Governo federal pede retirada de urgência da isenção do Imposto de Renda | LINHA DE FRENTE - Vídeo Dailymotion

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O governo federal pediu a retirada do requerimento de urgência do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais. Em regime de urgência, os projetos podem ir direto para votação do plenário, sem passar pelas comissões.  Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S  Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/  Inscreva-se no nosso canal: https://www.youtube.com/c/jovempannews  Entre no nosso site: http://jovempan.com.br/  Facebook: https://www.facebook.com/jovempannews  Siga no Twitter: https://twitter.com/JovemPanNews  Instagram: https://www.instagram.com/jovempannews/  TikTok:  https://www.tiktok.com/@jovempannews  Kwai: https://www.kwai.com/@jovempannews  #JovemPan  #LinhaDeFrente

Transcript

00:00Vamos falar agora no que pode doer no bolso do brasileiro ou não, que é imposto de renda.

00:06O governo federal pediu a retirada do requerimento de urgência

00:13do projeto de isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais.

00:21Ô Ivan, em regime de urgência, os projetos já vão direto para a votação do plenário

00:27sem passar pelas comissões.

00:30A pergunta que eu faço a você é a seguinte, todo mundo acha legal quem ganha até 5 mil reais

00:35não pagar imposto de renda, mas alguém já parou para fazer conta?

00:40Qual vai ser o impacto?

00:42Nós estamos com um déficit fiscal violento.

00:44Será que o governo finalmente falou, calma gente, segura a narrativa e vamos ver se tem pé e cabeça.

00:51E aí, Ivan?

00:51É uma questão econômica que foge um pouco da minha competência,

00:58mas como cidadão que paga os impostos, eu fico feliz em poder me manifestar em relação a ela.

01:05Quando surgiu essa notícia, eu fiquei muito preocupado,

01:08porque se nós temos um déficit que está sendo ampliado dia a dia,

01:13com os juros já chegando a 14,5%,

01:16e 0,5% provavelmente na quarta-feira vai ter a reunião do Copom, 14,5%, 14,75%,

01:23que é uma marca estratosférica.

01:28O Estado não consegue pagar tantos juros para os investidores,

01:33e ao invés de pagar juros, pagando todos esses juros,

01:36não tem dinheiro para outros investimentos.

01:38E isso só acontece porque o Estado, ele gasta mal,

01:43ele não age como uma dona de casa.

01:45A dona de casa, ela sabe o seu orçamento,

01:48ela paga as contas, chega no final do mês, 0 a 0.

01:51Agora, se você não tem esse cuidado,

01:54e o governo não tem esse cuidado, gerando esse déficit crescente,

01:57nós vamos chegar a um momento em que o Estado,

02:02não tendo condições de honrar as suas obrigações,

02:05nós vamos ir para uma inflação gigantesca,

02:10como nós tivemos na Argentina.

02:12Até faço uma comparação interessante.

02:14Antes era fácil viajar para a Argentina,

02:16porque o nosso dinheiro valia muito lá,

02:19e você podia desfrutar de excelentes restaurantes,

02:23excelentes lugares e vinhos.

02:26Por quê?

02:26Porque lá se gastava de maneira desordenada,

02:30e gastando de maneira desordenada os juros,

02:33a inflação ficou abusiva e insuportável.

02:37E a consequência aqui seria essa.

02:39Se o déficit público continuar aumentando desta maneira,

02:43a inflação virá, junto com ela, a pobreza.

02:48Porque a inflação é o que pior pode ocorrer para os vulneráveis,

02:55para a classe mais desfavorecida.

02:57A inflação é o que prejudica mais o pobre.

03:00Porque as pessoas que têm investimentos,

03:02eles se protegem com CDI e CDB,

03:05mas o pobre não.

03:06O pobre recebe o valor hoje,

03:09e se ele não fizer a compra integralmente hoje,

03:12no dia seguinte, ele não consegue mais,

03:13como ocorria naquele momento,

03:15nós tivemos uma inflação de 80%,

03:16que foi recuperada pelo plano real.

03:19Mas nós vamos perder o plano real

03:21se não tivermos cuidado com as contas públicas.

03:25Então, Adib, sabe, você que conhece muito sobre esse tema,

03:30fala-se por aí que o impacto desta isenção

03:33seria de até 27 bilhões de reais.

03:37Eu não sei se procede, eu não queria te ouvir.

03:39E o Brasil está com uma dívida pública

03:42que está batendo aí 75% do PIB,

03:4880% do nosso PIB.

03:50Estamos pagando de juros.

03:52Tudo isso, eu quero, se você confirma ou não,

03:55cerca de um trilhão de reais.

03:58Nosso PIB é de 11 trilhões de reais.

04:01E segundo matemáticos e economistas,

04:03dizem que se você paga até mais de 6% do PIB

04:07como serviço da dívida pública,

04:09você entra num setor já preocupante.

04:11Nós estamos aí pagando 8% do nosso PIB

04:15só de juros,

04:16porque a nossa dívida chega a 80% do PIB.

04:20Você acha que o governo está começando a cair na real?

04:23Ou seja, toda hora é uma benesse atrás da outra,

04:27mas está parando pela primeira vez para fazer conta?

04:30Porque em 2027 não tem dinheiro para a saúde e educação.

04:33Queria que se fizesse uma análise global disso,

04:35que o nosso espectador tem muito saber sobre isso.

04:38Capês, vocês têm razão absoluta

04:40da forma da colocação, que é a seguinte.

04:43O governo federal vem enfrentando

04:45déficit financeiro absurdo nos últimos anos.

04:49Ou seja, para o nosso telespectador,

04:51o que significa o déficit financeiro no final do ano.

