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Nesta edição, exploramos o forte impacto das novas tarifas de 50% prometidas por Donald Trump sobre o agronegócio brasileiro, com destaque para as exportações de café, suco de laranja e arroz, após a reunião do BRICS no Rio de Janeiro. Analisamos como a guerra tarifária e a volatilidade cambial afetam a competitividade da soja e do milho, e o encarecimento dos fertilizantes importados, com participação de especialistas como Márcio Ferreira (Cecafé), Ibiapaba Netto (CitrusBR) e Marina Marangon (Itaú BBA). Além disso, confira a previsão do tempo para esta semana com o agrometeorologista Marco Antônio, abordando a possibilidade de La Niña e as enchentes no Norte do país. E mais: a Embrapa lançou duas novas variedades de mandioca de alta produtividade para uso industrial, e o México e Reino Unido retiraram as restrições à carne de frango brasileira após a gripe aviária.

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Transcrição
00:00Hora H do Agro, oferecimento Consórcio Magi, Volkswagen, caminhões e ônibus.
00:17Hora H do Agro.
00:21Olá, bem-vindos a mais um Hora H do Agro.
00:24Eu sou a Mariana Grilli e estou feliz de estar de volta informando sobre as principais notícias do agronegócio.
00:31A promessa de nova tarifa feita pelo presidente Donald Trump deve impactar fortemente a agropecuária brasileira.
00:38Café, suco de laranja e arroz devem ser algumas das produções afetadas.
00:43E falando de ciência, a Embrapa lança novas variedades de mandioca altamente produtivas para uso industrial.
00:51Então fique por aí porque o Hora H do Agro está só começando.
00:55Nós vamos começar o programa de hoje falando, é claro, da reunião do BRICS.
01:00O grupo de países formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul inicialmente.
01:07Uma reunião que ocorreu nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro.
01:11E o que era para ser apenas mais um encontro do grupo para fortalecer a cooperação econômica e diplomática entre eles,
01:18acabou gerando as reações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
01:23Na reportagem de Camila Iunes, nós vamos te mostrar as reverberações de uma carta do BRICS na geopolítica global.
01:31Vamos ver.
01:32O Brasil sediou no Rio de Janeiro a 17ª edição da Cúpula dos BRICS.
01:37O encontro do Grupo Internacional discutiu diversos temas e mexeu ainda mais no xadrez internacional.
01:45Na carta conjunta dos países em desenvolvimento, foi reforçada a governança global,
01:51por meio da promoção de um sistema internacional multilateral, mais justo, equitativo, ágil, eficaz, democrático e responsável.
02:00O documento não cita os Estados Unidos, mas diz que, abre aspas,
02:05o sistema multilateral de comércio está há muito tempo em uma encruzilhada.
02:11A proliferação de ações restritivas ao comércio, seja na forma de aumento indiscriminado de tarifas e de medidas não tarifárias,
02:19seja na forma de protecionismo sob o disfarce de objetivos ambientais,
02:24ameaça reduzir ainda mais o comércio global.
02:28Fecha aspas.
02:29Trump, que em uma medida protecionista já vem anunciando tarifas para diversos países,
02:35não gostou nada da declaração.
02:38Pela própria rede social, Truth prometeu taxar os países dos BRICS e todas as nações
02:43que praticarem o que ele chamou de política anti-americana.
02:47Aqui no Brasil, o desdobramento foi além.
02:51Uma questão econômica se misturou ao impasse político interno.
02:55Na última semana, além de ameaçar os BRICS,
02:58Donald Trump também saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro,
03:03afirmando que ele está sendo perseguido aqui no país.
03:06Após as falas, ele anunciou uma taxa de 50% para todos os produtos brasileiros.
03:12Na carta direcionada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
03:17Trump falou em graves injustiças no comércio entre os dois países.
03:21Apesar do posicionamento do republicano, quem tem saído no lucro são os Estados Unidos,
03:27já que o Brasil importa 11% a mais do que exporta.
03:31A taxação, não só de países dos BRICS, mexe com o mercado como um todo.
03:36No agronegócio, não é diferente, principalmente no que diz respeito às importações de insumos,
03:42como explica o CEO do Grupo Estúdio, Carlos Braga Monteiro.
03:47As tarifas impostas pelo Trump nos Estados Unidos, principalmente do que se refere à China,
03:52mas também perante todos os demais países que acabam também sofrendo consequências,
03:57porque muitas vezes o insumo vem dos países asiáticos, vem da China,
04:02ou então o mercado em que o país que produz e vai mandar o produto é para a China.
04:07Então acaba que gera uma instabilidade econômica mundial advinda dessas tarifas.
04:13Então é muito ruim para os países de modo geral, principalmente os países emergentes.
04:17O BRICS surgiu em 2001 com a participação apenas de Brasil, Rússia, Índia e China.
04:24Anos depois, a África do Sul passou a fazer parte.
04:27E mais recentemente, outras nações passaram a compor o grupo.
04:30É o caso da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
04:37O grupo também tem países parceiros, que inclui Belarus, Bolívia,
04:41Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
04:49Para se ter uma ideia da relevância na produção agrícola,
04:52O grupo corresponde a 52% da produção mundial de arroz, 46% da produção de soja e 42% de todo o trigo do mundo.
05:03O especialista em comércio exterior e CEO da China Gate, Rodrigo Giraldelli,
05:08diz que a entrada de outros países evidencia o protagonismo que o grupo internacional pretende ter.
05:15Essa cúpula, sobretudo, foi marcada por uma busca maior de protagonismo.
05:20O BRICS já tem alguns anos que acontece e ele está avançando em políticas que, sobretudo,
05:28requer e objetiva aumentar a sua presença global através dos interesses dos países que fazem parte.
05:35O convite à vinda de países novos como Irã, Egito, Etiópia e Argentina deixa um recado claro.
05:45Os países do BRICS estão querendo aumentar a sua presença.
05:49Nessa cúpula, sobretudo, foram discutidas ações, solicitações, tanto na ONU, quanto no FMI, quanto no Banco Mundial.
05:59Então, mostrando que o BRICS está, de fato, consolidando a sua presença, buscando mais autonomia rumo aos seus interesses.
06:12Um tema quente e, talvez até um pouco polêmico, é a conversa, a discussão de fazer trocas comerciais
06:21utilizando moedas locais entre esses países.
06:24E o tema é quente porque isso interfere na balança hegemônica do padrão dólar, como o comércio mundial.
06:33Os Estados Unidos sempre ficam observando e exercendo a sua influência quando você tenta sair do padrão dólar para negociações internacionais.
06:45Ele lembra ainda sobre a relevância do agronegócio dentro das discussões.
06:50O agro-brasileiro exportou 165 bilhões de dólares em produtos agrícolas.
06:57E o grupo internacional pode fomentar o comércio.
07:00O fortalecimento do bloco pode ajudar o Brasil a melhorar suas exportações.
07:05Sobretudo para a China, que é um grande cliente do Brasil, é o nosso maior parceiro comercial.
07:11A presença do bloco não substitui negociação com outros mercados.
07:16É impossível ignorar a Europa, é impossível ignorar Estados Unidos no contexto de comércio global.
07:22Então, eu penso que a presença do bloco, mais países no bloco, tende a fortalecer o comércio com o Brasil
07:31perante esses países, através, por exemplo, de redução de barreiras tarifárias e barreiras alfandegárias.
07:38Acordos de entendimento podem reduzir as barreiras e facilitar o comércio, deixando ele mais rápido e menos oneroso.
07:47Também vale dizer, caso isso seja concretizado, a negociação em moeda local facilita muito a abertura de futuras linhas de crédito,
07:56financiamento e troca de tecnologia, sobretudo com a China, que é um grande parceiro comercial
08:03e tem interesse em expandir os seus laços aqui diretamente com o Brasil.
08:08Então, eu penso que tem bastante a ganhar e, claro, vale aí uma engenharia política bem elaborada
08:15para não perder outros mercados que podem, de alguma forma, se opor ao bloco.
08:21A carta assinada nesse último encontro pontua ações prioritárias, dentre elas o desenvolvimento sustentável,
08:30a erradicação da fome e da pobreza e o enfrentamento global da mudança do clima.
08:36E para que os países consigam executar as metas e objetivos propostos pelo grupo,
08:42o Banco dos BRICS exerce papel fundamental.
08:45Atualmente, o banco é presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff.
08:49Dentro desse contexto, o CEO do Grupo Estúdio, Carlos Braga Monteiro, destaca como ele pode auxiliar.
