- 21/06/2025
Nesta edição do Hora H do Agro, desvendamos como o conflito entre Irã e Israel impacta diversas cadeias do agronegócio, desde a importação de fertilizantes – com o Irã sendo um gigante exportador de ureia – até as commodities brasileiras como milho e soja, analisando as oscilações de preços e os riscos de abastecimento para a safra 2025/26. Contamos com a análise da Gisele Augusto, especialista em fertilizantes da Argus, e do Felippe Serigati, pesquisador da FGV Agro, que também aborda o polêmico corte no orçamento do Seguro Rural (PSR). Além disso, apresentamos a tecnologia de irrigação israelense e trazemos a previsão do tempo detalhada para as regiões produtoras.
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Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Hora H do Agro, oferecimento
00:02Consórcio Magi, Volkswagen Caminhões e
00:06Ônibus. Meteor da Volkswagen Caminhões e
00:09Ônibus, mas pode chamar de meteoro da
00:11paixão.
00:22Hora H do Agro. Olá, bem-vindos a mais um
00:28Hora H do Agro. Eu sou a Mariana Grille e
00:31agradeço pela companhia de vocês em
00:33mais um programa. Nessa edição, nós
00:36vamos te explicar como a guerra entre
00:38Israel e Irã movimenta diversas cadeias
00:41do agronegócio, começando pelos
00:43fertilizantes. Também falaremos de seguro
00:46rural e o corte no orçamento de 2025 e
00:49ainda te informamos sobre como fica a
00:51previsão do tempo nas regiões
00:53produtoras do país. Então fique por aí
00:55porque o Hora H do Agro está no ar.
00:58O assunto da semana é o conflito entre
01:02Irã e Israel e nós sabemos como a
01:05geopolítica global afeta o agronegócio
01:08brasileiro. Primeiro porque o Brasil
01:10exporta commodities para diversos
01:12países, mas ao mesmo tempo ainda tem
01:14grande dependência de importação de
01:17fertilizantes. O Irã é o terceiro
01:20maior exportador global de ureia. Uma
01:23possível interrupção no fornecimento
01:25desses insumos pode impactar então
01:28diretamente países como o Brasil. O
01:30Matheus Dias nos traz mais informações
01:32sobre isso. Vamos ver. A tensão diária
01:35gerada pela guerra entre Irã e Israel
01:37teve consequências no mundo todo, como
01:39aumento do preço do barril do petróleo e
01:42discussões sobre taxas de juros globais.
01:45Quem agora sente os efeitos do conflito
01:47são os agricultores. Isso porque a produção
01:50de ureia pelo Irã pode estar ameaçada. O
01:53país produz cerca de nove toneladas do
01:56insumo por ano. Mais da metade desse
01:58montante é exportada. Com a guerra cresce o
02:01risco de interrupções no fornecimento, o
02:04que pode interferir ainda mais nos custos
02:06de produção no campo. Frederico Bernardes,
02:09presidente da Associação Brasileira dos
02:11Produtores de Remineralizadores de Solo e
02:15Fertilizantes Naturais, diz que a alta de
02:17custos será repassada. O conflito entre
02:20Irã e Israel vem trazendo grandes
02:22preocupações para o mercado internacional
02:25no que tange a questão do petróleo e
02:28abastecimento de diesel. Mas eu venho
02:31trazer aqui a preocupação em relação ao
02:33agro. O Irã é um grande produtor de
02:35fertilizantes, principalmente ureia e
02:40amônia, sendo o terceiro maior produtor
02:42de ureia. No ano passado, o Brasil importou
02:46100% desse insumo, onde 20% foi de lá. Os
02:51repasses desses custos com certeza vão
02:55chegar no produtor rural. Já estão
02:57acontecendo e podem piorar, uma vez que
03:01ainda vamos entrar no início da época de
03:03maiores compras e preparação de solo para
03:06o plantio do final do ano. O Brasil pode
03:08ser um dos países mais afetados, já que
03:1180% dos fertilizantes usados são fruto de
03:14importação. E no caso da ureia, tudo que
03:17foi consumido no país em 2024 foi
03:20importado. Cerca de 17% das negociações
03:24são feitas com o Irã. Para Frederico, a
03:28solução está na produção nacional e não
03:30mais na importação. Nesse sentido, os
03:33remineralizadores, fertilizantes
03:35naturais, organo minerais e biológicos,
03:39fertilizantes nacionais, entram mais uma
03:43vez como uma excelente alternativa, quando
03:46falamos na redução dessa dependência que
03:50já foi levada a foco em 2022 com a guerra da
03:54Rússia e da Ucrânia, que inclusive culminou na
03:57aceleração da publicação do plano nacional de
04:01fertilizantes. Então, essa é uma grande
04:03preocupação que nós temos hoje aqui pela
04:07Abrefem e todo o mercado do agro e da
04:10produção de fertilizantes nacional. No último
04:12dia 12, véspera do ataque do Irã a Israel, o
04:15preço da ureia granulada no Brasil estava, em
04:18média, a 398 dólares por tonelada. No dia
04:2213, o valor saltou para 430 dólares. Além do
04:26Brasil, os Estados Unidos e o próprio Oriente
04:29Médio são bastante afetados com o impulso dos
04:32valores. Nós vimos na reportagem, então, como o
04:36Irã é um importante exportador mundial de
04:39ureia. O mercado já sentiu os impactos das
04:42tensões do Oriente Médio, como a gente pode
04:44ver aí na questão dos valores. Então, os
04:46preços de ureia no mercado de papel já se
04:49elevaram e as incertezas com relação à
04:52disponibilidade global do fertilizante
04:55nitrogenado, somadas às restrições na oferta, fazem
04:59com que muitos participantes se retirem do mercado
05:03físico. Para analisar esse tema, nós vamos conversar
05:07com a Gisele Augusto, especialista em fertilizantes
05:10da Argos. Muito bem-vinda ao H do Agro, Gisele.
05:14Obrigada pela sua participação. Eu vou pedir
05:17primeiro para você explicar rapidamente essa
05:20diferença, então, entre mercado de papel e mercado
05:23físico, só para a gente situar todo mundo dos
05:25termos. E aí, queria que você falasse se isso, na
05:28prática, já tem impacto financeiro, pensando na
05:32safra de soja que está por vir aí na temporada
05:352025-26. Bem-vinda, obrigada.
05:38Obrigada, é um prazer. Obrigada pelo convite.
05:41Bom, a diferença entre o mercado de papel e o
05:43mercado, o que a gente considera o spot, é a
05:46maneira como você negocia. Então, o mercado
05:47spot é o que a gente chama de mercado físico,
05:49o mercado imediato. Então, é aquela negociação
05:52que está sendo feita por uma carga que já tem
05:54uma data de embarque, que já tem toda uma
05:56programação. Enquanto o mercado de papel é muito
05:59mais sobre uma troca de uma tendência de
06:02compra, né? Então, ele se difere um pouco, ele é
06:04mais sobre uma projeção ou sobre uma troca
06:07realmente, né, de papel, de contrato, do que
06:10uma troca necessariamente entre da produção
06:15de nitrogenados, da produção de fosfatado, enfim,
06:17de qualquer fertilizante. E aí, de maneira geral,
06:20como foi comentado, né? Então, desde o início
06:22das tensões, a gente viu o mercado de papel
06:25reagindo até primeiro do que o mercado
06:27físico, isso porque no mercado físico
06:30acaba que os participantes ficam com muito
06:32mais receio do que pode acontecer, dão um
06:35passo ali pra trás e aí acabam aguardando
06:38maior clareza no que vai acontecer no
06:40mercado antes de se reposicionar. Enquanto
06:43isso, no mercado de papel, como ele é um
06:44mercado mais futuro, né? Ele é um mercado
06:47que você já tá negociando pra agosto, pro
06:50terceiro trimestre, quarto trimestre. Então,
06:52você consegue se posicionar mais pra frente.
