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Em entrevista ao Fast News, a professora de relações internacionais da UniEvangélica, Mariana Maranhão, avalia que a repatriação de brasileiros em Israel é um processo "bem delicado". A análise foca nos desafios diplomáticos e logísticos do governo em ajudar cidadãos a deixarem o Oriente Médio em meio ao conflito entre Israel e Irã.

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Transcrição
00:00Eu quero conversar agora com a Mariana Maranhão, que é professora de Relações Internacionais da Unievangélica.
00:06Professora, seja muito bem-vinda, prazer recebê-la aqui no nosso Fast News.
00:09Quero começar perguntando sobre a maneira como o Brasil está lidando com aqueles que são cidadãos brasileiros,
00:16mas que estão em Israel ou que foram para Israel.
00:19A gente viu uma crítica da frente parlamentar Brasil-Israel em relação à maneira como o ministro das Relações Exteriores
00:27estaria cuidando desse tema, e eu quero entender se havia algo mais que o país poderia fazer neste caso.
00:34Boa tarde.
00:36Boa tarde.
00:38Essa temática da repatriação dessas pessoas que estão ali em Israel é um tema bem delicado,
00:45até porque o cenário aéreo está fechado no país.
00:50Eles estão criticando porque eles acham que poderia ter sido dado maior apoio para essas pessoas,
00:57para esse deslocamento, porque o que está acontecendo é que pessoas precisam sair de dentro do território de Israel
01:04e procurar os países vizinhos, especialmente a situação da Jordânia,
01:09para conseguir pegar voos, para conseguir voltar para o Brasil.
01:12Então, o governo brasileiro, até esse presente momento, o Itamaraty, não está concedendo esse apoio,
01:18só está fazendo uma lista de interesses, para que no momento, que ele falou que no momento futuro,
01:23de acordo com o agravamento dos conflitos, que ele faria essas repatriações.
01:28Mas até o presente momento está sendo bem criticada mesmo essa posição,
01:32mas também não teria muito como retirar aquelas pessoas ali de voos dentro de Israel,
01:38porque está tudo fechado.
01:40Professora, sobre esse espaço aéreo, que é completamente fechado,
01:44tanto em Israel quanto no Irã, inclusive as autoridades israelenses,
01:48dizem que tem sob controle o espaço aéreo.
01:51Quanto isso pode prejudicar também todos os deslocamentos, a logística,
01:57aquilo que é necessário em termos de negócios e viagens naquela região?
02:01Porque muitas companhias terão de fazer alguns desvios para passar pela área de conflito.
02:07Sim, com certeza.
02:10Essa questão da supremacia aérea de Israel dentro do espaço aéreo do Irã
02:18é um dos temas que Israel falou que conseguiu esse domínio,
02:21que seria o controle total ali do espaço aéreo do Irã.
02:25E ali estaria fechado.
02:26Não é nem seguro que essas companhias aéreas ou outros voos
02:31sejam adentrem a esse espaço aéreo,
02:34justamente porque está tendo constante mísseis e outras situações.
02:40Então é um momento bem delicado ali naquela região.
02:43Está tendo, com certeza, deslocamentos para outros países fronteiriços desses voos.
02:49E neste momento, então, o deslocamento das pessoas para a região principalmente do Irã e de Israel
02:55está impedido.
02:57Não tem como acontecer.
02:59Professora, como é que a senhora avalia a estratégia de Israel
03:02de chamar esse ataque de um ataque preventivo?
03:06Mesmo com algumas autoridades internacionais
03:10dizendo que o Estado poderia responder por crimes de guerra
03:14diante dessa situação e da quantidade de civis
03:17que acabarem morrendo nesses ataques.
03:21A situação que Israel quer falar lá desde o dia 13 de junho,
03:27agora, na sexta-feira, onde começou os ataques,
03:30hoje está sendo já nove dias,
03:32estaria sendo preventivo porque
03:34considera-se que o enriquecimento do urânio
03:37que o Estado do Irã estava fazendo
03:39estava ameaçando a segurança do Estado de Israel
03:44e não só a segurança do Estado de Israel,
03:46mas ele justifica até mesmo uma segurança mundial
03:49porque o enriquecimento está em nível muito maior e superior
03:52do que é permitido, do que é comum a se fazer.
