O presidente Lula (PT) e a comitiva do governo federal embarcam nesta terça-feira (06) para o Leste Europeu, onde terá uma reunião bilateral com Vladimir Putin. O principal objetivo é ampliar as relações comerciais com a Rússia e equilibrar a balança comercial entre os dois países. Lula deve pedir o aumento das exportações brasileiras ao país, como parte da estratégia para reforçar a presença do Brasil no mercado internacional.
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NotíciasTranscrição
00:00O presidente Lula e a comitiva dele embarcam nesta terça-feira para a Rússia.
00:04Lula terá uma reunião bilateral com o presidente Vladimir Putin.
00:08A Luciana Verdolim está acompanhando e vai trazer as informações para a gente agora.
00:11O Brasil quer ampliar o comércio com a Rússia, quer exportar mais para lá.
00:16Luciana Verdolim, bem-vinda.
00:20Quer sim, Evandro. Boa tarde para você, boa tarde a todos.
00:23Olha, o que o governo diz? Que hoje a nossa balança comercial com os russos é muito desequilibrada.
00:31A gente compra muito e vende pouco.
00:34A gente compra principalmente fertilizantes e também óleo diesel.
00:40Só para a gente ter uma ideia, é algo em torno de 2 bilhões e meio de dólares as importações brasileiras.
00:47O que a gente compra dos russos e vende apenas algo em torno de 339 milhões de dólares.
00:55Principalmente café, carne bovina, carne de aves e tabaco.
01:01Por isso, o objetivo nesse momento é ampliar essas relações bilaterais.
01:06Fazer com que essa balança comercial seja mais equilibrada e mostrar que a gente ainda tem muitos produtos para oferecer.
01:14E nesse momento, esse trabalho é da diplomacia.
01:17O presidente Lula vai ter encontro privado com Vladimir Putin.
01:21Vai ter encontro também com o primeiro-ministro da Eslováquia.
01:25No dia 11, segue para a China.
01:28E também o objetivo com os chineses é ampliar as relações bilaterais.
01:33Só para a gente ter uma ideia, o Itamaraty diz o seguinte.
01:36Já há 16 acordos fechados com os chineses.
01:40E ainda há outros 32 em negociação.
01:44Por isso, essa viagem internacional está sendo considerada de primordial importância pela diplomacia.
01:51E o Ministério das Relações Exteriores diz que a expectativa é de avanços nessas relações bilaterais.
01:58A comitiva oficial saiu agora há pouco a lista aqui do Palácio do Planalto.
02:03O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, acompanha novamente o presidente Lula por esse giro entre os dois países.
02:09O deputado Adelmar Nascimento também.
02:11O vice-presidente da Câmara, que ele é vice-presidente da Câmara.
02:14Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
02:17Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia.
02:20Luciana Santos, da Ciência e Tecnologia.
02:23E Celso Amorim, que é assessor especial para assuntos internacionais aqui da Presidência da República.
02:28A Primeira-Dama já está lá na Rússia.
02:31Ela embarcou na última sexta-feira e vai acompanhar o presidente Lula nos compromissos na Rússia e também na China.
02:38Sim.
02:39Obrigado, Luciana Verdolim, pelas informações.
02:41Uma ótima tarde aí.
02:42Para você já virou tradição, né?
02:43A comitiva da Primeira-Dama seguir antes do presidente da República nessas visitas aos países.
02:48Eu quero saber um pouquinho, Alangani, se essa tentativa do Brasil de ampliar o comércio com a Rússia
02:53tem a ver com as questões geopolíticas que estão se movimentando a partir das decisões de Donald Trump e dos Estados Unidos.
03:00Tem e eu acho correto.
03:02Assim como eu defendi lá atrás Jair Bolsonaro, em meio à guerra de Rússia e Ucrânia, no auge da guerra,
03:09Jair Bolsonaro ter falado com Vladimir Putin pela questão dos fertilizantes.
03:14Então eu acredito que o Brasil deva defender os seus interesses,
03:18ou seja, não ter um alinhamento automático em relação aos Estados Unidos ou em relação à China,
03:26mas manter uma neutralidade buscando parcerias comerciais com os Estados Unidos,
03:32que é muito importante, nosso maior investidor,
03:35com a China, que é a nossa principal parceira comercial,
03:38e com a Rússia.