06:55As negociações continuaram acontecendo, já
06:57refletindo preços mais altos. Então, a gente
07:00já viu na última sexta-feira, 13 de junho, a
07:05gente viu negociações acontecendo em torno
07:07de 455, depois recuaram um pouquinho pra
07:11435. Inicia-se a semana do dia 16 com
07:16negociações em torno de 490 e fica nessa
07:19oscilação acompanhando as tensões do
07:21conflito e até o dia 16, início do dia
07:2417 de junho, a gente não tinha um mercado
07:26físico ainda muito forte acontecendo, pelo
07:29menos no Brasil. Em outras regiões a gente
07:31até tinha negociações ou ofertas de venda, mas
07:34no Brasil todo mundo muito recuado. E a gente
07:37começa a ver um retorno das ofertas de
07:38venda depois de acompanhar como foi o
07:41impacto tanto nas origens quanto no mercado
07:44de papel e aí os vendedores, as tradings voltam
07:47a ofertar no mercado brasileiro acompanhando
07:50aí essa variação. Quando a gente pensa nesse
07:53aumento de preço, o maior impacto desse
07:56custo, a gente provavelmente vai acompanhar
07:58pra safra 25, 26 de milho. A safra de soja
08:02leva algum ponto de nitrogenado, mas não é
08:05tão significativo quanto é pra safra de milho.
08:09Então, onde a gente vai ver esse impacto?
08:10Nas negociações que estão acontecendo, já
08:13pensando no plantio que inicia o ano que vem.
08:16A gente tem um plantio, uma negociação que vinha
08:19mais ou menos em linha com o histórico pra esse
08:22período, pensando na safrinha, na segunda
08:24safra de milho, muito levada pelas
08:27negociações de sulfato de amônio, que é um
08:29outro nitrogenado, e não pela ureia. E agora
08:32esse aumento, essa escalada de preços deve
08:34reduzir ainda mais a tendência de compra do
08:37agricultor, pensando que o milho tá num preço
08:40muito mais baixo do que era esperado pro
08:43período, enquanto os insumos estão subindo
08:46muito mais intensamente do que era
08:48esperado. Então, essa relação entre o preço
08:50do grão e o preço do insumo não está
08:52favorável pro agricultor, e isso deve levar
08:55ele a aguardar mais antes de concluir novos
08:57negócios.
08:58Perfeito, perfeito. É importante a gente ter
09:01essa relação direta, como você traz aí, de
09:03fertilizantes e commodities. Daqui a pouco
09:05a gente também vai ter uma outra entrevista
09:07pra trazer mais desse universo de impactos
09:10aí, falando dos grãos, né? Agora falando
09:13de novo dos fertilizantes. A gente sabe que
09:15muitos produtores, e aí você citou a
09:17questão da soja, por exemplo, né? A gente
09:19sabe que muitos produtores se antecipam
09:21pra compra dos insumos, não deixam tanto
09:24pra cima da hora, exatamente por conta de
09:25volta à latilidade das cotações. Mas pra
09:28quem ainda não comprou, a gente queria
09:31saber o que vocês têm visto aí da Argus,
09:34acompanhado, pra gente dar dicas pro
09:38produtor rural que ainda não comprou esse
09:39fertilizante. Vale a pena correr pra
09:42comprar agora, exatamente por ter talvez um
09:45risco de falta de abastecimento por uma
09:48questão logística, ou é mais estratégico
09:50esperar, não se emocionar, avaliar mercado?
09:53O que vocês estão sugerindo hoje em dia,
09:56atualmente? Porque a gente sabe que esse
09:57mercado também é bem dinâmico, né?
10:01Nós, dentro da Argus, a gente não faz
10:03projeção, a gente não dá indicação do que
10:06fazer, né? O que a gente traz é mais o
10:08cenário e aí a avaliação vai de acordo
10:11com o dentro de casa de cada um que tá
10:13lendo ali o que a gente tá fazendo. Mas de
10:17maneira geral, sim, normalmente existe um
10:19padrão de antecipação de compras, esse é um
10:22padrão que vem mudando nos últimos anos,
10:24então cada vez mais a gente vê a
10:25postergação dessas compras. Então, o que
10:28que a gente tem acompanhado? Justamente o
10:30agricultor deixando pra comprar no último
10:31minuto possível, porque ele tá muito numa
10:34relação de entre pagar caro hoje, pagar
10:36caro mais pra frente, eu pago caro mais
10:38pra frente e tentei, pelo menos, conseguir
10:40um preço mais atrativo, tanto na venda do
10:43meu grão, quanto na compra do insumo.
10:45Então, a gente tem visto um pouco dessa
10:46mudança de paradigma ali de como funciona o
10:50mercado de compra de fertilizantes e insumos
10:53de maneira geral. O que a gente tem
10:55acompanhado até o momento é justamente
10:57essa, a intensificação dessa expectativa
11:01de postergação de compras. Então, se a
11:03gente já esperava que as compras mais
11:05intensas, em vez de acontecer, entre o
11:07fim do terceiro trimestre, começo do
11:09quarto, como a gente estava acostumado
11:11antes ali do período pré-conflito de
11:14Rússia e Ucrânia, enfim, a gente já
11:16tava esperando que não fosse acontecer e
11:18fosse acabar se postergando ali pra
11:20dezembro, início de janeiro, como vem
11:21acontecendo nos últimos dois anos, isso
11:23ainda é ainda mais intensificado com o
11:26que a gente tem acompanhado agora dessa
11:28volatilidade de preços. O que pode
11:30acontecer é que, em alguns momentos, a
11:32variação do dólar, né, acaba
11:34influenciando também na comercialização
11:36de grãos, isso é muito importante pro
11:38agricultor. Então, não só a Bolsa de
11:41Chicago, que é onde ele negocia a
11:44safra dele, mas também a cotação do
11:45dólar, de acordo com como isso for se
11:48apresentando com todas essas oscilações
11:50de mercado, pode ser que ele entre um
11:52pouco mais forte ou segure um pouco
11:54mais as compras, de acordo com como ele
11:56vai negociar realmente a safra dele.
11:58Então, o maior ponto de atenção é
12:00realmente nessa relação, nos melhores
12:02momentos na relação entre o grão e o
12:04preço do insumo.
12:06Agora, Gisele, a gente tá falando
12:08bastante de ureia, porque, enfim, é o
12:11foco da produção ali do Irã, mas a
12:13gente acaba, inevitavelmente, precisa
12:16olhar pra outros fertilizantes, ou
12:18pelo menos para os tipos de
12:20fertilizantes, né? E aí eu queria
12:23saber se dentro da Argos vocês têm
12:25acompanhado alguma coisa, não
12:27necessariamente crítica, mas olhado
12:30para outros tipos de fertilizante que
12:33também podem entrar aí como ponto
12:35crítico pra essa, dentro desse contexto
12:37do conflito do Oriente Médio, ou se de
12:40alguma forma tem algum outro ponto de
12:43atenção que não necessariamente está
12:45no radar, mas que vale a pena prestar
12:46atenção?
12:49Dentro da Argos a gente acompanha todos
12:51os fertilizantes, então o que a gente
12:53também tem dado uma olhada é pro
12:55cloreto de potássio, Israel também é um
12:57exportador de cloreto de potássio para
12:59o mundo e para o Brasil, mas até o
13:01momento a gente não tem visto nenhum
13:02tipo de impacto nesse fertilizante
13:06específico, né? Mas é um ponto de
13:08atenção que a gente fica mais alerta.
13:11De maneira geral, são os dois
13:12fertilizantes, né? Tanto nitrogenados
13:14como o cloreto de potássio, são os
13:16que acabam sendo mais afetados aí
13:19por esse conflito, porque os países
13:21produtores desses dois acabam se
13:23envolvendo, ou não necessariamente são
13:25os dois países envolvidos no conflito,
13:27mas estão ali pro próximo da região,
13:30ou acabam tendo algum problema em
13:31relação à matéria-prima, como é o
13:32caso, por exemplo, do Egito, não está
13:34relacionado diretamente ao conflito,
13:36mas acaba sofrendo ali na sua
13:39produção, porque o gás vindo de
13:41Israel não segue mais o fluxo dele.
13:44Então, a gente acompanha aí esse
13:47impacto num segundo momento, mas são
13:50apenas mais para esses dois tipos de
13:53fertilizantes. A gente tem os
13:54fosfatados, mas eles acabam não sendo
13:57tão influenciados pelo que está
13:58acontecendo no momento, o problema
13:59deles é mais oferta e demanda mesmo
14:02ali do período.