08:56Representa, sim, uma oportunidade para fomentar insumos da cadeia do agro de forma bastante confundente.
09:06Existem muitos projetos nesse sentido, principalmente em infraestrutura e na área de energia,
09:13que acaba sendo também uma forma de fazer com que a nossa economia se aqueça.
09:20O encontro também debateu a preservação ambiental como tema prioritário.
09:25Inclusive, após o evento, o presidente Lula se reuniu com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi,
09:32e destacou a relevância das duas nações para liderarem a transição energética.
09:38Nós vimos na reportagem que o encontro dos países do BRICS foi a motivação inicial
09:43para os Estados Unidos prometerem a taxação de 50% sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
09:51O presidente Lula informou que irá buscar negociar essas tarifas,
09:55mas caso não seja possível, deve aplicar a lei da reciprocidade.
10:00Para o agro, algumas das produções mais impactadas serão café e laranja.
10:05Para se ter uma ideia, quase metade dos 3 milhões de litros de suco consumidos por ano nos Estados Unidos
10:12vem daqui do Brasil.
10:14Além disso, só nos cinco primeiros meses desse ano, o país já importou 2,9 milhões de sacas de café brasileiro.
10:23Para abordar os impactos nessas cadeias, nós vamos conversar com o Márcio Ferreira,
10:28presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, Cicafé,
10:32e o diretor executivo da Citrus BR, o Ibiapaba Neto.
10:35Bem-vindos ao Araga do Agro.
10:37Muito obrigada pela participação de vocês, pela disponibilidade
10:40e por toparem fazer essa dobradinha aqui para a gente conversar
10:44de duas cadeias que estão no foco desse noticiário e, óbvio, no foco dessas discussões.
10:50Queria começar tratando com vocês o que eu tenho ouvido nos últimos dias aí,
10:55de que o café da manhã dos Estados Unidos está ameaçado, pode ficar mais caro.
11:00A gente está falando aí que, pelo menos, o suco de laranja,
11:04mas, se eu não me engano, o café também tem tarifas de 10% hoje.
11:08Então, a gente está falando para uma caminhada aí de 60%.
11:12Como que a gente interpreta esses números?
11:16Quais os desdobramentos para os negócios das respectivas cadeias que vocês representam?
11:21Inclusive, para o consumidor brasileiro.
11:24Vou começar falando de café.
11:26E aí, depois, eu passo para o suco de laranja e aí a gente vai fazendo essa dobradinha.
11:31Obrigada pela participação de vocês.
11:34Oi, Mariana.
11:35Um prazer estar aqui com você.
11:36Eu sou a inspiração da Jovem Pan.
11:38Meu amigo, Bia Paba, também.
11:42Bom, os Estados Unidos, que é o maior consumidor de café do mundo,
11:47onde o Brasil tem participação na ordem de 35%.
11:50Olhando o ano passado, os Estados Unidos importou 8,1 milhões de sacas de café
11:57e o Brasil exportou 50 milhões de sacas.
12:01Então, algo da ordem de 16% das nossas exportações.
12:04A tarifa já de 10% já era algo que incomodava.
12:08Inclusive, nós tivemos, nesse dia 2, 3 e 4,
12:11o décimo Coffee Dinner e Summit do C-Café reunindo 35 países
12:16em total de 2 mil pessoas na cidade de Campinas,
12:20onde esse assunto tarifa já estava sendo debatido,
12:24junto com a iniciativa privada,
12:26a liderança da indústria americana de café
12:28e também representantes do governo federal.
12:32Para nossa surpresa, veio o adicional de 50%.
12:36Quais são os impactos que a gente tem?
12:38Primeiro, a gente tem que considerar que a produção mundial de café
12:43está muito ajustada em relação ao consumo.
12:47Obviamente que a gente espera que a produção venha a aumentar,
12:49porque o consumo também aumenta,
12:51e em condições climáticas favoráveis,
12:53a produção deve aumentar a partir do próximo ano.
12:56Ao mesmo tempo, a gente sabe que tarifas impactam
13:00tanto o consumidor final quanto o país produtor.
13:04Fato é que, quando aplicar os tarifas,
13:07a Bolsa de Nova Iorque e a Bolsa de Londres,
13:10respectivamente, a Arábica e o Canéfaro,
13:12que é Robusto e Conilon,
13:13eles vão se ajustando para baixo,
13:17balizando um novo valor sobre o qual incide a tarifa.
13:20E aí, ainda assim, pesa para o produtor,
13:22porque cai o preço,
13:24pesa para o consumidor, porque agrega 50%.
13:27O que a gente espera, de fato,
13:29é que, num dado momento,
13:31e o governo federal já assinou,
13:34que vai ter diálogos com as lideranças do agro-brasileiro,
13:38principalmente café, laranja e outros,
13:40para tratar esse tema.
13:42E a gente espera a oportunidade de mostrar a importância,
13:47não, obviamente, da cafeicultura para o Brasil,
13:49mas um dado interessante é que,
13:50para cada dólar exportado para os Estados Unidos,
13:52rende, gera 43 dólares na economia americana.
13:562,2 milhões de pessoas trabalham com o café nos Estados Unidos.
14:01A maior rede de cafeteria é dos Estados Unidos,
14:06e o café representa 1,2% do PIB americano,
14:12que, se não me engano,
14:13é 12 vezes maior do que o PIB brasileiro.
14:16E o café no Brasil representa 0,89% do nosso PIB.
14:20Então, o café tem uma participação importantíssima,
14:22na economia americana.
14:24Além do que, o café não é produzido em território americano,
14:28não compete com nenhuma cultura,
14:30e isso é favorável na hora de negociação.
14:33A gente espera que a gente venha a ter
14:36um posicionamento mais flexível
14:38e diálogo da parte dos dois governos.
14:42Muito interessante esses números,
14:44para a gente ter a dimensão de como que o café,
14:46importado por eles,
14:48movimenta a economia deles,
14:49mesmo eles não tendo essa produção própria.
14:51Ibiapaba, obrigada também pela disponibilidade.
14:54Queria que você trouxesse, então,
14:56a perspectiva do suco de laranja,
14:58porque eu sei que existe aí realmente
15:00uma preocupação de, inclusive,
15:02fala-se aí de tornar o setor inviável
15:05pela questão dessa taxação
15:07que passa de 10% para 60%,
15:10se for concretizado.
15:11Quais que são as principais análises
15:13do lado daí, por favor?
15:14Bem, boa tarde, Mariana,
15:17meu amigo Márcio.
15:18Já tomei muito café com o Márcio,
15:19e o Márcio tomou muito suco comigo,
15:21viu, Mariana?
15:21Então, a gente está...
15:22Nós somos colegas aí de trincheiras,
15:25bem, vamos lá.
15:27Para a gente é um...
15:29Enfim, a gente foi pego de surpresa
15:30com essa tarifa,
15:31como você bem colocou,
15:32já havia uma tarifa de 10%,
15:34e quando a gente coloca
15:36que é o aumento de tributo
15:37na nossa cadeia,
15:39ele é de 533%.
15:40Então, assim, a gente já...
15:42Isso que o suco de laranja,
15:43ele já pagava ali
15:45uma tarifa importante
15:46de 415 dólares por tonelada.
15:48Vamos lembrar,
15:49a Flórida, ela é um produtor de laranja,
15:51mas é um produtor de laranja
15:52que perdeu muito protagonismo
15:54nos últimos anos.
15:55A Flórida chegou a produzir,
15:57no passado recente,
15:58150 milhões de caixas de laranja,
15:59que é a medida que a gente usa,
16:02e nesta safra passada,
16:03ela finalizou com apenas
16:0411 milhões de caixas.
16:06Bem, nesse período,
16:08o Brasil sempre se colocou
16:10como uma produção complementar
16:13à produção da Flórida.
16:15O Brasil sempre serviu
16:16ao mercado americano
16:18como um suporte,
16:21um pulmão,
16:22quando falta o suco da Flórida,
16:23o Brasil sempre entrou complementando.
16:26Chegamos a um ponto que hoje
16:27um pouco mais de 70%
16:29das importações de suco de laranja
16:32feitas pelo mercado americano
16:34vem do Brasil.
16:35Então, é muito difícil a gente imaginar
16:36que esse mercado consiga
16:38continuar nos padrões de consumo
16:41que existem hoje
16:43sem esse fornecimento
16:45do suco de laranja brasileiro.