03:56Então, o Israel entendeu que fazer esse ataque
04:00seria uma forma de prevenção.
04:03Ele fala que, inclusive, a existência do próprio Estado de Israel
04:06porque ele acha que essa produção de urânio enriquecido
04:10nesse nível colocaria em xeque a soberania e a existência do Estado de Israel.
04:16Muito se tem questionado na diplomacia,
04:18até porque estava em medidas de negociações diplomáticas,
04:22inclusive entre os Estados Unidos junto com o Irã,
04:27antes de Israel atacar.
04:28Mas Israel entendeu que não é melhor atacarmos
04:31para que seja retardado,
04:34seja evitado esse enriquecimento da forma que está acontecendo.
04:38E, professora,
04:39e o posicionamento dos Estados Unidos até aqui?
04:41Donald Trump tem dado prazos.
04:43E a senhora acredita que virá o que após esse prazo?
04:48Eu visualizo que o posicionamento do Donald Trump nesse momento
04:53é justamente ver até onde o Irã vai conseguir atacar.
04:57Ou até o que o Irã tem de armas para aguentar esse ataque de Israel,
05:04porque sabe-se que Israel precisa dos Estados Unidos,
05:08do apoio de Donald Trump e, inclusive, de armas
05:12para realmente conseguir destruir essa produção nuclear que eles têm,
05:18porque muitas são subterrâneas,
05:19e Israel não tem tecnologia militar para isso.
05:23Então, a necessidade de Israel seria para que os Estados Unidos
05:28entrassem com eles no conflito.
05:30Mas, neste momento, Trump ainda está segurando,
05:33até porque coloca em risco, né,
05:36inclusive a própria agência da ONU, né,
05:39da energia nuclear,
05:41veio falar que tem risco de vazamento
05:43se fizerem ataques que colocaria em risco
05:45toda ali aquela região.
05:47E o Trump está querendo ver até quando o Irã,
05:50até onde ele dá conta.
05:52Alguns especialistas estão falando da quantidade de mísseis
05:55que ainda o Irã teria,
05:56que é em torno de 1.200.
05:58Inclusive, já observa-se que o Irã
06:00não está lançando a quantidade que estava no início do conflito.
06:03Ele está sendo mais, como se diz,
06:06estrategista nesse lançamento,
06:09com uma quantidade menor do que era.
06:11Então, o posicionamento que observa-se
06:14é que o Trump falou que em cerca de duas semanas.
06:16Mas também pode ser antes, pode ser depois.
06:19Está em negociações, né,
06:21neste momento tentando fazer outras negociações diplomáticas,
06:24inclusive na reunião ontem, lá em Genebra,
06:27da Europa com o chanceler do Irã.
06:29Então, neste momento, nós temos o Trump
06:33olhando para o conflito e vendo
06:35se realmente é necessário os Estados Unidos
06:38entrar diretamente nesse conflito.
06:41E, professora, e Israel?
06:43Até quando Israel vai dar conta?
06:44Porque são tantas frentes de batalha.
06:47Começou numa retaliação ao Hamas
06:49depois daquela invasão terrorista
06:50lá em outubro de 2023.
06:52Depois, veio o ataque contra o Hezbollah
06:57no sul do Líbano,
06:58diante dos ataques que foram também
07:00iniciados por esse outro grupo
07:03que também seria um braço do Irã.
07:05Agora, mais uma etapa,
07:07mais uma fase dessa operação
07:08que atinge diretamente o Irã,
07:10que é um opositor completamente diferente
07:13desses outros dois grupos em termos de estrutura.
07:16A guerra custa caro.
07:17Como que Israel vai conseguir
07:19continuar lidando com isso?
07:22É um posicionamento também muito curioso.
07:26Se Israel vai conseguir lidar com tudo isso sozinho.
07:30Por isso que a necessidade, talvez,
07:33do apoio direto dos Estados Unidos
07:36se faça nesse momento.
07:38Até o presente momento,
07:39parece que Israel está conseguindo
07:41controlar esses conflitos.
07:44Mas não se sabe se eles vão se agravar
07:46ou se vai precisar do apoio direto
07:49dos Estados Unidos,
07:50que com certeza daria muito mais força
07:55para o momento de Israel.