14:03Muitos pratinhos para equilibrar ao
14:06mesmo tempo, né? Muitos pratinhos para
14:08equilibrar e olhar toda uma questão
14:11que é isso, né? Está na boca do começo
14:14da safra 25, 26, então, para o produtor
14:17rural isso é bem preocupante, assim, né?
14:19Agora, vocês têm, a Argus tem fontes ali
14:23muito diretas na região, olhando o que
14:27acontece. A infraestrutura, né? Falando
14:30de Irã, a infraestrutura de produção de
14:33uréia foi danificada, o que as fontes
14:35da Argus têm mostrado, os bombardeios
14:38estão nas regiões onde fica concentrada
14:40essa produção, o que a gente está falando
14:43do aspecto político, geopolítico, né?
14:47A geografia dos bombardeios, a guerra
14:49está próxima, a gente está, vocês estão
14:52monitorando algum tipo de risco nesse
14:54sentido, sim, físico? Até o momento a
14:59gente não tem tido nenhum ataque ou
15:01nenhum tipo de problema nas instalações
15:03específicas de nitrogenados e de
15:05produção de uréia, nem no Irã, nem
15:07em Israel, o que tem tido algum tipo de
15:10influência são alguns ataques afetando
15:13ou campos ou unidades de tratamento de
15:15gás natural, que é uma matéria-prima da
15:17uréia. Esse tem sido o grande problema
15:19desse conflito, então, em Israel a gente
15:22não teve necessariamente um ataque
15:24específico, mas teve ali um fechamento
15:27de campos de gás como medida de
15:31precaução e aí você tem o corte do
15:35gasoduto que vai para o Egito, isso
15:36paralisa a produção de uréia no Egito,
15:39Israel não é um grande produtor, então
15:41internamente não tem um grande impacto
15:43nesse sentido, mas acaba impactando um
15:45terceiro país. E quando a gente olha para o
15:48Irã, também existe ali um ataque que
15:50aconteceu num campo de gás offshore ali do
15:54Irã, em junção com o Catar, e esse
15:57ataque também levou a um fechamento,
16:00uma paralisação preventiva de todas as
16:02unidades de uréia do país. Então, hoje
16:05nenhuma unidade de uréia do Irã está
16:06funcionando. Então, o grande impacto não
16:10necessariamente são das unidades de uréia,
16:11mas nas unidades que produzem ou tratam
16:14a matéria-prima dessa produção. É isso que a
16:16gente tem acompanhado até o momento e que é
16:18o grande ponto de atenção do mercado. Então,
16:21entender se ainda vai ter mais ataques
16:24nessas regiões ou em unidades, porque de
16:26maneira geral, o que a gente tem sentido
16:28muito é que são ataques muito ligados ao
16:30setor energético. Então, muito ligados
16:32não só ao gás natural, mas também é uma
16:34coisa muito ligada ao petróleo, muito
16:35ligada a questões de energia. Então, fica
16:38ali uma atenção muito maior sobre o que
16:41vai acontecer nesses campos de gás, apesar
16:43da maioria já está paralisado.
16:45Esse é exatamente o tipo de exemplo que a
16:49gente dá quando fala de segurança
16:51energética. É exatamente isso, quando
16:55também os polos de produção de energia
16:57acabam sendo atacados no sentido de
16:59guerra, é a hora que a gente vê o quanto
17:01é importante ser autossuficiente ou pelo
17:04menos um bom produtor de etanol, falando
17:07de um biocombustível para ser substituto
17:12do petróleo. Agora, só uma última
17:15uma última pergunta, antes da gente
17:17encerrar. Você está falando bastante
17:19dessa, a gente está falando bastante
17:20dessa produção do fertilizante, falou
17:23agora, por exemplo, que essas plantas no
17:25Irã estão desativadas, não estão
17:27produzindo. Então, o que a gente está
17:29querendo saber agora é a questão
17:33logística. A gente está falando, você
17:35mesma já citou na sua fala, né? É um
17:38ponto importante, um polo importante aí
17:40para a logística do petróleo, né? Dos
17:43fertilizantes, de várias commodities.
17:46Pela Argos, eu queria saber se vocês
17:48estão acompanhando um risco de atraso
17:51nos fertilizantes que já foram
17:53comprados, mas que ainda vão ser
17:56deslocados. Se de alguma forma essa
17:59parte do transporte mesmo, da ureia,
18:02também já está sendo impactada ou ainda
18:04não, do ponto de vista logístico, o que
18:07vocês estão reparando na Argos? Existem
18:11acho que duas maneiras da gente
18:12enxergar essa questão. A primeira
18:14maneira é pensar na logística
18:15necessariamente de cargas que
18:18passariam ali pela região. Então, a
18:20gente ainda não tem visto um grande
18:22impacto, mas existe sempre essa
18:25possibilidade, até porque às vezes no
18:26afritamento de um navio, por exemplo,
18:29que está levando um fertilizante de um
18:31outro país para o Brasil, vai passar
18:34a próxima região. Então, a pessoa que
18:36está fretando esse navio vai cobrar um
18:38seguro mais caro, vai cobrar um preço
18:40mais caro para trazer esse navio,
18:42justamente porque corre muito mais
18:43risco de ser atacado ou alguma coisa
18:45do tipo no caminho. Então, isso pode
18:47vir a acontecer. Já tem um aumento no
18:49preço do frete que a gente tem visto,
18:51nada muito caótico, extremamente
18:54expressivo, não é um aumento de 100%,
18:56mas existe já uma oscilação nesse
18:59custo logístico, isso sim a gente tem
19:00acompanhado, mas não é de grande
19:05impacto ainda para o mercado
19:06brasileiro, pensando em fertilizantes.
19:09Uma outra maneira da gente também ver
19:10essa questão logística é quando a
19:11gente pensa no deslocamento das
19:13outras regiões para atender diversos
19:16mercados que eram atendidos ali pelo
19:18Oriente Médio, mais expressivamente
19:20pelo Irã, e que vão precisar atender
19:22todos juntos esses outros mercados.
19:24Então, pode ser que aconteça, na
19:25verdade, uma questão logística, mas
19:28para conseguir liberar, fazer essa
19:30escoamento dessa ureia de outras
19:32regiões para os países que estão
19:35precisando comprar. Então, pode ser
19:37que exista alguma questão logística
19:38nesse sentido também, uma competição
19:40por navios de uma determinada
19:41região, em detrimento de outra, mas
19:44pensando em fazer um escoamento dessa
19:45ureia para substituir o que o Irã
19:48poderia estar suprindo.
19:51Perfeito, Gisele. Muito obrigada pela
19:53sua avaliação, por compartilhar tantas
19:56informações com a gente. Espero trazer
19:59melhores notícias para o setor, mas
20:01contar com você em outras oportunidades.
20:03Muito obrigada, viu?
20:05Muito obrigada.
20:06Até a próxima. E só uma pequena
20:08correçãozinha aqui, na reportagem
20:11inicial, a gente está falando exatamente
20:13sobre essa atuação do Irã na produção
20:16de ureia. Nós falamos que o país produz
20:20nove toneladas. É claro que é muito pouco
20:23isso, né? São nove milhões de toneladas
20:26que o país produz por ano. E agora, nós
20:30vamos falar do aspecto de exportação,
20:34então, aí dentro ainda desse contexto
20:36falando de Irã e Israel. Isso porque o
20:40Irã é um grande comprador de milho do
20:42Brasil. De acordo com dados da Câmara de
20:45Comércio Exterior do Governo Federal,
20:48apenas no primeiro trimestre de 2025, o
20:51país deixou 609 milhões de dólares em
20:55compras de alimentos no Brasil. A Valéria
20:57Luizete nos conta mais sobre isso.
21:00Atenção no Oriente Médio ameaça o
21:02abastecimento de insumos estratégicos
21:04para a agricultura. Além de fornecedor
21:06de fertilizantes, o Irã é um dos maiores
21:09compradores de milho do Brasil. Foram
21:11mais de quatro milhões de toneladas em
21:13dois mil e vinte e quatro, segundo o
21:15Ministério da Agricultura. Mas é nos
21:18bastidores da produção agrícola que os
21:20efeitos do conflito podem ser ainda
21:22mais graves. Boa parte da uréia usada
21:25nas lavouras brasileiras vem do
21:26exterior e cerca de dezessete por
21:29cento especificamente do Irã, que
21:31responde por dez por cento da oferta
21:33global. Esse fertilizante é essencial
21:36para as culturas como milho e soja. O
21:38estreito de hormos, por onde passam
21:40vinte por cento das exportações
21:42mundiais de petróleo, se tornou um
21:44gargalo estratégico e frágil em meio
21:47a instabilidade. O professor e pesquisador
21:50do INSPER Agro Global, Leandro
21:52Gílio, afirma que o maior impacto do
21:54conflito está nas altas dos insumos,
21:57como fertilizantes e combustíveis.