16:47E aí você tem uma cadeia de valor
16:49muito sofisticada também nos Estados Unidos.
16:51Tem grandes marcas lá,
16:53de grandes grupos empresariais,
16:55empresas genuinamente americanas,
16:57que tem no suco de laranja brasileiro
16:59a principal matéria-prima
17:01para poder rodar os seus negócios.
17:02Então, sem esse produto,
17:04você tem sérios problemas
17:05para você conseguir remunerar
17:07o seu capital
17:07que está investido naquela fábrica.
17:09Você não faz com que o produto
17:11chegue na prateleira,
17:12você perde a disposição de gôndola
17:13e todo mundo perde nessa história.
17:16Perde a indústria americana,
17:18perde a indústria brasileira,
17:20o citricultor brasileiro
17:21e acaba sendo esse perde-perde generalizado.
17:26Da nossa parte aqui, Mariano,
17:28acho que o que é mais grave nessa história
17:29é que hoje, tomando o preço da bolsa
17:33como referência,
17:3470% do valor hoje é imposto.
17:37Então, do que é a cotação em bolsa,
17:39a gente pegando aqui o conceito FOB,
17:42em que você tem o valor de referência
17:43e você vai tirando ali os valores,
17:45os seus custos de imposto,
17:47custos adoneiros, enfim,
17:48desembaraço, etc.
17:49Só de imposto vai 70%.
17:51Então, sobra muito pouco
17:52para remunerar a cadeia
17:53e, obviamente,
17:54ninguém gosta de trabalhar com prejuízo.
17:56Então, nesses padrões de hoje,
18:02fica inviável.
18:03Repassar a tarifa também é muito difícil.
18:05Algumas dessas empresas americanas
18:07hoje não têm margem
18:08para conseguir repassar
18:12essa tarifa para o consumidor.
18:13Então, fica esta sinuca de bico,
18:15literalmente.
18:17Por essas e por outras,
18:18eu faço cor aqui com o meu amigo Márcio,
18:20a gente espera que o governo brasileiro
18:23continue o caminho do bom diálogo.
18:25Itamaraty possui técnicos altamente qualificados.
18:30A gente tem ali a elite do nosso funcionalismo público
18:33também está ali no Itamaraty.
18:35E a gente espera que o bom diálogo aconteça
18:38e o bom senso prevaleça.
18:40E aí, que em breve podemos brindar com café
18:43e com suco de laranja, com certeza.
18:44Com certeza.
18:46Todo mundo ganha se esse brinde for mais amigável
18:49para o bolso de todo mundo.
18:50Agora, vocês estão tocando, então,
18:52nesse ponto em relação à expectativa
18:55da postura do governo brasileiro.
18:57Eu queria explorar um pouquinho mais
18:59com vocês sobre isso.
19:01O Márcio citou aí, por exemplo,
19:02a sinalização do governo
19:04em fazer um encontro com as cadeias produtivas.
19:08Imagino que vocês, com certeza,
19:09estão nessa lista aí para a reunião.
19:11É uma reunião para a semana que vem,
19:14é uma reunião em caráter de urgência.
19:16Queria entender um pouco
19:17o que vocês já podem sinalizar para a gente
19:19desse bastidor,
19:20porque isso é muito importante,
19:22porque a gente está falando não só de Itamaraty,
19:24como o Ibiapaba comentou aqui,
19:26mas o próprio Ministério da Agricultura,
19:28Ministério da Fazenda.
19:29São várias pastas
19:30que vão ter que estar ali coordenadas.
19:33E a própria Frente Parlamentar da Agropecuária
19:36já pediu cautela nesse sentido,
19:38está pedindo também um tom de diplomacia.
19:41perante os Estados Unidos.
19:44O que vocês estão esperando de fato?
19:46Queria entender um pouco
19:47essa possível reunião
19:49que vem acontecer aí.
19:51Márcio, eu vou voltar com você,
19:52porque foi você que deu a deixa da reunião,
19:54mas eu imagino que o Ibiapaba
19:56também esteja por dentro,
19:57já que vocês estão sempre tomando
19:58café e suco juntos.
19:59Nós ainda não temos, Mariana,
20:04a data ainda definida.
20:06Obviamente que a gente espera
20:08que seja em prazo muito curto.
20:10O governo, obviamente,
20:11vem em contato com as lideranças
20:14e pede informações não só
20:16sobre o mercado americano,
20:17mas sobre o mercado em geral.
20:19E é o que você falou,
20:20a gente realmente espera pelo diálogo.
20:22Nós tivemos já algumas conversas
20:24a nível do Ministério da Agricultura.
20:26Neste evento, inclusive,
20:27da semana passada,
20:29o vice-ministro,
20:30o secretário de rua,
20:31estava conosco.
20:32Também o secretário Guilherme Gantos
20:35também estava conosco.
20:36O ministro do Trabalho
20:37também estava conosco,
20:38onde o C-Café fez adesão
20:40ao Pacto do Trabalho,
20:42Pacto Social.
20:43Então, esse diálogo
20:44por parte do setor café,
20:47entendo também de outros,
20:48já existe com o governo.
20:49A gente tem tido reuniões importantes,
20:52num diálogo profundo.
20:53E o que a gente espera realmente
20:55é muita sintonia
20:57e, ao mesmo tempo,
20:59pragmatismo.
21:00A gente sabe, por exemplo,
21:02que o Brasil tem e sofre tarifas também
21:05em outros países.
21:07Não da ordem de 50%,
21:09mas há países onde a gente exporta,
21:11por exemplo, café solúvel
21:12e é onerado em 20% ou mais do que isso.
21:16E daí até uma oportunidade
21:17para que nós olhemos também
21:18esses outros destinos.
21:20Agora, falando de Estados Unidos,
21:23dentro desse contexto
21:25que a gente tem de reciprocidade,
21:27em que o Brasil,
21:29na balança comercial,
21:30ela é mais favorável
21:31aos Estados Unidos
21:32do que o próprio Brasil.
21:33E, ao mesmo tempo,
21:34nesse contexto político,
21:37há que se requerer,
21:38como o Ibeabapa bem colocou,
21:40um trabalho dos técnicos
21:41que são muito bem preparados,
21:42junto com o setor privado.
21:44e eu sempre digo que
21:46política é trabalhar em conjunto
21:50para acharmos as soluções
21:51que sejam, vamos dizer,
21:53um ponto de equilíbrio
21:54entre as duas partes.
21:56E é esse o objetivo
21:57que nós vamos buscar.
21:58Nós não podemos abrir mão
21:59do mercado americano,
22:01nem os Estados Unidos
22:02pode abrir mão do café brasileiro,
22:04porque o café brasileiro
22:05é o mais competitivo
22:06e ele entrega 90%
22:09do valor de exportação
22:10até 94%
22:11do valor de exportação
22:12deduzidas às despesas
22:14direto para o produtor.
22:16É aquele que mais repassa
22:18na cafeicultura
22:19do mundo inteiro.
22:20Outros origens repassam
22:2160% a 70%.
22:22Então, quando você fala
22:24em um mundo que demanda
22:25rastreadibilidade,
22:26sustentabilidade,
22:28respeito social e trabalhista,
22:30o café já faz
22:31todo esse trabalho.
22:32Você olha o nosso
22:33código florestal
22:34que protege
22:35entre 20% a 80%
22:37de toda a área
22:38onde tem café
22:39e onde tem café
22:41o IVH é mais elevado
22:42em todos os municípios.
22:44Então, a gente tem
22:44o trabalho social
22:45e o trabalho econômico,
22:47o ESG,
22:48que a gente fala.
22:49Então, nesse contexto
22:50do que é o nosso café
22:51palatável para o consumidor,
22:53não só nos Estados Unidos,
22:54de qualquer país,
22:55esse é o nosso cartão
22:56de apresentação.
22:58Nós não podemos ficar
22:59sem o maior consumidor
23:00e eles não podem ficar
23:01sem o café tão comprometido
23:03como o café brasileiro.
23:03Perfeito.
23:05E, Bia Paba,
23:06na sua perspectiva,
23:08essa reunião,
23:08essa possível reunião
23:09com o governo,
23:11vocês gostariam
23:11de pleitear o quê?
23:13Sendo que,
23:14se eu não me engano,
23:15corrija se eu estiver errada,
23:16mas a gente está falando
23:17que 95% da produção brasileira
23:19de suco de laranja
23:20é exportada
23:21e desses 95%,
23:2242% é para os Estados Unidos.
