A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (19) a Operação Galho Fraco, que investiga o suposto desvio de recursos públicos da cota parlamentar. Os deputados Sóstenes Cavalcante (PL) e Carlos Jordy (PL) foram alvos de busca e apreensão. Além disso, o ministro Flávio Dino determinou a quebra do sigilo dos dois parlamentares. Segundo informações da investigação, o esquema supostamente funcionaria em contratos com locadoras de veículos. Reportagem: André Anelli.
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NotíciasTranscrição
00:00E eu quero começar aqui a nossa edição falando da Polícia Federal que fez hoje uma operação que investiga desvios de recursos públicos de cotas parlamentares.
00:09O André Anelli tá ao vivo e vai trazer as informações pra gente agora porque foi encontrado uma grande quantia em dinheiro na casa do líder do PL, na Câmara, o Sósteres Cavalcante.
00:19Conta pra gente, seu Anelli, bem-vindo.
00:24É isso mesmo, Evandro. Muito boa tarde a você e a todos aqui no 3 em 1 da Jovem Pan.
00:28A Polícia Federal deflagrou nessa sexta-feira a Operação Galho Fraco, que teve buscas e apreensões aqui no Distrito Federal, também no Rio de Janeiro, 7 ao todo, tendo como alvos 12 pessoas físicas.
00:44Entre elas, o deputado federal Sósteres Cavalcante, ele que é líder do PL na Câmara dos Deputados, e também o deputado federal Carlos Jordi, que é outro expoente do partido.
00:55Esses dois, então, deputados, são acusados, de acordo com as investigações da Polícia Federal, de terem uma relação com uma locadora de veículos, uma empresa que serviria como fachada pra desviar recursos parlamentares.
01:13A gente relembra que esses recursos parlamentares são justamente destinados, então, a cobrir despesas, justamente no exercício do mandato, como, por exemplo, de deslocamento, e na avaliação da Polícia Federal, nas investigações.
01:26Essa relação dos deputados com a empresa locadora é suspeita, porque os valores são incompatíveis, inclusive, com a frota da empresa, que eu repito, seria de fachada.
01:39Ela nem sequer prestaria esse serviço.
01:42Então, essas são as apurações, até o momento, da Polícia Federal, com esses 12 mandados de busca e apreensão para pessoas físicas, e um mandado de busca e apreensão envolvendo uma pessoa jurídica, supostamente, então, essa locadora de veículos que seria de fachada.
02:01Essa apuração, essa desarticulação por parte da Polícia Federal foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, ele que autorizou também a quebra do sigilo bancário dos dois deputados,
02:15e ainda a quebra do sigilo telemático e do sigilo telefônico, justamente, então, também dos dois parlamentares, no sentido de avançar com as investigações,
02:27porque algumas mensagens dão conta de chamados pagamentos por fora.
02:33Assim, eram definidos, então, esses pagamentos e que teriam constado, inclusive, na troca de mensagens envolvendo os parlamentares.
02:41Mais cedo, por volta do meio-dia, o líder do PL na Câmara dos Deputados, o deputado federal Sostenes Cavalcante, negou as acusações e, inclusive, deu uma explicação a respeito da origem do dinheiro que foi encontrado na casa dele.
02:57Trata-se de recurso lícito da venda de um imóvel de minha propriedade e aprendam uma coisa, dinheiro de corrupção não aparece lacrado, identificado e recolhido oficialmente na sua residência.
03:15Quem quer viver dinheiro de corrupção, bota em outro lugar. Vendi um imóvel, o imóvel me foi pago com dinheiro lícito.
03:25Lembrando que as acusações que pesam, nesse momento, de acordo com as investigações da Polícia Federal sobre os parlamentares,
03:36são de peculato, seria a apropriação de bens, de recursos públicos, também lavagem de dinheiro,
03:44a tentativa de fazer com que os recursos fossem, então, de certa forma, legalizados, e ainda organização criminosa.
03:52Além de Sostenes Cavalcante, o deputado federal Carlos Jordi também nega todas as acusações.
03:59Evandro.
04:00Muito obrigado pelas informações, viu, André Anelli. Um abraço pra você.
04:03Daqui a pouco a gente vai conversar mais ao longo do nosso 3 em 1.
04:06Vamos, então, ouvir os nossos analistas e comentaristas sobre mais essa operação da Polícia Federal,
04:10que agora mira dois integrantes importantes do PL, Carlos Jordi e Sostenes Cavalcante.
04:16Sostenes, inclusive, que é uma figura bastante presente ali no Congresso Nacional e que representa muito dos interesses da oposição,
04:22hoje, neste local.
04:24E há a informação da Polícia Federal, e o que mais chamou a atenção em relação a Sostenes,
04:29é o fato de se encontrar mais de R$ 400 mil em dinheiro vivo,
04:33o que Sostenes justifica como a compra de um imóvel e que não teria nada ilícito.
04:37Mas o valor muito alto em dinheiro vivo, no momento em que poucas pessoas utilizam esse método de pagamento,
04:44chamou muito a atenção das autoridades, Alangani.
04:46Com certeza, ainda mais uma compra de imóvel com dinheiro vivo.
04:49Geralmente você faz uma transferência bancária neste valor, ainda mais hoje, né, na era do Pix,
04:55todo mundo pagando com Pix.
04:56Então, de fato, chama muito a atenção, ele vai ter que dar explicações da origem deste dinheiro,
05:03ele tem todo o direito à ampla defesa, mas é claro que isso é algo aí bastante estranho,
05:10aí o que foi deflagrado por essa operação da Polícia Federal, Ivan.
05:13Ô Zé Maria Trindade, como é que essa operação bateu nos bastidores no PL e principalmente para esses parlamentares?
05:18Meu amigo, conta pra gente.
