- 14/06/2025
O governo do Irã afirmou que está lançando uma nova onda de mísseis contra Israel, colocando civis em alerta máximo para bombardeios. A ofensiva ocorre em meio a afirmações do governo israelense de que o regime iraniano estaria intensificando seu programa de armas nucleares. O repórter internacional Luca Bassani e o especialista Danilo Porfírio analisam a escalada do conflito e os riscos de uma guerra aberta na região.
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NotíciasTranscrição
00:00E a gente começa o programa indo direto pra Europa com o nosso correspondente Luca Bassani,
00:05que traz todas as atualizações do conflito entre Irã e Israel.
00:10O programa de hoje é um programa especial, vamos até as sete da noite,
00:14trazendo todas as atualizações envolvendo o conflito entre os dois países,
00:19conflito que se intensificou, que se deflagrou na última quinta-feira,
00:24após Israel fazer um ataque preventivo contra o Irã.
00:28Na ocasião, diversas instalações nucleares foram atingidas do lado iraniano,
00:34que prometeu e entregou uma resposta desde ontem, sexta-feira.
00:39Agora, nas últimas horas, esse conflito voltou a intensificar neste exato momento.
00:45Mísseis israelenses e ataques aéreos israelenses foram disparados contra Teherã, a capital do Irã,
00:52e a promessa é de que o conflito vai ficar cada vez pior.
00:55Nós acompanhamos imagens recuperadas das últimas horas no Oriente Médio.
01:00Já, já, o Luca Bassani chega para conversar com a gente, para trazer essas atualizações.
01:05É um momento de bastante tensão e as conversas nucleares que estavam programadas para acontecer amanhã no Oman,
01:13entre Irã e Estados Unidos, foram canceladas.
01:17Essa é a informação que chega do Ministério das Relações Exteriores do Oman,
01:22que havia confirmado, a princípio, essas negociações, essa rodada de discussão entre os dois países.
01:29Agora sim, nosso correspondente, Luca Bassani, chega ao vivo para conversar com a gente direto da Alemanha, em Munique.
01:35Luca, qual que é a avaliação que o governo Netanyahu faz sobre o conflito até esse momento?
01:40Boa noite para você.
01:41Olá, Fabrício e Adoso, os que nos acompanham nesse JP Internacional.
01:46Realmente uma situação que vem se escalando durante as últimas horas.
01:50E o próprio premier Benjamin Netanyahu falou mais uma vez a nação,
01:55e não só os israelenses, mas também um discurso em inglês,
01:58anunciando a todos os outros países que a luta de Israel é pela democracia,
02:03dizendo que o Irã estava muito próximo de conseguir a sua arma nuclear,
02:07e, portanto, esses ataques preventivos foram necessários, pelo menos na visão israelense.
02:13Ele também diz, sem apresentar evidências, mas acusando o Irã de ter já mandado parte dos seus principais generais,
02:22as suas principais lideranças para o exterior,
02:24dizendo que o regime dos ayatollahs estaria com medo dos ataques realizados por Israel,
02:29que devem continuar durante as próximas horas.
02:32Durante os últimos dias nós temos trazido essa troca de hostilidades entre Israel e Irã,
02:38muitos ataques nas usinas nucleares iranianas,
02:42tanto em Natanz, Isfahan, Tabriz, Shiraz, várias cidades muito populosas,
02:47e que têm, de fato, enriquecido o urânio durante os últimos anos,
02:50mas também operações na capital Teherã,
02:53onde muitas das lideranças principais da Guarda Revolucionária Islâmica e do Exército Iraniano,
02:59além dos assessores principais do ayatollah, o líder supremo Ali Khamenei,
03:04foram assassinados durante as últimas horas.
03:07O Irã, sendo também um dos grandes exércitos dentro do Oriente Médio,
03:11respondeu com veemência, com muitos ataques,
03:14utilizando mísseis balísticos também em Israel,
03:18tanto em Tel Aviv quanto em Jerusalém.
03:20Por enquanto, o número de mortos é contabilizado na faixa de três pessoas,
03:24mas já são dezenas de pessoas feridas em hospitais,
03:28e a expectativa do governo de Netanyahu que esses ataques continuem acontecendo,
03:33portanto, pedido das autoridades israelenses para que todos permaneçam próximos aos bunkers,
03:38para que assim que os alertas começarem por toda a nação,
03:42possam buscar refúgio em localidades mais seguras.
