Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • anteontem
MONSTRO COMO NUNCA SE VIU (TP 01 EP 01) FULL HD

Categoria

📺
TV
Transcrição
00:00A situação é a seguinte, Sr. Kohlrab, o sargento iniciou um mandado de busca na sua
00:06propriedade.
00:07Tá bom.
00:08A gente o encontrou aqui.
00:09Como é que é?
00:10Ela estava dentro de um container.
00:11O senhor está preso.
00:15Este homem, Todd Kohlrab, é um estuprador e um serial killer.
00:23Ele matou sete pessoas, até onde sabemos.
00:26Como era matar pra você?
00:27Era mecânico.
00:28É o mesmo que eu sinto quando eu lavo meu carro ou eu levo o lixo pra fora.
00:35Quando a Kayla Brown é liberada de um container, o mundo descobre um rastro de assassinatos.
00:41Vamos tirar você daqui, tá bom?
00:43Ele colocava a mesa aqui e a acorrentava.
00:46Meu nome é Maria Aulas.
00:48Eu sou cineasta e jornalista investigativa.
00:51Eu conhecerei o Todd e as pessoas envolvidas no caso dele.
00:55Tive um baita de um pesadelo e eu não sabia a quem recorrer.
00:58Que tipo de pessoa faz isso?
01:00Uma pessoa doente, cruel.
01:02Absolutamente cruel.
01:03Todos se perguntam se tem mais vítimas por aí.
01:06Segundo o próprio Todd, existem muitas.
01:09O número de corpos não chega nem perto do número real.
01:12Quer dizer que tem mais de sete corpos?
01:14Tem mais.
01:15Por isso comecei essa jornada tenebrosa em busca da verdade.
01:18Eu tô ficando enjoada, eu tenho que sair daqui.
01:43Um monstro como nunca se viu.
01:56Em 3 de novembro de 2016, uma jovem é resgatada de um container na Carolina do Sul.
02:03Em pouco tempo, o país todo conhece a história dela.
02:06Uma descoberta terrível na Carolina do Sul.
02:09Os investigadores foram em peso até o container.
02:12Cuidado agora, saiu da frente.
02:14Polícia!
02:15É a polícia!
02:16Tem só a garota.
02:17Tem só a garota.
02:18Só a garota.
02:19Como é que você tá?
02:20Me dá um alicate.
02:21Este é o nosso paramédico, tá bom?
02:22A gente vai tirar você daqui.
02:23Aguenta firme.
02:24Kayla Brown tinha desaparecido do condado de Spartanburg havia dois meses.
02:34Ela foi encontrada depois de 65 dias de cativeiro.
02:37Foi muito emocionante encontrá-la viva, pra dizer o mínimo.
02:41Ainda mais, ela encolherada como um cachorro, com uma corrente no pescoço.
02:45Desde o primeiro dia percebemos que era uma coisa grave, ela tava presa como um cachorro.
02:49Isso é muito, muito incomum de ouvir de um delegado.
02:53Para essa parte da Carolina do Sul, essa é a maior notícia dos últimos anos.
02:58Mas tudo fica ainda pior quando a Kayla diz aos socorristas que o homem que a sequestrou,
03:04Todd Colhapp, matou o namorado dela, Charlie Carver.
03:11Você sabe onde o seu namorado está?
03:12O Charlie?
03:13Isso.
03:14Foi baleado.
03:15Foi baleado?
03:16Isso.
03:17Por quem?
03:18O Todd Colhapp atirou três vezes no peito do Charlie Carver, cobriu ele com uma lona
03:23azul, colocou o corpo numa escavadeira e me prendeu aqui e eu nunca mais vi ele.
03:35A cova de Charlie Carver é descoberta um dia depois na propriedade do Todd.
03:45A história conquistou meu interesse desde o início, mas meu envolvimento com ela aconteceu
03:50depois de descobrir que um membro da minha produtora tinha uma prima que havia trabalhado
03:54com Todd Colhapp, o homem que manteve a Kayla Brown em um container e que, aparentemente,
04:00teria matado pelo menos sete pessoas.
04:04Com essa conexão, eu conseguirei acesso a Todd Colhapp e a sua estranha história.
04:17Quando as autoridades locais resgatam a Kayla, o que se sabe é que os desaparecimentos dela
04:22e do namorado dela foram solucionados.
04:27Dois meses antes, os policiais tinham ido à casa da Kayla e do Charlie em Anderson.
04:32Lá encontraram o apartamento bagunçado e o cachorrinho da Kayla, mas nenhuma pista
04:36sobre o que teria acontecido com eles.
04:41Eu comecei a cobrir o caso de Kayla Brown e Charlie Carver depois de umas duas semanas
04:46do desaparecimento.
04:48Naquela época, ninguém sabia quem era Todd Colhapp.
04:54Esse homem de 45 anos era mais conhecido na região de Spartanburg como um dedicado
04:59corretor de imóveis.
05:01Ele nunca foi considerado um suspeito quando Charlie e a Kayla desapareceram.
05:07Eles ficaram desaparecidos por dois meses e já se sabia sobre eles.
05:12Os amigos já tinham distribuído folhetos sobre o desaparecimento do casal.
05:16Com o auxílio de mídias sociais e dos dados dos celulares, os investigadores conseguem
05:22rastrear a Kayla e o Charlie na propriedade do Todd Colhapp.
05:25O Todd tinha contratado os dois para cortar a grama.
05:27O investigador Tom Clark, que na época era investigador da delegacia de Spartanburg,
05:35é uma das primeiras pessoas que eu encontro quando chego no condado para cobrir o caso.