23:24Então, também é um volume
23:25considerável, né?
23:27É isso aí, Mariana.
23:28Vamos lá.
23:29Acho que a gente,
23:30aproveitando a palavrinha
23:31que você usou,
23:31vamos colocar aqui
23:32as coisas em perspectiva, né?
23:34Hoje é dia 11,
23:36o anúncio pelo presidente Trump
23:38foi feito no dia 9,
23:40basicamente no final do dia.
23:43A gente teve ontem,
23:45dia 10,
23:46praticamente todo mundo
23:47querendo entender
23:47e apagando incêndio.
23:49E hoje é efetivamente,
23:51acho que o primeiro dia
23:51que o governo tem
23:52para tentar se organizar.
23:53Então, a gente também precisa
23:54dar esse respiro
23:56para que eles possam
23:57conversar entre eles
23:58e que possam
24:00se organizar
24:03e organizar esses encontros.
24:04Bem, ontem eu conversei
24:06com o ministro Fávaro,
24:07ele muito gentil,
24:08entrou em contato
24:09com a Citrus BR,
24:11retornando aqui
24:11a nossa ligação.
24:13Ele tem plena consciência
24:14das dificuldades
24:16que a gente vai
24:17enfrentar nesse processo,
24:19o tamanho do mercado americano
24:21para o setor
24:23de suco de laranja brasileiro.
24:25nós temos
24:26outros mercados
24:27de interesse,
24:28enfim,
24:29que o Ministério da Agricultura
24:31já vem trabalhando
24:32com a gente,
24:32já não é de hoje.
24:34Esse é um trabalho
24:34que ele é um trabalho
24:35contínuo,
24:36sabe Mariana?
24:37Não é uma coisa assim
24:38que vamos começar
24:39a trabalhar
24:39novos mercados agora
24:41que os Estados Unidos
24:43fecharam as portas,
24:45um lugar assim.
24:45Não, esse trabalho
24:46ele é feito
24:46diuturnamente
24:48por todos os setores
24:49e pelo governo já,
24:51pelo Estado brasileiro.
24:53Vamos colocar assim,
24:53o Estado brasileiro,
24:54independentemente do governo,
24:55faz esse trabalho
24:56de abertura.
24:59Bem, qual que é o problema?
25:00O problema é que
25:00o mercado internacional
25:01ele não é feito
25:02de escoteiros, né?
25:03Então, assim,
25:04a gente não tem
25:05um...
25:07Nós não temos
25:08uma disponibilidade
25:10de mercados
25:12que estão de braços
25:13abertos
25:13para os produtos brasileiros,
25:15porque os produtos brasileiros
25:16são realmente competitivos.
25:18Então, para todo mercado
25:18que a gente quer entrar,
25:20que a gente quer
25:20diminuir uma tarifa,
25:23como o Márcio colocou,
25:24e nesse ponto
25:24acho que os dois setores
25:25são muito parecidos,
25:26são dois setores
25:27em que eles são abertos
25:29do ponto de vista
25:30de exportação.
25:31Você pode exportar,
25:33você não tem uma barreira
25:34fitossanitária,
25:35por exemplo,
25:36mas você tem ali
25:37sérios problemas tarifários,
25:38que às vezes inviabilizam
25:39as exportações.
25:40A gente pode dar um monte
25:41de exemplo aqui.
25:42A Índia, por exemplo,
25:43que é um dos países
25:45que faz parte do BRICS,
25:46tem uma tarifa
25:47de 30%
25:48e mais um imposto interno
25:51que chega a quase mais 30%.
25:52Então, o sobrepreço
25:54para o consumidor
25:55na ponta é altíssimo.
25:56Coreia do Sul,
25:57que não produz
25:58um pé de laranja,
25:59tem uma tarifa
26:00de 54%.
26:01E agora,
26:03recentemente,
26:03a gente conseguiu
26:04uma cota
26:05de 6 mil toneladas
26:06a 10%.
26:07China
26:08tem diferentes tarifas
26:10e a mais alta
26:12chega a 30%,
26:13a mais baixa
26:13é de 7%,
26:15e 7,5% no caso.
26:17E a gente vem trabalhando
26:18isso faz alguns anos.
26:19Então, claro que,
26:20obviamente,
26:21que uma gestão
26:21de alto nível
26:22do governo brasileiro
26:23em nível de presidência
26:24da República,
26:25junto com as contrapartes,
26:27ela pode sim trazer
26:28algum efeito.
26:30O ponto é,
26:31esses mercados
26:33estão sendo discutidos
26:34faz tempo
26:34e não necessariamente
26:36você tem a estrutura
26:37necessária
26:38para que você consiga
26:40destinar o seu produto.
26:41No caso do suco de laranja,
26:43assim,
26:43para a gente deixar
26:43muito claro,
26:44não é você
26:45enviar o produto.
26:48Você precisa enviar o produto,
26:49ele precisa ter
26:49uma indústria de envase,
26:51essa indústria de envase
26:52ela precisa ter
26:52canais de distribuição.
26:55O investimento
26:55dessas linhas de envase
26:57é gigantesco.
26:59Então, assim,
27:00não tem,
27:00você pode até ter
27:01alguma capacidade
27:02nesses mercados
27:02que pode ser ampliada,
27:04mas você não vai
27:05conseguir absorver
27:06um mercado
27:06de 3 bilhões de litros,
27:09que é o tamanho
27:09do mercado americano,
27:10do dia para a noite.
27:11Só para te comparar, tá?
27:12O mercado americano
27:13ele é de 3 bilhões de litros.
27:15O mercado brasileiro
27:16é de 300 milhões de litros.
27:19Então, você pensa,
27:19tudo que você vê
27:20de suco de laranja
27:21no supermercado do Brasil
27:22que já vê alguma coisa,
27:24nos Estados Unidos
27:24é literalmente
27:2510 vezes mais.
27:26Então, assim,
27:27é muito desproporcional.
27:29Então, assim,
27:29grandes desafios
27:30pela frente,
27:31mas grandes oportunidades
27:32também para resolver
27:33essa história
27:33na diplomacia.
27:35Continuaremos acompanhando,
27:36sem dúvida,
27:36foi o que você falou, né?
27:38Agora,
27:38o primeiro dia ali,
27:39os dois primeiros dias,
27:40as primeiras 48 horas
27:41que o governo
27:42vai assentar a poeira
27:44e conversar sobre isso.
27:45A gente continua acompanhando
27:47e, com certeza,
27:48vocês já estão
27:48mais do que convidados
27:49aqui a voltar.
27:50Muito obrigado,
27:51Márcio e Biapaba,
27:52pelas explicações,
27:53pela participação aqui hoje,
27:55viu?
27:55Obrigada.
27:57Eu que agradeço
27:57pelo espaço.
28:00Vamos lá.
28:01Como vimos agora,
28:02o café e o suco de laranja
28:04são produtos centrais
28:05nessa discussão
28:06das tarifas de Trump.
28:07Mas outras commodities
28:09também merecem atenção.
28:11E é por isso
28:11que a gente vai falar
28:11sobre esse assunto
28:12no Ações e Cotações de hoje.
28:17Para nos ajudar
28:20a compreender
28:21o comportamento do câmbio
28:22e o reflexo disso
28:24para diferentes setores
28:25do agro,
28:26nós recebemos hoje
28:27a Marina Marangon,
28:28analista da consultoria agro
28:30do Itaú BBA.
28:32Marina,
28:32muito obrigada
28:33pela participação,
28:34obrigada pela sua disponibilidade.
28:36Eu queria já começar
28:37trazendo esse contexto
28:40de que a gente viu
28:41que o anúncio
28:42das tarifas ali
28:43do Trump
28:44fez com que o câmbio
28:46disparasse
28:46indo ali de 5,60,
28:48indo a 5,60, né?
28:50Saiu de 5,44
28:51para 5,60
28:52logo em seguida
28:53ali com o anúncio.
28:55Com a desvalorização
28:56do real,
28:57os produtos brasileiros
28:58ganham competitividade
28:59no mercado internacional?
29:00Eu queria que você
29:01trouxesse um pouquinho
29:03dessa análise
29:03para a gente,
29:04por gentileza.
29:04Olá, Mariana,
29:08é um prazer
29:08falar com vocês.
29:10Acho que primeiro
29:10eu queria contextualizar
29:12um pouquinho
29:12do que a gente está vendo
29:13no cenário de arroz, tá?
