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00:00A CIDADE NO BRASIL
00:30A CIDADE NO BRASIL
00:59A CIDADE NO BRASIL
01:01A CIDADE NO BRASIL
01:03A CIDADE NO BRASIL
01:05AMÉM!
01:07A CIDADE NO BRASIL
01:09A CIDADE NO BRASIL
01:11A CIDADE NO BRASIL
01:13A CIDADE NO BRASIL
01:15A CIDADE NO BRASIL
01:17A CIDADE NO BRASIL
01:19A CIDADE NO BRASIL
01:21A CIDADE NO BRASIL
01:23A CIDADE NO BRASIL
01:25A CIDADE NO BRASIL
01:27A CIDADE NO BRASIL
01:29A CIDADE NO BRASIL
01:31A CIDADE NO BRASIL
01:33A CIDADE NO BRASIL
01:35A CIDADE NO BRASIL
01:37A CIDADE NO BRASIL
01:39A CIDADE NO BRASIL
01:42Estão a tocar?
01:45Os dois estão.
02:06Mas o que será?
02:08Deve ser importante para nos tocarem à campainha ao meio-dia e dez.
02:14Escaide!
02:17Bom dia, faz-se agora.
02:19Bom dia, Lubato e Lubão.
02:22Ficas tu e eu não.
02:23Advogados?
02:24Fecha os olhos já.
02:25Fecha os olhos que isto deve ser como naquele filme,
02:27que ele agora saca de uma esfera gráfica,
02:28dispara uma luz branca
02:30e a malta nunca mais se lembra de nada.
02:32Faz-se agora.
02:33Tomás Antunes de Melo?
02:35Sou eu próprio.
02:38E eu sou o sudoku.
02:40Ok, fica mais é tu e eu gozar com o moço que eu tenho mais de fazer.
02:44Tenha algum documento que comprova a sua identidade?
02:50Tenho, tenho, tenho.
02:52Então eu estou assim, você não diz nada, bom?
02:58Isto é lastro-like para um individuo virar a porta, abrir a porta lá, não é?
03:02Não é, não?
03:04Deve só um bocadinho, está bom?
03:05Calcense, só um bocadinho, não é mais que isto.
03:11Ora cá se vou outra vez.
03:12Faz-se agora.
03:13Serve a carta de comissão?
03:14Serve.
03:15Está a ver, se eu tivesse tirado, agora dá-me jeito.
03:17Calcense.
03:18Tomás Antunes de Melo, correto?
03:20Obrigado, calcense.
03:22Senhor Tomás, antes de mais, os meus pésamos pelo falecimento do seu pai.
03:26Isto.
03:30A nossa sociedade está a tratar da herança.
03:32Está a tratar, está.
03:33Eu se fosse a ti, tratava era de pôr os dedos nas goelas, porque daqui a nada já nem abros os olhinhos.
03:39Digo eu, mas diga, diga.
03:41Bem, eu tenho aqui toda a documentação necessária.
03:44É?
03:45Está bom, dá cá.
03:46Mais uma vez os meus pésamos pelo...
03:48Está bom, está bom.
03:49Com licença.
03:51Ó José, anda cá.
03:52Desde os preocupar por os meninos já 10 cínticos, isto aqui é só vir-nos a bater-nos à porta.
03:57Vale a nossa senhora.
04:01Bom dia, Madrinho.
04:02Bom dia, Eva Mandriões.
04:03Que eu cá estou a pé desde as três.
04:08Já acabei sete porcos, acabei um poço e botei o aeromilhões.
04:11Oh, oh, oh.
04:12Oh, Madrinho, quer-se rir?
04:14Não.
04:15Então, oi-se a mestra.
04:17Oh, morro de casicais que se vira para mim no melancinho.
04:19Olha, é, é.
04:20Sabes que tu, afinal, tinhas um pai rico que morreu e tu agora tens que ir para casicais
04:26que é tudo para ti.
04:28Já viu o que está com cada burro, oh, Madrinho, não é?
04:31É verdade.
04:32Pois é verdade.
04:33É que ainda ontem nos apareceu um a dizer que era filho de malato.
04:37É verdade a história do teu pai.
04:46É o quem?
04:49Então, mas eu não fui encontrado no rio.
04:52E eu não andava às cabalitas no jabalei.
04:55Tu é verdade.
04:56Te apreseste com os matinhos todos assadinhos.
05:00Agora tu?
05:01Tu não foste encontrado no rio.
05:03Você, mendice, me fui encontrado a boiar assim numa caminha de seis castores ali deitadinho.
05:08Que aí não é verdade.
05:09Sem a ideia que eu tive na altura, terei de meter-la noela.
05:12Não.
05:13Então para de corral de moinas.
05:14E o meu?
05:15Ai, outra vez a conversa.
05:17Tu é melhor que fiques sem pai, eu então fico filho de um jabaleão.
05:21Abreces?
05:22Também...
05:25Também os meus...
05:26Os meus pais abandonaram-me, foi isso?
05:29Não, quem?
05:31Tu a mãe morre no parto.
05:33Teu pai foi para Cascais e eles mas deixaram-te comigo.
05:36Ah, então se calhar o meu pai também morreu no parto.
05:39O pai Coneiro reventou-lhe uma beia...
05:41Está bem, pronto, sou filho de um jabalei.
05:43Mas o meu pai foi para Cascais e ainda me levou com ele.
05:48Quem? O teu pai quando foi para Cascais?
05:52Nem sequer tinha sítio para dormir.
05:55Aliás, ele depois foi para a Alemanha.
05:58E na Alemanha depois...
06:03Pateram e depois três amigos dele.
06:06Aconteceu a tragédia.
06:09Foi assim. Acho que toda a gente consegue perceber isto, não é?
06:12É assim.
06:14Tens que entender que o teu pai percebeu a tempo
06:17que o dinheiro traz mais coisas más do que boas.
06:23Além do abandonar, também é bom.
06:25Oh! Falas assim do meu pai que tu não conheces lado nenhum.
06:29Respeito pelo senhor...
06:31João.
06:32João.
06:33Agora se me perguntam se eu estou oculhado
06:36porque tive um pai rico e nunca me deu nada...
06:38Estava assim, senhor.
06:39Por que não deu nada?
06:40Que idade é que tu tens?
06:41Trinta e cinco.
06:42E há uma vez te faltou alguma coisa?
06:44Não, mas que...
06:46Então e de onde é que achas que vem o dinheiro?
06:49Para... para a vossa casa, para a vossa...
06:51para a vossa comida, para a vossa roupa, de tudo?
06:54O que a madrinha dá?
06:55Com o nível espetacular, a madrinha é espetacular.
06:58Até tem pena de mim que sou filho de um jevali.
07:00Não!
07:01Não!
07:02O dinheiro vem de uma fundação que o pai do Kim criou
07:06para que ele nunca tivesse dificuldades.
07:08O dinheiro que a madrinha nos dá é meu.
07:10Eu vivo às custas dele.
07:11Ah!
07:12Ninguém vive às custas de ninguém.
07:14Oh, Kim!
07:15Tu tens de perceber que o teu pai fez o que fez
07:19porque ele não queria que tu te estragasses como ele se estragou.
07:22Mas estragá-me como?
07:24Que te deslumbrasses com a grande cidade, com a riqueza, com o poder,
07:28com o multilanco, o metro...
07:31e deixasses de ser o Kim de Curral de Moinas.
07:35Ah!
07:36Percebeste?
07:37Não.
07:38Oh, Kim!
07:39O teu pai só queria o teu pai.