05:39Em 3 de novembro de 2016, Clark foi enviado à casa de Todd para entregar para ele um
05:48mandado de busca, enquanto os outros investigadores vasculhavam a propriedade dele na floresta.
05:52O que você sabia sobre eles a princípio?
05:56Bom, no início o que me falaram foi que o celular da Kayla tinha emitido sinais de
06:00uma propriedade que pertencia à Todd em Woodroof, no dia em que ela desapareceu.
06:13As imagens a seguir foram gravadas com uma câmera acoplada ao corpo de um policial no
06:17dia em que as autoridades foram investigar a casa do Todd.
06:22Ninguém, muito menos o Tom Clark, tinha ideia de que daria de cara com o serial killer.
06:42Conforme assistimos as imagens, conseguimos ver o Todd tentando criar uma história plausível.
06:47A situação é a seguinte, eu vou explicar um pouco melhor para o senhor.
06:51Valeu mesmo por me assustar assim.
06:52Não, não, é o seguinte, esse casal não foi visto desde que foi a sua propriedade.
06:57Entendi.
06:58Entendeu?
06:59Então, nós...
07:04O senhor foi a última pessoa a estar em contato com eles.
07:07Nem a família, nem os amigos tiveram mais notícias deles desde então.
07:12Mas o senhor, o senhor teve.
07:15Minha mãe, o pai, os primos, os tios, melhores amigos.
07:19O Todd disse que a Kayla Brown e o namorado dela cortaram a grama da propriedade dele
07:24e foram embora.
07:25Ele disse que o casal tinha ido embora pouco depois de ir à propriedade dele, mas o celular
07:31da Kayla a colocava na cena muito mais tempo.
07:34Porque o senhor disse que ela ficou lá por uma hora ou uma hora e meia, se na verdade
07:41ela ficou lá durante a tarde toda.
07:44Eu...
07:50Eu não sei o que responder.
07:52Depois de um tempo, o celular do investigador Gary, que é meu parceiro, começou a tocar
07:58sem parar.
07:59Tudo bem.
08:00Ele saiu da casa e depois voltou e me disse que eu tinha que ligar para o sargento Lederman
08:06naquela hora.
08:07Quando eu liguei para o sargento, ele me informou que tinham encontrado a Kayla Brown ainda
08:12viva na propriedade do Todd.
08:17Quando soube que tinham encontrado a Kayla, como você se sentiu?
08:22Em choque.
08:24Quando me falaram onde ela estava e como ela tinha sido encontrada, eu fiquei em choque.
08:29Foi aí que a nossa ficha caiu sobre a real gravidade da situação.
08:34Acontece que o resgate da Kayla Brown era só a pontinha do iceberg.
08:39Ao ser liberada, ela contou mais coisas.
08:43Não tinha sido só o Charlie Carver.
08:46O Todd tinha matado outras pessoas.
08:49Muitas outras pessoas.
08:51Ele diz que tem muitos corpos enterrados por aqui.
08:55E a lista de vítimas do Todd não acaba por aí.
09:01Bom, a situação é a seguinte, Sr. Correpe.
09:03Enquanto estivemos aqui, na sua casa, o sargento arrumou um mandado de busca para a sua propriedade.
09:09Tá bom.
09:10Entendeu?
09:11E lá a gente encontrou a Kayla.
09:12Como é que é?
09:13Encontramos a Kayla na sua propriedade.
09:17Ela estava presa no contêiner do senhor.
09:19Entendeu?
09:21E ela nos disse que o senhor matou o Charlie.
09:25Dessa forma, o senhor está preso por sequestro.
09:28Aí foi transportado para o centro de detenção, onde pediu por um advogado.
09:34Na mesma hora, as autoridades começaram a procurar pelas outras vítimas sobre as quais o Todd havia falado à Kayla.
09:40Mas foi somente durante o interrogatório que descobriram quem elas eram.
09:45Johnny e Megan Coxey.
09:48Outro casal desaparecido há mais de um ano.
09:52Outro casal que o Todd contratou para alguns serviços.
09:56Mas dessa vez, para limpar casas de aluguel.
09:58Agora, as autoridades sabem que, além de violentar e aprisionar a Kayla por 65 dias, o Todd pode ter matado pelo menos três outras pessoas.
10:09Vamos falar sobre as outras pessoas que você mencionou lá embaixo.
10:13A Megan e o Johnny.
10:16Tem mais alguma coisa que precisamos saber?
10:19A resposta do Todd é reveladora.
10:22Esse era para ser só meu.
10:25Um refúgio?
10:26Não, minha área de matança.
10:29E, de fato, foi o que essa propriedade de mais de 38 hectares se tornou.
10:35Uma área de matança.
10:38E como os assassinatos começaram?
10:41Segundo o Todd, após contratar os Coxeys para fazer os serviços de limpeza no verão de 2015, o Johnny teria ameaçado ele com uma faca.
10:49Por isso, o Todd atirou nele.
10:52E depois de manter a Megan no mesmo container onde manteria a Kayla depois, ele atirou nela também.
10:59Como tudo se desenvolveu, foi quase como uma montanha russa.
11:08Eu percebi a gravidade do caso quando voltei à propriedade e vi toda a cerca dela tomada por vaso.
11:18Foi realmente muito impressionante, para dizer o mínimo.
11:21Eu sabia que ele tinha um passado, mas não imaginei que estávamos só na entrada de um enorme vespeiro.
11:27Eu vou encerrar alguns casos para vocês. Já aviso que vão ficar aqui até tarde.
11:40Condado de Spartanburg. O local de matança de Kohlrabi é constituído por 13 cidades e municípios.