05:19Estamos sem te ouvir, Zé.
05:25Estamos sem o microfone do Zé.
05:26Dá pra ouvir ele?
05:27Ou não?
05:28Vai lá, Zé.
05:29Ele imediatamente renunciaria, não para se considerar culpado,
05:34mas para liberar a investigação e liberar o partido dessa peça, né?
05:39Qualquer lugar do mundo.
05:40Mas aqui, o parlamentar e todos os ocupantes de cargos públicos é cultural.
05:47Acham que é dele, o mandato é dele, direito pessoal.
05:51Assim como a liderança, ele conquistou, é dele, é como se fosse uma prorrogação dele, né?
05:57Não é assim.
05:58Seria o correto, o deputado Sostnes até aqui foi muito correto,
06:03é uma pessoa muito atenciosa, me dá retorno imediato.
06:06Ontem mesmo, ele retornou para conversar comigo, ontem à noite, já tinha saído, voltou.
06:13É muito atencioso, muito trabalhador, ia ficar aqui até, vai ficar aqui até o dia 24 trabalhando.
06:20Mas é cultural.
06:22Então, no Brasil não tem esse hábito que eu gostaria.
06:26Houve qualquer dúvida, se afasta para proteger o partido, né?
06:30Deixa à vontade a investigação e vai acontecer.
06:33Isso não é uma denúncia de jornal, não é uma denúncia de adversários.
06:39Isso é a Polícia Federal que já tem dados e pediu autorização ao Supremo para fazer a operação.
06:47Não é o Supremo que determinou a operação.
06:49A Polícia Federal é que pediu, o Ministério Público leu o processo e autorizou a operação.
06:57E fez um parecer favorável, né?
07:01E aí o ministro Flávio Dino pegou e aceitou.
07:05Então, esse é o caminho.
07:07400 mil reais em dinheiro, olha, eu acho inexplicável.
07:13Eu não me lembro nem de ter visto isso na minha vida inteira, 400 mil reais em dinheiro vivo.
07:19Hoje eu não tenho 10 reais no bolso, ninguém tem 10, 20 reais no bolso.
07:25Então, o dinheiro vivo é muito complexo.
07:27Hoje, quando você senta no restaurante, e aqui em Brasília isso é muito comum,
07:31e a conta dá ali 300 reais, que a pessoa tira três notas de 100,
07:37o garçom olha de lado, né?
07:39Estou falando de uma conta de barra.
07:41Agora, imagina um imóvel difícil, perigoso, e para um político receber esse dinheiro,
07:48é mais perigoso ainda, né?
07:51Ainda que declarado.
07:52Se você for olhar na declaração do imposto de todos os políticos,
07:57inclusive a ex-presidente Dilma fez isso, está lá.
08:01Tenho 300 mil, tenho 400 mil em dinheiro vivo.
08:06Está lá na declaração.
08:07Por quê?
08:08É uma defesa, o que eles consideram, chamam de vacina.
08:11Tipo, se pegar com o dinheiro, fala aqui, ó, está na minha declaração de imposto de...
08:15Mesmo que não tenha naquele momento, no futuro, pode ser pego com dinheiro vivo.
08:21Mas é inexplicável.
08:22Agora, isso aí é uma coisa que é nojenta, que todo mundo sabe que acontece na Câmara,
08:28e ninguém faz nada, porque todo mundo, de uma maneira ou de outra, usa isso.
08:33Como é que funciona?
08:34O parlamentar tem um salário dele, né, que é de 49 mil reais.
08:39Aí tá, é o salário dele.
08:41É, para muita gente, isso pode parecer muito, mas não é.
08:45Para um parlamentar que tem muitas atividades, que viaja e tal e tal, isso não é muito dinheiro.
08:51E aí tem a cota de contratar funcionários, né?
08:56E aí é cento e poucos mil reais, cento e trinta mil reais.
09:00Aí ele pode contratar por salários altos ali de 20 mil ou de 2 mil.
09:06Aí ele pode, às vezes, usa, contrata por 20, né, e pega 10 em dinheiro vivo.
09:14E 10 fica com o assessor contratado.
09:17E tem essa cota do exercício parlamentar, né, que é perto de 80 mil reais,
09:22que ele pode alugar carro, alugar casa, pode contratar assessoria jurídica.
09:28Aí ele movimenta isso como se fosse cota dele.
09:32É isso que acontece na Câmara dos Deputados.
09:35A história é dizer, e os outros?
09:37Exatamente, Zé Maria Trindade.
09:38Agora, nesse caso aí, é como se fosse uma continuação daquela operação Rent-A-Car,
09:42que a polícia fez lá atrás, para investigar suposto esquema de parlamentares
09:47que utilizam a cota parlamentar para aluguéis de carros que não existiriam,
09:51justamente para lavar esse dinheiro e conseguir receber parte de volta.
09:54A mesma situação estaria ocorrendo nesse momento em relação a Carlos Jordi e a Sócines Cavalcante,
10:00segundo a Polícia Federal, Piperno, que diz que as movimentações eram estratosféricas
10:04e não condiziam com a oferta desse serviço e, inclusive, as empresas que eram apontadas nas notas
10:10não eram empresas com a capacidade e nem com o volume de veículos necessário
10:16para suprir a tamanha demanda que era apontada em termos de valores,
10:22o que sugeriria, então, nas investigações da Polícia Federal,
10:26que, com o aval dos parlamentares, os assessores parlamentares movimentavam esse dinheiro
10:33para garantir, então, que houvesse um desvio, para que esse dinheiro fosse lavado
10:38e utilizado dentro de um esquema muito bem montado e coordenado pelos parlamentares, Piperno.
10:45Oi, Valdor, isso tem, claro, maquiagem de malandragem, roupa de malandragem, cheiro de malandragem,
10:53mas tem gente que teima que não é.