07:43Então, o que é que foi agora?
07:45Ah!
07:46O gordo emocionou-se.
07:47Ah!
07:48Podeis gozar para aí.
07:49Podeis gozar que está aí a falar do Zeno.
07:52Ai!
07:53O gordo também chora com mais pessoas.
07:55Eu choro.
07:56Onde vais?
07:58Vão-me embora.
07:59Vão-me embora que eu preciso de apanhar aire na cabeça.
08:02Parece que me estiveram a fazer bindi, mas aqui não sei.
08:05Eu preciso...
08:07Não sei!
08:08Não sei!
08:09Só chance!
08:10Vão!
08:11Fui!
08:13Zé.
08:14Ele endoidou.
08:15Tu agora tens de estar mais com ele.
08:17Mas eu estou sempre ao pé dele.
08:18Mas tens de estar mais.
08:19Mais?
08:20É impossível.
08:21A gente até dorme juntos.
08:23Isto já não é amizade.
08:24Isto é escusado.
08:25Isto parece-me.
08:26Ou é moderníssimo.
08:27É estúpido.
08:39Enganda quem, ah?
08:40Eu sou espetacular.
08:41Sou eu e o meu pai.
08:42Bom dia.
08:43Bom dia ao Ken.
08:44Vai-te vestir em termos.
08:45Peço um carteiro.
08:47Um carteiro.
08:50Oh, Kenito.
08:51Que é?
08:52Sempre me podes ajudar a ir esmeixar o ovo e tê-lo, ou quê?
08:55As cuecas de PPDA.
08:56Vem ver.
08:57Quem é?
08:58Quem é?
08:59Quem?
09:00Continuas a rasca das costas.
09:02Olha, marquei-te as duas para vis-me tratar a coluna.
09:05Oh, piedade.
09:06É o seguinte.
09:07Vais ter que me desculpar, mas aconteceu aqui uma situação que é que eu não posso.
09:12Portanto, fica para outro dia.
09:13Posso ser ou não?
09:14Mas então não estavas aflito, tu?
09:16Piedade, vê lá se percebes o que eu te vou dizer.
09:18As pessoas marcam consultas contigo não é porque tu seres indireita.
09:23Estás a perceber?
09:24É que tu percebes tanto de ossos como eu percebes de semáforos.
09:27Estás a compreender ou não?
09:29Se não, fazes-te um desenho.
09:31Olha que tu!
09:32Olha que tu!
09:35Vamos embora.
09:36Vem lá.
09:37Vem lá.
09:38E os disseram que é coluna torta.
09:40E acompanha-me.
09:41O quê?
09:42Aqui nesta parte.
09:43Mais nesta parte.
09:44O quê?
09:45Na barilha?
09:46Na barilha.
09:47Nesta ou nesta?
09:48Nas duas porque faz curto-se.
09:49Então vamos uma de cada vez, homem.
09:51Vá, tira lá a mão.
09:52Aqui?
09:53Aqui.
09:54Vá, pera lá deste móvel.
09:55Ah, já estou muito melhor.
09:59Quantos é que nós somos aqui?
10:01Onze.
10:02Onze!
10:03Onze bagaços.
10:04O que ficou rico.
10:06Ah, mas pagais vós.
10:08Não, cada um paga o seu.
10:10Que assim vocês podeis brindar connos, não é?
10:12Ah, onze.
10:17Estou mocho.
10:18Até o quê?
10:19Então, quer dizer, ficas assim rico de um dia para o outro.
10:23Quer dizer, está para aí todo contente a comer azeitonas sem caroche e sames de ganvas.
10:29Contente?
10:30A madrinha manteu-me.
10:31Está no louco qualquer.
10:32Escondeu-me o meu dinheiro.
10:33Escondeu-me o pai de mim.
10:35Não, o teu pai é que escondeu tudo.
10:37Ok?
10:38A madrinha só fez o que ele pediu.
10:40E foi para o teu bem.
10:41Para o meu bem era ter-me dado o dinheiro todo.
10:43Assim já de poder ter comprado aquela moto ou quatro, tu crias-se.
10:46Mas tem razão.
10:47A madrinha às vezes não pensa bem nos outros.
10:49A saber a falta que me fez não ter tido alguém que me tivesse ensinado a fumar aos seis anos.
10:54Que me puseste a trabalhar aos doze.
10:56Que me desse uma chapada na veixa e que me dissesse não.
10:59Eu disse fresca.
11:02Olha lá.
11:03Estás um bocado mais calmo, ah, aqui.
11:05Não.
11:06Se tiveres um bocado banana.
11:08Banana?
11:09Banana.
11:10E o meu pai era banana.
11:12Cala-te!
11:13Olha.
11:14Pega aí uma cabeça de coelho, que a madrinha paga.
11:16E vai roê-la para o coreto.
11:18Anda, vantes, anda, anda, vete embora.
11:19É, mas não vais para Luís.
11:20Nós a seguir vamos a Lisboa.
11:22Ah, vamos a Lisboa, vamos.
11:24Vamos à tal habitação dos herdeiros que eu acho que eles moram todos juntos.
11:27Habilitação-a.
11:28Não é preciso.
11:29É só preciso o cartão do cidadão.
11:31Oh, Quinho, mas isto é tudo ao contrário.
11:34De qual o teu pai queria para ti?
11:36O teu pai queria continuar-se o moço da aldeia.
11:38O moço mesmo.
11:39Senhora amiga, a Lisboa deu-te um descapotado.
11:41Uá, é por isso que eu tenho que ir, não é?
11:43Porque as ideias do teu pai já são antiguadas do antigamente, então podem estar desatualizadas, não é?
11:49Por isso é que eu tenho que ir contigo.
11:51Meus amigos, um brinde à amizade.
11:54E a vida em Corral, muanas.
11:55É!
11:56É!
11:57É!
11:58É!
11:59É!
12:00É!
12:01É!
12:02É!
12:03É!
12:04É!
12:05É!
12:06É!
12:07É!
12:08É!
12:09É!
12:10É!
12:11Meus amigos, um brinde à amizade e à vida em Corral de Monas.
12:26Porque só aqui é que nós podemos desfrutar.
12:31Sim, tirar a fruta das árvores.
12:37Porque só aqui é que nós podemos desfrutar.
12:40Sim, tirar a fruta das árvores.
12:42Aqui lá, cheio a me falar.
12:45Só aqui é que nós podemos desfrutar.
12:50Sim.
12:51Sim.
12:53Do pôr do sol no rio Toalha.
12:57Uma espetadinha de sardão.
13:01Uma calveirada de abelhas cá à nossa mora.
13:04Ai, André, a madrinha faz bem.
13:08Isso, isso sim.
13:10É que é o importante.
13:13Porque meus amigos não vamos ter religiões.
13:16O dinheiro não faz uma pessoa melhor que a outra.
13:23Os amigos é o que fazem uma pessoa melhor.
13:27Ela não é a madrinha.
13:29Madrinha, sim, sim.
13:30É que um homem, o mais rico que seja, se não tem amigos, é mais pobre que um homem pobre.
13:39É, é, é, é.
13:41Isto, se o pobre tiver amigos.
13:46Porque se o pobre não tiver amigos tão bem como os ricos, fica que os dois têm amigos.
13:53Só que um é rico e o outro é pobre.
13:57Então, por isso, um brinde aos amigos e a Corral do Mar.
14:13Quim, leva-me contigo que eu prometi ao meu pai que comias de pêssego nos Jerónimos.