11:46Muitas são remotas, como Woodruff, onde fica a propriedade do Todd.
11:49Woodruff tem uma atmosfera forte de cidade pequena.
11:53E por causa disso, quando esse crime aconteceu naquela área, foi uma coisa que mudou toda a composição da cidade.
12:02Eu acho que ela nunca mais vai ser a mesma.
12:06Esse é o tipo de história que você nunca acredita que vai cobrir um dia.
12:13E quando acontece, você percebe que vai ser a sua vida por um certo tempo.
12:17Que esse caso vai tomar parte da sua vida.
12:21Não há dúvidas de que a cidade de Spartanburg tenha sido afetada pelos crimes do Todd.
12:27Ao andar pela cidade, eu não conheci ninguém que não conhecesse o Todd Kohlrabi.
12:33As pessoas ficaram surpresas por um corretor de imóveis ter se safado por tanto tempo em Woodruff.
12:40Mas ficaram ainda mais chocadas com o que ele confessou em seguida.
12:44Que havia mais mortes.
12:48Bom, nós tínhamos solucionado o caso que era o da Kayla.
12:55E de verdade, depois de tanto tempo desaparecida, ninguém esperava encontrá-la viva.
13:01Mas aí, nós encontramos o Charlie e depois encontramos o Johnny e a Megan.
13:09Tudo isso nos levou ao tiroteio da loja de motos.
13:15É a Kayla Brown quem diz aos policiais que o Todd matou 4 pessoas na loja de motos da cidade.
13:23Ele entrou numa loja de motos em Anderson, atirou em 4 pessoas, fugiu e ninguém nunca descobriu.
13:29Ele gosta de se gabar por ser um serial killer sanguinário.
13:33O tiroteio da loja de motos era o maior caos não solucionado da região.
13:37Até o Todd confessar sua autoria, quase 13 anos depois.
13:41Um dos casos não solucionados mais notórios, o tiroteio da loja de motos.
13:454 pessoas foram baleadas e mortas dentro da loja de motocicletas.
13:49O Todd confessa os assassinatos durante o interrogatório.
13:53E não é só isso. Ele se vangloria do ato.
13:56E muitas vezes.
13:58É perturbador de ouvir.
14:00É o que eu digo, que eu tenho de ruim no golfe, eu tenho de bom na matança.
14:04Eu esvaziei aquela loja em 30 segundos.
14:06Desculpa, mas vocês também se orgulhariam.
14:08Quando ele disse que achava que teríamos muito orgulho dele.
14:13Eu juro que eu não conseguia acreditar como ele achava que eu...
14:19Que eu me rebaixaria ao nível dele a ponto de sentir orgulho pelo que...
14:24Pelo que ele confessou ter feito e na velocidade que ele fez.
14:31Foi um crime incompreensível.
14:33O proprietário Scott Ponder, sua mãe e contadora Beverly Guy.
14:38O gerente da loja Brian Lucas.
14:41E o mecânico Chris Sherbert foram baleados e mortos em questão de minutos.
14:49Nós emitimos 4 mandados para Todd Culhap com a confissão dele por esse crime.
14:57Ninguém esperava que o Todd tivesse sido o autor do tiroteio da loja.
15:03Loja de motocicletas.
15:05Ter resolvido esse crime e saber que tínhamos um serial killer em...
15:11Em Spartanburg foi uma notícia, uma notícia e tanto.
15:15Foi impressionante.
15:17Nenhum DNA e nenhuma impressão digital foram encontrados na cena do tiroteio.
15:23O assassino parecia ter sumido sem deixar rastros.
15:26Na época, a delegacia do condado de Spartanburg procurou o pioneiro do perfilamento criminal do FBI.
15:34John Douglas.
15:36Para que ele ajudasse na construção do perfil do assassino da loja de motos.
15:41Conhecido como caçador de mentes, ele já entrevistou assassinos como Manson, Bundy, Dahmer e Unabomber.
15:48E com o que aprendeu com eles, passou a traçar perfis de suspeitos em crimes não solucionados.
15:53Tudo bem, sente-se.
15:55Do que o senhor se lembra especificamente sobre o caso?
15:59Quando eu recebi o caso, tratava-se de um homicídio em massa.
16:03Mas por que esse crime tinha acontecido? Por que essas vítimas? Por que essa...
16:10Essa loja de motos nesse dia específico?
16:13Quem quer que fosse esse indivíduo que ainda não conhecíamos, ele era do tipo missionário.
16:19Ele foi até lá determinado a matar aquelas pessoas.
16:21Eu não identifiquei a presença de uma vítima-alvo.
16:25Ele disse que todos tinham que morrer.
16:28Todos eles tinham que morrer.
16:30Aquilo foi um manifesto, mas um manifesto contra a loja.
16:34Em segundos, eu acho que 45 segundos, tudo já tinha acabado e ele já tinha fugido.
16:41Não era parecido com os casos de assassinos em série que eu entrevistei?
16:45Que tinham uma fantasia, nesse caso foi por vingança, retaliação.
16:48Retaliação?
16:50Mais de uma década se passa, e os esforços da polícia para encontrar o atirador da loja de motos são inúteis.
16:57Mas em retrospecto, o perfil criado para ele cai como uma luva para o Todd Kohlrab.
17:03O perfil original do John Douglas diz que o atirador estava com raiva, cuspindo fogo.
17:10É a expressão que ele usa.
17:12Ele teria problemas com a empresa, não com uma das pessoas.
17:15Ele não queria dinheiro, o que ficou evidente pela quantidade deixada na loja.