10:54Aí, hoje, hoje me enviaram um vídeo do irmão do deputado Carlos Jordi.
11:03O irmão dele é deputado lá na Lerge, deputado estadual lá no Rio de Janeiro,
11:07os dois andam meio rompidos e tal, e aí o Renan diz o seguinte,
11:12que ele, Renan, nunca foi acusado de ter sido traficante,
11:17que saiu fugindo de Niterói para o Sul e voltou de lá com o rabinho entre as pernas.
11:23Não fez nada de bom para a própria vida.
11:27Voltou de lá vagabundo, sem emprego, sem nada.
11:30O irmão dele?
11:31O irmão dele.
11:32Aí, é verdade, vocês estão ouvindo, mas...
11:35Aí o Carlos gravou, gravou outro vídeo, falou, olha, o meu irmão,
11:39ele está equivocado, mas enfim, é da minha família, é meu meio, irmão e tal.
11:45Aí eles estão brigando pelo sobrenome Jordi,
11:48que, na verdade, não é um sobrenome de família.
11:51Mas o Carlos adotou lá como apelido, registrou e tal,
11:55e o outro que foi candidato depois, na carola do irmão famoso,
12:00também foi lá e registrou a candidatura como Jordi.
12:03E o irmão mais novo, esse que acusa o Carlos, na semana passada,
12:07bateu num bombeiro lá na Lerge, está dando uma confusão danada.
12:11Esse é o nível, né, das pessoas, dos representantes do povo,
12:15especialmente do povo lá do Rio de Janeiro.
12:18A Polícia Federal, na verdade, ela também identificou, com o auxílio do COAF,
12:25movimentações muito estranhas e fora dos padrões dos assessores desses parlamentares.
12:33Coisa aí de mais de 20 milhões.
12:35Quer dizer, então, assim, é tudo muito suspeito.
12:38Ontem, anteontem, a gente falou sobre a história do senador Everton.
12:43A Polícia Federal também foi lá, o senador do PDT, vice-líder do governo e tal,
12:48também caiu na rede aí.
12:50Então, é isso.
12:51Tem que ir atrás de todo mundo, porque esse é o país da malandragem.
12:55E, aliás, dos parlamentares malandros também.
12:58O que o deputado Sócines Cavalcante diz, Bruno Musa,
13:02é que o dinheiro vem da venda de um imóvel,
13:04e que, na correria, ele não teve tempo de depositar.
13:08Olha, eu estou rindo aqui, porque o Piperno trouxe esses dados,
13:11que é justamente o que ele falou.
13:13Que nível que nós chegamos, né?
13:15Que nível a política brasileira chegou.
13:17O representante do povo, que, como eu falei aqui,
13:21nas últimas eleições, dos 513 deputados,
13:23só 5% foram eleitos pelo voto direto,
13:26o resto puxado pelo coeficiente eleitoral.
13:27Não sei se é o caso do Carlos Jordi,
13:29mas, nesses 95%, vem uma série de coisas
13:32que não necessariamente estão preparadas.
13:34Inclusive, nos 5%, muitas vezes, né?
13:36Mas o que eu quero dizer com isso, Evandro,
13:38é que, bom, aqui e nos meus canais,
13:41eu já me posicionei contra,
13:44e dei os meus motivos pelos quais eu sou contra o Drex,
13:47que é a moeda, o Real Digital.
13:49Não cabe trazer isso aqui nesse momento.
13:52Uma coisa é o Real Digital,
13:53outra coisa é você usufruir de facilidades tecnológicas
13:58que você tem hoje, que é o Pix, por exemplo, e uma TED.
14:01Eu tive a oportunidade de ir na Argentina,
14:03no primeiro e no segundo turno,
14:05antes do Millet ganhar,
14:06no que concretizou com o que ele ganhava,
14:08e ali a gente viu que você só comprava um apartamento
14:11ali com dinheiro em dólares.
14:12Por quê?
14:13Porque o peso não valia nada naquela época,
14:15que era uma moeda hiperinflacionada.
14:17O Real, apesar de ser uma moeda
14:19que já perdeu 90% do poder de compra,
14:21desde 1994 até hoje,
14:23ela ainda tem um determinado poder de compra
14:26que não justifica você vender um apartamento em dinheiro.
14:30Então, fica muito difícil você achar qualquer tipo de explicação
14:34para você receber 400 mil reais e manter em dinheiro.
14:38Veja, o Brasil é um país,
14:40segundo a última pesquisa que saiu na semana passada,
14:42um dos 10 países mais perigosos do mundo.
14:45Você tem risco de carregar o dinheiro,
14:46você tem risco da tua casa pegar fogo,
14:49e você vai perder esse dinheiro
14:50quando você tem a facilidade de transportar.
14:52Veja, eu não sou a justiça,
14:54eu não vou fazer nenhum tipo de juízo de valor.
14:57Mas que claramente é muito estranho de explicar,
15:00é muito estranho.
15:02E eu quero trazer mais uma informação relacionada a isso,
15:04porque o ministro Flávio Dino,
15:05que é quem está autorizando os pedidos da Polícia Federal
15:08em relação à investigação e as apurações todas que são feitas,
15:13ele determinou também a quebra dos sigilos bancário,
15:16telefônico e telemático dos dois parlamentares,
15:19do Sostenes e do Carlos Jordi.
15:21A Janaína Camelo vai trazer mais detalhes para a gente,
15:23porque o que está apontando o Flávio Dino?
15:26Indícios robustos de desvio de recursos públicos
15:30com a autorização e por parte dos deputados.
15:35Conta para a gente, Jana, bem-vinda.
15:40Boa tarde, Evandro.