14:42Ao menos o meu menino, leva o meu menino para se eu não sair a brigar em Lisboa.
14:46Eu sou a Mestre Candela, que ela vai parir.
14:49Orte!
14:51Sai aí da frente!
14:52Oh, que caralho!
14:53Oi, atém!
14:55Estou à frente, olheu!
14:56A tia, porra!
14:57Orte!
14:58O quê?
15:00O quê?
15:02Obrigado a todos, obrigado a todos, obrigado a todos, obrigado a todos.
15:07Andam para cá, não tens vida?
15:09A vossa vida não nos chega.
15:10Para cá, Rondori!
15:12Vão lá saberem, que horas é que a gente arranca?
15:15Ah?
15:17Para o comércio, vou abrir uma clínica de ossopatia em Lisboa.
15:22Do quê?
15:24Ossopatia!
15:25Eu vi na neto que aquilo que eu faço em Lisboa chama-se ossopatia.
15:29Como eu tenho o dinheirinho que ganhei da raspadinha da guita da bufa.
15:32Vou abrir uma clínica em Lisboa, vou fazer carreira!
15:35Vais, faz a carreira, vais.
15:37A única carreira que tu vais ver é a carreira que vais apanhar de cá para lá.
15:40Porque nós vamos sozinhos, tu não vens conós!
15:43Vamos, vamos os dois!
15:44Deixas-me, dá-lhe uma palavrinha?
15:49Mas, não é, mas vamos conversar para ali.
15:52Ai, a minha vida!
15:54Ou já não me ponhas com coisas?
15:57O que é?
15:57Tu sabes também que eu não sou de opinião da piedade e conós.
16:03Sabes disso, tu sabes?
16:06Mas lembras-te de quando morreu a minha porca favorita?
16:08A furibela?
16:09Sim!
16:10Eu fui muito abaixo, ao nível do pistão íntimo.
16:14E a piedade é que me ajudou.
16:16Massagens, esganamentos, elas ajudam-me muito.
16:20Está bem?
16:22Porque se ela te ajudou a esse nível,
16:26pode ir conós, não?
16:27Vamos embora, então.
16:43Ai, que é que eles vava!
16:45Ai, mas eles vão até abrir uma clínica e eles vava!
16:49Vamos embora antes que me arrepentem.
16:50Vamos embora?
16:51Vá embora!
16:52Ai, não, trastei, trastei, trastei, trastei, trastei, trastei, trastei!
16:55Não, trastei, trastei, trastei, trastei!
16:58Não, trastei, trastei, trastei, trastei!
17:00Não, não, não, não, não!
17:02Não, não!
17:02Não, não!
17:03Vai!
17:04Traste aqui a terra toda!
17:06Não, não vou vir para falar!
17:07Olha aí!
17:08Ah, aí!
17:08Que nada aí que eu vou pôr lá trabalhar!
17:24Empurra, empurra, empurra!
17:38Tchau!
18:08Tchau!
18:38Tanta e água!
18:49O mar!
18:52Tão bonito!
18:55Empiedade! Diz qualquer coisa, mulher!
19:03O quê, empiedade?
19:05Tchau!
19:07Eu vou meter a habia-se na líquido também!
19:09Eu vou meter a habia-se na líquido!
19:11Vamos!
19:12Elé!
19:13Elé!
19:14Elé!
19:17Melinda!
19:22Melinda!
19:23Melinda!
19:26Melinda!
19:28Melinda!
19:30Melinda!
19:31Melinda!
19:33Melinda!
19:35Uá!
19:36Posso?
19:37Uá!
19:38Oh, sim! Oh, sim!
19:39Ora, mas aquele moço teve que haver saído em guias, moa!
19:41É claro!
19:42Ai, Jesus!
19:44Oh, sim!
19:45É que isto é mesmo grande! Isto é maior do que eu pensava!
19:48Isto vai até onde? Vai ali até àquele prédio!
19:51Até àquele?
19:53É muito mais!
19:55Houve uma vez um moço que se perdeu aqui
19:57e teve que cunhar malta de Espanha para o encontrar...
19:59Oh, moço!
20:00Olhei para isto!
20:01O quê?
20:02Vem cá ver!
20:03Tomás, não estão-nos de mel!
20:06Estão aqui as propriedades todas as que o papá me deixou!
20:09Ele é caças, ele é quintas, ele é empresa, coelho!
20:12Ei!
20:13Até um banco! Ele tinha, moço!
20:16Um banco?
20:17Um banco!
20:18Banco de investimento e crédito oficial!
20:24O teu pai era dono do buico!
20:26Ai, moço!
20:27Eu era mesmo rico!
20:28Até me abriram uma daquelas contas que têm estes cartões, estás a ver?
20:32Tu enfias listo na ranhura e ela dá-te fiado!
20:37Ela quem?
20:38A máquina?
20:40Enfia-te na ranhura e ela...
20:43Vai-nos comemorar-te!
20:45Vai-nos comemorar!
20:46Vai-nos comemorar!
20:51Estou para a minha vida, estou ansiosa!
20:52Estou mesmo a criança, ansiosa de abrir a minha clínica de angiopatia!
20:55A minha clínica dá só para ti!
20:57Olha!
20:58Piedade, vou-te dizer uma coisa.
21:00Olha para mim que eu vou falar para ti, mas é do fundo do coração.
21:04E agora não vais puxar de gastar o teu dinheirinho da guita da bufa, tá?
21:07Sabe porquê?
21:08O quê?
21:09Sou eu que te vamos inventar o negócio!
21:12Ai, tu vais me servir!
21:14Estás a falar assim?
21:15Vá, pois!
21:16Ele é um cento!
21:17Estás a ver que ele vai montar!
21:19Ele é um cento!
21:20Piedade, tem cuidado, é que ele não é assim tão santo!
21:23Olha que eu já o vi sozinho com uma ovelha e não foi nada bonito de se ver!
21:28Cala!
21:29Olha, olha, pois, olha, eu tenho uma pergunta para te fazer.
21:32Oh, José, outra vez!
21:33Já te disse que não sei como é que se aumenta o pênis?
21:36Ai, tu que eres?
21:37Que esticá-lo?
21:38Hein?
21:39Botas uma guita, agarras isso à cabeça do pênis, agarras a outra ponta,
21:45ou um tijolo de doze e a mandas ao rio!
21:48Mal não tu vai fazer!
21:50O quê que mandas ao rio?
21:51O tijolo!
21:52Estás a ver?
21:53Não tem nada a ver com isto!
21:55Estás a ver?
21:56É tu!
21:57Somos ricos!
21:58Como é que é?
21:59Podemos apanhar bobedeiras, andar à porrada e a palpar moças também!
22:03É isso!
22:04Dime aqui!
22:05Responde tu!
22:06Certezamente!
22:07Certezamente!
22:08Estás não palpas as moças!
22:10Nós agora somos ricos, podemos fazer o que quisermos!
22:12Onde já?
22:13Os ricos fazem aquilo que lhes apetece na sobra tempo!
22:17Estás indo por cima e eu!
22:18Sou dom de um banco!
22:19Estás a ver!
22:20Não!
22:21E agora que vou receber este guito de toda meiraça, eu e tu vamos andar aí mais alargados
22:28que vejo os furões e os climberates!
22:31Não!
22:32Não!
22:33Vamos!
22:34Vem!
22:35Não!
22:36Volha para cá!
22:37Vem!
22:38Vem!
22:39Vem!
22:40Vem!
22:41Vem!
22:42Vem!
22:43Vem!
22:44Vem!