03:39A Rússia é um país muito importante no comércio internacional,
03:43porque tem petróleo e tem commodities metálicas.
03:47Portanto, é muito bem-vindo, além da questão dos fertilizantes.
03:51Fábio Piperno, há uma diferença grande, né?
03:54O déficit do Brasil em relação ao que ele compra da Rússia é gigantesco.
03:58Você acha que dá para equalizar esses valores?
04:02Não sei, Evandro.
04:03Eu tenho dúvida se dá para realmente reduzir isso no curto prazo,
04:07mas certamente há muitos setores em que cabem acordos de cooperação,
04:12que são muito importantes.
04:13Por exemplo, a Rússia é uma potência na questão espacial.
04:18Enfim, o Brasil não é.
04:19Então, eu acho que dá para buscar sim simetrias,
04:23até porque a gente está falando de dois países com economias
04:28que estão acima de dois trilhões de dólares,
04:31duas economias muito fortes.
04:32E tem mais uma coisa.
04:35Dois países que não estão presos a bloco comum.
04:39Então, isso também é relevante hoje em um mundo cada vez multipolar,
04:43mais multipolar.
04:45Não, não, só um dado.
04:46Que o FMI, eu não lembro agora se foi o FMI ou o Banco Mundial,
04:49que fez um cálculo corrigindo pela paridade do poder de compra,
04:54não pelo PIB nominal.
04:57Primeira economia do mundo hoje, China, pela PPP.
05:00Segunda, Estados Unidos.
05:01Terceira, Índia.
05:03Quarta, Rússia.
05:04É, então, não dá para desprezar isso.
05:08Quer dizer, então, é óbvio que tem que conversar demais.
05:10Veja, uma coisa que eu acho, assim,
05:12que o Brasil tem que se preocupar muito,
05:14além dessas tentativas de fechar acordo aí com a União Europeia,
05:18mas, assim, o Brasil, ele ainda tem correntes comerciais irrelevantes
05:23com México, Índia e Rússia,
05:27que são países muito grandes e populosos.
05:29Então, o Brasil tem que buscar esses mercados.
05:30Ô, Segré, e você, como avalia essa tentativa de ampliar comércio?
05:36Me desculpem, mas é pura narrativa de novo.
05:41Por quê?
05:41E vou justificar.
05:43A teoria que mais aplica nas relações internacionais,
05:47e falo isso com 35 anos de experiência no comércio prático,
05:51no comércio exterior e como professor de relações internacionais,
05:54se chama a teoria da interdependência.
05:57Um depende do outro.
05:58Não tem país que se vire sozinho.
06:00Não existe isso no mundo, salvo ditaduras,
06:02que, mesmo assim, não se abastecem de todos os produtos
06:06e sempre tem alguma ajuda, mesmo que na ilegalidade.
06:09Mas vamos tomar o exemplo que o presidente Lula está falando.
06:13Esses dados que a Luciana Verdolim comentou,
06:16de 2 bilhões de exportações rússias a Brasil,
06:19e 339 milhões do Brasil para a Rússia,
06:23são as exportações e importações no primeiro trimestre de 2025.
06:27O valor do comércio exterior entre os dois países,
06:30vamos fazer uma conta clara, multiplica por 4.
06:32Então nós teríamos aí, com um déficit no primeiro trimestre de 1,6 bilhões,
06:38poderíamos supor que o déficit da balança comercial do Brasil com a Rússia
06:44seria de 6,4 bilhões no ano.
06:47Isso para um comércio exterior,
06:49em que tem uma balança comercial super habitária no Brasil,
06:52de 90 bilhões, 80 bilhões,
06:55é absolutamente a nada mesmo.
06:58Mas vamos tomar o exemplo.
06:59Os países não compram e vendem nada, Evandro.
07:02Quem compra e vende são as empresas.
07:04Não são os países.
07:05Não tem um CNPJ que o Brasil exporta o que for que seja.
07:10Não existe isso.
07:11São empresas brasileiras que exportam para a Rússia
07:14e empresas russas que exportam para o Brasil.
07:18Mas vamos tomar o exemplo que o presidente Lula manifesta
07:21e suponhamos que na viagem à China o Xi Jinping diga
07:24Lula, eu gostei dessa tua proposta de equilibrar o comércio.
