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Durante discurso em Paris, o presidente Lula (PT) destacou que o agronegócio se tornou o principal negócio do Brasil. O país foi certificado como livre de febre aftosa sem vacinação, um reconhecimento importante para o setor. Além disso, Lula falou sobre a relação comercial entre Brasil e França, que segue em fortalecimento.

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Transcrição
00:00Olha, eu quero mudar de assunto agora. O presidente Lula afirmou hoje em Paris que o agronegócio se tornou o principal negócio do Brasil.
00:07Luciana Verdolim vai chegar ao vivo e vai trazer as informações pra gente agora.
00:12E isso acontece no momento em que o Brasil recebe o certificado de país livre da aftosa sem vacinação, né, Luciana Verdolim? Conta pra gente.
00:19Boa tarde, Sine. Boa tarde a todos. Olha, foi motivo de muita comemoração lá na França, levando-se em consideração que o Brasil já estava esperando esse certificado,
00:32o que, pro ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, é um momento histórico.
00:37O presidente Lula fez questão de ressaltar que é preciso aproveitar a agricultura, o agronegócio brasileiro, segundo ele, tem uma importância muito significativa na balança comercial.
00:48E o objetivo, nesse momento, é ampliar essa relação com os demais países, com os franceses, inclusive.
00:55Lula disse o seguinte, político não sabe negociar, não sabe fazer negócio, é preciso que os produtores conversem entre si.
01:04Aí, a questão envolvendo as resistências dos franceses com o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, essas resistências podem ser superadas.
01:14Lula, inclusive, disse que é momento também da gente aumentar as nossas relações bilaterais com os franceses.
01:21A gente tem um trecho pra acompanhar.
01:24A gente não quer criar carro pra vocês, continua exportando pra nós.
01:28Eu sempre defendi que essa relação comercial é uma via de duas mãos.
01:31A gente vende, a gente compra e é bom que existe um equilíbrio.
01:34O que não tem explicação é um país, sabe, do tamanho da França, com a economia da França, e um país do tamanho do Brasil, sabe, com a economia do Brasil, só ter nove bilhões de fluxos comercial entre os dois países.
01:50Mais uma vez o presidente lembrou o seguinte, a gente produz mesmo produtos que os franceses, por exemplo, laticínios, vinhos, e levando-se em consideração que o mercado brasileiro está totalmente aberto para os produtos vindos da França,
02:09É normal também que a gente tenha a tal da reciprocidade, tenha também abertura dos mercados franceses para os produtos brasileiros.
02:18E de acordo com o presidente Lula, isso não vai complicar as relações, vai, na verdade, vai fortalecer o relacionamento dos dois países, tudo aí tentando convencer os franceses a darem um sinal verde, né, o aval para o acordo de livre comércio.
02:35Lula vai assumir a presidência do Mercosul, fica até o final do ano, e já avisou ontem, falou hoje de novo, que pretende que o acordo seja formalizado até o finalzinho do mandato dele à frente do Bloco Econômico.
02:50Obrigado, Luciana Verdolim, bom trabalho para você.
02:53O Gustavo Segre, essa constatação do presidente Lula não é nenhuma novidade, não é de agora que o agro brasileiro é protagonista da nossa economia.
03:02Não, e muito menos na parte do comércio exterior, Evandro.
03:05Aí é muito competitivo.
03:07Eu lembro do começo do Mercosul, em que se falava que a Argentina era o graneiro do mundo e o Brasil era quem proveia, fornecia na região as questões industriais.
03:19Isso mudou, mudou muito.
03:21Falávamos ontem, vale a pena lembrar agora, Brasil chega a ter regiões e produtos com três safras no ano.
03:28Isso é muita, muita produtividade junta.
03:31Agora, tentando clarificar uma fala do presidente, os países não compram e vendem nada.
03:38Não tem um CNPJ Brasil que vende para outro CNPJ França ou ao contrário.
03:43São empresas que compram e vendem e não da França do Brasil porque o presidente Lula tenha ido visitar.
03:50Não, tem a ver com competitividade, com demandas, com tecnologias, com preços e com financiamentos também.
03:58Então, o que determina que um produto francês ou um produto brasileiro será competitivo para o outro país,
04:06depende de uma série de fatores em que os privados, e falo isso com muito conhecimento de causa,
04:11A única coisa que a gente pede para o governo não atrapalhar, o resto a gente se vira.