03:45Também uma notícia de última hora,
03:46o governo de Israel anunciou que as escolas serão suspensas
03:50e o regime de aulas remotas estarão substituindo as aulas presenciais
03:59durante os próximos dias, pelo menos enquanto este confronto continuar acontecendo.
04:03Portanto, a gente vê que até mesmo o governo se prepara para dias difíceis,
04:07com muitos ataques e com a necessidade de tentar preservar a sua população.
04:12Então, obviamente, que nós do Corpo Jornalístico da Jovem Pan News
04:15continuaremos acompanhando todas essas atualizações
04:18e trazendo a toda a nossa audiência em tempo real.
04:22Perfeito, Luca.
04:23Cobertura completa que a gente acompanha aqui na Jovem Pan.
04:26Hoje nós vamos direto até às sete da noite.
04:28Na sequência, também no Jornal Jovem Pan,
04:30você vai conferir tudo o que aconteceu ao longo do dia no Brasil e no mundo,
04:34principalmente nesse conflito entre Israel e Irã.
04:38Vamos dar uma olhadinha no mapa que estava aqui com a gente
04:40para entender quais são as instalações nucleares do governo do Irã
04:45nesse momento, que deu origem a essa série de ataques na quinta-feira.
04:49Aqui a gente está falando de cinco cidades diferentes
04:53espalhadas pelo território iraniano.
04:55Teherã é a capital, Fordo é a nossa primeira parada.
04:58Aqui existe uma instalação de enriquecimento de urânio
05:03do programa nuclear iraniano.
05:05Depois a gente vai para Kondab.
05:07Em Kondab tem um reator que está em construção
05:10que aparentemente possui risco de proliferação nuclear.
05:14Ou seja, um ataque ali seria considerado muito perigoso
05:16pela possibilidade de vazamento ali de algo nuclear.
05:21Também na TANS, essa a gente tem visto muito ao longo dos últimos dias.
05:25Esse nome tem sido muito citado ao longo dos últimos dias.
05:29É onde você tem uma das usinas mais complexas,
05:31mais preparadas do programa iraniano,
05:34com dois, inclusive, pontos de enriquecimento de urânio por lá.
05:38A grande maioria deles no subsolo, enterradas bem ao fundo.
05:42O Israel garante que conseguiu fazer um ataque muito importante
05:46nessas instalações, mas o governo iraniano afirma
05:49que, na verdade, o que eles atingiram foi a superfície,
05:52que a questão subterrânea, onde estão as centrífugas,
05:55não foi afetada por esses ataques.
05:57Aí, Isfahan, que o Luca mencionou também.
05:59Aqui você tem várias atividades nucleares acontecendo em Isfahan,
06:03mas principalmente as centrífugas,
06:05onde são ali construídas a preparação, na verdade, do urânio
06:09para o enriquecimento.
06:11E também Boucher, mais ali ao fundo,
06:13onde você tem a única usina nuclear do Irã
06:16em atividade nesse momento,
06:18que utiliza combustível russo
06:20e que depois devolve uma parte desse combustível para a Rússia,
06:23devolve energia também para a Rússia.
06:25Quem vai conversar com a gente sobre esse assunto,
06:27sobre esse conflito, é o professor de Relações Internacionais,
06:30especialista em Islã Político, Danilo Porfírio.
06:32Professor, muito bem-vindo ao JP Internacional Especial de hoje.
06:37A gente tem aqui um cenário muito complexo.
06:39De um lado, você tem Israel afirmando que
06:43o Irã está enriquecendo o urânio
06:46para construir um armamento nuclear,
06:49uma bomba atômica, que seja qualquer tipo de armamento nuclear.
06:53O governo iraniano diz que não,
06:54que eles estão enriquecendo o urânio, sim,
06:57porém, com o intuito de abastecer as suas usinas nucleares,
07:00entregar energia para a população civil.
07:03E aí você tem outros dois atores.
07:05Os Estados Unidos, com a inteligência aqui,
07:07não garante absolutamente nada disso.
07:09Diz que não tem informações concretas
07:11sobre o enriquecimento de urânio lá do Irã.