07:57Mas no momento o Trump ainda não manifestou
07:59o que entraria.
08:01E o questionamento fica mesmo numa dúvida.
08:03Algumas pessoas falam que Israel aguenta
08:06mais de um mês de conflito.
08:08Outros falam que o Irã não aguenta
08:09mais do que duas semanas.
08:10Então, este momento é uma incógnita.
08:13Por isso que nada melhor que seria
08:15uma negociação de paz
08:17para este momento
08:19para evitar esses ataques
08:21e o acirramento dos conflitos
08:22nessa região do Oriente Médio
08:24que já vem sofrendo há mais de ano
08:26desde outubro de 2023
08:28com o ataque do Hamas.
08:29E como que a senhora avalia também
08:31o posicionamento dos países da Europa
08:32até aqui?
08:35Os países da Europa, né?
08:36Aí a gente já tem que lembrar
08:38de um outro conflito.
08:39Porque os países da Europa
08:41já estavam muito preocupados
08:43com o conflito da Ucrânia e Rússia
08:44que está ali dentro do território
08:46já estavam sendo ameaçados
08:48e a Europa precisa
08:49com urgência
08:50dessa negociação de paz.
08:52Por isso que ontem
08:53eles se reuniram em Genebra
08:54numa tentativa diplomática, né?
08:57Porque sabe-se
08:58que um conflito desse
08:59principalmente ali na região
09:00do Oriente Médio
09:00tem um impacto direto
09:02como estava mostrando
09:03a reportagem anterior
09:04na questão dos combustíveis, né?
09:06Da questão do petróleo.
09:08Então, tudo isso
09:09inflaciona o preço do petróleo
09:11aumenta
09:11e a economia vai sentir
09:13não só ali na Europa
09:14como no mundo inteiro.
09:16Então, a Europa
09:17não quer esse conflito
09:19ver uma necessidade
09:20mas eles sabem, né?
09:21Inclusive, alguns chanceleres
09:23de outros países
09:23afirmaram
09:25que Israel está fazendo
09:27o trabalho sujo
09:28que o Ocidente
09:29precisava ter feito
09:30porque o enriquecimento
09:31de urânio
09:33pelo Irã
09:34já estava colocando
09:35como se diz
09:37de forma assustadora
09:39para todo o Ocidente
09:41colocando em xeque
09:42toda a segurança
09:43internacional.
09:45E professora
09:46só para a gente arrematar
09:46é sobre isso mesmo
09:47que eu quero perguntar
09:48a senhora entende
09:49que a maneira como o Irã
09:50conduz
09:51o desenvolvimento
09:52de pesquisas nucleares
09:54é de fato
09:55perigosa
09:57para o Ocidente
09:58para a Europa
09:59e para todo o mundo?
10:01É, eu
10:02entendo que sim
10:03é perigoso
10:04porque
10:05o enriquecimento
10:06que está sendo utilizado
10:08ali
10:08na região do Irã
10:09é um enriquecimento
10:10acima
10:11bem acima
10:12do que é esperado.
10:13Sabe-se que o percentual
10:14para a energia
10:15do enriquecimento
10:16de urânio
10:16é de 3 a 5%
10:18para fins medicinais
10:21é até 20%
10:23e foi confirmado
10:25pela inclusive
10:25a Agência Internacional
10:27da ONU
10:27que o Irã
10:29tem mais de
10:29500 quilos
10:31400 a 500 quilos
10:32em percentuais
10:33de 60%
10:34e já chegou-se
10:36a saber
10:36que já teria
10:37em percentuais
10:37de em torno
10:38de 87%
10:40que são
10:41números altíssimos
10:43que colocam
10:44em xeque
10:44justamente
10:45porque
10:45para uma bomba nuclear
10:46precisa de acima
10:48de 90%
10:49mas
10:49isso é um
10:51risco
10:52para toda a sociedade
10:52internacional
10:53com certeza.
10:55Mariana Maranhão
10:55professora
10:56obrigado
10:56pelas suas informações
10:57por participar
10:58aqui conosco
10:59até a próxima.
11:01É sempre um prazer
11:02estar aqui com vocês
11:03no Fast News.
11:04Ótimo fim de semana
11:05até mais.
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