22:00Explica porque a escalada no Oriente
22:02Médio preocupa o agronegócio brasileiro.
22:04Irã ainda tem uma importância um pouco
22:06maior no mercado de milho. Então, Irã
22:09ali é um mercado consumidor ali de
22:11mais ou menos 11, 12 por cento ali do
22:14milho que a gente vende aí para o
22:16mercado internacional. Então, nesse
22:18mercado, o Irã tem alguma relevância
22:20um pouco maior. Israel já tem ali uma
22:22participação muito menor aí no mercado
22:25de modo geral. Mas existe outro impacto
22:27que é com relação ao lado dos insumos.
22:30Isso daí acho que é talvez uma
22:31preocupação um pouco maior aí para o
22:33agro como um todo, né? Seja pelos
22:35próprios fertilizantes, né? Principalmente
22:37os fertilizantes nitrogenados, né? Onde
22:40existe uma produção bastante relevante
22:41ali pelo Irã, né? Ou seja também com
22:44relação ao próprio petróleo, né? A gente
22:47sabe que o petróleo ali envolve ali a
22:50participação, né? A produção dos vários
22:52insumos ali, envolve toda a agropecuária,
22:55envolve a questão do petróleo e gás, né? E aí
22:57a gente está tratando ali de uma região
22:59muito produtora, né? Desses insumos
23:01relevância. Isso daí pode encarecer toda a
23:04produção. A alta do petróleo impulsionada
23:07pelo conflito entre Irã e Israel já
23:10pressiona os custos do agronegócio
23:11brasileiro. O barril tipo Brent voltou a
23:14subir no mercado internacional e pode
23:17ultrapassar os 100 dólares em caso de
23:20bloqueio do estreito de Ormos, rota
23:22estratégica para exportações globais de
23:25petróleo e fertilizantes. Isso afeta
23:27diretamente o preço do diesel e encarece o
23:30transporte de grãos no Brasil, que depende do
23:33modal rodoviário. Além disso, fretes marítimos e
23:36seguros internacionais também sobem com o
23:39aumento do risco na região do Golfo. Com o
23:42petróleo valorizado, o etanol tende a se
23:44tornar mais competitivo frente à gasolina.
23:47Isso pode levar as usinas a priorizarem a
23:50produção do biocombustível, reduzindo a
23:52oferta global de açúcar e elevando os
23:55preços. Mas o cenário ainda depende das
23:57decisões políticas sobre os combustíveis no
23:59mercado interno. Leandro Gílio também avalia os
24:02impactos do petróleo sobre o mercado
24:04interno de combustíveis e a possível
24:07valorização do etanol diante de uma
24:09eventual alta da gasolina.
24:11O etanol é muito voltado ao nosso próprio
24:13mercado interno. Precisa avaliar o quanto
24:16que esse preço do mercado internacional de
24:18petróleo vai ser realmente passado ao preço
24:21da gasolina para o consumidor final aqui no
24:23Brasil. Teoricamente isso daí deveria passar, mas
24:27a gente sabe que os preços com relação a
24:28gasolina no Brasil são preços relativamente
24:30controlados pelo governo e a gente já vive um
24:33momento de pressão inflacionária e a gente
24:35sabe o quanto a gasolina impacta em termos de
24:38inflação aí no geral da inflação do Brasil.
24:41Então em um ano que está vindo aí tendendo, já
24:44estamos tendo problemas inflacionários. No ano
24:47que vem, sendo o ano eleitoral, presume-se que o
24:50governo eventualmente vai tentar balizar o preço
24:52da gasolina para não ter algum tipo de grande
24:54impacto, né? No caso, a tendência seria sim uma
24:58elevação do preço da gasolina caso aí esse daí
25:00continue se escalando e os preços de petróleo
25:03continuem subindo como já estão subindo no mercado
25:05global. Então isso daí traria um benefício com
25:08relação ao etanol, tendo aí a relação de troca um
25:11pouco mais favorável ao biocombustível do que para
25:14gasolina. Além do etanol, outras commodities
25:16também podem se valorizar. O óleo de soja usado no
25:20biodiesel pode se beneficiar com a alta do petróleo. O
25:24algodão, por sua vez, ganha competitividade em relação a
25:27fibras sintéticas como poliéster, derivadas do
25:30petróleo. Nós vimos como as commodities brasileiras
25:34então podem ser afetadas aí por essa questão, esse
25:38momento geopolítico. Por isso hoje, no Ações e Cotações,
25:42nós vamos analisar os impactos do conflito na balança
25:45comercial brasileira. Ações e Cotações
25:50Pra falar conosco, nós vamos receber o Felipe Serigatti,
25:57pesquisador da FGV Agro. Bem-vindo, Felipe. Muito
26:00obrigada pela disponibilidade. Faz um tempinho que a gente
26:04tá tentando uma entrevista com você, agora deu certo.
26:06Bem-vindo.
26:08Olá, Mariana. Muito obrigado pelo convite.
26:11Imagina, eu que agradeço. Bom, vamos começar por partes.
26:14tem várias coisas que eu gostaria de te perguntar, mas vamos
26:16partir então do seguinte princípio, né? A gente já pode
26:21observar algum comportamento diferente no preço pro milho
26:26a partir da guerra que a gente tá assistindo no Oriente
26:29Médio? Na entrevista passada com a Argos, a gente viu essa
26:34questão, ela falou um pouquinho de como que isso pode afetar
26:38olhando a segunda safra, né? Então, já falando mais de
26:41dois mil e vinte e seis. Mas, no agora, no atualmente, a
26:44cotação do milho já sofreu algum tipo de diferenciação?
26:48O que que você pode trazer em relação a como essa guerra no
26:51Oriente Médio impacta essa commodity?
26:54Bom, estamos aqui no mês de junho e, claramente, esse vai ser
26:58um mês muito importante pra definição da cotação do milho, tá?
27:01E aí temos diversas variáveis nessa direção. Certamente, uma
27:05delas é o conflito, principalmente se houver ali uma escalada,
27:09algo mais contundente nesse conflito. Mas, acho que mais
27:13importante que o conflito, o mercado tá guardando o relatório do
27:17USDA, tá? Uma definição mais clara da área plantada de milho
27:21nos Estados Unidos, tá? Até o momento, as projeções que o
27:25STD tem divulgado, né? Aquele do balanço de oferta e demanda,
27:28né? Praticamente todo dia 12 de cada mês que o USDA
27:31publica, tá ali com uma expansão diária do milho, com uma
27:36safra recorde de milho pros Estados Unidos, estamos falando aí
27:39em mais de 400 milhões de toneladas. Só que, tá utilizando a
27:44área plantada do relatório de intenção de plantio, publicado
27:49no dia 30 ou 31 de março, né? Então, veja que essa é um relatório,
27:54uma informação a respeito da intenção do plantio do produtor,
27:58então, não é ainda efetivamente o que o produtor norte-americano
28:01fez, mas o que é isso? Esses dados foram levantados em algum
28:05momento entre fevereiro e o início do mês de março. Em outras
28:09palavras, é uma informação pré-anterior ao tarifácio do
28:15Donald Trump, lá no dia, no início de abril, que gerou uma série de
28:20mudanças ali no mercado. Tem um ponto de relação importante, né?
