06:05vão ficar? O que vai acontecer com as parabólicas?
06:09Bem, uma coisa que foi identificada é que as antenas parabólicas antigas,
06:17nós temos aí alguns milhões de domicílios no Brasil que têm aquelas parabólicas antigas,
06:24elas seriam interferidas pelos aparelhos 5G e pelas antenas de 5G,
06:30por uma natureza deste equipamento de antena parabólica,
06:35que é um equipamento bastante antigo,
06:38uma arquitetura de sistema de comunicação bastante antiga.
06:42Então, para evitar que essas pessoas que antes,
06:47que atualmente, na verdade, assistem TV por meio das parabólicas,
06:51para evitar que elas fiquem sem o sinal de TV aberta gratuita,
06:56o edital está prevendo que aquelas empresas que adquiriram as frequências do 5G,
07:03elas têm a obrigação de custear um novo equipamento
07:08para aqueles que detêm uma antena parabólica,
07:11que detêm apenas uma antena parabólica para seu acesso de TV aberta.
07:16E, diante disso, essas pessoas vão receber um novo equipamento
07:21conectado a uma outra faixa de frequência,
07:24uma outra estrada invisível, como você mencionou,
07:27também digital, com uma antena menor,
07:30numa outra faixa de frequência,
07:32para continuar assistindo a TV aberta,
07:34de modo a viabilizar a entrada do 5G naquela cidade específica.
07:39Interessante e também uma coisa tranquilizadora
07:44para as cerca de oito ou nove milhões de famílias brasileiras
07:49que usam antena parabólica,
07:51muitas delas localizadas em regiões mais remotas,
07:55fora das grandes cidades.
07:58Superintendente, este edital prevê alguns prazos
08:01para que as operadoras coloquem o 5G em prática.
08:05Um desses prazos, por exemplo, é que a junho de 2022
08:09o 5G deve estar operando nas capitais.
08:12Esses prazos são mínimos ou as operadoras têm como antecipar?
08:16É possível uma operadora fornecer o 5G
08:18antes de junho de 2022 nas capitais, por exemplo?
08:24Bem, como a gente mencionou pegando o gancho da pergunta anterior,
08:29a antecipação ou não desse cronograma depende da disponibilidade
08:35ou da celeridade desse processo de substituição
08:39desses equipamentos de antena parabólica.
08:42A Anatel está criando um grupo, o nome do grupo é GAISP.
08:46Esse grupo vai ser responsável por monitorar, acompanhar
08:50e estabelecer as regras para essa troca desses equipamentos.
08:55O que nós entendemos é que, a partir do momento
08:59que esse grupo estiver funcionando,
09:02ele pode, sim, analisar esse cronograma
09:05e, inclusive, fazer antecipação dele.
09:07Não só do cronograma de junho e do ano que vem,
09:09mas todas as etapas que estão estabelecidas
09:12a cada seis meses, a partir de junho e do ano que vem.
09:16Naturalmente, que vai depender de questões operacionais,
09:20do avanço desse processo de substituição desses equipamentos,
09:24aí, sim, a gente imagina que o 5G pode ter uma celeridade maior
09:29na sua implantação nas diversas cidades do Brasil.
09:33Perfeito. E por falar em celeridade, o edital prevê, por exemplo,
09:37que o 5G já deve estar funcionando nas capitais,
09:40pelo menos a partir de junho de 2022, no máximo até junho de 2022.
09:45Mas essa cobertura não será total no começo.
09:48É um número de antenas ou de clientes,
09:51uma proporção por 100 mil habitantes que terão que ser atendidos.
09:55Então, o 5G vai começar a funcionar primeiro
09:58nos centros das grandes cidades,
10:01para que depois, e depois na capital inteira,
10:04como é que vai funcionar esse passo a passo
10:07da implantação do 5G nas cidades?
10:10Bem, nós precisamos entender o que a gente chama de obrigação mínima
10:14e o que acontece, principalmente em grandes centros urbanos.
10:19Quando a gente fala do mínimo, isso que você mencionou,
10:23que é uma antena para cada 15 mil habitantes,
10:26essa obrigação é o mínimo que a Anatel espera
10:30para cada município do Brasil.
10:33Esse mínimo é suficiente para uma cobertura adequada?
10:36Sim, é suficiente.