22:45Vem!
22:46Vem!
22:47Vem!
22:48Não, não acredito. Isto não é assim tão grande.
22:51Nunca eu não consigo ler ao longe.
22:53Olha ali! Vixe!
23:04Eu nunca vi um Porsche. Isto é um Porsche.
23:08Moço!
23:09Eu só vi Porsche em Porsche.
23:12Já viste? Tem quatro portas, moço.
23:16Moço!
23:17Bom dia!
23:21Moço, olha para isto.
23:24Percebe aí. Percebe aí, que estou a olhar com este dinheiro.
23:28Volta, vamos!
23:31Bom dia, desculpe. O meu nome é Quinho.
23:33Eu sou o novo dono disto estudo.
23:35E era para me chamar o responsável, se faz favor.
23:39Peço desculpa, Quinho?
23:41Boio!
23:44Espera aí, que agora é a minha vez.
23:45Espera aí, espera aí, espera aí.
23:47Dó...
23:47...clisme!
23:50Estás forte, tu!
23:52Olha, já agora peça-me umas águas finas que eu tenho cheio.
23:56Queres alguma coisa?
23:57Um rissol.
23:58Um rissol.
23:59Queres camarão ou queres carne?
24:01Carne.
24:02Quero um camarão.
24:03Estás em Lisboa.
24:05E mais dois rissol de camarão, se faz favor.
24:11Olha, como é que está?
24:12Ainda está a 0-0?
24:14Ei!
24:16Estou para lá, partilho!
24:17Ah, mouco!
24:17Diz lá!
24:20Ele já meteu o passarinho
24:21ou adaptou o Toma Radas pelo corredor direito?
24:25Ele meteu o passarinho
24:29Às quatro da madrubada
24:33Cantando lindas campigas
24:37Às quatro da joada
24:46É o Quim?
24:47Sou-se a senhora.
24:48Seja muito bem-vindo.
24:50Albano Fonseca, vice-presidente e um amigo ao seu dispor.
24:54Agora é essa, amigo sou eu.
24:57É o Zé.
24:58Um amigo ao dispor do amigo que, portanto, se dispoenha ao dispor do amigo.
25:02Muito bem, muito obrigado.
25:04Então, passamos.
25:05Ah, então não passámos. Basta o desportivo de curso para empatar com a União da Galhorda
25:09que a gente passa logo direto aos estritais, é lá.
25:11É que nós temos os mesmos pontos que eles, mas temos um gol a mais.
25:14Quando nós lá fomos, demos-lhe seis na ilharga que eles até retaram-me à ameixa.
25:19O que eu estava a dizer era para passarmos à nossa sala de reuniões.
25:24Ah, não estava, não estava.
25:26Esta é a Dona Junit, a nossa secretária.
25:29Olá, Dona Junit. Tudo bem como está vendo-se bastante?
25:32Por aqui, por favor.
25:33Muito obrigado.
25:34Sabe que eu era muito amigo do seu pai?
25:36Ai, sim.
25:36Estabelecemos logo uma enorme amizade desde o primeiro dia.
25:39Ou na primeira noite.
25:41Ele até dormiu na minha casa.
25:43Eu não te disse.
25:45Um homem sozinho para aqui em Lisboa, como é que vai que não vai, eu disse-te.
25:50Mas vocês se casaram ou ficaram só amigos?
25:52Não, não, não.
25:53Nós éramos só amigos.
25:54Sabe que eu sei muita coisa sobre o Corral de Moina, sabe?
26:01O seu pai falava muito dos costumes e da comida.
26:05Olha, da salada de rãs, dos croquetes de castor.
26:09Muito bom.
26:10Ah, dos cabestos de caroço.
26:12Ai, dos cabestos de caroço, tem que experimentar o que faz a minha madrinha.
26:14Aquela ainda faz com o molho de Oscar, como antigamente, que aquilo...
26:17Até nos reventa às vezes.
26:22E aí porquê?
26:23Porque deixa de um dia para o outro.
26:25Pois, ótimo, sim senhor.
26:26Deixem-me então fazer as apresentações.
26:30Nora, por favor.
26:34Ora, o doutor Mota.
26:37O engenheiro Costa.
26:39O doutor Hernani.
26:42E agora o representante dos acionistas espanhóis, o doutor Manuel.
26:47Muito gosto.
26:49Que é também o responsável pelo ploro financeiro.
26:52E a quem eu passo, desde já, a palavra.
26:54Ah, muito obrigado.
26:55Vou então tentar explicar ao nosso amigo o que é que nós fazemos aqui no Bico.
27:03Somos um banco especialmente vocacionado para pequenas e médias empresas.
27:07Tal como aqui a nossa diretora jurídica vai passar a explicar.
27:11Doutora Filipe.
27:12Se calhar é mais fácil eu entregar ao doutor Kim
27:17o dossier com a informação toda do Bico.
27:19É sim.
27:27O que é que se faz?
27:28O que é que se faz?
27:29O que é que se faz?
27:30E no dossier pode encontrar o relatório de contas?
27:43Com as contas, não é?
27:44Sim.
27:45A lista de clientes.
27:47Com os clientes, não é?
27:48Sim.
27:49Boa.
27:50A relação de ativos e passivos.
27:52Ativos e passivos não interessa.
27:53Eu e a sua intimidade das pessoas não têm nada a ver com isso.
27:55Com a vossa licença.
27:57Com a vossa licença.
28:01Se calhar não percebeu bem.
28:03Percebeu, percebeu?
28:04Ai que não percebeu.
28:06Nós lá em Corral de Moinas temos um moço assim, sabe?
28:09Quando é as festas veste-se de pastorinha.
28:12É, de modo-se que relações de ativos e passivos, não é?
28:16Portanto, quem leva e quem dá e se trocam ao fim de semana,
28:19para mim, eu não, é...
28:21Não me interessa nada.
28:23A não ser que sejam duas moças que aí já interessam.
28:42Queridos pais, obrigado pelo faqueiro de 120 peças, que tem de ser lavado à mão.
28:46Obrigado pelo fundio, dá sempre jeito.
28:49E obrigado pelos castiçais de prata.
28:51Vão ficar tão bem nos jantares de gala.
28:53Os teus pais dão-te tudo.
28:55A caixa, dá-te o que precisas.
28:57Contrata o teu crédito à habitação e a proteção fica por conta da caixa.
29:00Caixa, para todos e para cada um.
29:03Frontera.
29:06Tanto espaço.
29:09Uau, e carrega rápido.
29:12Novo Frontera.
29:14Uau.
29:17O novo Opel Frontera.
29:19Por 99 euros mês, com manutenção incluída.
29:36Hum.
29:42Olha, Max.
29:47Uau.
29:48Que materiais.
29:50Tinta exterior dos aquilítros, 49,90 euros.
29:53Mesa dobrável Picnic, 29,90 euros.
29:56Ainda podes fazer o seguro de saúde, vai.
30:03Olha aqui.
30:04Não tem limite de idade.
30:06Posso eu?
30:07E pode eu?
30:09O novo seguro de saúde One Care não tem limite de idade de contratação e inclui medicina preventiva e shake-ups periódicos.
30:17O seu novo bem-estar começa agora.
30:19Santander.
30:32Então este é que era o meu pai?
30:34Não.
30:35Não.
30:35Este é o Napoleão.
30:37Ah.
30:37Mas eram muito amigos, não é, para estar aqui em cima da secretária dele, não?
30:42Bom, este.
30:44Este.
30:45Este é que era o seu pai.