17:22E quando tudo acabou, o atirador que hoje sabemos se tratar de Todd Kohlrab, voltou à sua vida normal.
17:30Ao menos, por um tempo.
17:33O escritor Gary Garrett é uma das pessoas que conheceu o Todd Kohlrab na época do tiroteio da loja de motos.
17:40Enquanto Todd vivia a vida a mais normal possível.
17:45Eu acho que conheci o Todd no final de 2004, ou seja, quase um ano desde que o tiroteio tinha acontecido.
17:53E eu acho que o Todd foi um dos primeiros atiradores que eu conheci.
17:57Eu conheci o Todd no final de 2004, ou seja, quase um ano desde que o tiroteio tinha acontecido.
18:03Eu estava em um emprego novo e uma das amigas dele trabalhava comigo e me apresentou a ele.
18:08Nós saímos juntos algumas vezes.
18:10Em 2006, ele se tornou um corretor de imóveis.
18:14Então, o tempo dele ficou curto, porque ter uma empresa exige muito esforço.
18:20E ele tinha acabado de começar a Todd Kohlrab e Associados.
18:24Nossas vidas seguiram rumos diferentes e foi em 2012 que nós voltamos a nos falar.
18:39Ele me falou sobre a empresa e o que podia me oferecer e me pareceu uma boa oportunidade.
18:43Tinha algumas coisas meio estranhas sobre a personalidade dele que não faziam sentido para mim até ele ser preso.
18:49Ele estendia muito as conversas.
18:53Ele falava muito, mas falava sobretudo com muitos detalhes que não importavam.
18:58Falava sobre armas e sobre aviões.
19:00Sobre isso ele sabia muito.
19:02Em agosto, eu comecei a não gostar do rumo que a empresa estava tomando e eu achei o mercado muito turbulento.
19:08Então, no dia 22, eu dei um ultimato ao Todd.
19:13Eu disse, eu preciso de mais oportunidades, senão vou ter que achar outro trabalho.
19:15Aí, em setembro, no dia 23, eu liguei para ele para dar meu aviso prévio.
19:22Ele não parecia estar bravo pela minha demissão, ele parecia até estar conformado.
19:27Tipo, eu acho que ele já esperava por isso.
19:30Eu disse a ele que precisava de outro emprego, que precisava de dinheiro e ele só disse, tudo bem, beleza.
19:35Me liga se quiser sair um dia.
19:37Pensando sobre os traços descritos por John Douglas sobre o atirador da loja de motos,
19:42de um homem cheio de raiva, com alguma obsessão contra a loja e com muita sede de vingança,
19:48eu me pergunto, será que o Gary acha que o Todd se encaixa nesse perfil?
19:52Eu sei que ele tinha comprado uma moto de lá e que essa moto foi roubada.
19:57Ele chegou a especular que, por alguma razão, alguém envolvido com a loja teria roubado a loja.
20:03Parece uma teoria estranha, mas é o que o Todd achava.
20:07Depois de ter pedido demissão, Gary não teve mais notícias do Todd,
20:11até ele ser preso pelo sequestro da Kayla Brown e pelo assassinato de sete pessoas.
20:16Foi aí que o Todd entrou em contato com o Gary, pedindo para que ele fosse seu biógrafo.
20:21Eu sei que eu sou muito hostilizado por cooperar com um assassino,
20:26mas eu acho que o Todd tem razão.
20:28Eu sei que eu sou muito hostilizado por cooperar com um assassino,
20:33mas eu quero entender o Todd, eu quero entender a situação dele, eu quero que outras pessoas o entendam.
20:38Como jornalista investigativa, eu também quero saber mais sobre o Todd.
20:43Anteriormente, eu disse que havia conseguido acesso especial ao Todd Cohab.
20:48Gary Garrett foi quem forneceu esse acesso.
20:51Depois que o Todd pediu para que o Gary fosse seu biógrafo, o Gary falou comigo.
20:58O Todd mandou para o Gary vários cartões postais da cadeia, depois de ser preso sob custódia.
21:04Um deles, inclusive, tem um rostinho feliz.
21:07Receber um cartão de um assassino com um rostinho feliz é um tanto perturbador, foi muito estranho.
21:14Esse é o Gary, lendo um dos cartões postais de Todd ao telefone para mim e para minha equipe.
21:20Oi Gary, e aí? Bem-vindo à minha montanha russa.
21:23É, dessa vez eu vacilei, mas eles só sabem 10% da história e nem a pau que eu vou ter um julgamento justo com a internet indo à loucura
21:31e me impedindo de falar ao público o que aconteceu de verdade.
21:34Então, tá a fim de escrever um livro sobre mim e me ajudar a soltar essa bomba?
21:38O Gary, minha equipe e eu queremos saber o que o Todd quer dizer quando ele revela que o público sabe só 10% da história.
21:46O que aconteceu com os outros 90%?
21:50Ele matou mais pessoas?
21:53Essa é uma possibilidade preocupante.
21:56Ao longo de quanto tempo ele matou pessoas?
22:00A gente sabe da loja de motos, onde ele matou 4 pessoas.
22:06Isso foi em 2003, aí em 2015 ele matou Johnny Cox e a sua esposa.
22:15Isso aconteceu em dezembro, acho que pela época do Natal.
22:19Aí em agosto ele matou Charlie Carver.
22:23Esses foram os 7 assassinatos.
22:26E ele falou pra você porque não matou ninguém entre 2003 e 2015?
22:31Não, mas eu tenho uma teoria.
22:36E onde ele tá agora? Qual é o nome da penitenciária?
22:39Penitenciária do Condado de Spartanburg.