10:38Mas o que nós observamos é que, muitas vezes,
10:40as empresas fazem mais do que isso,
10:42principalmente nos principais municípios brasileiros.
10:45O que nós observamos é que,
10:46quando uma empresa vai para um determinado município,
10:49que ela estabelece uma cobertura mínima
10:50de 95% da área urbana,
10:53com uma capacidade de antenas um pouco maior,
10:56naturalmente, dependendo das condições daquele município.
10:59Então, a gente imagina que a cobertura nesses municípios,
11:05principalmente os principais municípios brasileiros,
11:07ela deve ser superior a essa capacidade mínima exigida pela Anatel.
11:13Perfeito.
11:14Por falarem no que as operadoras, de fato, oferecem,
11:17eu queria que o senhor esclarecesse um ponto
11:19que foi abordado também hoje na coletiva,
11:22sobre o fato de que confunde o nosso leitor,
11:25que muitas operadoras anunciam na televisão
11:28que elas já têm o 5G, ou algo próximo do 5G,
11:32e parece que não é bem assim.
11:34O senhor pode nos explicar por que o 5G, de verdade,
11:38ainda não chegou no Brasil e que diferença vai fazer?
11:41É importante dizer que a tecnologia,
11:44se a gente for raciocinar,
11:48a gente pensa que as gerações são disruptivas,
11:51é como se fosse uma escadinha.
11:52Vem o 1G, o 2G, o 3G, o 4G e por aí vai.
11:58Mas, na verdade, ela não segue uma escada,
11:59ela segue quase como uma rampa.
12:01Então, nós temos várias subgerações tecnológicas
12:06que são gerações intermediárias
12:09entre o estado da arte de uma geração
12:12e o estado da arte da próxima geração.
12:15Então, o que nós temos hoje,
12:17ofertado pelas empresas,
12:19é um padrão 5G bem primário,
12:23que é basicamente uma evolução pequena
12:27do 4G implantado.
12:30Do ponto de vista comercial,
12:33eles chamam de 5G
12:34por uma questão até de buscar atrair o consumidor.
12:41Mas ainda não é o estado da arte,
12:43não é a Ferrari,
12:44como o conselheiro Baigorre costuma chamar,
12:47porque essa tecnologia é o 5G stand-alone,
12:52que é viabilizado a partir das novas frequências
12:55disponibilizadas, a partir desse leilão.
12:59Então, quando nós vimos anúncios de 5G
13:04na rua hoje,
13:07uma coisa para o nosso ouvinte saber,
13:09é uma tecnologia mais moderna
13:12do que a que eu tenho hoje no meu celular,
13:14o 4G?
13:15Provavelmente sim,
13:16mas ainda não é a Ferrari,
13:19que é o chamado 5G stand-alone.
13:21O estado da arte do 5G,
13:23que viabiliza todas essas ideias
13:25que eu mencionei aqui na primeira pergunta,
13:28só é essa experiência propiciada
13:31a partir do 5G stand-alone,
13:34que só vai começar a estar disponível
13:36nas capitais e no resto do Brasil
13:38a partir do meio do ano que vem.
13:41O superintendente mencionou a Ferrari
13:43do que o conselheiro Baigori fez referência,
13:46ele comparou hoje o 5G de hoje,
13:48oferecido pelas operadoras,
13:50é o 5G Fusca.
13:52E o 5G que vai chegar,
13:53que as operadoras vão ter obrigação
13:54a partir desse edital,
13:56é o 5G Ferrari.
13:58Eu tenho um detalhe,
14:00desculpa eu te interromper.
14:01O 5G, ele é um ecossistema,
14:04então,
14:05o que nós vamos ver surgir,
14:08eu vou dar um exemplo para vocês,
14:09a gente viu a divulgação recente
14:13que o Facebook mudou o seu nome
14:15de empresa para meta.
14:18Esse conceito de metaverso
14:20é um conceito que ele é viabilizado
14:21a partir das redes 5G.
14:23Ou seja, nós estamos falando
14:25de uma empresa que vai explorar
14:28serviços utilizando de uma capacidade
14:32de rede que ainda está por vir.
14:34Então, é importante dizer
14:35que o 5G, ele habilita
14:37todo um ecossistema de empresas,
14:40operadoras,
14:41fornecedores de conteúdo,
14:43não só as operadoras em si.