04:54Existe uma lei chamada lei orçamentária.

04:57Então, ela prevê o que o governo vai receber,

05:00o que vai arrecadar durante o ano,

05:02e o que o governo vai gastar no final do ano.

05:05O ideal é que isso, no final do exercício,

05:08chegue próximo de zero.

05:09Ou seja, o que você arrecada, você gasta.

05:12Ocorre que, nos últimos anos,

05:14nós temos gasto bilhões e bilhões a mais

05:17do que aquilo do que nós arrecadamos.

05:20Isso gera déficit.

05:21E para suprir essa necessidade,

05:23o governo precisa ir a público,

05:25ir ao mercado e tomar dinheiro para pagar as contas.

05:29Isso faz com que o estoque de dívida do poder público aumente.

05:33Aumentando o estoque de dívida,

05:35o custo aumenta.

05:37Os juros anuais, que têm que pagar por esse estoque de dívida,

05:41também aumentam.

05:42Para este ano, há uma promessa de campanha do presidente Lula

05:45de que haveria isenção até R$ 5 mil do imposto de renda

05:49e uma diferença, uma diminuição entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

05:52O fato é que o projeto de lei foi encaminhado

05:54com uma estimativa, Capês,

05:56de impacto, ou seja, de renúncia de receita.

05:59Quando você concede uma isenção, você diz,

06:02deixarei de arrecadar por essa isenção X reais.

06:06E a estimativa é entre R$ 25 e R$ 27 bilhões

06:09que deixarão de entrar para o erário por exercício.

06:14Ocorre que o governo precisa apresentar

06:16de onde esse dinheiro vai sair

06:18para suprir a necessidade da despesa.

06:21Eu abro mão da receita,

06:23preciso dizer de onde sai o dinheiro

06:24para suprir a despesa.

06:26Muito bem, isso supostamente virá

06:29com o aumento da carga tributária

06:32para aqueles que ganham acima de um determinado valor

06:35em relação ao imposto de renda.

06:37O Congresso vai montar uma comissão

06:39para discutir se isso está dentro

06:41da capacidade contributiva

06:42e se isso tem caráter de confisco ou não.

06:46Por quê?

06:47O contribuinte tem uma capacidade contributiva

06:49e você não pode, a qualquer renúncia,

06:52simplesmente despejar novamente

06:54a carga contributiva ou esse encargo

06:56sobre os contribuintes que já têm

06:58uma alíquota a ser paga.

07:00Você tira algum valor,

07:02você tira uma receita

07:04e depois impacta,

07:06você aumenta a alíquota

07:08em relação àqueles que mais contribuem.

07:11Isso gera a própria lei tributária,

07:13a própria norma tributária,

07:15ela tem um caráter indesejável,

07:17ela gera uma repulsa em relação à sociedade,

07:20especialmente em dias que nós não conseguimos

07:24dar muita transparência

07:25ou eficiência ao gasto público.

07:29Se nós tivéssemos eficiência absoluta,

07:31transparência absoluta,

07:32se não tivéssemos denúncias de corrupção,

07:35as pessoas contribuiriam para o erário

07:37porque estariam vendo um retorno

07:39na forma de bens e serviços.

07:41Então, quando você mexe

07:43numa renúncia de receita

07:44da estimativa de 25 a 27 bilhões de reais,

07:47é preciso dizer onde nós vamos buscar esses recursos.

07:51E o Congresso, o governo retirou

07:54o regime de urgência

07:55exatamente para destravar a pauta,

07:57para que outros assuntos possam ser votados,

08:00colocados em discussão

08:02e esse assunto possa ser amplamente discutido

08:05por uma comissão que vai, evidentemente,

08:07estudar esses aspectos.

08:09Olha, vamos falar português, claro,

08:11porque a matéria fala isso.

08:12Retirou o pedido de urgência

08:13que o Adib até falou.

08:14É uma das principais propostas

08:17de governo do Lula.

08:19E aí o próprio governo

08:21interfere no Congresso.

08:23E o Congresso, o que é?

08:25São bobalhões?

08:26Não tem...

08:27O Adib falou da virtude da justiça.

08:29E a virtude da coragem?

08:30Esse Congresso não tem autonomia?

08:32O Hugo Mota acabou de ser eleito

08:34com votos da oposição

08:35e aceita tudo o que vem do governo?

08:39Nossa, eu estou até com saudade

08:40de tempos do Congresso Nacional

08:42um pouco mais atuante.

08:44Oposições, como a gente citou aqui

08:46alguns casos,

08:47o Capês foi deputado,

08:48minha mãe foi deputada,

08:49tem que brigar até mesmo

08:50com o próprio governo.

08:52E cadê?

08:53Cadê a autonomia e independência?

08:56E olha só,

08:57tem que ter autonomia e independência,

08:58o Congresso tem que ter

08:59sua vida própria.

09:00O governo não pode

09:01pautar o legislativo.

09:03E precisa ter coragem também

09:04para pautar os assuntos,

09:06tanto legislativos

09:08como também de CPI.

09:09porque essa é a essência

09:12de uma democracia,

09:13a independência

09:14de um Congresso Nacional.

09:15Agora, Adib,

09:17tem que ter um pouco de ordem.

09:19Na nossa bandeira está

09:19ordem e progresso.

09:21Não adianta nada

09:22montar um CPI

09:23ou chamar o Congresso

09:24e os caras se esbofetearem lá,

09:26como está acontecendo agora.

09:28Tem que ter pulso.

09:30Tem que falar o seguinte,

09:31o próximo que agredir

09:32aqui fisicamente alguém

09:33vai ser caçado.

09:35Tem que caçar.

09:35Muito obrigado.

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