Irã não vai se render a Trump, diz diretor do Instituto de Paz de Estocolmo

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Dan Smith, diretor do Instituto Internacional de Pesquisa para Paz de Estocolmo, afirmou à CNBC que o Irã não aceitará a rendição exigida por Trump. Para ele, Teerã vê a crise como mais um capítulo de pressão implacável.

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00:00Isso que foi dito, que o Irã não vai se render.

00:04O Dan Smith, que é diretor do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo,

00:09deu uma entrevista para a CNBC.

00:10Ele falou que não espera que o Irã se renda em conflito com Israel

00:13e que o regime vê isso como a mais recente de uma série de casos de pressão externa implacável.

00:22A Agência Internacional de Energia Atômica diz acreditar que uma instalação de enriquecimento em Natanz,

00:27que é a maior do Irã, foi atingida por ataques israelenses.

00:31A AIA acrescentou que não há mais atualizações sobre Esfahan e Fordow,

00:36além de outras instalações nucleares no Irã.

00:39Vamos falar com o Dan Smith, diretor do Stockholm International Peace Research Institute.

00:44Dan, muito obrigado por se juntar a nós.

00:47Deixe-me começar pelo presidente Trump, porque agora ele está pedindo essa rendição incondicional.

00:52Como você vê a demanda se desenrolando?

00:54Acho bastante improvável que o líder supremo iraniano, o Ayatollah Khamenei,

01:02concorde com uma rendição incondicional.

01:05Acredito que o padrão do governo iraniano,

01:08desde a deposição do Shah no final da década de 1970, tem sido o desafio.

01:15Houve, é claro, o momento no final da década de 1980 em que o então líder Khamenei

01:23aceitou um cessar-fogo que ele chamou de beber de um cálice envenenado,

01:29um cessar-fogo com o Iraque.

01:31Mas eu realmente não vejo uma rendição condicional, desculpe,

01:36uma rendição incondicional como estando se preferir dentro do DNA político-religioso iraniano.

01:42O fluxo de notícias também nos informou que houve uma ameaça direta

01:49feita pelo presidente contra o líder supremo do Irã.

01:53Como você vê isso em termos da vontade iraniana de continuar lutando?

01:59Bem, quero dizer, acho que toda a imagem diante de nós é a de uma nação orgulhosa,

02:04o Irã, que está sob extrema pressão econômica há 20 anos,

02:11pressão que não foi significativamente aliviada durante o período em que o acordo nuclear com o Irã esteve ativo.

02:20Um regime que, com todas as suas, quero dizer, não apenas falhas,

02:26mas com todos os seus lados realmente repressivos e antidemocráticos

02:32e seu papel agressivo na região,

02:36tem sido transparente sobre seu programa de desenvolvimento nuclear,

02:42permitindo que a AIA, sob condições controladas,

02:48sobre o acordo nuclear com o Irã, analise o que estava fazendo e informe internacionalmente.

02:57Se está sob, como Trump disse em seu primeiro governo,

03:01uma política de extrema pressão e de hostilidade implacável de Israel.

03:05Então, do ponto de vista iraniano, acho que não há nada que eles possam fazer

03:13para agradar seus adversários, para apaziguar e aliviar a pressão.

03:19Portanto, acredito que a ameaça potencial à vida do líder supremo

03:25é vista dentro desse contínuo, assim como o bombardeio atual,

03:30as mortes e o programa de assassinatos contra cientistas nucleares iranianos

03:37nas últimas duas décadas.

03:39Pode ser vista dentro de uma continuidade dessa pressão,

03:44à qual, como nação orgulhosa, eles precisam se opor.

03:50Eu estou realmente preocupado porque acho que teremos uma grande população

03:55com um número muito grande de pessoas irritadas, magoadas e ofendidas,

04:02bem organizadas.

04:03A Guarda Revolucionária, mesmo que esteja muito mais fraca

04:07em comparação com alguns anos atrás,

04:11ainda é uma organização significativa e impressionante.

04:16E estou realmente preocupado com a quantidade de danos

04:20que eles podem causar, de uma forma completamente diferente

04:23do combate e confronto militar que estamos vendo no momento.

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