14:45Então, o que nós vamos ver
14:46daqui para frente
14:46é o escalonado de novos serviços,
14:49aplicações e utilidades
14:50que serão disponibilizadas
14:52por meio de novas empresas,
14:54inclusive, que vão surgir.
14:57Interessante.
15:00Superintendente,
15:00uma coisa que atraiu
15:01muita curiosidade do leitor
15:02do Antagonista
15:03foi a chegada
15:04de uma nova operadora
15:05nacional de telefonia,
15:08que vai ser a Winiti,
15:10que venceu o primeiro lote
15:13que foi leiloado
15:14no edital do 5G.
15:17Essa Winiti vai ser obrigada
15:19a fornecer o sinal do 4G,
15:21pelo que entendia,
15:22se o senhor me corrige,
15:23o sinal de 4G
15:24em 31 mil quilômetros
15:25de rodovias federais
15:26e fazer o 4G chegar
15:28a lugares em que ele ainda não existe.
15:31é quando que o leitor
15:33vai poder ver no mercado
15:37o serviço da Winiti?
15:39A Winiti poderia fornecer
15:41essa banda ou esse espectro
15:44para uma outra operadora
15:45de fato realizar esse serviço?
15:47O que vai acontecer
15:48e quando que entra
15:49essa nova operadora no mercado?
15:51Essa pergunta
15:53que você está me fazendo
15:54é uma pergunta importante
15:55porque a Winiti
15:56ela está se propondo
15:59a ter um modelo de negócio
16:00habilitador
16:01de outras empresas.
16:03Então, ela mesmo
16:04diz que ela sozinha
16:05não deve explorar
16:06o serviço
16:07diretamente ao consumidor.
16:09Ela deve fazer parcerias
16:10com várias pequenas operadoras,
16:12várias que a gente chama
16:14de operadoras virtuais,
16:16outras médias empresas,
16:18que elas é que vão oferecer
16:19o serviço final.
16:20É claro que a Winiti
16:22pode oferecer o serviço
16:23de forma finalística
16:25para o nosso consumidor.
16:27Só que a Winiti
16:28ela se propõe a ser
16:29uma habilitadora
16:30de novas operadoras.
16:32Então, o que nós vamos ver
16:33com a Winiti
16:34não é só a Winiti.
16:35São várias novas operadoras
16:37que devem surgir
16:38e naturalmente
16:40acho que a melhor pergunta
16:41que vocês podem fazer
16:42é a pergunta para eles
16:43quando que eles imaginam
16:45que vão ter algo assim.
16:46O que nós temos
16:47é que a partir do ano que vem
16:48também teremos compromissos
16:50de várias estradas
16:51para serem cobertas
16:53a partir desse lote nacional
16:56de 700 MHz
16:57que foi vendido.
16:59Nós vamos perguntar,
17:00no mundo da telefonia,
17:01quando a gente usa a estrada
17:03de outra operadora,
17:04por exemplo,
17:04quando a gente viaja
17:05para o exterior
17:06e a minha operadora
17:07não funciona lá,
17:09a gente chama isso
17:10de roaming.
17:10vai existir roaming
17:13do 5G?
17:15O edital prevê
17:16essa obrigação
17:17uma operadora
17:18ela é no leilão
17:19obrigada a abrir roaming
17:20para as demais operadoras.
17:22Inclusive,
17:23isso é um dos grandes temas
17:24que a Anatel
17:24está debruçado
17:25nesse momento
17:26de ampliar
17:27as obrigações
17:28de roaming
17:29de modo a
17:31incentivar
17:33esse uso
17:36de infraestrutura
17:39de outras operadoras
17:40por parte da operadora
17:41que me presta o serviço.
17:44Perfeito.
17:44O 5G,
17:45então,
17:46pelo edital
17:46tem que chegar
17:47no Brasil
17:48a partir já
17:49do ano que vem,
17:50em 2022.
17:51O nosso leitor
17:52quer saber,
17:52eu preciso trocar
17:53de celular?
17:56Bem,
17:57como toda nova geração,
17:59os equipamentos
18:00que eu tenho
18:01não são capazes
18:02de usufruir
18:03a nova tecnologia.
18:04Então,
18:05é normal
18:06essa situação,
18:07sim,
18:07sempre acontecer.