29:15Atualmente,
29:16a gente está
29:16com uma oferta
29:17bastante em excesso
29:19aqui internamente,
29:21então seria bastante
29:22interessante
29:22para o setor
29:23que a gente conseguisse
29:25escoar esse arroz,
29:26exportar
29:27para esses destinos,
29:30para que a gente
29:31tivesse aí
29:31um certo alívio
29:32e um maior balanço ali,
29:34um balanço mais equilibrado
29:35entre a nossa oferta
29:37e demanda.
29:38Então,
29:39é um momento
29:40em que a gente
29:41precisaria realmente
29:43ter aí
29:43essa disponibilidade
29:45para conseguir enviar
29:46e escoar
29:47o nosso arroz.
29:49A gente não tem
29:50tanta competitividade
29:52com relação
29:52a outros países
29:54e principalmente
29:55o Mercosul,
29:56porque também
29:57produziram muito bem,
29:58tá?
29:59Então,
30:00pode sim
30:02ser um cenário
30:03que ajuda,
30:05mas a gente
30:06tem essa competitividade
30:08com outros países,
30:09tá?
30:09O que dificulta
30:10um pouco aí
30:11essa questão
30:12das nossas exportações
30:14e não deve ser algo
30:15que vai contribuir
30:16tanto aí
30:17para um aumento
30:18tão forte
30:19assim nos preços,
30:20mas é sim
30:21uma notícia
30:22que pode favorecer.
30:25Mas aí,
30:25por exemplo,
30:25com esse foco
30:26no arroz,
30:27né?
30:27A gente está falando
30:28de um momento
30:28que inclusive
30:29aqui no Brasil
30:30ele é bem
30:31estratégico
30:33porque o produtor
30:33está olhando
30:34para a safra 25, 26
30:35e ao mesmo tempo
30:37a Bia Rosa,
30:38Associação Brasileira
30:39da Indústria
30:40do Arroz
30:41aqui no Brasil
30:42já está falando
30:43que a taxação
30:43pode trazer algo ali
30:45em torno de prejuízo
30:46de 25 milhões
30:47de dólares.
30:49Como que a gente...
30:50Eu queria saber
30:50se vocês estão mapeando
30:51esse valor
30:52ou algum montante
30:54
30:54e como que isso
30:55reflete então
30:56nesse momento estratégico
30:58de planejamento
30:58de safra?
31:01Certo.
31:01É realmente
31:02um momento
31:02bastante estratégico
31:03agora, tá?
31:04Quando a gente
31:05está falando
31:05os produtores
31:06começam a planejar
31:07para a safra 25, 26
31:08e é um momento
31:10que os preços
31:10estão bastante baixos.
31:12Então a gente
31:12já está
31:13vendo o setor
31:14fragilizado, tá?
31:15Por conta
31:16dessas questões
31:17e essa perda
31:18aí de possíveis
31:19envios
31:20pode inviabilizar
31:21mais ainda, tá?
31:22A safra
31:24dos Estados Unidos
31:25ela começa
31:26agora
31:26em agosto, tá?
31:28Então
31:28quando a gente
31:29olha para as tarifas
31:30a gente não vê
31:31um impacto
31:31assim tão forte
31:32para o arroz
31:33quanto a gente
31:34está vendo
31:34para outros
31:35setores, tá?
31:36Então
31:37realmente
31:38tem essa
31:39questão
31:39da biarros
31:40todo o cálculo
31:42que eles fizeram
31:43realmente
31:43pode afetar
31:45ainda mais
31:46o setor
31:47mas é um momento
31:48ali que os Estados Unidos
31:50já começam a se preparar
31:51para a safra deles
31:52então
31:52a gente tem
31:53a gente não vê
31:54assim um impacto
31:55tão forte
31:56quando a gente
31:57olha aqui
31:57para o arroz
31:59para o setor de arroz
31:59aqui interno.
32:01Bom, então
32:01pelo que você está
32:02contando para a gente
32:03é isso
32:03o brasileiro
32:04consumidor
32:05não precisa se preocupar
32:06porque agora
32:07o preço do arroz
32:09não deve ter
32:10nenhum tipo de influência
32:11apesar desse impacto
32:12aí no mercado externo
32:13com a taxação do Trump, né?
32:16Exatamente
32:16no mercado interno
32:17a gente está vendo
32:18aí preços mais baixos
32:20tudo isso é resultado
32:21de uma safra
32:22maior esse ano, né?
32:23A gente tem aí
32:24uma área maior
32:26que vem de uma
32:26boa produção
32:27então tudo isso aí
32:29está fazendo com que
32:30os preços do arroz
32:31para o consumidor
32:31eles estão mais baixos, né?
32:33Olhando para
32:34essa exportação
32:35o que a gente pede
32:36de mercado de exportação
32:38que poderia ser enviado
32:39para os Estados Unidos
32:41acaba fazendo com que
32:43a gente tenha mais
32:44volume interno
32:45e isso pode até
32:45pressionar ainda mais
32:47o preço internamente, tá?
32:49então falando para o consumidor
32:52realmente não tem
32:53não deve ter um impacto
32:54muito forte para o arroz
32:56como a gente está vendo
32:57aí para outros produtos, tá?
32:59Como café, celulose
33:01suco de laranja
33:02então realmente para o arroz
33:04a gente não vê
33:05um impacto tão forte
33:06para o produtor
33:07sim, né?
33:08Pode ter esse impacto
33:10porque a gente pede aí
33:11uma possibilidade
33:13de envio, né?
33:15Confirmando as tarifas
33:16é óbvio que tudo pode mudar
33:18mas a gente perde aí, né?
33:20Uma possibilidade de envios
33:22que faria com que os preços
33:24subissem para o produtor, tá?
33:25Então são óticas diferentes
33:26que a gente tem que analisar
33:28mas os preços atualmente
33:29estão em níveis mais baixos aí
33:31não deve ter tantas preocupações
33:33falando para o consumidor
33:34já para o produtor
33:36não é um cenário
33:37muito favorável, né?
33:38A gente vê os preços aí
33:39abaixo das estimativas
33:41de custos de produção
33:42então essa perda aí, né?
33:44De uma possibilidade
33:46de exportações
33:47essa perda possível em receita
33:49pode dificultar aí
33:51um pouquinho mais
33:52para o produtor
33:53Perfeito, perfeito
33:55E aí você está trazendo
33:56para a gente
33:57essa perspectiva do produtor
33:59que já não está fácil
34:00e dentro desse rearranjo global
34:04que se desenha
34:06a partir do anúncio do Trump
34:08a gente também está falando
34:09de um impacto
34:10para fertilizantes, né Marina?
34:11eu queria saber
34:13se você também pode comentar
34:14um pouquinho disso
34:15para a gente
34:15porque assim
34:16os fertilizantes
34:18a gente já tem observado
34:19uma alta
34:20aí por conta de guerra
34:22no Oriente Médio
34:23a questão do Irã
34:24e aí agora
34:26com uma elevação
34:27do dólar aqui
34:29para o Brasil
34:29o fertilizante
34:30vai ficar ainda mais salgado
34:32prejudica todo mundo
34:33prejudica o produtor de arroz
34:35o que você pode falar
34:36para a gente
34:37sobre isso
34:37por gentileza?
34:40Sim, com certeza
34:40eu acho que a gente
34:41já estava trabalhando
34:42com esse nível
34:43de fertilizantes
34:44mais altos, né?
34:46Então as relações
34:47de troca aí realmente
34:48já estavam mais desfavoráveis
34:50para o produtor
34:51com isso
34:52prejudica ainda mais
34:55então acho que é um cenário
34:57geral, né?
34:58Considerando que agora
34:59o produtor
35:00está se preparando
35:01para a próxima safra
35:02com certeza
35:03afeta o produtor
35:04de arroz sim, tá?
35:05porque esse planejamento
35:08ele já está com preços
35:09mais baixos, né?
35:10Níveis aí
35:11inferiores
35:12às estimativas
35:13de custo de produção
35:14tudo isso deve fazer
35:16com que
35:16essa relação de troca
35:18aí fique desfavorável
35:19para o produtor
35:20então é uma preocupação
35:23sim
35:23quando a gente olha
35:24para os impactos
35:25que isso pode ter
35:25na taxa de câmbio.