28:23Olha, diante, né? De todo aquele movimento que o Trump fez, diante da
28:30resposta que a China acabou sendo induzida a fazer, pergunta, será que
28:36essa área plantada de milho ficou maior ou ficou melhor uma vez que
28:40os Estados Unidos e China não transacionam tanto milho? Nós não
28:44sabemos, né? A gente vai ter essa resposta mais clara justamente agora no
28:50final desse mês. Além disso, nós temos as projeções para a nossa segunda
28:54safra agora e as projeções são muito positivas, né? A Conab falando, se eu
28:59puder, arredondava em torno de 100 milhões de toneladas, mas tem consultoria
29:03muito boa no mercado falando em quase que 113 milhões de toneladas. Além
29:07disso, como foi dito aqui nas duas entrevistas anteriores, você tem um efeito
29:13de segunda ordem a partir desse conflito. Então, esse conflito se encarecer o
29:19preço do petróleo, os biocombustíveis ganham competitividade. Será que a
29:24demanda por milho, inclusive, para a produção de etanol vai aumentar, vai
29:29ficar mais aquecida? Então, veja, tem diversos fatores que vão condicionar o
29:35desempenho, a cotação do milho e esses fatores vão ter uma definição mais
29:39clara justamente agora no mês de junho.
29:41São muitas perguntas, né? O difícil é encontrar as respostas. A gente conta com
29:48você para elaborar esse raciocínio também em relação, então, à soja, porque você
29:53traz aí esse destaque para o milho, como a gente tem falado é isso, né? O etanol, ele
29:58tende aí a ganhar mais atração das usinas, mais direcionamento da cana para o etanol
30:06em vez do açúcar, mas e soja? A gente está falando de algum impacto que seja
30:11possível olhar agora, olhando, inclusive, para a formação de preço de 25, 26? O que
30:17que vocês têm acompanhado aí, né, FGV?
30:21Então, vamos lá, né? Então, diretamente, então, todo esse conflito, né, esse atrito
30:25envolvendo a Irã e Israel para o mercado de soja não tem nenhum canal muito direto, tá?
30:31Eu sei que o pessoal vai dizer, não, tem canal direto, sim, né? Tem que olhar ali para
30:34os custos de produção e, sem dúvida alguma, né? Se o pessoal fica atento ao impacto
30:40do milho na segunda safra lá em 2026, e óbvio que é importante, tem que manter o radar
30:45ligado ali, mais contundente ainda é as compras de insumos para a nossa safra de
30:52verão, né? E aí o ganho destaque para a safra de verão, naturalmente, é a nossa
30:56safra de soja. E aí, né? Então, a gente tem uma elevação nos custos de produção,
31:01isso tá claro, não vende agora, tá ok, sem dúvida alguma, né? Os problemas ali do
31:06Irã acabaram jogando bem para cima as cotações da ureia, mas o pessoal vai
31:11lembrar, os fosfatados já viam operando com preços de patamares elevados e não é
31:16de hoje. Por exemplo, a China demorou para liberar seus excedentes para que fossem
31:21comercializados no mercado internacional e, quando libera, tem ali na fila do
31:26balcão, né? Para ir buscar os fosfatados, tanto a Índia quanto o Brasil. E os fosfatados
31:31estavam operando com preços mais elevados e, na nossa percepção, isso explica em
31:36parte do atraso das compras. Não é apenas isso, você também tem uma questão financeira
31:41junto aos produtores que, se for o caso, a gente pode abrir justamente para conversar
31:45sobre o EF, taxação da LCA, outros instrumentos privados de crédito, mas ok, o fato é, teve um
31:53atraso já nas compras, né? Então tinha produtor dizendo, olha, tá caro agora, sabe que esse
31:58preço não vai ter um alívio um pouquinho mais lá na frente? Infelizmente, parece que
32:02aquele produtor que ficou aguardando o melhor momento, acabou ficando em posição menos
32:07confortável, esse melhor momento não veio, esse melhor momento tinha ficado lá atrás.
32:11De qualquer forma, pensando na soja, ponto de interrogação importante, diante da elevação
32:17dos custos de produção e uma elevação diferente daquela da guerra da Ucrânia, que é uma
32:21elevação que não foi acompanhada pelo preço das comodas agrícolas. Em outras palavras,
32:27a relação de troca está operando em uma situação menos confortável agora, no momento
32:32em que a gente conversa. Qual que vai ser a estratégia majoritária dos produtores?
32:37Será redução de área para tentar empregar ali a mesma tecnologia? Ou será que vai ser
32:42o oposto? Não. Você vai empregar uma tecnologia inferior, mas tentando ali preservar a área.
32:47Vai ser uma combinação desses dois fatores. Independente de qual seja o resultado, sim,
32:54você começa o ciclo 25, 26 de maneira mais pressionada. Ninguém está dizendo aqui
33:00que a safra vai ser problemática, tem muita coisa para acontecer, não jogamos nem a primeira
33:05sementinha ainda no solo, mas as condições iniciais, as condições de partida, naturalmente
33:11parecem ser menos favoráveis. Então, mesmo que na solo não tenha esse efeito direto,
33:17você tenha diversos efeitos indiretos que têm que ser levados em consideração. E com
33:22uma margem de ajuste mais curta, porque a principal safra nossa é agora, se a chuva permitir,
33:28começando em setembro. Não é a nossa segunda safra do milho lá em 2026.
33:33Pois é, esse quebra-cabeça, ele é muito interessante e complexo de acompanhar, né? A gente falou de
33:40milho, falou de soja e eu queria que você talvez, se for possível, aprofundasse um pouquinho mais em
33:48como que o momento atual, mesmo antes de saber de plano safra 25, 26, como que esse momento atual
33:56de instabilidade, com o custo de produção aí elevado por conta de fertilizantes, o quanto
34:02que isso já vai influenciar, já influencia agora o produtor ali na calculadora a formar o preço que
34:11ele vai vender essa soja? Porque a gente sabe que muito da venda é antecipado, né? Não espera-se
34:18a colheita para vender. Muito produtor, o agro, ele gira muito nessa toada de venda futura.
34:26Nessa questão de venda futura, nessa questão de olhar já a formação de preço para vender,
34:32para comercializar lá na frente, o produtor, ele já vai levar isso em consideração, os
34:37fertilizantes em consideração ou também é preciso cautela? Ainda está muito cedo para
34:42falar disso.
34:43Então, na verdade, que isso vai entrar na conta, não tem a menor dúvida, né?
34:48O discurso de produção, o produtor está fechido nesse momento em que a gente está conversando.
34:51Óbvio, aquela fração do mercado que fechou antes, agora está respondendo,
34:56período aliviada. Aqueles que esperaram ali um melhor momento, novamente, já estavam
35:01caros os fertilizantes antes, principalmente os fosfatados, né? Estavam esperando um melhor
35:07momento, esses talvez estejam ali um pouco arrependidos de não ter antecipado a maneira
35:14mais intensa a aquisição desses insumos. Mas o fato é, a gente foi marcar hoje, né?
35:20Qualquer grande mensagem, sem saber clima, sem saber o que vai acontecer daqui até a colheita,
35:26lá no primeiro trimestre do ano que vem, qual que é a grande mensagem, a grande manchete?
35:31E custos de produção, e aí de uma maneira geral, tá? Da safra 25, 26, já começa de
35:39maneira mais apertada. A margem do produtor deve começar mais pressionada. Por que isso?
35:44Bom, já conversamos bastante a respeito de insumos de produção, mas os insumos de produção
35:49não são os únicos custos, né? Que o produtor vai ter que incorrer. E mais do que isso, como
35:54parte desses custos serão financiados, não é? Então, não vão ter cobertura de capital
36:00próprio. E a gente observa, gente, custos de financiamento dessa safra, eles estão mais
36:06elevados. Em parte disso, fatores internos mesmo, né? Então, a gente tem uma taxa de juros
36:13que está operando em patamares mais elevados. Essa semana, o Banco Central fez um novo
36:18aumento, tá? O taxa Selic operando em 15%. A gente for pegar os papéis de referência
36:23para o mercado, a gente tem papéis com prazo de vencimento de dois anos. Também estão
36:26operando com prazo, com taxa de juros elevadas. Mais do que isso? Olhando para frente, essa
36:33taxa de juros parece que no curto prazo, no médio prazo vai ter algum alívio. Parece
36:39que não, ou seja, deveremos cruzar toda a safra 25 e 26, não importa se é safra
36:44de verão, se é segunda safra, se é safra de inverno, com taxa de juros em patamares
36:49bastante elevados. E do outro lado do balcão, que é uma crédito bancária, né? Ou seja,
36:54plano safra não é a única fonte de financiamento. Aqueles instrumentos privados de crédito,
36:59né? LCA, CPR, GRAS, que deram um bom alívio em alguns momentos, esses também estão
37:06operando agora com custos mais elevados. Veja, por exemplo, se é a permanece atraente,
37:11permanece, mas ficou mais cara. Já foi mais, né? Já foi mais atraente. Só pra gente
37:18encerrar, eu queria trazer um assunto que sai um pouco dessa questão, desse foco do
37:24fertilizante, mas tá dentro desse contexto todo de ser um quebra-cabeça pro produtor
37:29rural e é uma notícia extremamente recente, então eu vou pedir licença pra poder te perguntar
37:34isso que é sobre seguro rural. Porque agora a gente ainda teve mais essa questão do corte
37:39do orçamento, a gente tá falando aí de 42% do orçamento previsto pra 2025 do PSR, né?
