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Clay Griffin, analista da Clay Research, analisou os desafios da Apple diante da pressão da China e do atraso em inteligência artificial. Mariana Almeida comentou a perda de 17% nas vendas e o impacto do nacionalismo no consumo. A posição global da Apple pode mudar com a nova geopolítica.

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Transcrição
00:00A posição da Apple na China deve ser impactada a longo prazo.
00:04É o que acredita o analista de pesquisa da Clay Griffin,
00:07que deu uma entrevista exclusiva para a CNBC americana.
00:11Vamos acompanhar.
00:12Clay, explique por que seu preço-alvo para a Apple é de 141,
00:17enquanto o restante do mercado está em 228 com classificação de compra.
00:22Apesar das mudanças possíveis, por que tanto pessimismo de sua parte?
00:25Com base no evento da WWDC, sua visão continua a mesma ou houve surpresas?
00:31Não, acho que as coisas saíram mais ou menos como o esperado.
00:34Sabe, meu coautor, Craig, e eu, apresentamos isso como uma espécie de litania de riscos
00:40que a Apple está enfrentando quando pensamos apenas nas tarifas,
00:44a resposta da China, a posição da Apple na China em relação ao mercado,
00:48essas decisões sobre as lojas de aplicativos, no caso Epic,
00:51e a lei de mercados digitais na Europa.
00:53Houve uma espécie de desfile de ameaças, não existenciais de forma alguma,
00:59mas riscos significativos para os negócios da Apple,
01:02incluindo esse incrível negócio de serviços que realmente sustentou as ações por um longo tempo.
01:08Portanto, não se trata, você sabe, dessas ameaças existenciais
01:12e de estar tão atrasado em IA,
01:15embora esse seja claramente um risco com o qual nos preocupamos.
01:19Mas, pesando esses riscos em relação ao que é realmente uma avaliação premium,
01:24em relação ao que achamos que provavelmente será um crescimento bom,
01:27mas não espetacular.
01:29Portanto, é uma verdadeira dicotomia entre os riscos e as avaliações
01:33e como essas duas coisas interagem.
01:35Neste momento, algumas autoridades estão participando nas negociações entre os Estados Unidos e a China.
01:41Parece que o secretário de comércio, Howard Lutnick, está presente, de acordo com um dos meus produtores.
01:45Estamos monitorando a situação de perto, sendo um evento em evolução.
01:49A câmera está se movimentando um pouco.
01:51Mas, novamente, o secretário de comércio, Howard Lutnick,
01:54acaba de entrar em um prédio para essas negociações comerciais.
01:56Sabemos que o secretário do Tesouro, Scott Bassett, está lá.
01:59Além disso, o representante comercial dos Estados Unidos,
02:02Jameson Greer, está se reunindo com o vice-primeiro-ministro chinês,
02:05La Haifeng, que será...
02:07Desculpe-me, estou pronunciando errado o nome dele,
02:09mas o vice-primeiro-ministro chinês neste momento.
02:11Clay, queria retomar nossa conversa.
02:12Acredito que todas as coisas que listou são os desafios que mencionamos,
02:16todas essas diferentes questões,
02:17a decisão judicial, a ameaça ao negócio de serviços e algumas outras coisas.
02:22Essa não é uma grande vantagem,
02:23a ideia de que os Estados Unidos e a China estão tendo negociações comerciais?
02:27Isso não poderia potencialmente aliviar parte da pressão tarifária sobre a Apple?
02:31Bem, certamente poderia.
02:34Acho que a Apple provavelmente ainda deve tentar, pelo menos,
02:37diversificar sua cadeia de suprimentos todas as vezes,
02:39o que seria muito caro e levaria muito tempo para ser feito,
02:43independentemente do que realmente acontecer em termos de uma tarifa funcional.
02:47E acho que a posição de mercado da Apple na China será, inevitavelmente, afetada.