04:16Se o governo não atrapalha, um, dois, governo não atrapalha, já o resto o privado se encarrega e faz bem.
04:23Os nove bilhões é pouco, claro, é pouco, mas isso tem a ver com algumas explicações que possam ser
04:29falta de produtividade, produtos que o outro país está já produzindo,
04:34por isso não tem uma demanda necessária para ser importado,
04:38ou alguma questão vinculada com alguma, não apenas barreiras tarifárias,
04:43porque de fato são para todos, senão não tarifárias.
04:46Alguma questão que algum produto brasileiro não possa entrar na França,
04:50por alguma questão não tarifária, ou seja, requisito de registro, alguma coisa,
04:54ou ao contrário e vice-versa também.
04:56Piperno, eu vi que você discordou de algo, o que foi?
04:58Não, é que vejam só, eu considero esse momento, esse discurso de hoje aqui do presidente Lula
05:06muito bom e certeiro.
05:09Ele teve três momentos dessa viagem.
05:11Naquele primeiro dia que ele falou que ia aquecer o coração do Macron
05:16para ajudar a aprovar o acordo, então acho que foi para, enfim, isso é para jogar para a torcida.
05:23Ontem, já um discurso mais duro, ele e o Macron, ele falou,
05:26olha, a França tem que ajudar a fechar, porque esse acordo vai ser bom para todo mundo.
05:31E hoje, talvez a parte mais racional, explicando as razões,
05:36e veja, no caso da relação Brasil-França,
05:39há, e eu sou obrigado de novo a concordar com o presidente Lula,
05:44que esse fluxo comercial é medíocre,
05:46é mais ou menos um bilhão e meio do fluxo comercial,
05:49desculpa, um e meio por cento do fluxo comercial do Brasil,
05:54da corrente comercial do Brasil durante um ano.
05:56É muito pouco, né?
05:57Porque a gente está falando de duas das dez maiores economias do mundo,
06:01e o Brasil faz, por exemplo, mais comércio com economias que são
06:04até bem menores que as da França.
06:06Então, realmente tem que melhorar isso.
06:08Segundo, no caso de Brasil e França, especificamente,
06:12os governos participam muito dessas transações.
06:17Por quê?
06:17Por exemplo, o Brasil foi quem escolheu a França
06:22como fornecedora das tecnologias para a construção,
06:27enfim, para a construção, por exemplo, do submarino nuclear.
06:30Então, isso foi uma decisão de governo.
06:32Então, no caso específico desses dois países,
06:38as decisões de governo,
06:40elas são responsáveis por grande parte desse fluxo comercial.
06:45Agora, quando o presidente da República faz essa alusão ao agronegócio,
06:49ele tem razão, porque o agro é responsável por mais ou menos
06:52metade das exportações do Brasil.
06:55Ele não é responsável por metade do PIB brasileiro,
07:00mas da balança comercial, sim.
07:04Fala, Langani.
07:05Olha só, o agronegócio, evidentemente, que é bastante importante.
07:08Quando a gente fala só da agropecuária, é 5% do PIB.
07:12Mas o agronegócio, a cadeia como um todo, Evandro,
07:15considerando indústria e serviço,
07:18porque o agronegócio não é uma atividade essencialmente extrativista
07:22ou de pecuária.
07:23É muito mais do que isso.
07:25Pensa num suco de laranja quando é exportado,
07:27ou toda a cadeia de serviços envolvida,
07:30e a gente fala em 27% do PIB.
07:33Agora, o que me chama a atenção no discurso de ambos os presidentes,
07:37Evandro, é o seguinte.
07:38O liberalismo, ele interessa em discurso.
07:42Cai muito bem, é muito bonito,
07:44vamos reduzir tarifa protecionista,
07:46vamos chegar num acordo.
07:47Isso vai ser bom para o consumidor de ambos os países.
07:50Agora, na prática, é muito difícil de ser implementado.
07:53Por quê?
07:54Por conta dos grupos de interesse.
07:55Então, no caso da França, evidentemente que o Macron protege a sua agropecuária.
08:02Por quê?
08:02Porque o agronegócio brasileiro iria atropelar a agropecuária francesa.
