O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky apresenta plano de 20 pontos aos EUA. O correspondente Luca Bassani informou que, sob pressão para encerrar a guerra antes de fevereiro, Zelensky cogita entregar regiões do Donbas se houver aprovação popular e garantias de segurança da OTAN, além de propor divisão da energia da usina de Zaporizhzhya.
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00:00A área internacional, olha, o presidente da Ucrânia, o Volodymyr Zelensky, admitiu pela primeira vez a possibilidade de realizar um referendo popular para decidir se cede ou não territórios à Rússia.
00:13Luca Bassani detalha pra gente essas informações, já que isso pode ser um indicativo ou um início de uma possibilidade de trégua, né?
00:21Exatamente, Nonato, e isso tem sido fruto da pressão dos Estados Unidos para que um acordo de cessar fogo, até mesmo a finalização da guerra da Ucrânia, aconteça antes do quarto aniversário do conflito em fevereiro do ano que vem.
00:36O presidente Zelensky, após ter se reunido com uma série de líderes europeus essa semana, ele fez o esboço de um plano de 20 pontos que vai ser apresentado para o presidente Donald Trump.
00:46Na verdade, já foi apresentado para o secretário de Estado, Marco Rubio, e o enviado especial Steve Witkoff, com a resposta ucraniana àqueles planos de 28 pontos de Donald Trump na semana passada.
00:59Nele, Zelensky admitiu pela primeira vez a possibilidade de ceder territórios à Rússia, principalmente na região do Dombás, Donetsk e Luhansk, parte delas dominadas militarmente pela Rússia e ainda uns 20, 25% controlados por Kiev.
01:15Zelensky disse, todavia, que precisa ser um processo democrático, universal e seguro de referendos ou eleições nessas regiões para que a população escolha o seu próprio futuro.
01:26E que nas condições atuais de guerra, ou seja, com a insegurança, com o medo das pessoas de sair à rua, às ruas, isso não poderia acontecer, exatamente pedindo para que os Estados Unidos e os parceiros da OTAN pudessem dar uma retaguarda ou garantias de segurança para estabilizar a região antes de uma eleição.
01:46Tirando esse fato, outras questões foram discutidas, por exemplo, o congelamento das linhas de batalha, seja em Zaporizia, seja em Kerson, ou seja, cada lado que administra porções daquele território atualmente continuaria as administrando até que isso fosse resolvido de forma completa.
02:06A usina nuclear de Zaporizia, a maior da Europa, também teria uma espécie de administração conjunta com a produção elétrica da usina sendo destinada 50% à Rússia, 50% à Ucrânia.
02:19E também a Ucrânia não querendo a redução do seu exército para apenas 600 mil homens, querendo que os números de soldados possam ficar pelo menos 800 mil soldados para responder a uma possível incursão russa no futuro.
02:36Todos esses pontos agora serão apresentados para Donald Trump e para o Kremlin, que por sua vez ainda não respondeu.
02:43Tudo indica que esta réplica pode servir também como uma espécie de base para os planos de paz que estão sendo desenvolvidos e conjuntamente por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Ucrânia para tentar trazer pelo menos um cessar-fogo neste período de inverno aqui na Europa
03:00e que sempre acaba deixando muitos ucranianos preocupados, não só em meio ao frio, mas também a periculosidade dos ataques aéreos da Rússia nesta época invernal.
03:11A gente vai ficar de olho nas respostas diplomáticas e como que isso também pode influenciar nas decisões militares no campo de batalha,
03:19afinal, essas últimas semanas também têm sido muito fortes com ataques deliberados à estrutura civis por parte dos russos em múltiplas cidades ucranianas.
03:28É mais um capítulo, portanto, no conflito Rússia e Ucrânia que a gente vai acompanhar de perto.
03:33Muito obrigado, Luca Bassani, direto da Europa.
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