22:42Ele foi condenado por 7 homicídios, por um estupro e por 2 ou 3 sequestros.
22:50O Gary se oferece pra me apresentar ao Todd e fazê-lo conversar comigo.
22:55A princípio será pelo telefone e não pessoalmente.
22:59É o que o Todd prefere.
23:01O Gary, que conhece bem o Todd, me aconselha a ser o mais cordial que puder.
23:07Isso será desafiador. Já que irei conversar com o serial killer, confesso.
23:13Esta é uma ligação pré-paga de...
23:16Todd.
23:18Um detento da penitenciária da Carolina do Sul.
23:21Oi, Todd. Aqui é a Maria e a Comite Filmes. Você consegue me ouvir?
23:25Sim, senhora.
23:27Legal. Eu acho que o Gary te falou sobre isso. Nós vamos gravar a conversa.
23:30Eu só preciso da sua autorização pra poder divulgar a conversa e o que falarmos aqui.
23:34Você me autoriza a fazer isso?
23:36Sim, senhora. Eu autorizo.
23:38Legal. Que bom. Obrigada.
23:43Eu acho que a minha principal pergunta é o que você espera de nós?
23:49Minha maior motivação pra falar com vocês é poder dizer que o que a mídia conta está errado.
23:58Entendi.
24:00Eu não vou pagar de inocente. Fui eu que matei eles. Isso eu nem vou negar.
24:04Mas muitas coisas que estão dizendo por aí, dia após dia, nem chegam perto da verdade.
24:10As pessoas conhecem só 10% da história inteira. E esses 10% estão errados.
24:18Então me dá um exemplo do que está errado.
24:21O número de corpos não chega nem perto do número real.
24:26O número de corpos está errado. Tudo bem.
24:29Não são sete.
24:31Não são sete. Entendi. Quer dizer que tem mais de sete corpos?
24:35Bem mais.
24:37Bem mais do que sete corpos?
24:38Aconteceram coisas antes daquilo tudo que na verdade deram início ao que eu fiz depois.
24:43Eu já tinha matado antes do tiroteio na loja e matei mais gente depois dele.
24:47Eu não dei uma pausa. Eu vou assumir tudo o que eu fiz. Eu matei mais gente.
24:53Tem outras pessoas que se envolveram nesses incidentes?
24:56Sim, senhora.
24:58E você imaginou que algum dia você seria preso?
25:02Eu sabia que eu ia ser preso na hora que eu matei o Charlie.
25:04Entendi. E sabia como?
25:07Porque nada daquilo foi planejado.
25:09Eu não sabia o que eu ia fazer com ele e fiquei pensando no que fazer com a Kayla.
25:15O Todd fez declarações chocantes sobre a Kayla Brown e o tempo que ela passou em cativeiro.
25:22Eu não queria sequestrar a Kayla para ser minha escrava sexual.
25:26Eu não tinha intenção de fazer dela minha refém, minha escrava ou de fazer alguma coisa imprópria com ela.
25:31Eu não vi problemas quando ela foi encontrada. Até desejei melhor para ela.
25:35Mas a história que vazou é completamente errada.
25:40E eu posso até provar isso.
25:42Ah é? E como poderia provar isso?
25:45Bom, para começar, ela escreveu cartas.
25:49Eu dei a ela um caderno e uma caneta e disse que iria comprar tudo o que ela quisesse
25:54para tornar a vida dela mais fácil no container,
25:57desde que ela se comportasse.
26:00Eu mandei ela não me atacar ou tentar fugir.
26:03E pedi para que ela se comportasse até eu descobrir o que fazer com ela.
26:07Essas cartas fazem parte das evidências.
26:10Então, a polícia está com elas.
26:13Numa das cartas, ela disse que tinha sorte por eu ser um assassino consciente.
26:19Um sequestrador com ética.
26:21Kayla Brown não foi estuprada naquele container.
26:26Tirando o fato de eu ter matado Charlie, ela adorava ficar lá.
26:30E olha, eu até peço desculpas pelo meu comentário, mas ela queria mais sexo.
26:36Você disse que não a estuprou naquele container.
26:39Esta chamada pode ser gravada ou monitorada.
26:42Eu nunca a estuprei.
26:44Você nunca a estuprou mesmo ou não foi estuprada?
26:47Eu nunca a estuprei.
26:49Você nunca a estuprou mesmo ou não a estuprou no container?
26:53Eu nunca a estuprei.
26:55Nunca, então quer dizer que foi tudo consensual?
26:58Foi, nas cartas dela.
27:00Ela pedia por isso.
27:02E como eu disse, eu não digo que ela não seja uma vítima, mas ela não é a vítima que disse.
27:09E me fala, quanto de remorso você tem pelo... pelo que você fez?
27:15Consegue me responder?
27:18Eu sinto muito pelo que houve e sinto muito mais pelos filhos das vítimas.
27:24Que não vão crescer com os pais.
27:26Tudo se transformou em uma versão mórbida de um filme erótico de quinta categoria.
27:33Eu sinto muito principalmente pelos filhos.
27:38Quando eu desliguei o telefone, senti minha cabeça girar.
27:41É horrível pensar no que ele fez para as vítimas.
27:44Eu tenho ressalvas ao ouvir a versão de assassinos em série como Todd.
27:48Mas e se ele não tiver dito nada disso para a polícia?
27:51E como aquela supostamente disse, será que ele tem consciência e quer confessar outros crimes?
27:58Ou será que ele só quer ostentar e conseguir mais atenção?
28:03Independente disso, não restam dúvidas.
28:06A nossa equipe tem que descobrir se ele matou mais pessoas.