08:07Mas, por sua vez também, o Brasil é extremamente protecionista com a indústria nacional,
08:12por exemplo, com as compras governamentais que são cativas para essa indústria.
08:18Então, você compra da indústria nacional e não vai comprar da indústria francesa.
08:22Então, quando ocorrer um acordo de livre comércio, o que as partes devem entender?
08:27Que vão ter setores, isso é o mundo real, setores perdedores e setores ganhadores.
08:34Mas, entre mortos e feridos, quem sai ganhando?
08:37A população de ambos os países.
08:38O que foi, Piper?
08:39Entre Lula, Trump e Macron, quem é que está mais à esquerda?
08:43Isso é boa.
08:45Não, é o Lula.
08:46Só que, quem é que defende mais abertura comercial nesse caso?
08:52O Lula, quando defende um acordo com a União Europeia?
08:55O Trump, quando implanta medidas protecionistas?
08:58Ou o Macron, quando não quer acordo com o agro-brasileiro?
09:01Quem quer responder?
09:03A pergunta foi boa.
09:05Fala.
09:06Eu.
09:07Responda, Zé.
09:07Olha só, eu vendo o Alan falando aí, achei que fica assim, emocionado.
09:14O cara fala bem e entende do babado, né?
09:17Aí dá aquela frase lá do Chico Anísio, eu queria ter um filho desse, né?
09:22Lembra desse que eu lembro?
09:23Opa!
09:24Pô, Zé, vindo de você, eu ganhei minha cesta, pô.
09:27Obrigado, Zé.
09:28Olha só, olha só, a gente tinha aqui na rádio Jovem Pan um sistema de receber cartas, né?
09:37E as cartas que vinham para Carlos Chagas, que era, tinha origem de esquerda, né?
09:44Ele era mais ligado ao PDT, eram cartas de generais, aposentados e tal, e tal, de direita.
09:53Então, Piperno, a direita, um certo ponto da direita, ela é nacionalista, protecionista,
10:00aos extremos, e é isso que justifica.
10:04Então, é um liberal, é um de direita, mas que se confunde com a esquerda mais a esquerda,
10:10que também é nacionalista, aos extremos, é protecionista.
10:14Então, os dois se confundem.
10:16Eu me lembro que um presidente da Câmara, falando desse projeto, foi discutido do PC ao PC do B,
10:23ao partidão ao PC do B, ou seja, os dois radicais, quer dizer, deu uma volta.
10:28Então, é assim a história.
10:30E o Alan, eu aprendi com ele essa história de quanto mais liberal, melhor a economia, porque ensina.
10:38Veja bem, os produtos franceses entrando aqui no Brasil e vão entrar,
10:44e vão arrebentar com indústrias de cosméticos.
10:48Imagine os cosméticos franceses entrando aqui a preço barato,
10:52e a indústria nacional dessas lojas que existem aqui, as empresas nacionais.
10:57Vão entrar dificuldades, mas o que vai acontecer?
11:00Elas vão se aprimorar, aprender com os franceses, vão lá aprender e melhorar o produto brasileiro.
11:06No primeiro momento, parece difícil, mas melhora.
11:10E mais, o agro não é um agro único.
11:14Existem áreas elaboradas de exportação, existe o agro de negociação,
11:22o atravessador que vai lá e compra, e embala, e elabora, e assim por diante.
11:27Na história da economia mundial, a gente aprendeu que commodities não levam à riqueza,
11:34que não ajudam a exportar commodities, ou produto extrativista, bruto.
11:39É melhor elaborar e industrializar.
11:41E o Brasil está se dando bem exportando commodities, minérios, gás.
11:48São as duas pautas de exportação do Brasil.
11:52Agronegócio e área de mineração e gás e petróleo.
11:56São esses dois.
11:58E aprendi também com o Ala a história seguinte.
12:02Então, para que ficar dando subsídio e investindo,
12:06gastando dinheiro público numa indústria de automóveis, por exemplo?
12:09Para quê? Para quê? Isso não emprega, não ajuda em nada.
12:13Quer dizer, vamos focar, é o que um livro de administração diz o seguinte,
12:19é dar força à força.
12:21Então, foca nesses dois produtos, o agro e o minério e tal,
12:27e aí importa carros.