02:53Ela já foi afetada pelas consequências dessa disputa comercial,
02:56que faz com que essas coisas entrem em um mercado em termos de Huawei,
03:01vivo e outros que se beneficiam do nacionalismo e de uma espécie de campeão local,
03:06estimulando a criação de um campeão local.
03:08Essas coisas não desaparecem da noite para o dia.
03:12Portanto, acredito que as dificuldades da Apple na China continuem por algum tempo.
03:16Isso não será resolvido.
03:18E uma reunião comercial e a resolução de uma taxa.
03:21Muitas pessoas estão pessimistas em relação à Apple devido à desvalorização das ações.
03:26Porém, se você é otimista, acredita que é necessário que duas coisas aconteçam.
03:31Primeiro, é preciso ver avanços na Apple Intelligence,
03:34como um ciclo de atualização para o iPhone Fuel Buy It.
03:37Além disso, a empresa precisa criar um fluxo de receita baseado em assinaturas com base na IA Agente.
03:43Esse segundo ponto pode ser mais complexo,
03:46mas para que serviria essa assinatura do Agente AI?
03:49Bem, acho que você pode pensar nisso no contexto de uma Siri realmente avançada e poderosa
03:55que está disponível em uma espécie de nível profissional, se preferir.
04:00O que não ouvimos muito ontem foi o tipo de função da computação em nuvem privada da Apple, certo?
04:05Portanto, acho que haverá uma diferenciação real entre um modelo no dispositivo
04:10que a Apple está permitindo que os desenvolvedores acessem agora com esses SDKs e abrindo o modelo básico.
04:18Mas lembre-se de que esse é o modelo de 3 bilhões de parâmetros no dispositivo,
04:23que claramente não tem o mesmo desempenho de algo como um GPT-4 ou algo que será baseado na nuvem.
04:29Portanto, parte da oportunidade para a Apple será realmente se apoiar nesse elemento de privacidade.
04:37Eles criaram o que consideramos uma estratégia inteligente em torno da computação em nuvem privada.
04:44Essencialmente, ela canaliza o tráfego para modelos de fronteira,
04:47mas, na verdade, estabelece o tipo de segurança e privacidade de ponta a ponta da Apple.
04:52Veremos se os consumidores realmente respondem a isso
04:55ou se a demanda real dos consumidores é o desempenho de um modelo de nuvem
05:00que seja acessível não apenas a partir de dispositivos Apple,
05:03mas também de outros dispositivos.
05:07Maria Almeida, a gente está vendo a Apple perdendo espaço, perdendo o mercado na China.
05:14Teve uma queda nas vendas de 17% no ano passado.
05:18Muito é da pressão de concorrentes locais?
05:22É, como a gente estava escutando, tem uma parte que já vinha de dificuldades da Apple na China.
05:26A China, que é o segundo mercado da Apple, além de ser um espaço onde a Apple produz e que ganhou,
05:31foi importante, a participação da Apple na China foi importante para ela conseguir ter competitividade
05:37no mercado americano, no mercado mundial, mas, além disso, as vendas para a China são muito significativas
05:42e, no ano passado, sofrendo com essa concorrência mais ativa e mais intensa de produtores locais.
05:49E aí, nessa concorrência, a relação específica também de aspectos não só da funcionalidade dos produtos,
05:56mas também empacotados com essa ideia do nacionalismo, do nacionalismo chinês,
06:00uma defesa das marcas, uma identidade de marca dos consumidores com as produtoras locais.
06:07Então, isso já vinha numa dificuldade quando entra esse momento Trump, que dificulta também as tomadas de decisão
06:13em relação a impor tanto tarifas para o mercado americano, quanto pressionando para que ela deixe fazer a produção na China.
06:22Ela chegou a fazer aquela alteração para a Índia, o Donald Trump, de novo, veio e pressionou.
06:28Não, não é na Índia, é aqui, nos Estados Unidos.
06:31Então, bagunçou um pouco o trâmite aí do ponto de vista produtivo.