30:48Ah, o meu pai.
30:49Ah.
30:50Era um grande homem.
30:51A casa até parecia alto, sim.
30:53Sim, era grande.
30:54Enquanto estiver por cá, pode utilizar este gabinete.
30:58Faça favor.
31:02Posso estar à vontade?
31:03À vontade.
31:03É seu.
31:07Ai.
31:10Mas sou eu.
31:12Lembra-se?
31:13Quando era pequenino.
31:14Sim.
31:15O quinzinho.
31:16E se quiser saber mais alguma coisa sobre o banco, tem aí tudo.
31:21Está aí tudo.
31:22Mas isto é de bonecos ou é de ler?
31:24É que eu não sou muito amigo de ler, sabe?
31:25Ou é mais caçar, nadar, mexer no pênis.
31:29Coisas assim, vá.
31:30Em relação à casa.
31:32Estão a gostar?
31:33Bem, eu em relação à casa, gostei mais da primeira, porque elas não sabiam o que ia.
31:37Agora, agora, agora, até já falam para a Câmara.
31:39É muito aquenga.
31:41Não, não.
31:42Eu estou a falar da casa do seu pai.
31:45O meu pai entrou na casa?
31:47Só se foi depois da terceira, que eu até há três vi tudo.
31:50Não me diga que não sabe.
31:51Que o seu pai tem uma mansão em Cascais.
31:53Ah, não.
31:55Por acaso, não era do meu conhecimento, senhora.
31:57Mas então, onde é que estão a dormir?
32:00Está-me num hotel.
32:01Oh, não, não pode ser.
32:03Não.
32:04Eu ligo já para a Adelaide.
32:06Ela é a governanta da casa do seu pai.
32:07Ah.
32:08Ela prepara tudo e vocês mudam-se já para lá.
32:10Ah, velha-me Deus.
32:15Estas são ritas, todas.
32:17Estas são extremamente filhos.
32:19Não, não, não.
32:21Deixa lá.
32:23Oh, não, não.
32:24Eu fico para a minha vida, até me apetece sair em andamento.
32:27De nervado que eu fico.
32:28Não vou fazer nada.
32:30Com o carro, um canhão deste.
32:32Um canhão deste.
32:33Oh, velha-me Deus.
32:34Nunca andei num carro com mais cinquenta cavalos
32:36e nem me deixou guiar o carro um bocadinho.
32:38Um canhão deste.
32:39Oh, moço.
32:39Oh, moço.
32:40Cala-te.
32:41Passaste o tempo a viagem toda a chatear o homem
32:43e a puxar-lhe o travão de mal, que enriquez o quê?
32:44Estão vivos do banco até aqui.
32:46Nem um peão ele fez.
32:47Tem algum jeito.
32:48Olha, olha, olha.
32:49O engravatado.
32:50Estás a vir?
32:51Olha, eu tenho dinheiro para ficar no quartinho,
32:52que não queres que tu aches que venho para aqui para me aproveitar de ti?
32:55Oh, velha-me Deus, senhora.
32:56Pois tens a dizer isto e parece que também estou a fazer o mesmo.
32:58Ai, não estás.
32:59Olha, olha, olha, olha, olha, olha, acabou a conversa, está bom?
33:03Vou aproveitar e aproveitar.
33:04Quem é que se aproveita de quem?
33:05Aqui ninguém se aproveita de ninguém.
33:07Não, as coisas boas são para partilhar com os amigos.
33:09É ou não é?
33:10É verdade.
33:11Então vá, acabou a conversa.
33:12Olha, então para a minha vida, eu como uma árvore destas,
33:14eu vendia uma árvore destas e comprava duas casas iguais às minhas.
33:17Já temos árvore de Natal.
33:18Botas-lhe aqui um aluginho e aquilo fica muito bonito.
33:20Boa tarde.
33:22Boa tarde.
33:23Boa tarde.
33:24Sejam bem-vindos.
33:25Eu sou a Adelaida, governanta desta casa.
33:27Minha governanta.
33:29Tão parecido com o seu pai.
33:35Entra aí.
33:35Venha.
33:37Precisam de ajuda?
33:38Não, não é preciso.
33:39Obrigado, o Zé leva.
33:40O Zé leva.
33:41O Zé leva.
33:41Isto aqui é de verdade ou é daquela popular de Epi?
33:44É tudo de verdade?
33:45É uma linha vir mais.
33:46Ah, estou para a minha vir.
33:47Estava com tudo que eu queria, a turça.
33:48Estava com tudo isso.
33:50O que é a casa do teu pai?
33:51Ah, vamos embora.
33:59Está bom, menino?
34:13Está bom.
34:14Está maravilha.
34:15Mas lá e parabéns, está mesmo muito bom.
34:18Obrigada.
34:18Era o prato preferido do seu pai?
34:22Não.
34:23Oi, sopado de castor.
34:25Não.
34:26Duas, três vezes por semana.
34:29Era certinho.
34:32Deus o tenha.
34:34Bom proveito.
34:35Obrigada.
34:36Muito bom.
34:36Parou bem.
34:37Nós pedimos.
34:38Agora eu ajudo a levá-la.
34:39Está a comer?
34:40Obrigada por estar, menina.
34:41Está bom?
34:42Está.
34:42Eu não consigo comer mais.
34:43Agora dá.
34:44Eu ajudo, agora.
34:45Eu ajudo.
34:46Ajudo.
34:47Com um brincadinho, as moçadas, está a menina.
34:48Vamos lá, vamos lá.
34:49Vamos lá.
34:52Ó moço.
34:54Olha aqui uma coisa.
34:56Tu já viste?
34:58Hoje foi a primeira vez que nós vimos duas moças a...
35:01a... a... a... a...
35:03a beijar-se na boca.
35:05Já reparaste nisso?
35:07Que duas moças?
35:09Que duas moças?
35:10Onde é que tu viste duas moças?
35:11Então aquela moça de saia.
35:12Tinha o óculos e a outra mais pequenita.
35:15Não te lembras?
35:16Mas desde quando aquilo era duas moças?
35:18Tu não reparaste que a mais pequenita até tinha um equipamento de guarda-reste de
35:22putzal?
35:23Eram duas moças, ó burro.
35:25Tu é, não é de brincar comigo, ou que é?
35:26Até não...
35:26Com...
35:27Coelhos via os peitos de lado.
35:29Achas que o que é?
35:30Anda a dormir, ou que é?
35:30Oh, oh, oh.
35:31E a fumar?
35:33Hã?
35:34É que eu o vi a fumar?
35:35E desde quando é que uma moça fumou na rua?
35:37Tu pensas o quê?
35:37É que estamos em França?
35:39Tu, ouve, tu às vezes parece que andas com uma pala
35:42assim que mostro cabalos.
35:46A toma de laiva?
35:47O que foi?
35:47Está fina.
35:50Oh, não, não, não se preocupe, Nino.
35:52Que a piedade já me deu aqui uma massagem.
35:54Estás falando nisso?
35:56Eu acho que eu já tenho um lugar para fazer a minha clínica.
35:58Boa.
35:59Agora só tu é na dúvida.
36:01E eu não sei se eu vou dar.
36:03Ou só do bairro,
36:04ou só da esquina.
36:07Que eu já vi que aqui em Lisboa isto é tudo lá do bairro da esquina.
36:10Mas vai trabalhar sozinha.
36:12Ah, isto aqui em Lisboa isto tem mais de 10 mil milhões de habitantes.
36:16É o dobro da avena.
36:17Já sei.