35:27E eu queria
35:28só encerrar
35:29perguntando para você
35:30também o seguinte
35:31falamos de arroz
35:32porque é uma cadeia
35:35que é importante
35:36para a gente acompanhar
35:37como consumidores
35:38e entender essa relação
35:40Brasil-Estados Unidos
35:41falamos de fertilizante
35:43e quando a gente fala
35:44de valorização do dólar
35:46pelo menos
35:47quem está exportando
35:48soja e milho
35:49vai ficar feliz
35:49queria entender
35:50se a gente também
35:51pode trazer
35:51alguma notícia boa
35:53dentro desse caos
35:54que está
35:55com a taxação
35:56alguém fica
35:57minimamente satisfeito
35:59com esse
35:59com esse aumento
36:00do dólar
36:01soja e arroz
36:02soja e arroz
36:03olha o alto falho
36:04soja e milho
36:05entram nessa perspectiva?
36:08Exatamente isso
36:09então acho que
36:10a questão do câmbio
36:11os impactos
36:12eles são exatamente esses
36:13temos um impacto negativo
36:15na questão
36:15dos fertilizantes
36:16mas ao mesmo tempo
36:18tem uma maior
36:19atratividade
36:20para as exportações
36:21de milho
36:22e soja
36:23então isso pode
36:24ser uma notícia
36:26um pouco mais positiva
36:27para o setor
36:28do agro
36:29com relação
36:30a todas essas mudanças
36:31ainda é muito cedo
36:33para a gente
36:34fazer confirmações
36:35eu acho que a gente
36:35tem que ao longo
36:36desse mês
36:37ir observando
36:39negociações
36:40a gente não pode
36:42estabelecer
36:43o que vai ser
36:45assim
36:45que vai ficar
36:46mas eu acho que seria
36:47uma das notícias
36:48positivas
36:49seria essa questão
36:50sim
36:50da taxa de câmbio
36:52favorecendo
36:53os exportadores
36:55de soja e milho
36:55perfeito
36:56muito obrigada
36:57Marina
36:58a gente volta
36:59a contar contigo
36:59em outras oportunidades
37:00inclusive
37:01para entender
37:01porque eu sei
37:02que o Itaú
37:02BBA está
37:03acompanhando
37:04a movimentação
37:04de todas
37:05essas commodities
37:06vocês são bem-vindos
37:07a voltar aqui
37:08viu
37:08muito obrigada
37:09muito obrigada
37:10Mariana
37:11o prazer é nosso
37:12a gente soltou
37:13um material
37:14bastante importante
37:15que é o
37:15visão agro 2025
37:1626
37:17então contem com a gente
37:19é sempre um prazer
37:20estar aqui
37:21podendo contribuir
37:22para o setor
37:23e para todos
37:24que nos assistem
37:25obrigada
37:25muito obrigada
37:26e agora
37:28a gente vai
37:29para um rápido intervalo
37:30e na volta
37:31você vai ver
37:32a previsão do tempo
37:33para essa semana
37:34e o lançamento
37:35de novas variedades
37:36de mandioca
37:37pela Embrapa
37:38então não sai daí
37:39Hora H do Agro
37:52Grandes conquistas
37:55começam com um bom
37:56planejamento
37:57e aqui no consórcio
37:58Magi Volkswagen
37:59Caminhões e Únibus
38:00a gente pensou
38:00em tudo submedida
38:01para o seu negócio
38:02com parcelas
38:03a partir de 4.160 reais
38:05e temos uma opção
38:06exclusiva para o seu
38:07meteoro
38:08ou extra pesado
38:09que preferir
38:09você tem até
38:10150 meses
38:11para pagar
38:12sem juros
38:12e taxa administrativa
38:13de apenas
38:148%
38:15no plano total
38:16Pense Gigante
38:17Consórcio Magi
38:18vwcaminhões.com.br
38:20ou ligue 0800
38:21778 1100
38:24Desde o tempo
38:24do homem primitivo
38:26a grande civilização grega
38:27da revolução industrial
38:29até o mundo moderno
38:30grandes guerras
38:31aconteceram
38:32moedas foram criadas
38:33inovações científicas
38:35mudaram o mundo
38:36e forjaram os povos
38:37Todas essas transformações
38:40foram costuradas
38:41pelo fio invisível
38:42da economia
38:43esse conhecimento
38:44é a chave
38:45para entender
38:45as relações humanas
38:46trabalho
38:47negócios
38:48investimento
38:48e política
38:49ao longo da minha carreira
38:50eu percebi
38:51que muitas pessoas
38:52tem dificuldade
38:53em entender
38:54esses conceitos
38:55que são essenciais
38:56para as nossas vidas
38:57para que a gente
38:58prospere
38:59quero compartilhar
39:01com você
39:01os fundamentos
39:02econômicos
39:02que moldaram
39:03e continuam
39:04a moldar o mundo
39:05entenda os segredos
39:07e transforme
39:08a sua forma
39:09de investir
39:09com o meu novo curso
39:11economia touro
39:12os 200 conceitos
39:13que interessam
39:14acesse agora
39:15newcursos.com.br
39:17e comece a sua jornada
39:19loitorio
39:20hora h do agro
39:36estamos de volta
39:39com o hora h do agro
39:41aqui na jovem pan news
39:42para ajudar você
39:43produtor
39:44a se programar
39:45nós vamos saber agora
39:47como fica a previsão
39:48do tempo
39:48para essa semana
39:49esse é mais um
39:50por dentro do clima
39:51Marco Antônio
39:59nosso mestre da meteorologia
40:01está de volta
40:02aqui no hora h do agro
40:04muito bem vindo
40:05de novo
40:06obrigada pela disponibilidade
40:08eu queria
40:08já começar
40:09perguntando
40:10para você
40:10sobre esse tempo
40:12mais seco
40:13que parece
40:14que está se encaminhando
40:15a gente vai vendo
40:16um tempo mais seco
40:17quando vai chegando
40:18essa época do mês
40:19do ano aliás
40:21e ainda tem possibilidade
40:22de retorno
40:23de laninha
40:24é isso mesmo
40:25Marco Antônio
40:26novidades
40:27novidades boas
40:28ou ruins
40:28olá Mariana
40:33olá todos
40:33
40:34olha
40:35realmente
40:36nós estamos
40:37num período
40:38mais seco
40:38agora né
40:39que é normal
40:40para esse mês
40:40de julho
40:41tirando um pouco
40:42o Rio Grande do Sul
40:43não
40:44mais o Sul
40:45que não é tão normal
40:46nessa época do ano
40:47ser tão seco
40:48mas
40:49essa
40:50esse tempo
40:51mais aberto
40:52agora
40:52vem favorecendo
40:54a realização
40:55das colheitas
40:56seja
40:57do milho
40:59do café
41:00da cana e da açúcar
41:01
41:02o plantio do trigo
41:03no Sul do Brasil
41:04vem sendo
41:05também
41:05beneficiado
41:06por esse clima
41:08mais
41:09aberto
41:11
41:11e sem chuvas
41:12no entanto
41:13há previsões
41:15de que já
41:16na semana que vem
41:17meados da semana que vem
41:18há uma previsão
41:20
41:21de chuvas
41:22
41:22retorno das chuvas
41:23para o Sul do Brasil
41:24e até mesmo em bons volumes
41:26isso dará condições
41:28para o pleno desenvolvimento
41:32das lavouras de inverno
41:33
41:33em especial
41:34o trigo e a veia
41:35mas atrapalha um pouquinho
41:38aí o andamento
41:38da colheita do milho
41:40nada que possa trazer
41:41problemas
41:42mas
41:43atrapalhar um pouquinho
41:44
41:45e
41:46com relação
41:47a laninha
41:48né Mariano
41:49como você bem citou
41:50o relatório
41:51do dia 10
41:52de julho
41:54da Danoa
41:55mostra uma possibilidade
41:57
41:58do retorno
41:59da laninha
42:01agora
42:01para o início
42:02da primavera
42:03entre
42:03outubro
42:05a dezembro
42:06porém
42:07o que está sendo projetado
42:10é uma laninha
42:10de fraca intensidade
42:12e de curtíssima duração
42:14já que no final
42:15da primavera
42:16início do verão
42:17ela já estaria
42:18indo embora
42:19
42:20já perdendo forças
42:21e isso lógico
42:22
42:22se isso realmente
42:24se confirmar
42:25a gente precisa ver
42:26agora
42:27nas próximas semanas
42:29se as próximas