15:41Pois é, o ministro Flávio Dino, ele justifica o seguinte,
15:43que nessa fase da investigação,
15:45o juiz deve acolher pedidos de medidas cautelares,
15:49no caso do juiz ele,
15:50os pedidos feitos pela Polícia Federal,
15:52quando há uma probabilidade maior
15:54de que esses crimes de fato foram cometidos.
15:57E ele diz que esse pedido da Polícia Federal
15:59está lastreado em várias provas
16:02que foram colhidas num alto nível,
16:05no alto grau de certeza,
16:08com base nas provas que foram colhidas
16:11na investigação até o momento.
16:13E aí ele diz o seguinte,
16:14que o pedido da Polícia Federal
16:16está baseado em relatórios de inteligência
16:18da Polícia da Receita Federal,
16:20em diversas conversas de celulares dos investigados,
16:24com indícios aí,
16:27revelando a existência de indícios robustos
16:29de que esses crimes teriam acontecidos.
16:33E aí ele elenca
16:34todo o que justifica essas medidas cautelares,
16:37como por exemplo,
16:38indício de uso de cota parlamentar
16:40para pagar despesas inexistentes ou irregulares,
16:43especificamente em relação aos deputados,
16:46Sostens Cavalcante e Carlos Jordi.
16:48O ministro fala o seguinte,
16:50que existe ali,
16:51de acordo com as provas obtidas até agora,
16:53elevadas movimentações financeiras
16:55de vários investigados,
16:57possivelmente ligados aos deputados federais,
17:00sem identificação de origem dos recursos.
17:03Elenca também elementos indiciários
17:05de que Sostens Cavalcante e Carlos Jordi
17:07teriam desviado recursos de cota parlamentar
17:09por intermédio dos servidores comissionados,
17:12usando as empresas de locação de veículos
17:14que já estão citadas ali na investigação.
17:16E que, tendo em vista elevados montantes
17:19movimentados pelos assessores parlamentares,
17:22é possível que haja outros vínculos ainda não identificados.
17:25Então, por isso que ele justifica
17:27essas medidas,
17:28que é o afastamento do sigilo fiscal e bancário,
17:31a quebra de sigilo telefônico e telemático.
17:34E aí ele determina aí que isso seja efetivado,
17:38o levantamento de todos esses dados
17:40com o afastamento com essa quebra de sigilo,
17:43seja tudo levantado em, no máximo, ali, 45 dias.
17:47Essa foi a medida do ministro Flávio Dino
17:49nessa decisão de hoje com relação
17:51aos deputados federais.
17:53Por isso que esse caso foi para o Supremo Tribunal Federal,
17:55porque envolve esses dois parlamentares.
17:57O ministro ali, então, como relator desse caso.
18:00E aí ele coloca esse prazo de 45 dias
18:02para que todas essas informações sejam levantadas
18:05e aí sim acrescentadas ali na investigação
18:08para que a Polícia Federal possa concluir
18:11se, de fato, houve ali esses crimes.
18:14Viu, Evandro?
18:14Muito obrigado pelas informações, Jana.
18:16Um bom trabalho para você.
18:17Agora, eu quero saber de vocês
18:19sobre o fato de Sócines Cavalcante
18:23dizer que ele está sendo vítima
18:24de uma perseguição política
18:26exatamente por fazer parte da oposição
18:28no momento em que, na visão desses parlamentares,
18:31a oposição tem sido extremamente punida
18:34pelo Supremo Tribunal Federal
18:35e também com críticas do atual governo.
18:39Você acha que uma coisa dá para se alinhar
18:41a outra, Alangani?
18:42Olha só, Evandro, a gente tem que tomar muito cuidado
18:44com alguns conceitos e não banalizá-los.
18:47De fato, há sim, eu entendo, perseguição política
18:51a alguns parlamentares, ao próprio Jair Bolsonaro.
18:53Em casos gerais, não necessariamente aos parlamentares.
18:55Não necessariamente a ele.
18:57Então, eu acho que houve excessos ali
18:59contra o Jair Bolsonaro, o seu entorno,
19:02tudo mais aqui que a gente fala.
19:04Agora, a gente não pode banalizar
19:06que tudo também se torna perseguição política.
19:10Caso contrário, Evandro,
19:11qualquer, então, investigação da Polícia Federal,
19:14que é uma instituição séria,
19:17a pessoa, evidentemente, que está sendo investigada,
19:20alvo de investigação, vai falar
19:21não, é perseguição política.
19:22Então, a gente tem que tomar muito cuidado
19:25para não banalizar o conceito de perseguição política.
19:29Há perseguição política, sim, no Brasil,
19:31mas, nesse caso, 450 mil em dinheiro vivo,
19:35não me parece que é perseguição política.
19:37Ô, Piperno, você entende que há uma vontade
19:40ou sempre uma necessidade dos parlamentares
19:42que são alvos da Polícia Federal
19:43de tentar politizar o debate
19:45até para encobrir a possibilidade
19:48de perda eleitoral
19:50ou até mesmo de perda moral
19:52em relação aos seus seguidores
19:53por conta daquilo que é trazido pela polícia
19:56como crimes e irregularidades?
19:58Claro, isso é uma estratégia deles, né?
20:00Isso é um mecanismo de defesa.
20:02Em momento algum, por exemplo,
20:05eles se negam a cometer as barbaridades
20:08que eles fazem aí
20:09para divisão do butim das emendas.
20:12É o tempo todo.
20:13Isso determina, inclusive,
20:14relações com os governos,
20:16com todas as autoridades,
20:18porque eles querem dinheiro
20:19de forma explícita.
20:21A semana passada,
20:22nós noticiamos o caso lá
20:25da assessora do deputado Arthur Lira,
20:27que era praticamente
20:28uma despachante de emendas e tal, né?