36:19E até meti um anúncio no jornal.
36:21Ah, pus assim.
36:23Contrato de pessoas.
36:24Agora liga e eu logo vejo se servem ou se não servem.
36:27Me fiz bem?
36:28Está bem pensado?
36:29Está bem pensado?
36:30Olha, falar nisso e aproveitando que estamos aqui os três juntos à mesa,
36:33eu tenho aqui uma coisa para vós.
36:35Zé, eu já te tinha dado um cartão de crédito,
36:40mas agora tenho aqui um monte melhor,
36:43porque o valor do crédito deste é o dobro.
36:47Ficas aqui com este, que exagero Black Diamonds.
36:50Toma.
36:52Tu, Piedade,
36:54para não teres de gastar o teu dinheirinho da guita da bufa,
36:57vais ficar aqui com um top-gold de bazooka.
37:00Ah, Kinho, é sério?
37:02Ah, é sério.
37:03É assim é que há.
37:05Já sabes-te lá, a doutora Filipe é casada.
37:13Quero foi?
37:14Já foi, tio.
37:16Já foi para o que é?
37:17O que é que foi?
37:19A conheço.
37:19Olha,
37:21já está releicinho, assim, pela moça.
37:24Tu viste, se ela tinha aliança?
37:29Não vi nada, não vi nada, porque as moças aqui em Lisboa usam muitos anéis.
37:33Não é?
37:33É que não dá para perceber.
37:35É uns anéis com cobra, outros com uma pedra, outros com uma caveira, outros com uma cobra,
37:40com uma caveira em cima de uma pedra.
37:42Não sei.
37:44Pergunta-lhe.
37:44Está-lhe a perceber que eu estou interessado nela.
37:47E estás?
37:48Está bem, mas está-lhe a perceber que eu estou interessado nela.
37:51Mas não estás?
37:52Estão, mas está-lhe a perceber que eu estou interessado nela.
37:54Está-lhe a perceber que eu estou interessado nela.
38:24senti nela.
38:26Olha, pois ficas tu a saber que eu já estive a estudar estes números do banco aqui nos dossiers
38:30e estou aqui com as ideias bancárias ou financeiras para o Bic.
38:35É mesmo melhor eu ir contigo que tu percebes tanto de números e de dinheiros como eu percebo
38:40de linguados.
38:41O quê?
38:41Eu não percebo de dinheiros, é?
38:42Oh, moço, tu não estás a fazer um troco?
38:48Ui.
38:54Oh, Zé, também estás a ver isto em câmara lenta, como nos filmes, ou é...?
39:02Não é só da minha cabeça.
39:04Olha, Alquim, eu acho que é um perigo, a piedade andar assim aqui é para acertar.
39:20Não vai alguém a desossar.
39:23Alguém quem?
39:24Eu, por exemplo, está-lhe farto de saber que eu sou senâmbulo.
39:29Em relação ao crédito habitação, continuamos a crescer, assim como o crédito ao consumo...
39:48Bom dia, bem que vai lá o atraso.
39:50Dia.
39:50Nós tivemos uma pequena inconveniência agora no caminho para cá.
39:54Ok, eu peço desculpa, mas esta reunião é exclusiva a elementos do Conselho da Administração.
39:59Ah, não, tem mal, a gente também não quer, não é, incomodar, não é?
40:03Deixe-se.
40:03Nós vamos chegar aqui, recortámos aqui atrás e, olha aí, aproveitámos para vamos cortar as unhas aos pés, não é?
40:09E ficámos aqui a ouvir que eu gostava de aprender umas coisas sob alta, alta finaça.
40:13Mas vocês, se quiser, diz, a gente também vos pode explicar como é que cortámos as unhas dos pés lá em Corral de Moinas, é, gente...
40:21Vamos, então, continuar, a dizer, agora o crédito às empresas.
40:29Peço desculpa, parece que há aqui um grande problema técnico.
40:34Deve ser de lá.
40:38Fátima!
40:40Volte no RTP.
40:41Importa-se chamar o Rui, se faz favor, parece que isto encravou outra vez.
40:46Já que encravou, eu vou desencaravar.
40:48Primeira, e se em vez de ser o banco a emprestar dinheiro às empresas, não fossem as empresas a emprestarmos dinheiro a nós?
41:00Mas assim, tipo, obrigações?
41:02Obrigações? Melhor ainda.
41:04As empresas são obrigadas a emprestar dinheiro a nós.
41:08E mais, nós é que não somos obrigados a pagar-lhes a eles.
41:12Mas tudo, atenção, tudo por lei ou anúncio nacional.
41:15Tem a ficar escrito que é para eles depois não serem que não viro.
41:18Não é?
41:18É, eu acho que essa ideia precisa de ser um bocadinho mais trabalhada.
41:24Outra!
41:24É assim, como pipoca.
41:27Zé!
41:28O cartão multibanco infantil.
41:30Ah?
41:31Que não fosse para levantar dinheiro.
41:33Que fosse para comprar gomas a crédito.
41:36Gomas?
41:36Sim, gomas.
41:38Tinha que se fazer umas caixas de multibanco assim mais pequeninas para as gomas, não é?
41:43Isso não faz sentido.
41:44Não faz sentido.
41:46Oh, Sr. Doutor, não só faz sentido, porque também tem outra funcionalidade.
42:06É só mais uns minutinhos que o meu genro está a estar perto.
42:21Entretanto, tenho de me ausentar.
42:35Peço desculpa.
42:35O doutor Manuel prometeu à filha que punha cá o rapaz para o ajudar.
42:45Mas o genro é um bocadinho lento.
42:48Por acaso eu já tinha reparado que os olhos estão muito pretinhos um do outro, coitadinho.
42:53Ora, menino, nunca deixes que te digam que tu és diferente, está bom?
42:59Lá em Corral de Moinas, o filho da Betesga, ainda hoje em dia não se sabe lavar sozinho,
43:07mas é um excelente ZNR.
43:09Por isso não desistas, que eles, o Nina, vão fazer um filme sobre ti.
43:14Com aquela, com a Meryl Stritt e com o Nuno Lopes.
43:19Acredita, meu menino.
43:21Codinho.
43:23Filhas da mãe.
43:25Eu sabia.
43:28Lá a Guita quer nomear uma nova administração com um presidente espanhol.
43:31O quê?
43:33E agora?
43:35Não te preocupes.
43:36Segundo os estatutos, se os portugueses se juntarem, têm a maioria.
43:41Vou ter que falar com todos.
43:43Temos de ter calma agora.
43:44Calma.
43:44Manuel, se os espanhóis estão em conta do banco e fazem uma auditoria,
43:48eles descobrem o dinheiro que desviámos.
43:52Já sei.
43:55Convencemos o Parolo a votar em mim.
43:59Como é o maior acionista, os outros vão atrás.
44:01Nem que eu tenha que dar algum dia por fora.
44:03Vai ver.
44:03Isso não vai funcionar.
44:04Um tipo de aldeia cheio de princípios.
44:06Tenho certeza que é honesto.
44:08Oh, flipa, flipa, flipa.
44:11Não há pessoas honestas.
44:14Há pessoas mais caras ou mais baratas.
44:16Manuel, eles não são assim.
44:20Eu vou ser amigo do Parolo.
44:23Mas, para eu te dizer uma coisa, estou mesmo feliz que estejas aqui comigo a viver isto.
44:27Mas, Zé, feliz-me.
44:29Falas assim, já sabes que eu fico emocionado, fico assim, começo a chorar, tu sabes, não sabes?