07:15E também a Agência Internacional de Energia Atômica,
07:18que fica muito de olho na situação iraniana, é claro,
07:21até por conta do Tratado de Não-Proliferação Nuclear,
07:25mas que também não garante que o Irã
07:27estaria construindo armamentos nucleares nesse momento.
07:31Não tem informações concretas sobre isso.
07:34Quando a gente olha para a história,
07:35se a gente voltar aproximadamente 20 anos no tempo,
07:38um pouquinho mais,
07:40no começo do século, os Estados Unidos invadiram o Iraque,
07:43afirmando que o governo de Sanandrussain
07:45tinha armas nucleares.
07:46Eles fizeram uma longa operação militar por lá,
07:50morreu muita gente, iraquianos e americanos,
07:53e não encontraram arma nuclear nenhuma.
07:56O que a gente pode imaginar que acontece,
07:58de fato, nessas instalações nucleares?
08:01É factível a possibilidade do Irã
08:03estar construindo armamento nuclear nesse momento?
08:07Fabrício, a situação do Irã
08:10é um tanto diferente da situação do Iraque.
08:13Nós temos que observar que o Irã
08:16ele tem, na verdade,
08:18um longo processo de desenvolvimento,
08:21um complexo processo de desenvolvimento
08:24de recursos nucleares.
08:27Isso se inicia no final da década de 70,
08:32inclusive com o apoio dos israelenses,
08:35ainda do governo do Reza Palev,
08:37antes do regime dos Ayatollahs.
08:40Em 1982, inclusive,
08:43os israelenses agem interventivamente
08:46e bombardeiam a região.
08:48E, obviamente, nós sabemos
08:51que o Irã teve acesso também
08:54à tecnologia da bomba
08:56por meio do pai da bomba atômica paquistanesa,
09:02Abdul Khan.
09:03Então, o que acontece aqui?
09:04Primeiro, nós temos um país
09:07que declaradamente se confronta com Israel
09:11e com uma potência mundial,
09:13diga-se, os Estados Unidos.
09:14O grande Satã, o pequeno Satã.
09:18E temos dados concretos, não é?
09:21Temos retóricas, de um lado,
09:23a ameaça do desenvolvimento da bomba,
09:26do outro lado, recursos civis.
09:28Mas os dados concretos é que
09:30o enriquecimento ali acontece
09:32em torno de um patamar de 60%
09:35do urânio.
09:36Um patamar um pouco acima.
09:38Acima.
09:38E isso já nos gera uma certa preocupação
09:41porque nós poderemos desenvolver
09:44algumas armas assim.
09:45Inclusive com urânio empobrecido.
09:47Sim.
09:48Que é uma arma um tanto perigosa.
09:50E, obviamente, nós temos aqui
09:53que perceber também que o Irã já tem,
09:56isso é informação,
09:57400 quilos de reserva desse tipo de urânio.
10:02Então, isso, aos olhos ocidentais
10:04e ao olho israelense, é uma ameaça.
10:08Só que um detalhe interessante,
10:10essa retórica de ação
10:12se inicia desde 99...
10:14Justamente era um ponto
10:16para a gente trazer aqui, né?
10:17Não é de hoje que o governo de Israel
10:19fala que o Irã está produzindo urânio,
10:23está enriquecendo urânio
10:24para ter acesso a armas nucleares.
10:26Isso vem de muito tempo.
10:27No governo Netanyahu,
10:29de 96 a 99,
10:31já se inicia essa retórica.
10:32Essa retórica interventiva
10:34passa pela boca
10:35do então primeiro-ministro,
10:37mais à frente, Ariel Sharon.
10:39Sim.
10:39Se intensifica em 2009
10:42e ao longo do governo Netanyahu, né?
10:442021.
10:45E agora voltamos a ver.
10:47Só um detalhe.
10:48Essa retórica existia,
10:50só que nunca houve uma ação concreta.
10:53Perfeito.
10:53Porque havia o freio norte-americano.
10:56Que não há mais.
10:57Não há mais.
10:58Então, é por isso que também
10:59nós temos que observar
11:00se não há um propósito americano
11:03por trás dessas ações
11:05nesse, inclusive, processo
11:07de, abre aspas, negociação,
11:10porque é uma imposição
11:11de condições norte-americanas
11:12no sentido do desmantelamento
11:14do programa nuclear iraniano.
11:16Vamos dar uma olhadinha
11:17nas imagens que chegam ao vivo
11:18do Oriente Médio.