06:35Mas é isso, não é só essa a dificuldade da Apple.
06:38Além disso, tem esse aspecto de como que a marca também se posiciona nesse ambiente.
06:43Como é que, com a vinda de Donald Trump falando tanto sobre o mercado americano,
06:47o America Great Again, essa sensação de nacionalismo e de fortalecimento da identidade de consumo
06:53com marcas locais, pode se fortalecer, o que para a Apple acaba sendo uma pancada também do lado da demanda.
07:00Então, é como se a empresa estivesse sendo pressionada agora, seja pelo lado da oferta,
07:03na sua capacidade de conseguir melhorar a operação e ganhar e competitividade com base em estrutura produtiva,
07:11em ganhos de melhor gestão, mas do outro lado, na hora da venda também, quem é a Apple nesse ambiente?
07:17Ela vai se posicionar como esse produto, que é um produto que sim tem relação com
07:22o American Way of Life, a venda da identidade americana, no momento onde isso está sendo muito questionado
07:28em vários países, onde o próprio americano está, o governo americano está rompendo alguns laços
07:33e tentando lavar as mãos em relação à sua responsabilidade com o resto do mundo.
07:37A perda desse referencial norte-americano enquanto, enfim, esse papel de guardião de valores internacionais
07:46e o guardião da segurança internacional, do apoio internacional, acaba impactando também
07:51essa relação de consumo e talvez a Apple seja a ponta do iceberg para a gente prestar atenção
07:56em relação a isso.
07:57Seja porque já vinha num questionamento em relação à China, seja porque agora com essa novidade
08:01isso parece ter afundado ainda mais essas perspectivas.
08:05Nada está acabado porque é uma gigante, é uma gigante de fronteira de tecnologia,
08:09está nesse desenvolvimento aí com o Alibaba parado ali na China também sendo afetado,
08:15mas é isso, os desafios são os desafios dessa nova era, uma era que impõe alta tecnologia,
08:21alto desenvolvimento e agora um detalhe, uma importância cada vez maior para a geopolítica
08:27e o espaço que a política e a negociação com os governos acaba tendo e afetando na decisão
08:33das empresas.
08:34O Marivali a gente relembrar sempre que em meio a essa guerra tarifária, imposições
08:39de tarifas maiores na China, a Apple de Tim Cook migrou também parte da produção para
08:46a Índia, Trump queria atrair a Apple para produzir nos Estados Unidos, o tiro saiu pela
08:52culata, Tim Cook foi para a Índia, então a gente tem mais um player ali da Apple na Índia
08:59também, a Índia que também é um importante mercado hoje para a empresa, para a companhia,
09:03né Mari?
09:03Pois é, mas aí o Donald Trump falou, eu vou taxar os iPhones.
09:0825% que não foram produzidos nos Estados Unidos.
09:11Exato, a conversa foi, não é para ir para a Índia não, é para vir para cá, só que
09:14é isso, o mercado da Apple é um mercado internacional, de novo, a Apple se beneficia de um lado de
09:19vender para o mundo todo, pelas suas funcionalidades, pelo seu nível de desenvolvimento e pelo que
09:24significa, é importante dizer, o consumo ele comunica uma identidade, essa é uma era
09:29onde essa relação, frente às redes sociais, isso é cada vez mais importante, o consumo
09:33não é só aquilo que é funcional, é aquilo que comunica sobre a identidade das pessoas
09:37e a Apple navegou nesse ambiente, podendo também se vender como o tipo de alta tecnologia, o consumo
09:45de alta tecnologia associado à ponta da economia americana.
09:49E isso é que parece que quando ela começa a brigar publicamente com o governo norte-americano,
09:54começa a não ter mais a possibilidade de entrada e diversificação lá dentro,
09:58será que ela sustenta essa identidade?
10:00Por causa da demanda, essa é a novidade aí de problemas da Apple.
10:03Quem vai querer ainda, como vai ser ainda a demanda por produtos Apple nesse novo cenário?
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