07:29Eu concordo com você.
07:31Então vamos trabalhar nessa mesma política?
07:33Porque eu estou vendo aqui que o Brasil tem um superávit
07:36da balança comercial com a China de 51 bilhões no ano 2024.
07:43Então que tal se você começa a comprar mais de mim
07:46para equilibrar o comércio?
07:48E nada mesmo.
07:50Não funciona o comércio internacional dessa forma.
07:54Por isso vão empresários.
07:56Se não, para que queriam empresários?
07:58Se um país compra e um país vende, não precisa uma delegação gigantesca.
08:02É ir aquele que compra com aquele que vende.
08:04Resolvido está.
08:05Mas se a China aplicar a mesma proposta que o Brasil está tentando nos vender,
08:11o governo brasileiro, claro, com a Rússia,
08:14o Brasil vai ter sérias dificuldades porque vai ter que comprar 51 bilhões de dólares
08:18a mais da China do que hoje está comprando.
08:22Não funciona se o comércio exterior, o pessoal de Itamaraty sabe disso.
08:26Então é mais uma narrativa que o governo está tentando nos vender.
08:29Bom, mais uma vez o Piper não está discordando categoricamente.
08:33É lógico.
08:33Mas é lógico que ele vai discordar.
08:35Mas é claro.
08:36Quer dizer, é óbvio que está levando comitivas de empresários
08:40e tem que fazer isso sempre porque esses caras vão fazer negócios,
08:44vão captar investimentos.
08:45Tudo isso é verdade.
08:47E mais importante do que equilibrar essa relação de déficit e superávit
08:52é ampliar a corrente comercial.
08:55Então se daqui 10 anos o superávit russo continuar esses 6 bilhões,
09:02mas cada um vender muito mais para o outro do que vende hoje,
09:07é óbvio que isso vai ser melhor para os dois.
09:11Então é isso que governos também buscam.
09:15Então por isso que levam essas comitivas de empresários.
09:19E esses empresários brasileiros que estão indo para lá,
09:22alguns deles provavelmente estão indo lá para comprar também.
09:25Então isso é aumentar a corrente comercial.
09:29Veja, esse ano o Brasil já tem um outro problema,
09:32além da contração do comércio exterior global.
09:36É que, por exemplo, o petróleo ontem fechou a 60 dólares o barril.
09:41Isso significa que a contração do petróleo,
09:44que o ano passado foi o produto mais exportado pelo Brasil,
09:50mais de 40 bilhões de dólares,
09:52vale metade do que valia, por exemplo, em 2021.
09:56No ano da pandemia o petróleo chegou a 120 e tantos,
09:59agora está a 60.
10:00Então isso significa que o Brasil vai perder a receita.
10:03Então tem que recuperar em algum lugar.
10:05Então isso é importante.
10:06É preciso, porque na realidade ele não discordou de mim.
10:12Ele tentou traduzir o que o presidente foi fazer na Rússia.
10:15Mas vamos ler a tarja.
10:17Lula pedirá a Putin para exportar mais a Rússia.
10:20Em momento nenhum fala de aumentar o comércio.
10:23Mesmo assim, Piperno,
10:25para você aumentar o comércio depende de fatores fundamentais.
10:29Por exemplo, competitividade do produto
10:31no país que está sendo exportado
10:33e demanda insatisfeita do país que está sendo importador.
10:38Então se a Rússia não aumentar a demanda de qualquer produto
10:41que provavelmente o Brasil possa estar exportando,
10:44se tem competitividade,
10:46isso é narrativa.
10:47Não vai ser aplicado na prática.
10:49Não tem como garantir isso.
10:51Não tem nada.
10:52Não tem nada.
10:52Desculpa, mas não tem nada de narrativa nisso.
10:55Isso é comentário para a Rússia ver
10:59ou para, enfim, a torcida aplaudir.
11:01Veja, Lula pedirá a Putin para exportar mais para a Rússia.
11:05E a Rússia vai pedir para o Lula que o Brasil também exporte,
11:08que o Brasil também importe mais.
11:11É isso.
11:11Depende da produtividade de cada produto,
11:13de cada país e da taxa de câmbio.
11:14Veja, isso, produtividade de cada produto e necessidade.
11:17Então, o agronegócio do Brasil esse ano
11:19aumentou a produção.