20:31Quantos, quantas centenas de casos
20:33suspeitos nós já ouvimos falar
20:35nos últimos anos.
20:37Eu cito aqui toda hora, por exemplo,
20:38a Codevasf.
20:40Essa conversa que há
20:41é perseguição política e tal,
20:43isso aí é um argumento fácil
20:45para enganar trouxa.
20:46A verdade é que
20:47são mais de 80 parlamentares
20:50que estão sendo investigados
20:52por conta disso.
20:53Ontem, anteontem,
20:55a Polícia Federal chegou
20:57ao senador Everton,
20:59um político importante
21:00que não tem nada a ver
21:01com essa oposição de direita,
21:03muito pelo contrário,
21:04ele é vice-líder do governo Lula.
21:05Aliás, a empresária,
21:07Roberta Luxinger,
21:09um nome difícil,
21:10está usando tornozeleira,
21:13ela também é alguém
21:14próximo da família,
21:15do filho do presidente.
21:18Então, a Polícia Federal
21:19está mais do que nunca
21:20fazendo o trabalho dela.
21:21É que os políticos
21:23dão muito trabalho
21:24para a Polícia Federal.
21:25Você concorda,
21:26Zé Maria Trindade?
21:28Olha, sim.
21:30Na verdade,
21:31todas essas explicações,
21:35esse trabalho
21:36da assessoria de imprensa
21:38para tentar explicar
21:40cai sempre
21:40para a história
21:41de perseguição política.
21:43Eu não acredito.
21:44Eu conversava recentemente
21:46com um entrevistado aqui
21:47e falavam exatamente
21:49sobre a especialização
21:51de áreas do serviço público.
21:54O presidente da FIEG,
21:57Federação do Estado
21:58de Minas Gerais,
21:59o doutor Rosco,
22:00dizia o seguinte,
22:01os fiscais
22:01estão muito mais rápidos
22:03porque hoje
22:05passar um concurso
22:06virou excelência,
22:08ou seja,
22:08a pessoa tem que se preparar
22:10e por isso
22:11houve áreas,
22:13áreas, né,
22:14são algumas áreas
22:15do serviço público
22:16que os profissionais
22:17estão mais,
22:18vamos dizer,
22:20melhor preparados
22:23e mais atuantes.
22:26E uma delas é,
22:28não é a única,
22:29a Polícia Federal.
22:30para passar
22:30num concurso
22:31da Polícia Federal
22:32hoje é muito complexo,
22:34muito difícil,
22:35né,
22:35e as pessoas estudam muito
22:36e é um trabalho
22:38que tem estabilidade,
22:39então ele não se liga
22:41politicamente.
22:42Então,
22:43dizer que o trabalho
22:44da Polícia Federal
22:45é um trabalho político
22:47não é verdade,
22:49não é,
22:50existem políticas internas,
22:52existem divisões,
22:54são humanos, né,
22:56mas o trabalho
22:56da Polícia Federal
22:57é um trabalho isento.
22:59Esse tipo de explicações
23:01e as explicações políticas,
23:03elas merecem contornos
23:04e merecem ser faladas
23:06até porque
23:07é a escolha do alvo, né,
23:09o momento,
23:10o momento da deflagração
23:12da operação
23:13e assim por diante.
23:15mas essas explicações
23:16todas,
23:17elas,
23:18elas,
23:18não sei
23:19se isso cola mais,
23:22simplesmente falar,
23:23ah,
23:24é perseguição política,
23:25não sei se isso cola.
23:26Agora,
23:27a abertura
23:27do sigilo
23:29bancário,
23:29fiscal,
23:30isso é em decorrência
23:31da primeira investigação.
23:33O que vem depois,
23:34eu não sei,
23:35né,
23:35muita gente diz
23:36que é uma maneira
23:36de ampliar a investigação,
23:39mas eu duvido,
23:40assim como ele falou,
23:41quem tem dinheiro roubado,
23:42quem tem dinheiro
23:43de corrupção,
23:44não deixa o dinheiro
23:45em casa,
23:46ele não disse onde
23:47deixa o dinheiro roubado,
23:48ele diz,
23:49ó,
23:49quem ganha dinheiro
23:51de corrupção,
23:52deixa o dinheiro
23:52não sei aonde,
23:53não sei,
23:54enfim,
23:55mas a abertura
23:57desses sigilos
23:58pode chegar a algum lugar,
23:59a não ser,
24:00né,
24:00que o deputado diga,
24:01olha,
24:01um deputado da oposição,
24:03ele tem que estar preparado
24:04para qualquer momento
24:05a abertura do sigilo dele,
24:07eu entendo assim,
24:08né,
24:09então,
24:09a investigação
24:10da polícia federal
24:12não é política.
24:13É,
24:13teve gente que já deixou
24:14dinheiro até na cueca,
24:15né,
24:15Zé Maria Trindade,
24:16essa é uma história
24:17que passa aí pela,
24:18pois é,
24:19pela política do nosso Brasil.
24:2050 milhões em malas também,
24:22é,
24:22fazendo justiça,
24:23400 mil dentro de uma cueca,
24:24fazendo justiça,
24:25assessor,
24:26né,
24:26não foi o deputado,
24:27mas todo mundo pensa
24:28que foi o deputado.
24:29É,
24:29exatamente,
24:30agora,
24:31eu quero fazer uma provocação
24:32a vocês também,
24:33e aí eu vou passar para você,
24:34Bruno Musa,
24:35que o Zé Maria Trindade diz,
24:36eu não sei se essas explicações
24:37colam mais,
24:38por outro lado,
24:39a gente percebe também,
24:41por parte da sociedade,
24:43uma falta de revolta,
24:45né,
24:45com a corrupção,
24:47com aquilo que é descoberto
24:48pela polícia federal.