28:08Ouvir o Todd dizer que matou mais gente é... é... é uma coisa que não parece ser verdade.
28:16Parece ser só uma coisa que ele disse porque não... não tem nada a perder.
28:21Então ele bate no peito para dizer que matou mais gente.
28:29Mas uma coisa é certa.
28:31Se houver mesmo mais corpos por aí, podemos ajudar as famílias.
28:34Podemos ajudar as famílias a descobrirem o que aconteceu com seus entes queridos.
28:48O Todd Cohab fez uma declaração e tanto.
28:51Diretamente para mim.
28:53De que ele fez muito mais vítimas do que as sete pelas quais ele foi encarcerado.
28:57Ele me diz que em 26 de maio de 2017,
29:01ele quer se declarar culpado diante do Tribunal do Condado de Spartanburg.
29:07Ele receberá sete prisões perpétuas por seus crimes hediondos.
29:13Os assassinatos de Johnny e Megan Coxey,
29:16e o de Charlie Carver em sua propriedade,
29:19e pelo maior caso sem solução da região.
29:21O assassinato de quatro pessoas na loja de motocicletas em 2003.
29:26Esse homem é ousado a ponto de postar avaliações nos sites onde comprou seus itens,
29:31como as pás que ele deixava no carro para enterrar os corpos,
29:35e os cadeados usados para prender as pessoas.
29:38E ele chegou a escrever coisas que denunciavam os crimes que ele estava cometendo de verdade,
29:43mas ninguém lia aquilo e acreditava que era verdade.
29:46Então, o Todd Cohab,
29:47ele postou esses comentários por uns dois anos,
29:50e agora sabemos que ele estava mesmo fazendo o que colocava nessas avaliações do site.
29:55O desprezo dele pela vida humana,
29:58foi o que mais me chamou a atenção.
30:02Além da forma como ele falava sobre o assunto,
30:06sobre como as tinha matado,
30:09e o que tinha feito com elas.
30:12E o que mais me chamou a atenção,
30:14sobre como as tinha matado,
30:17e o que tinha feito.
30:19Essas coisas me impressionaram.
30:21Ele gostava de fazer as pessoas se chocarem com ele,
30:23com as suas proezas e suas façanhas,
30:25com a sua educação e com a sua perspicácia.
30:28Isso tudo era o que eu via no Todd.
30:32Ele nos deu motivos para o cometimento de cada crime.
30:37Se esses motivos eram reais, só ele sabe,
30:40mas ele nos deu motivos para cada crime que ele cometeu.
30:45Olha, parece ser desgastante pra caramba tentar entender
30:49por que um serial killer mata.
30:52Você já conseguiu entender o porquê?
30:54Eu não sei. Eu não acho isso possível.
30:56Você pode até tentar entender o que aconteceu dentro deles,
30:59mas quando eles são espertos,
31:01assim que você está prestes a entendê-los,
31:04eles passam... eles passam...
31:07a mudar as próprias ações.
31:10O próprio Todd fazia isso nos interrogatórios.
31:13O Todd se abriu comigo pelo telefone,
31:16mas eu quero falar com ele pessoalmente
31:18antes do julgamento na Carolina do Sul.
31:21Eu quero confrontá-lo sobre as vítimas de que temos notícias
31:24e falar sobre a declaração dele
31:26de que a Kayla nunca teria sido estuprada.
31:28Mas, acima de tudo,
31:30quero ir mais a fundo na insinuação dele
31:33de que teria matado mais pessoas.
31:37Nove dias antes da audiência da condicional do Todd,
31:41um produtor e eu marcamos pela internet
31:43uma visita a ele na penitenciária do condado de Spartanburg.
31:46Gary Garrett irá conosco a pedido do Todd.
31:49Eu tive que dar as informações da minha habilitação
31:52e eles me deram um horário para fazer a entrevista.
31:55Então eu fiz três perguntas à delegacia do condado de Spartanburg.
31:59Se eu podia filmar ou gravar o áudio da minha entrevista com o Todd.
32:03Se podia entrevistar o delegado.
32:04Ou se ao menos ele poderia se encontrar comigo.
32:07A resposta para todas essas perguntas foi não.
32:11Mas eu ainda vou entrevistar o Todd mesmo sem gravá-lo
32:15porque ninguém me disse que isso seria proibido.
32:18Bom, eu cheguei.
32:20Essa é a primeira vez que eu vou encontrar o Todd
32:23e acho que vai ser através de uma tela.
32:25Nós perguntamos se podíamos filmar, mas eles disseram que não.
32:28Então, o que eu penso em fazer é me apresentar a ele
32:31e ele planeja se declarar culpado na cesta.
32:34Então eu quero mais detalhes sobre isso.
32:36Sobre o motivo do julgamento.
32:38Mas, a princípio, ele disse que tem 90% da história que nós não sabemos
32:42e que tem muito mais.
32:45Ele disse que há muito mais pessoas que ele já matou.
32:49É claro que queremos saber mais sobre isso.
32:51Mas eu acho que a ideia principal do nosso encontro de hoje
32:54é ele se sentir confortável comigo e com as minhas perguntas.
32:58Então vamos ver o que ele tem a dizer.
33:01Apesar de não sermos autorizados a gravar a entrevista,
33:04descobrimos que a penitenciária gravou.
33:06Então tem um registro dela.
33:08A penitenciária não entregou para nós, mas o advogado do Todd, sim.
33:12E esse é o vídeo que vocês verão.
33:14Eu tive que ser simpática, porque para ter a confiança do Todd,
33:18ele teria que gostar de mim.
33:24Oi, Todd.