44:37Eu só choro com duas coisas, é como a tança do porco e é com isto.
44:40Mas, chora, chora à vontade, meu irmão, porque as guincharam eu.
44:45Eu tenho a certeza que se te acontecesse a ti, mesmo que me aconteceu a mim, tu ias querer que eu estivesse aqui contigo, é ou não é?
44:50Pois, com certeza, menta.
44:52Oh, o que é que tu vai...
44:53Vocês, eu acho muito bem, é sério.
45:01Vocês façam o que quiserem, façam à vontade.
45:04Nós estamos num país que está em liberdade.
45:07Ai, no meu tempo era muito difícil.
45:09Eu fui para a cama com a minha prima Lourdes.
45:12E o meu pai, quando soube, deu-me uma tareia.
45:15E vocês também, se quiserem, podem dar aqueles beijinhos de língua, é sério.
45:23Porque se por acaso aparecer aqui alguém para armar-se a língua, leve uma bengalada que se urina toda.
45:34Adeus.
45:46Ixa seus, vamos embora.
45:49Vamos embora que ela pode voltar, a ti, meu irmão.
45:51E ele vê uma agrafadela ao cérebro, ao quinqueno, e como é que eu me chamo?
46:04O rapaz jogo? Também quem é que se lembrou disto?
46:08Tentar acertar num ovo de codorniz com uma vareta de ver o óleo?
46:13Não se preocupe que eu quando comecei também me vi aflito.
46:16Não, espera aí.
46:17Espera aí que eu vou fazer isto aqui à minha maneira. Tem tempo, não tem?
46:21Sim.
46:22É tão consciência.
46:24Espera aí.
46:26Opa, aí está.
46:29Vai demorar um bocadinho mais tempo, mas a gente chega lá.
46:32E como se tens na minha aldeia, devagarinho, devagarinho, se apanha o macaquinho, não é?
46:38Quinho.
46:40Posso tratá-lo por Quinho, não posso?
46:41Pelo amor de Deus, mas claro. Diga.
46:44Já que estamos aqui os dois, eu gostaria de falar consigo sobre o Zé.
46:49Sobre o Zé? Você não me diga que ele fez aquele número em que enfiou o dedo no rabo e depois lhe dá a cirar.
46:54Não.
46:55Você não me diga que foi aquele em que ele lhe botou piripiri nos tarecos.
46:59É que eu essa já o proibi de fazer.
47:01É que ele uma vez numa termazinha em Amaral tinha matado um senhor careca.
47:04Não.
47:06Sabe Quinho, eu tenho receio que o Zé fique com ciúmes da nossa relação.
47:13E a última coisa que eu quero é que vocês se chateiem por minha causa.
47:16Não, senhor. Amor de Deus, não se chateie com o Zé que aquilo hincha, desincha e passa.
47:20E sinceramente, acho que a mesma coisa também.
47:24Preciso ter outras ambissades, não pode ser só o Zé. Eu também morro estúpido.
47:27Pois usar também de cabeça aquilo...
47:30Ah, não diga isso.
47:31Não digo isso.
47:32As conversas do Zé resumem-se a leitão.
47:34Onde é que vamos comer leitão?
47:35Que molhos é que vamos usar para o leitão?
47:36Como é que se tiram as nodas do molho do leitão?
47:38É leitão a mais, digo eu.
47:41Sim.
47:43Quinho, espero que não leva mal.
47:47Mas apesar de não ser filho do seu pai, ele era como se fosse um pai para mim.
47:51Engraçado. Para mim era exatamente ao contrário.
47:54Que ele era mesmo meu pai, mas era como se não fosse.
47:56Está a perceber?
47:58É quase como se fôssemos irmãos.
48:02Meios irmãos.
48:04Porque é como se nós fôssemos filhos do mesmo pai, mas depois, vais saber, não somos filhos do mesmo pai.
48:10Por exemplo, ele era seu pai?
48:13Não.
48:14Não, mas era meu pai.
48:16Portanto, metade para mim.
48:17Mas ele para si era como se fosse seu pai, não é?
48:19Portanto, metade para si.
48:20Está a compreender ou não?
48:22Não liga.
48:23É trabalhar muito tempo com gado, está a perceber?
48:25Por isso é que tenha esta cabeça boa para as matemáticas e para os bancos e quê?
48:28É assim.
48:37Eita, Manel, como é que está a correr?
48:39Olá, Filipe. Tudo bem? Como é que estás?
48:41Estou ótimo.
48:42Sempre saís com o Barca este fim de semana?
48:44Eu acho que vou para Troia com os Mil.
48:46Vai lá ter connosco.
48:47Não posso, não posso. Tenho uma concentração de clássicos em alvas. Com o Tiago no Rolls Royce.
48:53Ah, muito bem, muito bem. Bom, então até logo.
48:57Até logo, Filipe.
48:58Vocês nestas coisas dos bancos devem se fartar de ganhar dinheiro. Isto é só barco, Rolls Royce, mansões, calções...
49:09Não se ganha mal, não se ganha mal, não se ganha mal.
49:12Sabe, eu também tenho a sorte de ter dinheiro de família.
49:15Ah, por falar nisso. Tenho de conhecer a minha família. Porquê que não vai a casa?
49:19Vai a casa um dia destas, conhecer a minha mulher, os filhos, para um jantar, hã?
49:25Está combinado. Eu levo o vinho.
49:28Ah, não se preocupe. Não se preocupe que eu tenho vinhos franceses excelentes.
49:31Ah, não, não é para si. É para mim. É para a viagem.
49:35Calções!
49:39Ei, ei!
49:40Estão, eu me avincei!
49:42Deu?
49:45Estão agora naquela sorteia que vocês resolvem deitar se descansaram?
49:49Bom dia!
49:55O Zé... O Zé vai...
49:57Vai almoçar connosco?
50:00O Zé... O Zé... Não.
50:02O Zé hoje não lhe dá jeito, está ocupado.
50:05Ai!
50:10Olá, Guita!
50:12É um grupo espanhol que é o maior acionista do banco.
50:16Pensava que era um jogador do Rio Abo.
50:22É que se o Kim não votar em mim, os espanhóis passam a controlar o banco. Está a perceber?
50:27Um homem que também quando não nasce com sorte me vale a pena.
50:30Não há nada a fazer.
50:31Agora que eu achava que ia ser banqueiro, agora vêm os espanhóis e pronto, não é?
50:34E pronto, não é?
50:35Então, Kim...
50:37Se votar em mim, eu estaria na disposição de lhe oferecer um...
50:43Um prémio.
50:44Seria uma espécie de agradecimento.
50:46Agora agora vai dar dinheiro da sua conta para mudar, hein?
50:48E eu nem sequer faço o ano.
50:49Espero, pelo menos, que eu faça anos ou qualquer coisa assim.
50:51Olha!
50:53Oferece-me umas sapatilhas, que eu nunca tive nenhuma.
50:55Segura Engenheiro, como está?
50:59Já há muito tempo que não vês no golfe.
51:01Ah, também anda de golfe, hein?
51:03Diga lá que aquilo não é um carro para o resto da vida.
51:05Tenho um amigo meu em Curral de Mães que se putou três vezes contra o mesmo pinheiro
51:08e aquilo arranca a andar, aquilo é uma máquina.
51:12É o Kim, é o filho do falecido doutor Antunes de Melo.
51:16É.
51:17Ah, os meus pésames.
51:19Eu gostava muito do seu pai.
51:22Já lá está, na terra da verdade.
51:24E assim faz?