18:08Só que nós precisamos
18:09entender
18:09que o tempo médio...
18:11Só para ilustrar
18:12para o leitor,
18:13o meu
18:13Siemens C55
18:15de telinha laranja,
18:16ele não roda Uber,
18:17não roda aplicativo.
18:19Exatamente,
18:20exatamente.
18:21Então,
18:21a mesma coisa
18:22vai acontecer.
18:23Só que,
18:23na média,
18:24os aparelhos
18:26são trocados
18:26a cada dois anos.
18:28Então,
18:28o que nós temos
18:29é que a gente acredita
18:30que,
18:30relativamente,
18:31os usuários
18:31vão migrar de serviço.
18:33Hoje,
18:33a maioria
18:34dos nossos usuários
18:34já são 4G
18:36e, rapidamente,
18:38vão migrar para 5G
18:39à medida que
18:40houver
18:42essa evolução.
18:44Naturalmente,
18:45que todos os consumidores,
18:47eu sei que você deve
18:47me perguntar isso,
18:48vão perguntar
18:49se o 4G
18:50vai continuar disponível.
18:51Vai continuar disponível.
18:53Na verdade,
18:53não há nenhuma
18:54obrigação
18:55para uma prestadora
18:56de deixar
18:58de comercializar
18:59uma geração.
19:01Na verdade,
19:01ela só deixa
19:02de fazer isso
19:02quando ela não tem
19:03mais cliente
19:04daquela geração,
19:05daquela geração,
19:06porque ela não quer
19:07desconectar um cliente.
19:08O que ela,
19:09muitas vezes,
19:09faz é para acelerar
19:11esse processo.
19:12Ela dá dispositivos
19:13para acelerar,
19:14porque,
19:15geralmente,
19:15a nova geração
19:16é mais eficiente
19:17que a geração anterior.
19:18Nesse leilão,
19:22superintendente,
19:23que foi o leilão
19:24do 5G,
19:25a gente viu
19:26o leilão
19:27de um monte
19:28de estradas diferentes.
19:30Foram vários lotes
19:31em diferentes frequências,
19:33com vários gigahertz
19:34diferentes.
19:35Existe o 5G
19:37das empresas
19:38e o 5G
19:40do consumidor comum?
19:41Na verdade,
19:45o 5G
19:46permite
19:48diversos
19:50modelos
19:51de serviço
19:51diferentes,
19:53naturalmente,
19:54com padrões
19:55de latência
19:57e velocidade
19:58diferentes,
20:00só que
20:01esse conceito
20:02não vem
20:03para discriminar
20:05tipos de usuários.
20:07ele vem
20:08para permitir
20:10novos modelos
20:12disruptivos.
20:13Então,
20:14vou dar um exemplo
20:14para você.
20:15Eu consigo,
20:16com o 5G,
20:17oferecer para um
20:18consumidor final,
20:19se você é um
20:20consumidor de jogos,
20:21para quem usa jogo,
20:23a latência
20:24é muito mais importante
20:26do que uma
20:26altíssima velocidade.
20:28Então,
20:28por exemplo,
20:29talvez para você
20:30seja mais legal
20:31eu garantir
20:32que eu vou te dar
20:33um ping
20:33de dois milissegundos
20:35do que uma velocidade
20:37de um gigabit
20:38por segundo.
20:39Só abrindo parênteses
20:41para a nossa audiência
20:41não gamer,
20:42o que o superintendente
20:43quer dizer?
20:44É a latência
20:44e o tempo de resposta
20:45entre o comando
20:47e o que o computador
20:48vai entender.
20:48Por exemplo,
20:50quem joga joguinho
20:50de tiro,
20:51ele dá um clique
20:52no mouse
20:52que é o tiro
20:53e o computador
20:54tem que entender
20:54que o cara já deu
20:55o tiro antes
20:56do adversário
20:56desviar,
20:57abaixar,
20:58fazer alguma coisa.
20:59É isso que ele está falando.
21:00Então,
21:00o tempo de resposta
21:01do jogo
21:02em relação ao comando.
21:03Hoje,
21:04basicamente,
21:05todo mundo só
21:05diferencia os produtos
21:07a partir da velocidade,
21:09não diferencia
21:10de a latência,
21:11de outras variáveis,
21:13existem várias outras
21:14relacionadas
21:15à qualidade do serviço.