33:26Aqui é a Maria.
33:28O Gary está aqui. Eu não sei se você consegue vê-lo ou não,
33:31mas ele veio comigo hoje.
33:32Eu estou vendo.
33:34Como você está com tudo isso que está acontecendo?
33:36No fim das contas, eu ainda vou ser condenado pelo resto da minha vida,
33:39mas pelo menos vai ser pelas razões certas.
33:41Eu não posso mudar o que eu fiz,
33:43mas pelo menos todos vão entender os meus motivos
33:45e o que aconteceu de verdade.
33:47Então você não quer negar o que aconteceu,
33:50mas tem mais coisas por trás do que sabemos.
33:53É isso que você quer que as pessoas saibam e entendam?
33:57Sim, senhora. Eu quero que saibam o que aconteceu
33:59e como eu cheguei a esse ponto.
34:00No fim das contas, eu não sou um herói.
34:03Tá bom, entendi.
34:05Eu não quero pagar de bonzinho aqui.
34:07Não é para as pessoas acharem que eu sou um mocinho.
34:09Na verdade, elas vão dar graças a Deus para eu estar preso
34:11e não perto delas.
34:13Eu nunca vou ser solto e essa conversa não vai me ajudar a sair daqui,
34:15porque eu não vou ter outro julgamento
34:17e a minha pena não vai ser reduzida.
34:19Eu vou morrer preso nesse lugar.
34:21Entendi.
34:23Além do que você ouve aqui,
34:25o Todd diz muitas outras coisas nessa entrevista.
34:27Ele nos dá informações sobre os assassinatos
34:28e sobre como se sente com a audiência.
34:31Eu acho que é mais uma forma de você contar sua história para o mundo.
34:34Como é que é?
34:36Eu disse que já deu. Você tem que sair daqui agora, tá bom?
34:38Eu não vou pedir de novo. Vazem daqui. Bora!
34:41Tudo bem.
34:43Desculpe, estão falando com a gente.
34:45Eu tenho que ir.
34:48Era para eu ter conversado com o Todd por 30 minutos,
34:51mas do nada um guarda apareceu.
34:53Eu passei o telefone para o Gary
34:55e tentei descobrir qual era o problema.
34:56Eles estão tentando tirar a gente daqui.
34:58Por que vocês estão em muita...
35:00Não, só não querem a gente aqui.
35:02Eles o quê? Peraí, por quê?
35:04Por causa de quem somos.
35:10Tá bom.
35:12Desculpe, estão falando com a gente.
35:14Eu tenho que ir.
35:16Depois eu descobri que o Todd tinha me dito
35:18que se declararia culpado pelos sete assassinatos
35:20que havia sido acusado,
35:22mas que ainda não tinha falado sobre isso com a promotoria.
35:24E isso não foi muito bem aceito
35:26pela delegacia do condado de Spartanburg.
35:28E sabem o porquê disso?
35:30Eles estão nervosos pra caramba por causa da mídia.
35:32Esse é o tipo de coisa que acaba com carreiras,
35:34que interfere no trabalho das pessoas, entendeu?
35:36Mas eu tenho que ir.
35:38Eu tenho que ir. A gente se fala.
35:40Tá.
35:42Beleza, até mais.
35:44No vídeo é meio difícil de ouvir,
35:46mas em resumo, me dizem que eu não posso falar com o Todd.
35:49Vocês não podem falar com ele.
35:51Vocês não têm nada a ver com ele.
35:52Só vieram aqui com essa desculpa furada.
35:55Não foi assim, não.
35:57A gente não usou desculpa nenhuma.
35:59A gente não usou nenhuma desculpa.
36:01Foi o Todd que disse que queria falar com a gente
36:03pra poder contar a história dele.
36:05E então nós viemos.
36:07No final, tivemos que ir embora.
36:10Eu acho que é correto afirmar
36:12que os guardas que estavam aqui hoje
36:15foram agressivos ao dizer que não acreditavam
36:18que a gente tinha permissão pra falar com o Todd.
36:19O Tenente Bobo,
36:21que é o assessor de relações públicas da delegacia,
36:23só disse que a gente não podia gravar
36:25e nem filmar nada.
36:27E a gente aceitou.
36:29Não fizemos isso.
36:31Pra gente, agora, a história está imparcial
36:33da parte do agressor.
36:35E isso...
36:37Isso me deixa mais curioso
36:39sobre o porquê dessa descrição toda.
36:41Será que estão com medo?
36:43O que mais me frustra aqui
36:45é que nós temos essa pessoa
36:46que diz que 90% da própria história
36:48não foi contada.
36:50E eu não sei o que isso quer dizer.
36:52Eu não sei se ele diz a verdade.
36:54Eu não sei se ele só quer se gabar.
36:56Eu não sei.
36:58Mas eu também me sinto na obrigação
37:00de tentar descobrir isso.
37:02Eu tô tentando falar com o Tenente Bobo de novo,
37:04que é o assessor de relações públicas da delegacia.
37:07Oi, Tenente Bobo, pro senhor saber,
37:09a gente veio falar com o Todd essa manhã,
37:11como eu já tinha te falado.
37:13A gente não gravou nada lá, como o senhor pediu.
37:14E eu acho que a gente seguiu corretamente
37:16o procedimento de visitas.
37:18A gente não quer interferir no caso dele,
37:20e eu não vou apresentar nenhuma história
37:22nem nenhum material sobre ele nos próximos dias,
37:24já que a audiência dele ainda vai acontecer.
37:26Será que podemos conversar hoje?
37:28Eu vou tentar falar com ele de novo.
37:31O Tenente não retornou a minha mensagem.