37:46Do programa de subvenção ao seguro rural ali. Esse corte, o setor alega que foi pego de
37:51surpresa, que não estava sabendo disso. Isso traz um ambiente de mais instabilidade,
37:59de mais insegurança de como começar essa safra 25-26, se inclusive muitos dos produtores
38:04iam contratar no segundo semestre pra safra verão, né? Como que você avalia isso assim?
38:11A gente já pode falar que isso também vai influenciar na safra 25-26, que quem quiser
38:17fazer o seguro de fato vai precisar também colocar um dinheiro a mais do próprio bolso,
38:23já que o subsídio não necessariamente vai acontecer, né? Queria saber se você também
38:29pode comentar um pouquinho sobre isso, porque é um assunto muito novo, mas seguro rural
38:33é calcanhar de Aquiles pro governo federal, né?
38:36Pode ser, vamos lá. O comentário aí é fácil, né? Essa decisão é péssima, simples assim, né?
38:44É uma decisão inédita? Não, não é inédita, né? Vamos lá. Nos últimos dois anos nós não tivemos
38:51o programa de seguro rural com, vamos dizer assim, com destaque, tá? Dentro da política
38:57agrícola do atual governo. E isso é ruim, né? Por que que é ruim? Então vamos lá,
39:02quando a gente vai conversar com seguradores, com resseguradoras, uma coisa que eles pedem
39:05é previsibilidade, tá? Você tem ali mais ou menos um montante previsível, óbvio, se for
39:13crescente, melhor ainda, do volume de recursos que estão disponibilizados, não apenas em uma
39:18safra, mas num horizonte maior. Agora, quando você sinaliza que vai ter o volume de recursos
39:23e na hora H esse recurso fica menor, esse recurso desaparece, de algum lugar esse recurso vai
39:30ter que sair. Óbvio, então que seguradoras, resseguradoras às vezes acabem correndo em
39:35prejuízo, o produtor acaba tendo que pagar uma conta mais alta, só que essa história não
39:40termina muito que a gente conversa, isso tem reflexo no próximo ciclo. No próximo ciclo,
39:45a seguradora, ali, perdão do trocadilho, mas insegura com a situação, vai dizer
39:50o quê? Eu vou ter que jogar na garantia, eu vou ter que jogar ali num campo que é mais
39:55tranquilo pra mim, onde eu tenho maior certeza, menor incerteza, e acaba reduzindo a oferta
40:01de seguro. Ou então, acaba pedindo um valor, um prêmio mais alto pelo seguro, e aí naturalmente
40:08a cobertura do seguro fica mais prejudicada. Nós tivemos ano passado um problema muito sério
40:13no Rio Grande do Sul, tá? Pode ser pro agro, pode ser o PSR, não importa, alguma política
40:18pública. Se não fossem os instrumentos da situação do Rio Grande do Sul, estaria pior
40:23agora do que sem esses programas. Em outras palavras, o problema de seguro rural, na verdade,
40:31é poupança lá na frente. Você economiza lá na frente. Em outras palavras, você dá uma
40:36estabilidade maior pro produtor, pra que ele possa produzir. Vai ter problema no curto prazo?
40:41Sempre vai ter uma fábrica a seu aberto. A gente tem que fazer com que os problemas
40:44de um ciclo não contaminem o próximo. O programa de seguro rural é um excelente instrumento
40:50pra isso. Infelizmente, pouco prestigiado na atual gestão.
40:53Tá ótimo, Serigate. Muito obrigada pelas explicações. A gente ainda ficaria aqui
40:59perguntando mais várias coisas, porque é um assunto puxa o outro, né? E é isso, ainda
41:05mais agora, com essa nova bomba do seguro rural. Mas a gente vai continuar acompanhando.
41:09Espero tê-lo aqui em outras oportunidades. Obrigada, viu?
41:14Eu que agradeço o convite. Muito obrigado mesmo.
41:16Muito obrigada. Até a próxima.
41:18Ainda nesse assunto, olha, o presidente da Comissão de Agricultura, o deputado federal
41:23Rodolfo Nogueira, trouxe uma crítica assertiva sobre essa decisão do governo em relação ao
41:30seguro rural. Ele disse, abre aspas,
41:32É sempre o mesmo enredo. Quando o governo precisa de recursos, mira no campo.
41:37Tá tratando o produtor rural como um caixa eletrônico. Fecha aspas.
41:42A gente vai ficar de olho nisso, porque, como falamos, tem todo um contexto aí de taxação,
41:47de desincentivo ao seguro rural. E é importante a gente ficar de olho, é claro,
41:52sobretudo, às vésperas da safra 2025, 2026.
41:55E agora, nós vamos para um rápido intervalo. Na volta, você vai ver a previsão do tempo
42:01para a sua região e como funciona a irrigação agrícola mais moderna do mundo.
42:07Não sai daí.
42:08Hora H do Agro
42:21Grandes conquistas começam com um bom planejamento. E aqui no consórcio Magi Volkswagen Caminhões e
42:27Únibus, a gente pensou em tudo submetida para o seu negócio, com parcelas a partir de
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42:52Vender, negociar é um problema para você? Acredita que é um bom? Ou que tem que enganar pessoas?
42:58Nada disso. Vem comigo que eu vou revelar o segredo dos maiores negociadores.
43:07Com o meu curso Engenharia da Persuasão, você vai se tornar um grande vendedor. Vai aprender a
43:14conduzir as negociações passo a passo, evitar possíveis manipulações mentirosas e, o que é
43:21melhor, finalizar as vendas com total segurança. E é claro, você vai aumentar a sua lucratividade
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43:52Gigante, hein? Tá gostando?
43:54Muito? Mas rapaz, tem um negócio engraçado acontecendo toda vez que eu dirijo?
43:58O quê?
43:58Sobe aí. Olha isso.
44:00Volkswagen Meteor. Pensa gigante.
44:30Hora H do Agro.
44:36Estamos de volta com o Hora H do Agro. E o segredo para a agropecuária de Israel,
44:43um país desértico, dar certo, é o investimento em uma irrigação inovadora. Por meio do investimento
44:50em pesquisa e desenvolvimento, o país do Oriente Médio criou um sistema de irrigação com reuso
44:56de água dessalinizada. Produtores brasileiros já importaram essa tecnologia para cá,
45:03tanto que o país já é o segundo maior faturamento da multinacional israelense Netafim.
45:09Para falar conosco deste tema, eu chamo o Danilo Silva, gerente agronômico da Netafim.
45:15Bem-vindo ao Hora H do Agro. Danilo, muito obrigada pela sua participação.
45:20Eu queria que você falasse, então, por gentileza, desse diferencial da irrigação israelense,
45:26como que ela pode ser aplicada aqui de forma assertiva na agropecuária brasileira.
45:31Te agradeço aí por participar conosco.
45:35Imagina, Mariana, obrigado. É um prazer estar aqui com você e com a audiência da Jovem Pan.
45:40Não só como ela pode ser aplicada, mas ela já vem sendo aplicada.
45:46A empresa já está presente aqui no Brasil há 30 anos.
45:50Esse ano, ela completa os seus 30 anos aqui, 60 anos a nível global.
45:55E foi a empresa precursora que desenvolveu a solução por irrigação, por gotejamento,
46:02que se trata de uma irrigação de alta eficiência.
46:05E essa é uma irrigação, é um sistema que já vem sendo adotado
46:08em algumas culturas de muita importância aqui no Brasil,
46:11como são as culturas do cítrus e culturas do café,
46:15seja ele o café robusto, o café conilon,
46:17ou o café arábica, nas diferentes regiões.