24:50Se a gente pensar
24:51nas operações
24:51que aconteciam lá atrás,
24:53né,
24:53e que desmontavam esquemas
24:55milionários de corrupção,
24:57havia sempre uma,
24:58uma movimentação muito intensa,
25:00né,
25:01uma,
25:01uma,
25:02uma revolta mesmo da sociedade
25:03relacionadas a essas operações.
25:05Eu acho que diante daquilo,
25:07os tombos foram tão grandes
25:09e as decisões também foram mudando
25:11tanto ao longo dos anos
25:13e não levando às punições
25:15da maneira como eram colocadas,
25:16que parece que a sociedade
25:17passou a desacreditar
25:19que isso vai levar
25:20a alguma coisa,
25:22e muitas vezes também
25:23a polarização política
25:24faz com que as pessoas
25:25simplesmente defendam
25:26o lado daqueles
25:28que elas seguem,
25:29sem necessariamente
25:30desenvolver,
25:31juntamente com isso,
25:32uma visão crítica,
25:33né?
25:33Totalmente de acordo,
25:35Evandro.
25:36Só vale mencionar
25:38que o que nós estamos falando aqui
25:40não significa que ter
25:41400 mil reais em casa
25:43é ilegal.
25:44Exatamente.
25:46Se o dinheiro tiver origem,
25:47não é ilegal.
25:49Mas é muito estranho
25:50o dinheiro tendo origem,
25:52você querer assumir o risco
25:54de receber uma mala com dinheiro,
25:56manter em casa,
25:57que pode ter todos os riscos
25:59envolvidos.
26:00Apenas isso.
26:01Então as investigações,
26:02elas são altamente
26:03necessárias,
26:04mas a provocação
26:05que você fez
26:06eu acho brilhante.
26:07Eu já mencionei uma vez aqui,
26:08eu gosto de trazer
26:09paralelos históricos ali
26:11para gerar um,
26:12enfim,
26:14uma reflexão em cima
26:15do comportamento
26:16do ser humano,
26:17como nós funcionamos
26:18no geral, né?
26:19Naquela última vez
26:21que eu estive na Venezuela
26:21em 2023,
26:23que inclusive agora
26:24nos primeiros meses,
26:25nos primeiros dias de janeiro
26:26eu vou lançar o livro disso,
26:28e quem escreveu o prefácio
26:29é o Juan Guaidó,
26:30que foi presidente interino
26:31da Venezuela reconhecido
26:32por 65 países,
26:34nós nos entrevistamos lá
26:35e ele nos mostrou
26:36uma pesquisa
26:37de uma entidade independente
26:38que tinha feito na época
26:39na Venezuela,
26:40que mostrou que
26:41quando ele deixou
26:42de ser presidente,
26:42se não me engano
26:43ele ficou presidente interino
26:44por dois anos,
26:45reconhecido por 65 países,
26:476% dos venezuelanos
26:49sabiam que ele tinha
26:50passado a ser presidente interino
26:52e que ele tinha deixado
26:54de ser presidente já,
26:556%.
26:55E qual era a resposta
26:58com relação a isso?
26:59Sentimento de resignação.
27:01É como se você acostuma
27:02que a nossa situação é essa.
27:05Quantas vezes a gente
27:06já ouviu falar,
27:07desde a época lá de trás,
27:08lembra do rouba mais faz
27:09do Maluf?
27:10Ah, ele rouba mais faz.
27:11Quantas pessoas que há
27:12de qualquer lado do governo
27:14falam,
27:14ah, eu sei que todos eles roubam,
27:16então vamos em qualquer um.
27:18É uma sensação
27:19que o ser humano
27:20começa a naturalizar
27:21o absurdo,
27:23o escárnio
27:24que nós vivemos.
27:25E aí é como se
27:26eu não tenho mais força
27:27para mudar,
27:28nenhum tipo de ação
27:29e comportamento meu
27:30muda,
27:31basicamente
27:32nós nascemos
27:33para ser esse país
27:34dessa piada.
27:35E aí a gente começa
27:36a ver o ser humano
27:38não mais protestando,
27:39não mais se indignando,
27:41porque nós temos
27:41uma capacidade de defesa
27:43do ser humano
27:44de nos adaptarmos
27:45à situação.
27:46Mas eu acho
27:47que a gente precisa
27:48sacudir a poeira,
27:49porque no nível
27:49que o Brasil está,
27:50de todos os lados,
27:51passou de todos os limites.
27:53Avançando para outras camadas,
27:54dessa operação,
27:55o deputado
27:56Sócines Cavalcante,
27:57ele se manifestou
27:58nas redes sociais
27:59e agora há quatro horas
28:00e trinta minutos,
28:00quem nos acompanha
28:01pela rádio,
28:02aquele rápido intervalo,
28:03daqui a pouco espera vocês,
28:04nas outras plataformas
28:05continuamos.
28:06E o que que o
28:07Sócines Cavalcante
28:09sugeriu?
28:09Que a Polícia Federal
28:10também investigue
28:12o filho
28:13do presidente Lula.
28:15Qual que é a relação
28:16que ele estabelece,
28:17então,
28:17entre a operação
28:18de hoje
28:18e aquela relacionada
28:19ao INSS?
28:20Conta para a gente,
28:21André Anelli,
28:21mais uma vez.
28:24Pois é,
28:26Evandro,
28:26o que o deputado
28:27federal Sócines Cavalcante
28:29pediu nas redes sociais
28:30é para que a Polícia Federal
28:32investigue Lulinha,
28:33um dos filhos
28:34do atual presidente Lula,
28:36por conta
28:37do suposto recebimento
28:38de trezentos mil reais
28:40de mesada
28:41no escândalo
28:42do INSS,
28:44especificamente vindos,
28:45então,
28:46daquele núcleo
28:47que seria comandado
28:48por Carlos Camilo
28:50Antônio Antunes,
28:51ele que é conhecido
28:53como o careca
28:54do INSS.