11:19A gente recebe
11:20o acionamento da reportagem.
11:22Imagens que chegam.
11:24Esse momento
11:25são de, aparentemente,
11:27Belém.
11:28Lá no Oriente Médio,
11:29um dos locais
11:30que está em alerta.
11:31O Oriente Médio inteiro
11:32nesse momento
11:33em alerta.
11:34E a gente segue acompanhando
11:36tudo aqui ao vivo
11:37na Jovem Pan.
11:39Uma diferença de horário
11:40grande, inclusive,
11:41nesse momento.
11:42Agora, aqui no Brasil,
11:4417 horas e 42.
11:45Em Tel Aviv, Israel,
11:4711 horas e 42 da noite.
11:50No Irã, um pouquinho mais à frente,
11:51já é domingo, dia 15,
11:53meia-noite e 42 por lá.
11:55E a gente vai seguir acompanhando
11:57tudo o que acontece
11:58ao redor do Oriente Médio,
12:00principalmente porque
12:01é nesse horário noturno
12:03onde os mísseis
12:03costumam ser disparados, né?
12:05A gente acompanhou ontem
12:07ao vivo na Jovem Pan
12:08a chegada de mísseis iranianos
12:11no território israelense.
12:13Pela primeira vez,
12:13o centro de Tel Aviv
12:16sendo atingido por bombas.
12:17E quando eu digo
12:18pela primeira vez,
12:20desde o início da guerra
12:21em 7 de outubro de 2023,
12:23da guerra entre Israel e Hamas.
12:25Mais um ponto
12:26que a gente vai tocar aqui ainda.
12:28Agora, professor,
12:28voltando a falar
12:29sobre a questão
12:30de armamento nuclear.
12:32Armamento nuclear
12:33não necessariamente
12:34é feito para você
12:35ameaçar outro país,
12:36mas para você se defender.
12:38A gente vê, por exemplo,
12:40como países que têm
12:41um armamento nuclear
12:42bem definido
12:44conseguem evitar
12:45aquilo que eles chamam
12:46de ameaça estrangeira.
12:47Vamos dar um exemplo
12:48muito fácil aqui
12:49que é o da Coreia do Norte.
12:50Ninguém ousa hoje
12:52atacar a Coreia do Norte,
12:54nem Estados Unidos,
12:54nem Coreia do Sul,
12:55nem Japão,
12:56que tem exércitos
12:58muito fortes,
12:59tem um equipamento financeiro
13:01também muito grande,
13:02mas eles não ousam
13:03entrar ali naquele território
13:04porque sabem
13:05que há um risco
13:06muito grande.
13:07Qual é o tamanho
13:08hoje da importância
13:09de você ter
13:10esse equipamento nuclear
13:12à sua disposição
13:13para se prevenir
13:15de uma ameaça estrangeira?
13:17Eu estava lembrando
13:18que em 2003,
13:19na Líbia,
13:20Muammar Gaddafi
13:21abre mão
13:22de desenvolver
13:23também
13:23um equipamento nuclear.
13:25Anos depois,
13:26há a primavera árabe
13:27e Muammar Gaddafi
13:29aparece sendo arrastado
13:30pelas ruas
13:31da Líbia,
13:32de Trípoli.
13:33Então,
13:34veja bem,
13:35qual é o tamanho
13:36de fato
13:36disso tudo hoje?
13:38As armas nucleares
13:39são,
13:40como nós todos sabemos,
13:42armas de destruição
13:43em massa.
13:44Nós devemos lembrar
13:45que ao longo
13:46da Guerra Fria,
13:47a disputa
13:48no desenvolvimento
13:49e produção
13:50de recursos nucleares
13:51tinha uma máxima,
13:53que é uma máxima
13:54de dissuasão.
13:55A certeza
13:56da destruição,
13:58aniquilação
13:59mútua
14:00entre os agentes.
14:01Ou seja,
14:02em uma guerra dessas,
14:03ninguém sai ganhando.
14:06Então,
14:06volto a insistir,
14:07da mesma forma
14:08que observamos
14:09o desenvolvimento
14:10da arma nuclear
14:11no Paquistão,
14:11criou-se
14:12a bomba nuclear
14:14no Paquistão
14:15para que fosse
14:15um instrumento
14:16de dissuasão
14:17contra a China
14:18e contra a Índia.