46:20Então, seja através da aplicação eficiente de água,
46:24onde a irrigação por gotejamento possibilita você irrigar
46:27menores quantidades de água, porém com alta frequência,
46:32e isso propicia para a lavoura,
46:34seja ela uma lavoura de café, uma lavoura de cana,
46:36uma lavoura de manga, uva e demais cultivos que utilizam bastante desse sistema,
46:42um ambiente com menos estresse, com mais conforto hídrico,
46:46e possibilidade dela aumentar ainda mais o seu teto produtivo.
46:51E quando se faz utilização,
46:53uma vez que o sistema está muito próximo do sistema radicular,
46:57é possível ser utilizado algumas outras práticas,
47:01como a própria aplicação de insumos,
47:03como químicos ou mesmo os adubos,
47:06na chamada fertirrigação,
47:08que possibilita ainda um ganho operacional.
47:11Você podendo, além de irrigar,
47:13fertirrigar toda a lavoura de forma frequente,
47:17com baixas concentrações em alta frequência também.
47:20Eu vou pegar, então, esse gancho que você falou agora
47:23de fertirrigação,
47:26porque a gente está falando basicamente de fertilizantes,
47:29que vem do Irã,
47:30e a irrigação que vem,
47:32esse sistema que você está explicando,
47:34vem de Israel.
47:35Os dois países nesse conflito do Oriente Médio
47:38e o mercado inteiro observando consequências
47:40para diferentes segmentos do agronegócio.
47:44Na Netafim, vocês estão acompanhando
47:46de que forma o conflito?
47:49Queria entender se vocês têm sentido algum impacto
47:52nas instalações em Israel
47:56ou se, de alguma forma,
47:57isso não tem ainda nenhum impacto,
48:00pelo menos falando para as importações
48:02dessa tecnologia aqui pelos brasileiros,
48:04pelos produtores brasileiros.
48:08Com certeza, Mariana.
48:09Esse é um ponto que a gente acompanha
48:10muito proximamente,
48:12dito que a matriz da nossa companhia
48:14fica em Israel.
48:16Mas como a Netafim está presente
48:18em mais de 110 países,
48:19a gente tem uma infraestrutura industrial,
48:22fabril, em diferentes países,
48:24isso possibilita que a gente continue
48:26com o nosso compromisso
48:27da solidez da nossa operação
48:29e está muito próximo dos agricultores,
48:31seja ele a nível global
48:33e principalmente aqui no Brasil,
48:35para que a gente consiga contornar
48:37e não sentir que é o que a gente está
48:39acompanhando.
48:41Até então, não temos sentido
48:43os impactos desse conflito
48:46aqui nas nossas operações
48:48e conseguindo suprir as demandas
48:51dos produtores nacionais e internacionais também.
48:55Perfeito.
48:55Então, por enquanto,
48:57o que vocês afirmam é que
48:58o fluxo está normal,
48:59inclusive de comercialização,
49:01para aqueles produtores
49:02que talvez tenham importado
49:03nos últimos meses
49:04algum tipo de sistema de vocês.
49:06a demanda e então
49:09atender a esta demanda
49:11continua dentro do cronograma pensado?
49:15Sim, seguimos aí
49:16com o nosso plano, inclusive,
49:18de crescimento, né,
49:19dentro das nossas operações
49:20aqui no Brasil e fora.
49:22Conseguimos aí
49:23e temos acompanhado
49:25próximo e seguimos
49:27atendendo normalmente
49:28aí as demandas
49:29dos produtores.
49:30Para a gente situar, então,
49:32um pouco melhor aí,
49:34você falou dessa operação
49:35da Netafim
49:35e dessa tecnologia
49:37que é israelense, né,
49:39quais que são os cultivos?
49:41A gente está falando
49:41de que culturas aqui no Brasil, né?
49:43Você falou da fertirrigação,
49:45por exemplo.
49:46Quais que são
49:46os principais mercados?
49:48Quem que está despertando
49:49para esse tipo de irrigação?
49:51O que você poderia dar aí
49:53no sentido de...
49:54do público-alvo de vocês,
49:56dos cultivos que estão sendo
49:57mais procurados
49:58para esse tipo de fertirrigação?
50:02Legal, Mariana.
50:03Eu acho que a gente fala, né,
50:04que o sistema de irrigação localizado,
50:07ele é muito democrático, né?
50:09A Netafim e o sistema,
50:10ele vem se implementando
50:12nos últimos 30 anos
50:14de norte a sul,
50:15de leste a oeste
50:16e basicamente independente
50:18da cultura, né?
50:20Nós temos aí
50:21desde o café
50:21da Alta Mojiana,
50:24do sul de Minas e Rigado,
50:25do Cerrado,
50:26temos também aí
50:27as lavouras de cana-de-açúcar,
50:29seja na costa nordestina,
50:33como também aqui
50:33do centro-sul.
50:35Temos aí
50:36os cultivos também
50:37do HF, né?
50:38Desde os pequenos produtores
50:40aí que podem utilizar
50:41de kits de irrigação
50:42familiar,
50:43até os grandes exportadores
50:45aí para a Europa,
50:46mercado americano também,
50:48fazendo uso
50:49de todo esse pacote
50:50tecnológico.
50:52Então,
50:52acho que isso mostra
50:54a versatilidade do sistema
50:55e que inclusive,
50:57nos últimos anos
50:58para cá,
50:59vem ganhado mais força
51:00inclusive no mercado
51:01de grãos,
51:02com um gotejamento
51:03subterrâneo,
51:04possibilitando a rotação
51:05de cultura
51:06para esse cultivo,
51:07ou esse grupo
51:08de cultivos,
51:09porque a gente está falando
51:09de rotação de cultura,
51:11tão importante
51:12para o Brasil também.
51:13Perfeito.
51:14Danilo Silva,
51:15gerente agronômico
51:16da Netafim,
51:17falando sobre
51:18tecnologia israelense,
51:19sobre a irrigação.
51:21Muito obrigada
51:21pela participação.
51:23Espero contar com você
51:23em outras oportunidades
51:24de novo.
51:26Nós que agradecemos.
51:27Foi um prazer
51:28participar aqui com vocês.
51:29Um abraço.
51:30Muito obrigada.
51:32E agora,
51:32é hora de saber
51:33como fica a previsão
51:34do tempo
51:35para essa semana.
51:36Esse é mais um
51:37Por Dentro do Clima.
51:38O Dentro do Clima
51:43Marco Antônio,
51:46nosso mestre
51:47da meteorologia,
51:48bem-vindo novamente
51:49ao Hora H do Agro.
51:50Estamos oficialmente
51:52no inverno,
51:52mas essa nem é
51:54a notícia principal
51:55pelo que você
51:56contou para a gente
51:57aqui nos bastidores.
51:58Muito obrigada
51:59de novo pela sua participação.
52:01Eu vou pedir para você
52:01comentar então com a gente
52:02o que é a bomba
52:04para os próximos cinco dias,
52:05porque não está fácil
52:06para várias regiões.
52:07Obrigada,
52:08bem-vindo.
52:09Olá, Mariano.
52:10Olá a todos.
52:11Olha,
52:11realmente o inverno
52:13iniciou aí no último
52:14dia 20 de junho,
52:15mais precisamente
52:16às 23 horas
52:18e 42 minutos
52:20horário de Brasília.
52:22Porém,
52:22acho que
52:23o grande ponto
52:24de atenção de hoje
52:25não é o inverno,
52:27infelizmente,
52:28mas são dois
52:30destaques grandes
52:31aí que é,
52:32primeiro,
52:34as chuvas em excesso
52:35no Rio Grande do Sul,
52:36só para vocês terem
52:38uma ideia,
52:39só nessa última semana,
52:43do dia 16 até o dia 20,
52:46aí já choveu algo
52:49acima de 500 milímetros
52:51em grande parte
52:52do Rio Grande do Sul.