28:55Então,
28:56o que o deputado
28:57federal Sócines Cavalcante
28:59acabou solicitando
29:00é que as investigações
29:01avancem sobre o filho
29:02do presidente da república
29:04que, por outro lado,
29:05na avaliação dele,
29:06na avaliação de Sócines,
29:08tem sido blindado
29:09junto à comissão
29:11parlamentar mista
29:12de inquérito
29:12para que não preste
29:14depoimento
29:14em relação
29:15a essas acusações.
29:17Então,
29:17o que Sócines Cavalcante
29:19pede
29:19é para que a Polícia Federal
29:21e também
29:22a própria
29:22Comissão Parlamentar
29:23mista de inquérito
29:24que atua paralelamente
29:26nas investigações
29:27é que faça,
29:28então,
29:28questionamentos
29:29a respeito
29:30da suposta origem
29:31desse dinheiro,
29:32cerca de 300 mil reais
29:34de mesada,
29:36justamente,
29:36então,
29:37pagos ao filho
29:38do ex-presidente
29:39do atual presidente
29:40da república.
29:41Além disso,
29:42Sócines Cavalcante
29:43também questionou
29:44o contrato
29:45de mais de 100 milhões
29:47de reais
29:47que Viviane Barsi
29:49de Moraes,
29:50esposa do ministro
29:51Alexandre de Moraes,
29:52teve,
29:53supostamente,
29:53de acordo com as investigações
29:55com o Banco Master,
29:57também pediu
29:57para que haja
29:58investigações
29:59nesse sentido
30:00da Polícia Federal,
30:01tudo isso
30:02com o intuito
30:03de desviar
30:04o foco
30:05da atenção
30:05que foi
30:06deflagrada
30:07sobre ele hoje
30:08por essa operação
30:09da Polícia Federal,
30:10galho fraco,
30:11Evandro.
30:12Agora,
30:12Onelli,
30:13um outro investigado
30:14que é o Carlos Jordi
30:15também fez
30:16uma manifestação
30:17nas redes sociais
30:17e o que que ele falou?
30:22Pois é,
30:23Evandro,
30:23Carlos Jordi
30:24acabou se lamentando,
30:26dizendo que,
30:27mais uma vez,
30:28no dia do aniversário
30:29da filha dele,
30:30houve uma operação
30:31da Polícia Federal
30:32contra ele,
30:33ele fez uma referência,
30:33inclusive,
30:34a algo que aconteceu
30:35no final do ano passado,
30:36na operação
30:37Rent-A-Car,
30:38muito semelhante
30:39a essa deflagrada
30:40pela Polícia Federal
30:41nessa sexta-feira
30:42e Carlos Jordi
30:43alegou que,
30:45desde o início
30:45do mandato dele,
30:47utiliza a mesma empresa
30:49para aluguel
30:50de veículos
30:51e que outros parlamentares
30:53também fazem uso
30:54dessa mesma empresa
30:55e que não seria
30:56uma empresa de fachada
30:57porque,
30:57segundo ele,
30:58apesar de ter
30:59uma frota menor
31:00de cinco carros,
31:02presta os serviços
31:03não apenas para ele,
31:04mas também para
31:05demais outros parlamentares.
31:07Portanto,
31:07Carlos Jordi
31:08negando
31:09as acusações
31:10que pesam
31:10sobre ele,
31:11também sobre
31:12Sostenes Cavalcante,
31:13a gente detalhou
31:14mais cedo,
31:15peculato,
31:15que seria
31:16apropriação,
31:17então,
31:18do dinheiro público,
31:19de bem público,
31:20nesse caso,
31:21ainda,
31:22lavagem de dinheiro,
31:23a tentativa de legalizar
31:24a origem dos recursos
31:25e, por último,
31:27organização criminosa.
31:29Evandro.
31:29Muito obrigado
31:30pelas informações,
31:31viu, André Anelli,
31:31um abraço para você.
31:33Ô, Fábio Piperno,
31:33vamos falar um pouquinho
31:34do Sostenes Cavalcante
31:35e do...
31:36E tá tudo bem aí,
31:37seu Piperno?
31:38Tudo.
31:38Eu tô até mandando
31:39um negócio pro Demetrios aqui.
31:40sobre Carlos
31:42do Carlos Jordi.
31:43Ó o Piperno,
31:44encaminhando o Zap
31:44pro nosso editor.
31:45Chegou aí, Demetrios,
31:46o Zap do Piperno?
31:49Você tá vendo?
31:50Tá vendo ali.
31:50Tá vendo?
31:51Tá, Piperno.
31:51Já, já ele vai dar
31:52a resposta aí pra você.
31:55Diga.
31:55Não, é que uma vez,
31:56eu gravei um vídeo...
31:57E eu, né,
31:58assuntando.
31:59Isso porque o WhatsApp
32:00é uma coisa particular
32:01que ninguém tem nada a ver
32:01com isso.
32:02Ele poderia falar,
32:02o problema é meu,
32:03eu posso mandar o WhatsApp
32:04pra quem eu quiser,
32:05mas enfim, né,
32:06eu tô aqui e vou perguntar
32:08o Piperno com quem
32:09que ele tá falando
32:10porque eu quero saber.
32:11Tô brincando.
32:12Vai lá, Piperno.
32:12É, mas tem a ver com...
32:13O nosso eterno tiozinho
32:16do Zap.
32:17Mas tem a ver com o tema
32:18tratado, sim,
32:19porque uma vez, né,
32:20isso...
32:21Comecinho, acho que
32:22janeiro de 23,
32:24não, janeiro de 24.