21:17Por exemplo,
21:18quer saber megabits
21:19por segundo
21:20para saber
21:20se o filme,
21:21eu consigo ver o filme
21:22no streaming
21:23sempre sem baixar.
21:24Para vídeos,
21:27vídeos em altíssima capacidade,
21:29a latência
21:31não é importante,
21:32mas a velocidade
21:33é importante.
21:34Então,
21:36não só o consumidor
21:37empresarial,
21:37mas o consumidor
21:38pessoa física
21:39vai conseguir
21:40contratar
21:41serviços
21:43mais customizados
21:44de acordo
21:45com a sua necessidade
21:46a partir do 5G.
21:48Perfeito,
21:49surpreendente.
21:49E já caminhando
21:50para o nosso encerramento,
21:51o leitor
21:52de um antagonista
21:53que acompanha
21:53muito intensamente
21:55a questão política
21:57das coisas,
21:58ouviu
21:59e acompanhou
22:00o debate
22:00do 5G,
22:01pelo menos
22:02desde 2019,
22:03muito ligado
22:04à questão política,
22:05notadamente
22:06à questão
22:06geopolítica
22:08da disputa
22:09entre Estados Unidos
22:09e China,
22:10notadamente
22:10na questão
22:11da Huawei.
22:12A Huawei
22:13é uma gigante
22:14chinesa
22:14de telecomunicação,
22:16fornece tecnologia
22:18para as empresas,
22:20para as operadoras,
22:21e a Huawei
22:22já opera no Brasil,
22:23ela já é responsável,
22:24já é fabricante
22:25de muitas das antenas
22:27do 4G.
22:28o nosso leitor
22:29provavelmente
22:30está assistindo
22:31a este vídeo
22:31nesse momento
22:32por meio
22:33de uma antena
22:34da Huawei,
22:35já que as operadoras
22:37são clientes
22:39da Huawei.
22:41Mas,
22:42no leão...
22:42São clientes,
22:43né?
22:43São clientes
22:44há muito tempo
22:45e compram
22:46muitos equipamentos
22:47dela.
22:48Sim.
22:49Aí,
22:49na hora do
22:50vamos ver,
22:51o leitor
22:52acompanhou tudo isso aí,
22:53o Trump
22:53brigando com a Huawei,
22:55o governo
22:56dos Estados Unidos
22:57fazendo lobby
22:58abertamente
22:58para que a Huawei
23:00não fornecesse
23:01o 5G
23:01para o Brasil
23:02e para outros países,
23:03apesar de não ter
23:05empresa americana
23:05no esquema
23:06e sim as alternativas
23:07serem empresas europeias,
23:09a Nokia e a Ericsson,
23:10etc, etc.
23:11O leitor
23:11acompanhou tudo isso.
23:12Aí,
23:12na hora do
23:13vamos ver,
23:14quinta-feira
23:14começa o leilão,
23:16o leilão
23:16quem participa
23:17são as operadoras,
23:19não são as fornecedoras
23:20de tecnologia.
23:22Que diferença
23:23que isso faz
23:23para o usuário final?
23:25que quem participa
23:26do leilão
23:27são as operadoras
23:28e não as fornecedoras
23:29de antenas?
23:31É bom,
23:31a gente precisa dizer
23:32que, assim,
23:33o que nós estamos vendendo
23:35não é equipamento,
23:37nem comprando equipamento,
23:38nós estamos disponibilizando
23:40estradas invisíveis
23:41que servem
23:43para ser
23:44utilizadas
23:45por prestadores
23:46de serviço
23:47na oferta de serviço
23:48para o consumidor final.
23:50Estes prestadores
23:52de serviço
23:53são aqueles
23:55que decidem
23:56de qual fornecedor
23:57comprar.
23:58Assim como,
23:59por exemplo,
24:00quando eu vou
24:01num restaurante,
24:02o fornecedor
24:04da comida
24:05pode comprar
24:06a geladeira
24:07do fabricante
24:08A, B ou C,
24:10a operadora
24:11pode comprar
24:11os equipamentos
24:13da sua rede
24:14do fornecedor
24:15A, B ou C,
24:16entre eles
24:16esses chinês
24:17que você mencionou.