52:54Isso tem trazido
52:55muitos transtornos,
52:56tem trazido problemas
52:58severos
52:59na produção,
53:03no dia a dia,
53:05já foram registradas
53:06algumas mortes
53:08e realmente
53:10há mais previsões
53:12de chuvas,
53:13então isso traz
53:14uma atenção muito
53:17grande para o Rio Grande do Sul,
53:19porque
53:19muitas estradas
53:21já estão interditadas,
53:23muitas cidades
53:24já estão ilhadas,
53:26e quando
53:27a gente fala
53:28de enchente
53:29no Rio Grande do Sul,
53:31a gente lembra
53:32de todo
53:32o caos,
53:33toda a tragédia
53:34de exatamente
53:36um ano atrás,
53:37então
53:37não há pelo menos
53:38essa possibilidade,
53:40Mariana,
53:41de termos
53:41algo parecido
53:43com o que aconteceu
53:44em 24,
53:46mas
53:47o Rio Grande do Sul
53:48está passando
53:49por problemas
53:51sérios
53:51de excesso
53:52de chuvas,
53:53e isso afeta
53:54diretamente
53:55a agricultura
53:55por vários motivos,
53:57primeiro,
53:58todas as atividades
53:59de campo
54:00estão paralisadas,
54:01e segundo,
54:02muitos produtores
54:04de leite
54:04que precisam
54:06escoar
54:08diariamente
54:09a sua produção
54:10não estão conseguindo,
54:11como
54:12as granjas,
54:14muitos produtores
54:16grangeiros
54:16já os
54:18os frangos
54:19já
54:20no momento
54:21de abate,
54:23onde os caminhões
54:23dos frigoríficos
54:25já teriam que estar
54:26puxando
54:27esses frangos
54:29não estão conseguindo,
54:30então isso já
54:31começa a trazer
54:31problemas muito
54:33grandes
54:33para a agricultura,
54:36para a pecuária
54:36de uma forma geral,
54:38então é realmente
54:39um problema,
54:40outro ponto
54:41de muita atenção
54:43é com relação
54:44à geada,
54:44temos
54:45uma previsão
54:46de geadas,
54:47Mariana,
54:47para o dia 24,
54:48e 25
54:49de junho,
54:51agora,
54:52entre terça e
54:53quarta-feira,
54:53isso por conta
54:54de uma massa
54:55diapolar
54:55que estará avançando
54:56de forte intensidade
54:58e levando
54:59o declínio
55:00acentuado
55:01das temperaturas
55:02sobre grande
55:03parte
55:03da região
55:05sul,
55:06então,
55:07áreas de milho
55:08safrinha do Paraná,
55:09do Mato Grosso do Sul,
55:11e até mesmo
55:11das áreas
55:13ali,
55:13de divisa
55:14entre o Paraná
55:15e São Paulo,
55:17poderão sim
55:18ter temperaturas
55:19abaixo de 2 graus,
55:21isso na manhã
55:22de terça-feira,
55:24dia 24,
55:24quanto na manhã
55:25de quarta,
55:26dia 25,
55:28e isso pode trazer
55:29problemas
55:29para a produção,
55:31principalmente
55:31para a região
55:32noroeste
55:33do Paraná,
55:34que é a região
55:35ali de Maringá,
55:36Campo Morão,
55:37Londrina,
55:38que são áreas
55:39extremamente produtoras
55:40de milho
55:41segundo a safra,
55:42além disso,
55:43ali tem muita
55:43cana e café
55:44também,
55:45então,
55:46nós estamos
55:46de olho
55:47nessa massa
55:48de ar polado,
55:49começo agora
55:50da semana,
55:52que isso pode
55:52trazer um impacto
55:53grande,
55:54não para a produção
55:55nacional de milho,
55:57mas pode trazer
55:57um impacto sim
55:58para a produção
55:59local,
56:00principalmente
56:00para o Paraná,
56:01então,
56:02são dois destaques
56:04aí,
56:04infelizmente negativos,
56:06a gente vem
56:06toda semana,
56:07desde quando eu comecei
56:08aqui,
56:08só trazendo notícias
56:10boas,
56:10né Mariana?
56:11Em algum momento
56:12a gente tinha
56:13que se preparar
56:13para isso,
56:14né?
56:15Mas é realmente,
56:16infelizmente,
56:16né Mariana?
56:17Mas é realmente,
56:18essa questão
56:18que você coloca
56:20sobretudo do Rio Grande
56:21do Sul,
56:21é muito séria,
56:22né?
56:22Porque a gente
56:23está vendo
56:23toda uma questão
56:25de produtores
56:25ainda pedirem
56:27apoio financeiro,
56:29né?
56:29As cooperativas
56:30se reestruturando
56:31e agora,
56:32você falou,
56:33não existe nenhuma
56:33previsão
56:34para que seja
56:35uma catástrofe
56:36como foi a de 2024
56:38e óbvio que a gente
56:39espera que não seja,
56:40mas no ano passado
56:41vale lembrar que também
56:42ninguém estava esperando,
56:43né Marco Antônio?
56:44É,
56:44mas assim,
56:45por todas as configurações
56:47atmosféricas,
56:48vai ser muito difícil,
56:51mesmo com o excesso
56:52de chuvas,
56:53né?
56:54De termos um,
56:55um algo parecido
56:58com o que aconteceu
56:59entre abril e maio
57:00de 2024,
57:01né?
57:02Com inundações,
57:03aeroportos fechados
57:04e tudo mais.
57:05Esse ano não,
57:06esse ano está muito parecido,
57:08essa,
57:08agora,
57:09essa chuva de agora
57:09está muito parecida
57:10com o que foi
57:11em setembro e outubro
57:12de 2023,
57:13que também tivemos
57:14enchente,
57:15tivemos também
57:16deslizamentos,
57:17tivemos também
57:18transbordamentos
57:19dos grandes rios
57:21do Rio Grande do Sul,
57:23mas a água
57:23escorra rápido,
57:25né?
57:26Então,
57:26isso dá um ali,
57:27entre aspas,
57:28um alívio.
57:29Lógico que muitas cidades
57:31vão estar ilhadas,
57:32as rodovias
57:34vão ter
57:34alguns trechos,
57:36né?
57:36bloqueados,
57:38mas está longe
57:39de ser a tragédia
57:40que foi
57:42entre abril e maio
57:44de 2024,
57:46tá?
57:46Está mais parecido
57:47com setembro e outubro
57:48de 2023,
57:49essas chuvas de agora,
57:50onde os volumes
57:51poderão facilmente
57:52ultrapassar
57:53os 70 milímetros
57:54até o começo
57:55da semana.
57:56Vamos continuar
57:57acompanhando.
57:59Vamos continuar
57:59acompanhando.
58:00Obrigada,
58:01viu,
58:01Marco Antônio?
58:01Esperamos você
58:02na semana que vem,
58:03como sempre.
58:03Sim,
58:05e aí a gente
58:05vai falar mais
58:06sobre o inverno,
58:07né?
58:07Isso,
58:08uma coisa de cada vez.
58:10Exatamente,
58:11Maria,
58:11um grande abraço
58:12a todos
58:13e até a semana que vem.
58:14Até lá,
58:14muito obrigada.
58:16Nosso programa
58:17fica por aqui,
58:18mas você continua
58:19conectado
58:20nas nossas redes sociais
58:22e ligado,
58:22é claro,
58:23na programação
58:24da Jovem Pan News.
58:25Muito obrigada
58:26pela sua companhia,
58:28muito obrigada
58:28a toda a equipe
58:29que faz o programa
58:30acontecer e a gente
58:31te espera na próxima semana.
58:32Até mais.
58:32Hora H do Agro
58:47Hora H do Agro
58:50Oferecimento
58:51Consórcio Magi
58:53Volkswagen Caminhões e Ônibus
58:55Meteor da Volkswagen Caminhões e Ônibus
58:58Mas pode chamar de Meteoro da Paixão
59:00A opinião
59:02dos nossos comentaristas
59:03não reflete necessariamente
59:05a opinião
59:06do Grupo Jovem Pan
59:07de Comunicação.
59:12Realização Jovem Pan News
59:14Gigante, hein?
59:17Tá gostando?
59:17Muito?
59:18Mas rapaz,
59:19tem um negócio engraçado
59:20acontecendo toda vez
59:21que eu dirijo.
59:22O quê?
59:22Sobe aí.
59:23Olha isso.
59:24Volkswagen Meteor,
59:44Pense Gigante
59:45Tá?
59:46E aí itá.