12:29E enche a comunidade europeia de agro e de minério e tal,
12:35e importa os carros.
12:36E está tudo certo e vamos em frente.
12:40Dar força à força.
12:41Não adianta tentar produzir de uma maneira muito cara
12:44produtos que a gente não tem, ou não tem cultura,
12:48ou não tem técnica, enfim.
12:50É isso que está faltando no Brasil, dar força.
12:53Isso que o Lula falou tinha que ser colocado em prática aqui.
12:57É.
12:57O Gustavo Segret quer responder também a pergunta aqui do Piperno.
13:00Diga, Segret.
13:00Bem, eu adorei a pergunta, foi muito incisiva.
13:03O Alan ficou sem falar aí o que é, mas, Piperno,
13:08o presidente Lula não deixa de ser de esquerda porque propõe um livre comércio.
13:13Não, não deixa, vou te explicar por quê.
13:14Mas eu não disse isso, eu não disse isso em momento ou não.
13:17Não, não, eu mais à esquerda, eu mais à esquerda.
13:19A tua pergunta foi se era mais à esquerda.
13:21Eu fiz duas perguntas aí.
13:23Então refaça, Piperno, vamos lá.
13:24Eu perguntei qual dos três era mais à esquerda.
13:27E eu mesmo respondi.
13:28Pela ótica do comércio.
13:29Não, não.
13:30Primeiro eu respondi quem era mais à esquerda.
13:31Ah, não, é verdade, é verdade.
13:33Diante do silêncio eu mesmo respondi.
13:35O Lula.
13:36O Lula.
13:36E segundo, nesses três casos, quem é que tem atitude de maior abertura comercial?
13:44O Lula.
13:45Por incrível que pareça.
13:46Porque aí vem a minha crítica há muito tempo, principalmente ao liberalismo brasileiro.
13:52Ou seja, o liberal vai lá, discute a abertura de mercados, isso, aquilo, porque isso é importante, tá lá.
14:00Tá bom, perfeito, eu concordo.
14:02Agora virou o liberalismo americano.
14:04E agora também o liberalismo americano.
14:06Agora, até porque nenhum deles, em uma campanha política, vai falar, olha, eu defendo fechar tais, tais e tais setores.
14:14Nenhum.
14:15Eu não conheço nenhum liberal que diz isso.
14:17Só que, quando ele chega ao poder, a gente está vendo o que acontece.
14:22Vai lá, Segré.
14:22Não, então vamos lá.
14:25A pergunta.
14:25O presidente Lula continua sendo mais esquerda e todo e não é apenas uma fala com abertura comercial
14:31que muda o conceito do que é esquerda, do que é direita, do que é conservadurismo e do que é progressismo.
14:37Sobretudo porque o presidente Lula defende uma abertura comercial, primeiro, que ele sabe que não vai sair.
14:44Então eu posso...
14:45Ela vai sair.
14:46Se quiser, não vai sair.
14:48Ela vai sair.
14:50Independentemente da França, querer ou não, ela vai sair.
14:53Pode demorar, mas ela vai sair.
14:55Bom, vamos ver lá na frente, então quem vai acertar.
14:59O presidente colocou seis meses, senão ele não deixa a presidência pro tempo, assim, esse acordo sair do papel.
15:05E estou em condições de afirmar que a Argentina apoia integralmente a posição brasileira para afirmar o acordo.
15:12Também está de acordo e é um governo muito mais à direita do que poderíamos supor em algum momento daqui.
15:19Mas a fala de Trump, mesmo sendo um republicano com ideias econômicas liberais,
15:27o que está tentando fazer e já conseguiu, e o resultado está à vista, é equilibrar o comércio exterior.
15:32Não é apenas uma situação de protecionismo porque, sim, caiu o déficit da balança comercial americana 55,5%.
15:41Então, obviamente, mostra que, do ponto de vista do foco, do objetivo, o objetivo é cumprido.
15:46Quais são as consequências?
15:48Aí, estou de acordo, mas não deixa de ser o presidente Lula de esquerda apenas por uma fala de abertura econômica.
15:55Não vai deixar, concordo contigo, ele não vai deixar.
15:57O meu ponto é que, por incrível que pareça, nessa questão, aquele que é assumidamente o mais esquerdista,
16:05ele tem uma posição mais aberta que os outros dois.

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