24:18Então,
24:19o que acontece
24:19é que
24:20em nenhum momento,
24:21em nenhuma situação,
24:23em nenhuma hipótese,
24:25houve uma discussão
24:27de que
24:28a Huawei
24:29pudesse vir
24:30ao leilão da Anatel.
24:31Na verdade,
24:31a Huawei
24:32jamais poderia
24:33entrar no leilão
24:34da Anatel
24:34porque jamais
24:36ela foi
24:37uma operadora
24:38de telecomunicações.
24:39O que se discutiu,
24:41naturalmente,
24:41era haver
24:42alguma política pública
24:43que proibisse
24:44as operadoras
24:45que venceram
24:46no leilão
24:46de adquirir
24:47produtos
24:48dessa empresa
24:49chinesa.
24:50Só que isso
24:50não aconteceu,
24:52não houve
24:52nenhuma política
24:53pública nesse sentido
24:54e não há
24:55nenhuma vedação
24:56para que
24:57a Huawei
24:58venda equipamentos
25:00para os vencedores
25:00do leilão
25:01do 5G.
25:02Como, inclusive,
25:03já o fez
25:04na situação
25:06do 4G.
25:08Inclusive,
25:08hoje em dia,
25:09eu diria que
25:10talvez
25:10o fornecedor
25:11de equipamentos
25:12mais comuns
25:14em todas as redes
25:15que nós temos
25:16não só no Brasil,
25:17mas em todo o mundo,
25:18seja a própria Huawei.
25:20Pois é,
25:21aí o senhor falou
25:21que não existe
25:22nenhuma vedação
25:23para as operadoras
25:25adquirirem
25:26a tecnologia
25:26das empresas
25:27que elas quiserem
25:28comprar,
25:29seja empresas chinesas,
25:30seja empresas europeias
25:31ou de outro lugar.
25:32Perfeito.
25:32Mas o edital também
25:33prevê uma rede
25:34privativa para o governo.
25:36Nesse caso,
25:37como que funciona
25:38a responsabilidade
25:39das operadoras?
25:41Quer dizer,
25:41quem vai fornecer
25:42essa rede privativa
25:42para o governo?
25:43Vai ser mais
25:44de uma operadora?
25:45Como é que ficou
25:45essa questão?
25:47Nessa questão,
25:48separada,
25:49o governo tem como
25:50vedar um fornecedor
25:51de tecnologia?
25:52Ele pode dizer
25:53que a operadora
25:54não pode,
25:55nesse caso,
25:56estar usando a antena
25:56de uma empresa X?
25:58Bem,
25:59primeiro,
26:00precisamos deixar claro
26:01que o conceito
26:02da rede privativa
26:02é um conceito
26:03do governo.
26:04A Anatel,
26:05muitos se confundem,
26:07a Anatel
26:07é uma agência reguladora
26:08do Estado brasileiro.
26:10Ela não é um membro
26:11da administração direta.
26:13Então, na verdade,
26:13é o governo,
26:14o Ministério das Comunicações,
26:15junto com o governo,
26:17que vai definir
26:19como vai construir
26:20essa rede privativa.
26:21E para que
26:21essa rede privativa?
26:23É para criar
26:24uma rede de comunicação
26:25para os funcionários públicos.
26:27É uma rede privada,
26:29assim como eles têm
26:30uma rede,
26:31todos nós,
26:32todas as empresas
26:33têm uma rede privada
26:34para a conexão
26:35com seus computadores,
26:36eles vão criar
26:37uma rede privada
26:38de celulares.
26:39Isso é muito comum
26:40no mundo,
26:40existe em vários países,
26:41os Estados Unidos
26:43possuem várias redes
26:44privativas
26:45para servidores públicos
26:46e eles podem criar
26:48no edital
26:48para a compra
26:49de equipamentos
26:50e fornecimento
26:51de soluções
26:52para essa rede privativa,
26:55eles podem colocar
26:56quaisquer restrições,
26:57inclusive,
26:57de equipamentos
26:58do país A, B ou C.
27:00Isso é uma decisão
27:01do governo federal
27:02especificamente
27:03e não cabe
27:04à Anatel
27:04entrar
27:05nas regras
27:06específicas
27:07para a construção
27:09dessa rede.
27:11Entendi.
27:12Pelo que eu entendi,
27:13essa rede privativa
27:15é o que o pessoal
27:15das firmas
27:16chamam de intranet.