11:21Se continuar aumentando, por exemplo,
11:23vai precisar cada vez mais de fertilizantes.
11:26Quem é o principal fornecedor de fertilizantes
11:30para o agro-brasileiro?
11:31A Rússia.
11:32É por isso que também está indo gente do agronegócio lá.
11:35Então, são trocas.
11:36Eu falo com propriedade.
11:38Eu falo com propriedade.
11:39E vou dar um exemplo.
11:41Há mais de um ano e meio,
11:43eu, ninguém me contou, hein?
11:45Eu estou tentando, no mapa,
11:48Ministério da Agricultura, Precário e Abastecimento,
11:51registrar um fertilizante biológico
11:54e não estou conseguindo.
11:55E não, não estou conseguindo
11:57porque não falta algum documento.
11:58Não, não.
11:59O documento está todo apresentado.
12:02As autoridades brasileiras
12:03não têm a mínima ideia de o que pedir
12:04porque nunca foi importado um produto biológico.
12:06Olha que legal.
12:07E não vem da Rússia.
12:08Vem da Itália.
12:09Mas o comércio exterior funciona com isso.
12:12Tem necessidade de fazer registros de produtos.
12:15Então, se um produto que vem da Rússia
12:17vai demorar dois anos
12:18para registrar um fertilizante,
12:20eu gostaria de saber
12:21como vai ser equilibrado esse comércio.
12:23De novo, me desculpa.
12:25É uma tentativa.
12:26Vou ser mais elegante.
12:28Não é uma narrativa.
12:29É uma tentativa.
12:30Alguém que vai para lá
12:31e tem que mostrar algum resultado.
12:33Mas aumentar o comércio
12:34não depende do governo.
12:35Salvo que o governo permita
12:37que um produto da Rússia
12:39venha aqui sem nenhum registro.
12:40Aí eu me sentiria muito frustrado
12:42porque há dois anos
12:43estou tentando e não consigo.
12:45Bom, a Rússia continua sendo
12:47o maior fornecedor de fertilizantes
12:49para o agro-brasileiro
12:51e no caso da Rússia particularmente
12:54as relações governamentais
12:58elas são sim mais importantes
13:00por exemplo do que no caso do Brasil
13:02com, enfim, imaginemos aí
13:05um governo europeu.
13:06Por quê?
13:07Porque a gente sabe que lá na Rússia
13:09que tem um governo forte
13:11o governo da Rússia sim
13:14ele acaba influenciando
13:16muito mais as suas grandes corporações
13:19do que, por exemplo, no Ocidente.
13:21Zé Maria Trindade
13:22vai lá você para a gente arrematar
13:23porque eu tenho reportagem
13:24esperando para falar conosco também.
13:26Por favor.
13:27Esse momento político
13:29no comércio internacional
13:31é muito sensível e muito importante.
13:33Donald Trump mudou aí
13:34as relações do mundo
13:35não foi só na política
13:37mas também na economia
13:38e assim por diante.
13:39E os últimos fatos aí
13:40a pandemia, guerras
13:42e o Donald Trump no tarifácio
13:44acabaram mostrando
13:46que os países têm que se acomodar
13:48se reacomodar
13:49e eu acho que é um momento
13:51importante mesmo
13:52para ir atrás disso.
13:55A fala do ministro José Múcio
13:58falando de armamento
14:00simboliza isso.
14:02Até então ninguém pensava
14:03em comprar armas
14:04e neste momento
14:06é a grande procura
14:07do comércio internacional.
14:09Os países entenderam
14:10que tem que se defender
14:11que não pode ficar
14:12sem uma força
14:14uma força armada
14:16importante
14:17de aplicação imediata
14:19porque não há tempo
14:20de formar
14:21um exército
14:23marinha
14:23e aeronáutica
14:25força aérea.
14:26Então é assim.
14:27Então esse novo momento
14:28exige mesmo
14:29esse trabalho do Brasil.
14:31Agora isso tem que ser feito
14:32não politicamente
14:33mas
14:34é de forma profissional
14:35e é assim que a coisa
14:37está andando
14:37profissionalmente.
14:38eu tenho a impressão
14:39que os Estados Unidos
14:40estão de olho
14:41nessa viagem
14:42do presidente Lula
14:43Rússia e China.
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