42:31rodadas desses modelos
42:32continuam persistindo
42:34a volta da laninha
42:36a gente pode
42:38esperar aí
42:39um período
42:40um pouco mais seco
42:41nessa segunda metade
42:43da primavera
42:44ou seja
42:44novembro e dezembro
42:45no sul do Brasil
42:46isso pode trazer
42:48consequências sim
42:49para as culturas
42:51de verão
42:53como soja
42:54e milho
42:55de novo
42:55para o sul do Brasil
42:56mas por enquanto
42:58não dá para fazer
42:59nenhum alarme
43:00não dá para falar
43:01que isso vai realmente
43:02acontecer
43:03porque os modelos
43:04projetaram
43:05nessa
43:05agora
43:06
43:07nessa última semana
43:08no dia 10 de julho
43:09essa projeção
43:10então a gente precisa
43:11aguardar aí
43:12as próximas rodadas
43:13dos modelos
43:14para entender
43:15de fato
43:16o que vai acontecer
43:18e aí
43:19entender melhor
43:20realmente
43:21se há uma possibilidade
43:23de novas estiagens
43:25principalmente
43:26no Rio Grande do Sul
43:27Santa Catarina
43:28sul do Mato Grosso
43:29até mesmo
43:30Paraguai e Argentina
43:31viu Mariano
43:32mas aí
43:33o que que você aconselha
43:34olhando para
43:35esse produtor rural
43:36assim
43:37você falou
43:37não é momento
43:38de
43:38preocupações ainda
43:41mas de alguma forma
43:42ele precisa também
43:43continuar acompanhando
43:44a rural clima
43:45para saber
43:46esses modelos
43:47
43:47como que
43:48como que
43:49o que que você indicaria
43:50para os produtores
43:51hoje
43:51no sentido
43:52de cautela
43:53de decisão
43:54falando de um produtor
43:55que ainda vai plantar
43:56
43:56exatamente
43:58Mariana
43:58vamos lá
43:59se realmente
44:00isso se confirmar
44:01diferentemente
44:02do que aconteceu
44:04na última safra
44:05onde a laninha
44:06é
44:07o pico da laninha
44:09se deu entre
44:10dezembro
44:10e janeiro
44:11e isso levou
44:12uma seca
44:13no início do verão
44:14
44:14porque o sul
44:15do Brasil
44:15principalmente o Rio Grande do Sul
44:17teve uma quebra
44:18bastante significativa
44:20de novo
44:20
44:21pelo quarto ano
44:21seguido
44:22em sua safra
44:23por conta
44:24da estiagem
44:25entre
44:25dezembro e janeiro
44:28se realmente
44:29o modelo
44:30se confirmar
44:31e a gente ver
44:32esse pico da laninha
44:33entre novembro
44:34e dezembro
44:35a estiagem
44:36viria entre novembro
44:37e dezembro
44:38então
44:39o conselho
44:40seria plantar
44:41um pouco mais tarde
44:42esse ano
44:42principalmente
44:43a soja
44:44
44:45e até o milho
44:46também
44:46então
44:46se eles plantarem
44:48um pouco mais tarde
44:49ou seja
44:50já em novembro
44:51lá final
44:52de
44:52início de novembro
44:54para dezembro
44:55ele fugiria totalmente
44:57dessa estiagem
44:58lógico
44:59que planta
45:00é
45:01precisa entender
45:02como que vai estar
45:03as chuvas
45:03para ver se também
45:04dá para plantar
45:05mas
45:06o certo seria
45:07plantar mais tarde
45:10para que ele fugisse
45:11dessa estiagem
45:13na fase
45:14de
45:15reprodutivo
45:16
45:16na fase
45:17de florescimento
45:17e enchimento
45:18de grão
45:19das lavouras
45:20perfeito
45:21eu queria agora
45:22subir um pouquinho
45:23o mapa do Brasil
45:24porque a gente está vendo
45:26que no norte
45:27do país
45:27tem enchentes
45:28
45:29no Amazonas
45:30no estado
45:32de Roraima
45:32inclusive
45:3340 municípios
45:36amazonenses
45:37entraram em estado
45:38de alerta
45:39por conta
45:39das enchentes
45:40eu queria saber
45:41se você tem
45:42alguma análise
45:43para essa parte
45:44do Brasil
45:44porque a gente está
45:45falando
45:46de regiões
45:47que também
45:47são produtivas
45:48a gente está falando
45:49de populações
45:50de municípios
45:50mas a gente também
45:51está falando
45:52de produção agrícola
45:52nos dois estados
45:53não
45:55além
45:55da produção
45:56você tem que pensar
45:58que esses rios
45:59também são
46:00rios navegáveis
46:01e que descoamento
46:02de safra
46:03então isso também
46:05está afetando
46:05a logística
46:08lá no Amazonas
46:10há previsões
46:12de mais chuvas
46:13para todas
46:13essas áreas
46:14norte
46:16da região norte
46:17então
46:17norte do Amazonas
46:20norte do Pará
46:22Roraima
46:23e Amapá
46:23ainda continuarão
46:25agora no mês de julho
46:26recebendo altos
46:27volumes de chuvas
46:29isso tem tudo
46:30para agravar
46:31ainda mais
46:31a situação
46:32para quem está
46:33nos assistindo
46:34agora
46:35e não sei se
46:37sabem
46:38mas o estado
46:39de Roraima
46:40e o Amapá
46:42eles têm
46:43o calendário
46:44agrícola dele
46:45é muito semelhante
46:46ao dos Estados Unidos
46:47ou seja
46:48eles plantam
46:49agora
46:50em abril e maio
46:51e junho
46:52ali
46:52a sua safra
46:54de soja
46:54para colherem
46:56ali em setembro
46:57e outubro
46:57diferentemente
46:59do restante
46:59do Brasil
47:00que plantam
47:00entre setembro
47:01e dezembro
47:02para colher
47:03durante o verão
47:04início do outono
47:05porque eles estão
47:07no hemisfério norte
47:08então
47:09essas chuvas
47:11também em excesso
47:12vem prejudicando
47:14tanto o plantio
47:16quanto o desenvolvimento
47:17das lavouras
47:18de soja
47:19nessa região
47:20do Brasil
47:21muitos produtores
47:22eles têm
47:24propriedades
47:24no cerrado
47:26e agora
47:27eles estão lá
47:28para plantar
47:29como se fosse
47:30uma segunda safra
47:31de soja
47:32então isso
47:33eles estão sendo
47:33bastante afetados
47:34e a tendência
47:36de mais chuvas
47:37isso traz
47:38problemas sérios
47:39para essa região
47:40além lógico
47:41das cidades
47:43que estão
47:44em alerta máximo
47:46
47:46no Amazonas
47:48então há
47:49possibilidades
47:49de aumento
47:50de números
47:51de cidades
47:52viu Mariana
47:52até porque
47:54não só julho
47:55nós estamos falando
47:56agora no começo
47:57de julho ainda
47:57então você tem
47:58todo o mês de julho
47:59e o início de agosto
48:00ainda com muitas chuvas
48:02no entanto
48:03Mariana
48:04eu tenho que fazer
48:04uma pequena ressalva
48:05se você me permite
48:06rapidinho
48:07rapidamente
48:09essas chuvas
48:12em excesso
48:13no Amazonas
48:14vai propiciar
48:16que as chuvas
48:16cheguem mais cedo
48:17nas regiões centrais
48:19do Brasil
48:20se agora
48:21lógico
48:22traz calamidade
48:23mas isso pode
48:24gerar chuvas
48:26mais cedo
48:26no Brasil
48:27então isso tem
48:28a ver
48:29então no outro
48:30programa
48:31no próximo programa
48:31a gente explica
48:32melhor isso
48:32mas é um ponto
48:34de um lado
48:35um ponto negativo
48:36para quem mora
48:38nas regiões
48:39mas por outro
48:39é um lado positivo
48:41para o restante
48:42do Brasil
48:42vamos a continuar
48:44acompanhando então
48:45afinal é isso
48:45estamos no mesmo país
48:46ele é gigantesco
48:48e a gente precisa
48:48trazer informação
48:49que contemple
48:50o máximo
48:50de pessoas possível
48:52muito obrigada
48:53Marco Antônio
48:53pelas explicações
48:54conto com você
48:55na semana que vem
48:56então para a gente
48:56falar mais desse assunto
48:57exatamente
48:59semana que vem
48:59estamos juntos
49:00novamente
49:00um abraço a todos
49:01e até semana que vem
49:02até lá