27:17É uma intranet
27:20também.
27:20É uma intranet móvel.
27:22É, uma intranet
27:23também móvel
27:23nesse caso.
27:24E, portanto,
27:26o senhor também
27:26está nos dizendo
27:27que as regras
27:28da rede privativa
27:29que o governo
27:31ainda vai produzir,
27:33elas não estão
27:34neste edital ainda,
27:35ou seja,
27:35ainda não houve
27:36vedação
27:37e ainda não houve
27:38regulamentação
27:39de como vai ser
27:40essa rede privativa
27:40do governo,
27:41é isso?
27:44Exatamente.
27:45Essa rede privativa
27:46ainda será
27:46toda especificada,
27:49discutida,
27:50inclusive até
27:51haverá editais
27:53específicos
27:54do governo
27:55para a contratação
27:56de serviços,
27:57soluções e equipamentos
27:58na construção
27:59dessa rede privativa.
28:01É uma contratação
28:02muito parecida
28:03com a compra
28:04de quaisquer serviços
28:06por parte do governo.
28:08faz uma edital,
28:09tem uma licitação,
28:10com regras, etc.
28:12Perfeito, superintendente.
28:13E o que eu não perguntei
28:15e o nosso leitor
28:16precisa saber?
28:20Bem,
28:20eu acho que a grande
28:21questão que precisa
28:23ser colocada aqui
28:24é que nós estamos
28:26falando de um leilão
28:27que ele tem
28:28uma característica
28:29muito importante
28:30de ser um leilão
28:31não arrecadatório.
28:32Ele é focado
28:33na construção
28:34de obrigações
28:35de infraestrutura.
28:36O Estado brasileiro
28:37está arrecadando
28:38muito menos
28:39do que 10%
28:40de todo o valor
28:41econômico do leilão.
28:43Isso faz com que
28:44nós tenhamos aí
28:45mais de 40 bilhões
28:48de reais,
28:49mais de 45 bilhões
28:50de reais
28:50em obrigações
28:51contratadas
28:52para serem
28:54assumidas
28:58pelas companhias.
28:59e isso fala
29:01de uma revolução
29:02na quantidade
29:03de infraestrutura
29:05que será
29:06desenvolvida
29:06nesse país.
29:08Muita gente
29:08questiona,
29:09mas às vezes
29:10a minha telefonia
29:11não é boa,
29:11a minha internet
29:12não é boa.
29:13De fato,
29:14a gente tem
29:14muito o que melhorar,
29:16mas quando a gente
29:17analisa e compara
29:18o que é melhor
29:18no Brasil,
29:19até ser mais radical,
29:21o que é menos pior
29:22no Brasil?
29:23Qual infraestrutura
29:24é menos pior
29:24no Brasil?
29:25estradas,
29:26saneamento básico,
29:28aeroportos,
29:29as rodovias,
29:30fornecimento hídrico,
29:32fornecimento elétrico
29:33ou as telecomunicações?
29:36Hoje,
29:37eu diria para você
29:37que a melhor
29:38das nossas infraestruturas
29:39é a de telecomunicações
29:41e isso existe
29:42porque nós temos
29:42uma agência de Estado
29:44que se preocupa
29:45com isso
29:45há mais de 20 anos
29:47e que faz um trabalho
29:48e que agora
29:49está construindo
29:50um leilão
29:50ainda mais arrojado
29:51para permitir
29:52que nós consumidores
29:54tenhamos acesso
29:56a uma tecnologia
29:58e uma infraestrutura
29:59de comunicações
30:00mais robusta possível.
30:02Está certo.
30:03Gente,
30:03eu conversei com
30:04Abraão Balbino,
30:06ele é formado
30:06em Engenharia
30:07de Telecomunicações
30:08pela UNB
30:08e é o superintendente
30:10de competição
30:11da Anatel.
30:12Superintendente,
30:13muito obrigado
30:14pelo seu tempo.
30:16Muito obrigado a todos.
30:18Boa tarde.
30:24Obrigado.
30:25Obrigado.
30:26Obrigado.
30:27Obrigado.
30:28Obrigado.
30:29Obrigado.
30:30Obrigado.
30:31Obrigado.
30:32Obrigado.
30:33Obrigado.
Seja a primeira pessoa a comentar