32:26Comecinho do ano passado,
32:27aí eu tava dando uma volta
32:29lá pelo centro de São Paulo.
32:31Tem uma região ali,
32:32pra quem conhece bem, né,
32:33Rua Direita, São Bento e tal.
32:35Eram ruas muito comerciais.
32:37Cê passa lá hoje,
32:38é um negócio assustador.
32:40Muitos imóveis à venda
32:42pra alugar e tudo mais, né,
32:44e aquilo reflexo
32:45da onda de violência, né,
32:48da...
32:48Enfim, daqueles momentos
32:49em que a Cracolândia
32:51se espalhou.
32:52Também,
32:53é, um resto,
32:55um rescaldo da época
32:56da pandemia,
32:57que acabou fechando
32:59temporariamente
33:00muitos daqueles comércios
33:01que acabaram,
33:02em vários casos,
33:03não retornando.
33:04Então, eu gravei um vídeo lá
33:05pra contar um pouquinho,
33:07mas um vídeo
33:08de um minuto e meio,
33:09nada muito profundo,
33:11nenhuma grande divagação.
33:12Falar, olha só essa região
33:14que era um formigueiro humano,
33:16como é que tá, então...
33:16Tem a imagem aí,
33:17parece que a imagem
33:18que você mandou, Piper.
33:19Caiu,
33:19aí,
33:20Carlos Jordi
33:21resolve,
33:22ele em cima lá,
33:23o nome dele lá,
33:24cortou ali um pedacinho,
33:26dizendo que eu me desesperei
33:27com a crise econômica
33:28que o governo tinha gerado.
33:30ela até pôs lá,
33:32jornalistas que dizem,
33:33se desesperam com o desemprego
33:35trazido pelo desgoverno PT,
33:36faz o L embaixo da...
33:38Se desesperam com o loco fechado,
33:40se desabora.
33:40Falei,
33:41mas esse imbecil vai perder tempo
33:43pra distorcer uma coisa dessa aí?
33:45É falta do que fazer, viu?
33:48É esse o nível, né?
33:49Agora, Rô Fábio Piperno,
33:50eu queria saber também
33:51a sua avaliação
33:53sobre a maneira como
33:54Sóstenes Cavalcante
33:56também exige da Polícia Federal
33:57uma investigação
33:58que traga pro centro
34:00das apurações
34:02o filho do presidente Lula
34:05diante de levantamentos
34:07que apontariam uma ligação
34:09do filho do presidente
34:10com o careca do INSS
34:13no outro esquema,
34:14que é aquele que apura
34:15os desvios dos pagamentos
34:17de aposentados e pensionistas.
34:18Bom, em relação ao filho
34:20do presidente da República,
34:22eu não sei onde é
34:23que a investigação vai,
34:25de fato, chegar.
34:26Não sei se vai provocar
34:28alguma implicação dele.
34:29Mas eu duvido
34:31que não esteja sendo investigado.
34:34Até porque existe essa empresária
34:36que é um elo entre os dois.
34:38Ela é amiga dos dois e mesmo,
34:40nem estou dizendo
34:41que ela tenha cometido
34:43qualquer tipo de ato ilícito.
34:46Eu estou dizendo o seguinte,
34:47que como foram registrados
34:48depósitos da conta dela
34:50vindos lá do lado do careca
34:52e ela é amiga do filho
34:54do presidente
34:55e aí tem uma mensagem,
34:58uma insinuação
34:59que pode ser ou não
35:00dedicada a ele.
35:02Então, é óbvio que isso
35:03desperta a suspeita.
35:05Mas eu não sei
35:06onde é que vai terminar.
35:07Se realmente,
35:08essa suspeita,
35:09ela vai se tornar
35:09uma acusação mais fundamentada.
35:12em relação ao contrato
35:15da esposa do ministro,
35:17eu diria que
35:19é um contrato muito poupudo.
35:22Qualquer empresa gostaria
35:24de ter, né,
35:25de estar faturando
35:25um valor como esse.
35:27Agora,
35:28se por acaso
35:30há algo suspeito e ilícito,
35:32isso também,
35:33em momento algum,
35:35vai aliviar
35:36a barra do deputado Sossens.
35:38Porque a investigação dele
35:39não tem nada a ver
35:40com aquelas que ele insinuou.
35:42Fala, Gani.
35:43Exatamente, né?
35:44Na verdade,
35:45uma coisa não tem nada a ver
35:46com a outra.
35:47A gente não está falando
35:48de revanchismo.
35:49Então, tem que investigar, sim,
35:51o filho do presidente
35:53porque há indícios.
35:55Esse é o ponto, né?
35:56E não por revanchismo
35:57porque a Polícia Federal
35:59foi para cima
35:59do Sossens Cavalcante, né?
36:03A ideia de democracia, Evandro,
36:05talvez a melhor definição
36:07que eu vejo
36:08é a igualdade perante a lei, né?
36:10Então, a lei valer igual
36:11para todo mundo.
36:13Então, o que vale lá
36:13para o Sossens,
36:14tem que valer lá
36:15para o filho do presidente,
36:17para a esposa lá do ministro
36:21que tem contratos milionários.
36:23Enfim,
36:23é a lei valer para todos
36:25e a independência institucional.
36:26Ou seja,
36:27a Polícia Federal
36:28fazer o seu trabalho
36:29de investigação
36:30e a gente espera
36:32que caso, caso
36:33haja, de fato,
36:35irregularidades,
36:36fraude, corrupção, etc.,
36:37que também a justiça
36:39compra o seu papel
36:40com punição,
36:41como a gente viu
36:41na época da Lava Jato,
36:42mas infelizmente,
36:44de um tempo para cá,
36:45as punições
36:46aos poderosos
36:48foram cada vez
36:49caindo mais.
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