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Márlyson Silva, CEO da Transfero Group, detalhou, em entrevista ao Cripto Brasil, como a stablecoin BRZ vai atuar no mercado de criptomoedas. Para ele, os criptoativos são ferramentas de inclusão financeira.

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Transcrição
00:00E a gente já começa o programa com um passeio pela Febraban Tech, que agitou o Transamérica Expo Center aqui em São Paulo na semana passada.
00:11Um total de 58 mil pessoas visitaram Transamérica Expo Center nos três dias de Febraban Tech 2025.
00:20É o recorde de público da feira, que contou com 500 palestrantes em 200 painéis.
00:26Foi a 35ª edição do evento que teve como tema principal a aceleração do setor financeiro na era da inteligência.
00:34O Congresso é o maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro e reúne lideranças das áreas de tecnologia, sustentabilidade, telecomunicações e varejo.
00:44Como não poderia deixar de ser, a Febraban Tech 2025 reuniu também lideranças no mercado de criptoativos.
00:56O recorde histórico do Bitcoin, a regulamentação das stablecoins, a situação das exchanges no Brasil e a tendência de integração das instituições tradicionais ao mercado de criptomoedas estiveram na pauta das discussões.
01:11O Cripto Brasil compareceu ao evento e, a partir de hoje, você confere as entrevistas que fizermos por lá.
01:16Rodrigo, você acredita que é uma tendência da Febraban aumentar o número de discussões em torno do mercado de criptoativos de uma maneira geral?
01:29Com certeza absoluta, Rita.
01:31A primeira vez que criptomoedas entrou na Febraban foi de uma forma um pouco clandestina.
01:36Eu era o líder de uma corretora do mercado Bitcoin, que a gente vai falar logo mais aqui.
01:41E a gente criou um stand lá e fez um sorteio de um Bitcoin, quando o Bitcoin valia 10 mil reais.
01:47Espero que quem ganhou não tenha vendido ainda.
01:51E aí foi evoluindo, né?
01:53Então, as exchanges hoje conseguem entrar ali de uma forma mais tranquila.
01:58Hoje o mercado é outro.
01:59Então, agora a gente também fala de é possível você comprar criptomoedas, principalmente as maiores, Bitcoin, Ethereum, nos principais bancos do Brasil.
02:07Poucos bancos ainda não entraram nesse mercado.
02:09Hoje já existe uma discussão desses bancos também atuarem no mercado de stablecoins.
02:15Tanto os bancos brasileiros quanto os bancos do exterior estão já com essas discussões bem avançadas.
02:19Então, o universo bancário hoje já está olhando para criptoativos de uma forma bem diferente.
02:25E o que eu acredito que é inescapável, que vai ser um assunto cada vez maior nos próximos anos, Rita.
02:32Com certeza, já faz parte, né?
02:34Já faz parte.
02:35Obrigada, Rodrigo.
02:36E uma das entrevistas que a gente fez na Febraban foi com o CEO da Transfero Group.
02:41Ele fala sobre os criptoativos como ferramenta de inclusão digital e os planos da Transfero em torno da stablecoin BRZ.
02:49Vamos conferir.
02:50Criptoativos são uma ferramenta de inclusão financeira.
02:53Porque com apenas um celular e acesso à internet, você consegue ter acesso aos criptoativos.
03:00Você consegue ter acesso a produtos e serviços financeiros sem mesmo ter uma conta bancária.
03:06E uma das coisas interessantes dos criptoativos é que é muito mais fácil aprender a utilizar ativos digitais
03:12e ter acesso global do que ter uma conta bancária, aprender a comprar e vender dólar ou até mesmo a operar ações na B3.
03:22O BRZ hoje é um ativo digital, é uma stablecoin pareada ao real brasileiro, um para um com o real brasileiro.
03:28Hoje nós movimentamos entre 5 e 10 milhões de dólares por dia utilizando o BRZ.
03:33E o BRZ nada mais é do que uma ferramenta que permite que o real brasileiro seja globalizado.
03:39Então, com o BRZ você tem acesso a outros ativos digitais globais que te permitem trocar simplesmente o BRZ por Bitcoin, por dólar digital ou por outros ativos digitais.
03:51Então, com o Pix, nós convertemos para a BRZ e com o BRZ você tem acesso global a outros ativos.
03:57Em 2025, a Transfero pretende expandir a utilização do BRZ no mercado internacional, criando mais liquidez e acesso para o mercado.
04:07Isso significa que empresas e pessoas poderão ter acesso a produtos e serviços financeiros globais utilizando o BRZ.
04:14E, além disso, temos o lançamento de novas stablecoins.
04:17Então, possivelmente, teremos stablecoins no México, Colômbia e Peru.
04:22Talvez Bolívia, não sabemos ainda, mas acredito que México e Colômbia é algo certo se acontecer.
04:29Rodrigo, como que você avalia o desempenho da BRZ e a importância da gente ter stablecoins pareadas com o real?
04:37Ita, eu acho que é um serviço necessário.
04:40Eu sou cliente da BRZ como empresa, então a nossa empresa usa os tokens de reais.
04:46Porque, por exemplo, para uma empresa de infraestrutura de criptomoedas ou para quem está lidando com criptomoedas no dia a dia,
04:53o real passa a ser também só mais uma criptomoeda.
04:56Ao invés de você ter que lidar com uma exceção que seria tratar o real de uma forma diferente das outras criptomoedas,
05:02não, você trata ali o real no mesmo balaio ali das stablecoins.
05:06Então, o real passa a ser acessível para essas empresas, tanto as brasileiras como as empresas estrangeiras.
05:13Então, as exchanges, empresas de pagamento estrangeiras, elas passam a ter um acesso muito fácil a reais porque elas têm o real tokenizado.
05:22E depois criada essa infraestrutura, o que a BRZ está fazendo, a Transfero está fazendo é um passo muito lógico,
05:29que é você pode expandir isso para diferentes criptomoedas e, no caso deles, a ideia deles é expandir pela América Latina.
05:35Como eu tenho uma operação global, para mim, facilita também para eu chegar nesses outros países.
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