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  • 24/05/2025
Mais de 700 mil novos casos de câncer são esperados no Brasil até 2025, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste. O tumor de pele não melanoma lidera as estatísticas, seguido por câncer de mama, próstata, intestino, pulmão e estômago. No Check Up deste sábado (24), o médico Fernando Maluf analisa o panorama atual da doença, revela o impacto da fila no SUS sobre o prognóstico dos pacientes e alerta para a desigualdade de acesso entre os sistemas público e privado.

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Transcrição
00:00De acordo com o levantamento do Instituto Nacional do Câncer, mais de 700 mil novos casos são esperados no Brasil para o triênio 2023-2025.
00:13Deste total, 70% se concentram nas regiões sul e sudeste.
00:19No país, o tumor maligno mais incidente é o de pele não melanoma, representando mais de 30% do total de casos, seguido pelo de mama feminina, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago.
00:36Segundo a OMS, a carga da doença nas Américas fica atrás apenas de doenças cardiovasculares, além de ser uma das principais causas de morte na região.
00:46Um outro relatório, realizado pela Sociedade Americana do Câncer, aponta que 20 milhões de casos foram diagnosticados em 2022, além de 9,7 milhões de óbitos.
00:58A pesquisa projeta que a doença pode aumentar 77% em todo o mundo até 2050.
01:06Fernando, você que tem uma visão holística, qual é o diagnóstico do panorama do câncer no nosso Brasil?
01:14O câncer só vem aumentando e, infelizmente, nos próximos poucos anos, ele vai ser a maior causa de mortalidade no nosso país, passando as doenças cardiovasculares.
01:29A incidência de vários tumores aumenta de 10% a 20% por década.
01:35Isso acontece por uma série de fatores do mundo moderno.
01:38Portanto, no país, como no mundo também, Cláudio, que a gente vê que os casos de vários tumores muito comuns, como câncer de mama, câncer de próstata, câncer de intestino, câncer de pulmão, só vem crescendo.
01:51E, obviamente, isso merece um olhar muito específico e profundo de como evitar novos casos, de como tratar e curar os casos diagnosticados.
02:01Fernando, você conhece bem a saúde pública, a saúde privada, e nós sabemos que o SUS é um permanente desafio.
02:09Existe uma fila no nosso sistema único de saúde que é, talvez, um dos maiores desafios para qualquer gestor, aliás, no Brasil e mesmo fora do Brasil.
02:18Mas, particularmente, no Brasil, a fila do SUS. Qual é o impacto disso em termos de prognóstico do câncer? Existem dois mundos?
02:29Infelizmente, sim. O SUS tem uma série de aspectos positivos.
02:36Transplante, a parte de banco de sangue, SAMU, vacinação.
02:40Mas, câncer é uma doença que, ainda no SUS, ela tem uma distância, infelizmente, muito grande em relação ao sistema privado.
02:50Recentemente, nós apresentamos e publicamos alguns trabalhos comparando os resultados de pacientes na mesma fase da doença que se tratavam no SUS ou numa rede privada.
03:01Como exemplo, no câncer de próstata, que é uma das áreas que a gente trabalha tanto,
03:06um recente trabalho apresentado no Congresso americano pelo nosso grupo, mostrou que pessoas que se tratam numa rede privada com câncer avançado,
03:16comparado com quem se trata no SUS, têm uma chance de estar vivo da ordem de 90% maior.
03:23Por que isso? Pelo atraso no começo do tratamento, pela falta de remédios de modo importante dentro do SUS.
03:32As filas, elas têm um impacto importantíssimo.
03:35Dois trabalhos publicados pelo nosso grupo agora, mostrou que em câncer de bexiga, de colo de útero e de próstata,
03:42mesmo em fases precoces, a mortalidade, comparando rede privada e SUS, é incrivelmente maior no SUS.
03:50E um dos motivos, além, outra vez, da falta de insumos medicamentosos, falta de radioterapia,
03:56é com certeza as grandes filas. E como eu falo, o câncer não tem dó, o câncer não espera, o câncer não fala,
04:05essa pessoa é menos favorecida, então eu vou ser mais lento.
04:09O câncer é implacável, principalmente se a gente não combater com as armas certas e no tempo correto.
04:15E quando você olha, Fernando, o Brasil e fora do Brasil, nós sabemos que muita coisa,
04:20novas tecnologias, maiormente medicamentos, eles surgem fora do país.
04:25O Brasil está atrasado, o Brasil está inserido nos protocolos.
04:29Qual é o panorama desse tipo de relacionamento global?
04:33E que pode, no fundo, fazer também a diferença?
04:36O Brasil é um Brasil de vários mundos diferentes.
04:39Quando a gente olha a melhor medicina do país, as ilhas de excelência,
04:43e, por exemplo, o estoisraelita Albert Einstein é hoje reputado como o melhor centro de câncer da América Latina,
04:50um dos melhores centros de câncer do mundo, não existe nenhuma diferença entre hospital israelita Albert Einstein
04:58e outros hospitais de ponta no país, com os melhores centros americanos e europeus.
05:03Porque a mesma tecnologia que é aprovada fora, quase imediatamente é aprovada no país.
05:10Portanto, os pacientes têm, além da melhor medicina no nosso país,
05:15eles têm algo que muitas vezes na Europa e nos Estados Unidos não têm,
05:17que é um grau de acolhimento que faz uma diferença incrível.
05:22Na área de pesquisa, nós pesquisadores também criamos protocolos que têm mudado padrões para o mundo inteiro.
05:30Dois exemplos.
05:31Nós recentemente apresentamos e vamos publicar um novo protocolo para câncer de pênis,
05:37uma doença de pessoas muito pobres, principalmente norte e nordeste.
05:41E esse protocolo, que foi positivo, virou hoje um protocolo padrão para o mundo inteiro.
05:47Os nossos grupos criaram em câncer de próstata tratamentos que não diminuem a testosterona,
05:52ou seja, que não fazem a castração na doença avançada, com resultados absolutamente impactantes.
05:57Portanto, o brasileiro, e nas ilhas de excelência, não só consegue prover uma incrível assistência médica,
06:04mas hoje o Brasil tem se desenvolvido como centro formador de tecnologia
06:09e mudança de conduta não só para o brasileiro ou brasileira, mas para as pessoas do mundo inteiro.
06:14Obrigado.
06:15Obrigado.

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