49:03você provavelmente
49:05já sabe a força
49:06da Embrapa
49:07empresa brasileira
49:08de pesquisa
49:09agropecuária
49:10para o crescimento
49:11do agro brasileiro
49:12desde a década
49:12de 70
49:13e agora
49:14um lançamento
49:15recente
49:16da instituição
49:17traz duas variedades
49:18de mandioca
49:19altamente produtivas
49:21dedicadas
49:22ao uso
49:22industrial
49:23para explicar
49:24essa novidade
49:24para a gente
49:25nós vamos conversar
49:26com o Rudinei
49:27Ringenberg
49:28ele é pesquisador
49:29da Embrapa
49:30Mandioca
49:30e Fruticultura
49:31bem-vindo Rudinei
49:33ao Araga do Agro
49:34obrigado por conversar
49:35com a gente
49:36e explicar para a gente
49:37então por favor
49:38quais são
49:38as particularidades
49:40dessas novas variedades
49:41porque que ela pode
49:43ser mais
49:43elas as duas
49:44podem ser mais
49:45atrativas
49:45para a indústria
49:46Olá
49:48tudo bem
49:49então nós estamos
49:50lançando a BRS
49:52Boitatá
49:54e a BRS
49:55Ocalçu
49:56são duas variedades
49:58que vem compor
49:59
49:59um portfólio
50:01de variedades
50:02que nós já
50:02temos lançado
50:03em outras oportunidades
50:05aqui para o Centro-Sul
50:06essas duas
50:08cultivares
50:09elas são de ciclo
50:10médio
50:12e longo
50:13então a BRS
50:14Boitatá
50:15ela é indicada
50:16para a colheita
50:17dos 16 meses
50:18aos 20
50:19até aos 24
50:20e a BRS
50:21Ocalçu
50:22já de ciclo
50:23mais tardio
50:24a partir dos
50:2520 meses
50:27até 24 meses
50:28uma característica
50:29bem interessante
50:30é que a BRS
50:32Boitatá
50:33ela tem a película
50:34da raiz
50:35
50:35ela é
50:36branca
50:37então
50:39é excelente
50:40para a indústria
50:41de farinha
50:42que
50:42precisa ter
50:44um produto
50:45final
50:46bastante
50:48branco
50:49para que
50:49tenha boa
50:50aceitação
50:51aos
50:52seus
50:53consumidores
50:54a BRS
50:56Ocalçu
50:57ela tem
50:59uma película
50:59marrom clara
51:01mas também
51:02no seu processo
51:03de
51:03descascamento
51:05ela
51:05no final
51:08desse processo
51:08ela fica
51:09com uma ótima
51:10coloração
51:11Perfeito
51:12e a gente
51:13sabe que
51:14inclusive
51:14estou aqui
51:15pensando
51:16a mandioca
51:16ela é
51:17uma matéria
51:18prima
51:18muito importante
51:19para a indústria
51:21como você está
51:21explicando para a gente
51:22mas ela também
51:23faz parte
51:24muito do dia a dia
51:24da agricultura
51:25familiar
51:26significa
51:26muita renda
51:28para a agricultura
51:28familiar
51:29como que os
51:30agricultores
51:31podem então
51:32acessar
51:32essas novas
51:33variedades
51:34vocês estão
51:35olhando
51:36para a agricultura
51:37familiar
51:38também
51:38nesse sentido
51:39de eles
51:40conseguirem
51:41plantar
51:41as novas
51:42variedades
51:42e depois
51:43fornecerem
51:43a mandioca
51:44para a indústria
51:45isso
51:47a cultura
51:48da mandioca
51:49ela é excelente
51:50para pequenas
51:50propriedades
51:51porque ela traz
51:51muita segurança
51:52pela sua
51:53resiliência
51:54às variações
51:55climáticas
51:56e hoje
51:58no Brasil
51:59praticamente
52:00toda
52:01a mandioca
52:02produzida
52:03é
52:03em pequenas
52:05propriedades
52:06ou seja
52:07de agricultura
52:07familiar
52:08a Embrapa
52:09nós temos
52:09parceiros
52:10que multiplicam
52:12essas
52:13ramas
52:14e podem
52:16distribuir
52:17para os produtores
52:17é só o produtor
52:18procurar
52:18o nosso
52:19saque
52:19que a gente
52:20indica
52:21quem são
52:21os fornecedores
52:22de rama
52:23e uma última
52:24pergunta
52:25eu queria entender
52:25com você
52:26o que motivou
52:27a Embrapa
52:28a ir atrás
52:29a desenvolver
52:31essas duas
52:31novas variedades
52:32foi uma demanda
52:33da indústria
52:34que vocês viram
52:35necessidade de atender
52:36ou foi algo
52:37que a própria
52:37pesquisa
52:38e a ciência
52:39mostrou
52:39o que poderia
52:40ser
52:41fornecedora
52:42para a indústria
52:43é a demanda
52:44ou a oferta
52:44que veio antes
52:45são as duas
52:48coisas
52:48nós temos um programa
52:50de melhoramento
52:50na Embrapa
52:51já de muitos anos
52:52e ele
52:53constantemente
52:54faz pesquisas
52:55e essa pesquisa
52:57sempre está
52:57muito alinhada
52:58aos objetivos
53:01e as necessidades
53:02da cadeia produtiva
53:04no centro-sul
53:05nós tínhamos lançado
53:06duas variedades
53:07precoces
53:08para a colheita
53:08no primeiro ciclo
53:09e agora
53:10chegou a oportunidade
53:12de a gente conseguir
53:12lançar
53:13uma variedade
53:15de ciclo médio
53:15e tardio
53:16assim
53:16compõe um portfólio
53:18e o produtor
53:19tem alternativa
53:20para colher
53:20a cultura
53:23ao longo
53:24do ano todo
53:25eu gostaria
53:26de ressaltar
53:27também
53:27que a BRS
53:29Boitatá
53:29ela tem
53:30uma boa resistência
53:31para a mosca branca
53:32que é um inseto
53:34que tem aumentado
53:35bastante a sua importância
53:36na cadeia produtiva
53:37da mandioca
53:38nos últimos anos
53:39assim como
53:42essas duas variedades
53:44são para a indústria
53:45a Embrapa
53:46também já lançou
53:47aqui para o centro-sul
53:48três variedades
53:49voltadas para a mandioca
53:50de mesa
53:51que aí ela tem
53:52um diferencial
53:53existe as mandiocas
53:55de indústria
53:55e as mandiocas de mesa
53:56então nós lançamos
53:57para a mesa
53:58a BRS 399
53:59396
54:00e BRS 429
54:02para a indústria
54:04BRS Boitatá
54:06BRS Ucauçu
54:07BRS CS01
54:09e BRS 420
54:12seja
54:13não faltam variedades
54:14para o pessoal
54:15atender
54:16seja o mercado
54:17da mesa
54:18seja o da indústria
54:19muito obrigada
54:20Rodinei
54:21pelas suas explicações
54:22uma breve conversa
54:23aqui
54:23mas sempre bom
54:24trazer também
54:25boas notícias
54:25sobre o avanço
54:26da ciência
54:27espero contar com você
54:28em outras oportunidades
54:29obrigada
54:30agradeço
54:31estou à disposição
54:33muito obrigada
54:34e uma boa notícia
54:35também para o setor
54:36de proteína animal
54:38o México
54:39e o Reino Unido
54:39retiraram
54:41as restrições
54:41de exportação
54:42a carne de frango
54:44brasileira
54:44que ocorreu
54:45após a detecção
54:46de um foco
54:47de influência
54:47aviária
54:48de alta patogenicidade
54:50no Rio Grande do Sul
54:50há alguns meses
54:52atualmente
54:53nove países
54:54e a União Europeia
54:55ainda mantém
54:56a suspensão
54:57total
54:58das exportações
54:59de carne de aves
54:59do Brasil
55:00mas a gente acompanha
55:01o andar
55:02desse setor
55:03para que outros mercados
55:04continuem sendo abertos
55:06para o Brasil
55:06o nosso programa
55:08fica por aqui
55:09mas você
55:10continua conectado
55:11nas nossas redes sociais
55:12ligado na programação
55:14da Jovem Pan News
55:15muito obrigada
55:16pela sua companhia
55:17obrigada a equipe
55:18que faz o programa acontecer
55:19e até a próxima semana
55:20um abraço
55:21A opinião dos nossos comentaristas
55:45não reflete necessariamente
55:47a opinião do grupo
55:48Jovem Pan de Comunicação
55:50Realização Jovem Pan
55:56Jovem Pan
55:57Jovem Pan
55:58Jovem Pan
55:59Jovem Pan

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