37:39Esta manhã, Todd Culhap estará aqui
37:41neste tribunal no condado de Spartanburg.
37:44Familiares, oficiais de justiça e autoridades
37:46esperam ter um desfecho hoje.
37:49No julgamento, o Todd irá se declarar culpado
37:52pelo tiroteio que matou quatro pessoas
37:54na loja de motocicletas em Chesney,
37:57na Carolina do Sul, em 2003.
38:00Além de ter matado Johnny Amegan Coxey
38:03e o Charlie Carver,
38:05e ter sequestrado e violentado a Kayla Brown.
38:07Pela primeira vez, eu entrarei em contato
38:10com os familiares que passarei a conhecer
38:12bem melhor depois disso.
38:15Foi um dia muito emocionante.
38:17Eu já estive em muitos julgamentos
38:20naquele mesmo tribunal, naquela mesma sala,
38:23mas eu nunca tinha visto nada parecido
38:26com o que aconteceu naquele dia.
38:28Pais e outros membros das famílias
38:31todos se levantaram e se juntaram
38:34para o julgamento.
38:35As famílias todas se levantaram
38:37e começaram a falar com o coração.
38:40Alguns tinham levado anotações
38:42do que iam dizer.
38:44Eu perguntei ao Todd sobre essas famílias
38:46na minha entrevista, antes de sermos interrompidos.
38:50E como você acha que vai ser
38:52se as famílias das vítimas
38:54lerem as próprias declarações para você?
38:58Eu vou ter que ouvir e aguentar.
39:02E é o que acontece
39:03quando um familiar após o outro
39:05se levanta para falar.
39:08O Todd não demonstra emoções
39:10mesmo com tantas pessoas em lágrimas no tribunal.
39:13O tempo todo ele ficou de pé
39:15olhando fixamente para o juiz
39:17enquanto diante dele estavam
39:20estavam pais e parentes de pessoas
39:23que ele mesmo tinha matado.
39:25É claro que só de ver tudo isso acontecendo
39:28na nossa frente já foi muito comovente.
39:31A cada uma das acusações de sete homicídios
39:35o senhor receberá prisão perpétua
39:37sem possibilidade de condicional.
39:39E cada uma dessas sentenças
39:41será consecutiva uma a outra.
39:43O senhor entende?
39:45Sim, senhor.
39:47O senhor também concordou
39:49em ser sentenciado a 30 anos
39:51corridos de reclusão
39:53pela acusação de violência sexual.
39:55Está correto?
39:57Sim, senhor.
39:59O senhor também concordou
40:01em ser sentenciado a 30 anos
40:03corridos pela acusação de sequestro.
40:05Está correto?
40:07Sim, senhor.
40:09Eu acato sua declaração de culpa.
40:17Quando o julgamento termina
40:19tem uma coletiva de imprensa.
40:21Eu imagino que essa seja a minha chance
40:23de falar com o delegado Chuck Wright
40:25já que a mídia toda foi convocada.
40:26Durante a coletiva,
40:28Tom Lucas, o pai do Brian Lucas
40:30vítima do tiroteio
40:32implora para que Cole Happ
40:34admita se tiver feito mais vítimas.
40:37Eu acredito de verdade
40:39que há mais vítimas
40:41que não foram identificadas.
40:43Por isso eu faço um apelo ao réu
40:45pois há famílias que esperam por justiça.
40:48Então se houver mais vítimas
40:50por favor nos diga.
40:52O Todd me disse que há mais vítimas
40:54mas eu não sei se devo acreditar.
40:56Eu quero perguntar ao delegado
40:58o que ele acha.
41:00A resposta dele é inesperada.
41:02Diante de todas as conversas
41:04que o senhor teve com ele
41:06é certeza que ele não fez outras vítimas.
41:08Você está muito bem vestida.
41:11Eu não vou responder essa pergunta.
41:14E sem mais nem menos
41:16ele foi embora
41:18e eu fiquei lá sem resposta
41:20mas muito bem vestida.
41:27O delegado Wright
41:29herdou esse caso.
41:31Eu agradeço a presença de todos vocês.
41:33Um caso que na verdade é
41:35uma batata quente
41:37e sempre foi uma batata quente.
41:39É uma situação delicada
41:41para todos que vivem aqui
41:43para todos que conhecem as famílias
41:45e para as próprias famílias das vítimas
41:47mas também para os críticos de plantão
41:49e a gente adora apontar o dedo.
41:52Então tudo que ele disser
41:54e qualquer coisa que ele diga
41:56ou que ele fizer
41:58poderá ser mal interpretado.
42:00Ele vai ser analisado
42:02a enésima potência.
42:04Você acha que o delegado
42:06deveria falar, colocar um ponto final
42:08em algumas dessas perguntas?
42:12Eu acho que você tem que
42:14perguntar isso para ele.
42:17Quanto mais sabemos sobre o caso
42:19mais nós percebemos
42:22o quanto ainda tem a ser resolvido.
42:24Não demorou muito para percebermos
42:26que tem muito mais informações
42:28do que caberia
42:30num único artigo de jornal
42:32ou qualquer coisa do tipo.
42:34Quem sabe o que acontecerá
42:36com esse caso
42:38mas eu acho que ele ainda
42:40não foi resolvido.
42:42Para mim isso tudo
42:44é só o começo dele.
42:46Você acha
42:48que o Todd Colhatt fez mais vítimas?
42:50Acho.
42:52Eu acho sim que ele matou
42:54muito mais pessoas.
42:56Saberemos quem eram essas pessoas?
42:59Bom, se o Todd quiser contar
43:03saberemos.