14:20Contra a Índia.
14:20Exatamente.
14:20Contra a Índia.
14:21E agora nós tivemos,
14:22curiosamente,
14:22um conflito
14:23que começou a aparecer
14:25por ali
14:25na região da Caximira
14:26e que a coisa
14:27não se desenvolveu
14:28principalmente porque
14:29a comunidade internacional
14:30falou,
14:30opa,
14:31Índia tem equipamento
14:32nuclear,
14:33Paquistão também tem.
14:34Não é bom
14:35esses países
14:36partirem para a briga,
14:37né?
14:37Claro,
14:37porque isso pode gerar
14:38uma dimensão destrutiva
14:40não só regional,
14:41mas podemos
14:41enradiar conflitos
14:42ainda maiores.
14:43E volto também
14:44a insistir,
14:45ainda as armas
14:48nucleares,
14:49Fabrício,
14:50são instrumentos
14:51de demonstração
14:53de força.
14:54Sim.
14:54E de força
14:55não só defensiva,
14:57mas como
14:57retargetória.
14:59O grande problema
15:00é quando
15:02nós não temos,
15:05vamos dizer,
15:06critérios,
15:07eu vou usar um termo aqui
15:08que nos parece um tanto estranho,
15:10mas critérios
15:11republicanos
15:13para o uso
15:14dessas armas.
15:15Então,
15:16quando nós temos
15:17o quê?
15:18Países com regras
15:19republicanas
15:20dentro de uma lógica
15:22democrática mínima,
15:23a ideia da cautela
15:25no uso,
15:26ela é mais palpável,
15:28ela é mais sólida.
15:29O problema
15:30é quando
15:31está nas mãos
15:33de regimes
15:34considerados
15:35autoritários.
15:37Também,
15:38vamos lembrar,
15:39a guerra,
15:40a guerra não,
15:41o desenvolvimento
15:42de armas nucleares
15:43na Coreia do Norte
15:44se torna não só
15:45um instrumento
15:46de dissuasão,
15:47mas um instrumento
15:48de chantagem.
15:49Claro.
15:50Então,
15:50ainda as armas nucleares
15:52têm um peso significativo
15:54no jogo político
15:55internacional.
15:56Ou seja,
15:56dá para a gente dizer,
15:57assim,
15:58claro,
15:58é algo um pouco
15:59difícil de afirmar
16:00com certeza absoluta,
16:02mas se o Irã,
16:02nesse momento,
16:03tivesse em posse
16:04de armas nucleares,
16:05a resposta,
16:06a chantagem
16:07a Israel
16:08seria muito maior,
16:09muito mais dura,
16:10não?
16:10Sem dúvida,
16:11não é?
16:12Aí,
16:13temos que
16:14considerar,
16:14estamos falando
16:15de especulações,
16:16de especulações.
16:18Nós não sabemos
16:18a dimensão
16:19do desenvolvimento
16:20do programa nuclear
16:21e detalhe,
16:23nós também não sabemos
16:24a capacidade nuclear
16:27de Israel.
16:28Sim.
16:29Porque nunca
16:30Israel efetivamente
16:31reconheceu
16:33a existência
16:35de armas nucleares.
16:36Então,
16:36nós estamos
16:37numa situação
16:37de agonizante
16:40expectativa,
16:41não é?
16:42Dos dois lados.
16:44Pois é,
16:44é um momento
16:45muito delicado
16:46que a gente vive
16:47para a gente
16:47ter ideia
16:48do que está
16:48acontecendo aqui.
16:50Ano passado,
16:50nós tivemos
16:51troca de ataques
16:52aéreos
16:53entre Israel
16:54e o Irã,
16:55mas tudo
16:56muito mais
16:56acomodado.
16:57Israel fez
16:58ataques pontuais
16:59contra o Irã,
17:00que, por sua vez,
17:01respondeu,
17:02mas também
17:02ataques muito
17:03protocolares,
17:04com mísseis
17:04que demoravam
17:05para chegar
17:06ao território
17:07israelense,
17:08permitiam que
17:09Israel se
17:10defendesse
17:11com muita
17:12facilidade,
17:13e tudo naquela
17:14ocasião
17:14ficou por isso mesmo.
17:15Mas agora
17:16o cenário é outro.
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