51:29O que é que foi?
51:30Eu não conheço ninguém assim faz, seja Aldravão, não é?
51:32E conheço pai é um jeito.
51:33Está aí.
51:36Muito obrigado.
51:37Boa alma-se.
51:38Olha, não se esqueça que em Outubro há concentração de golfe de Simão de Mare.
51:42Estou a começar a me seguir lá, hein?
51:44Um abraço.
51:45Não tomo mais tempo. Muito obrigado.
51:46Bem-aja, bem-aja.
51:47Gostem vê-lo.
51:48Gosto de cada vez mais deste tom.
51:49Real, mas se não fosse lá aquela outra situação lá da coisa, que...
51:52Pronto.
51:53Enfim.
51:54Bem, onde é que a gente está?
51:55Voltando ao nosso assunto.
51:56É o seguinte.
51:58Eu boto em Sim.
52:01Mas eu tenho aqui uma pequena condição.
52:04Diga, o que quiser.
52:06Eu quero é ficar como administrador do banco.
52:09Porque eu acho sinceramente, na minha opinião, que sou...
52:12Já percebo bastante até disto.
52:14Kim, diga.
52:15Não é que eu não gostasse que fosse administrador.
52:19Porque seria ótimo para o banco.
52:21E até para mim.
52:22Para si.
52:23Que eu gosto de aprender.
52:24Mas para ser administrador tem que ser aprovado pelo Banco de Portugal.
52:28É.
52:29E o nome do Kim não seria aprovado por falta de experiência na banca.
52:34A experiência no monopólio não funciona para não.
52:36É que eu uma vez dei uma coxa ao filho da Cremil que ele até retou a pena.
52:40Para Kim, fazemos assim.
52:41Diga.
52:42O Kim vota no Dr. Manuel e fica com o braço direito de maneira informal.
52:52Seria como se fôssemos os dois a mandar no banco.
52:54Praticamente.
52:55Ah.
52:56Negócio fechado.
52:57Ótimo.
52:58Ai, olha, olha, olha, olha.
52:59Que negócio fechado.
53:00Desculpe, desculpe.
53:01Não tem problema.
53:02É que eu não consigo...
53:04É, não tem problema.
53:05Ah, mas é o seguinte.
53:06Dá-me pedir mais uma garrafa de espumoso para comemorar.
53:07Minha, faz sabor.
53:08Mais uma garrafa de espumoso que eu quero aqui brindar com o motorista.
53:09Vamos embora.
53:10Toma.
53:11Isto é para ser o meu amigo e é para comprar roupa.
53:12Tu agora estás na presença do braço direito do presidente do banco.
53:14Hum?
53:15Não tem problema.
53:16Ótimo.
53:17Ai, olha, olha.
53:18Que negócio fechado.
53:19Desculpe.
53:20Desculpe.
53:21Desculpe.
53:22Desculpe.
53:23Desculpe.
53:24Desculpe.
53:25Desculpe.
53:26Desculpe.
53:27Desculpe.
53:28Desculpe.
53:29É que...
53:30Eu não consigo...
53:31É...
53:32Mas é o seguinte.
53:33Dá-me pedir mais uma garrafa de espumoso para comemorar.
53:35Minha, faz sabor.
53:36Mais uma garrafa de espumoso que eu quero aqui brindar com o motorista.
53:37Vamos embora.
53:38Hã?
53:39Hã?
53:40É para ir jantar logo que eu não posso.
53:43Não percebi um boi.
53:45Mas se calhar também não devia ter dito isto ou agora vais querer explicar tudo do princípio
53:49e eu não vou perceber nada porque eu... já sabes como é que é a sua pessoa.
53:52O Manel perguntou-me se eu podia botar dele na Assembleia Geral do Banco.
53:56Estás a saber?
53:57Que é o sítio onde a malta comanda um bocadinho no banco.
53:59Decida a malta comanda naquilo tudo.
54:00Estás a saber ou não?
54:01Sim.
54:02Já ouvi falar que os bancos é este tipo de negócios, não é?
54:05Que os donos não mandam.
54:06Portanto, eles escolhem.
54:08É as pessoas que vão mandar.
54:10E depois no fim do mês recebem um X.
54:12É isso, não é?
54:13É isso, não é?
54:14Por isso é que eu prefiro oficinas.
54:15Então já percebeste?
54:16Não.
54:17O que eu já percebi foi é que te andas a entusiasmar muito com este tal Manuel e andas a ter esquecido
54:25o que a Madrinha falou para termos cuidado com as pessoas de Lisboa, não é?
54:30Para não nos deixarmos fascinar pelo dinheiro, não é?
54:33Então é que vais apagar o dinheiro que eu tenho.
54:34E eu já acabei de falar para uma carta.
54:36Não, é que não vais ficar fascinado.
54:37É, agora é só o loto hoje a quinto fala.
54:40É?
54:41Olha uma coisada para mim.
54:42Ah?
54:43Ela quando falou foi para ti.
54:44Não foi para mim.
54:47Que eu nem tenho pai.
54:50Sou filho de um jabalí.
54:51Então.
54:58Mas não está a saltar o carro?
54:59Não, não está a saltar o carro.
55:00Não, não está a saltar o carro.
55:02Está o ladrão, cedo!
55:04Sai daquí!
55:05Sai daí!
55:06Mas só a salta, vá.
55:07Isto é o Uber.
55:08É o Uber.
55:09Quer saber se é Uber, se está sentando o ano, se é pessoa que é o robocard especial.
55:12Sai daqui!
55:13Mas é uma questão de nós marcarmos e termos...
55:16Estás a ver.
55:17Vai, vai, vai, vai.
55:18Bom, não, não se importa.
55:19Acho que já está.
55:20Estás a ver.
55:25Os amigos, eu peço desculpa se interrompi a vossa conversa,
55:30mas eu queria partilhar com vós, com vós, umas palavrinhas.
55:34Oh, Oquin, se quiser falar pode utilizar a faca e bater no copo.
55:39Tipo, tipo assim.
55:41Não, é mais...
55:42Peço-me a sua desculpa.
55:43Peço-me a sua desculpa, senhor Engenheiro.
55:45Com menos força.
55:46Com menos força.
55:47Com menos força.
55:48Com menos força.
55:49Sim, sim.
55:50Sim.
55:51Não.
55:52Não.
55:53Peço-me a sua desculpa.
55:55Então é...
55:56Como é que é?
55:57Se calhar um jarro é melhor, não?
55:58Não.
55:59Mais levemente.
56:00Mais levemente.
56:01Ah.
56:02Portanto, dá-lhe licença com o seu copo.
56:04É uma questão de pulso, não é?
56:05Cuidado.
56:06Está bom.
56:07Está bom.
56:08Está bom.
56:09Sra. arquitecto, peço-lhe imensas desculpas.
56:12Desculpa que eu não estou a ouvir todas estas coisas finas.
56:16Bem, não interessa.
56:17Continuamos.
56:18Estou a sentir que há aqui um ambiente de amizade, porque é uma coisa que eu faço muito bem a sentir por sabores.
56:23É isso e fazer batatas ao dominó.
56:25Bom, mas como é que eu estava a dizer?
56:30Eu aproveitava-me tanto este ambiente de amizade que estou aqui a sentir para partilhar com vós um Andote.
56:38E o Andote diz o seguinte, no mosteiro da batalha estava uma freira, um culturista cabrediano e um cabal.
56:48E diz assim o cabal.
56:49O cabal.
56:50O cabal.
56:51O cabal.
56:52O cabal.

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