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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez uma declaração significativa ao admitir a possibilidade de realização de um referendo em áreas exigidas pela Rússia como parte de um acordo de paz.

A concessão indica que Kiev estaria disposta a colocar sob votação o status político de regiões de maioria separatista ou russófona.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/JUnYZUCCLDU

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Transcrição
00:00O governo da Ucrânia entregou hoje aos Estados Unidos a proposta de paz revisada para o leste europeu.
00:09Direto então para o nosso correspondente Luca Bassani, microfone internacional chegando com os detalhes.
00:14Quais são as principais mudanças no texto? Será que agora vai, meu caro Luca Bassani? Boa noite, bem-vindo.
00:21É uma grande pressão dos Estados Unidos para que tudo aconteça, Tiago.
00:25Boa noite a você, a todos que nos acompanham. De fato, após aquela apresentação do plano de 28 pontos de Donald Trump
00:33e ser considerado por muitos analistas e pela própria Ucrânia como um plano extremamente favorável ao Kremlin,
00:39o presidente Zelensky se reuniu com seus parceiros europeus ao longo dessa semana,
00:44o premier britânico, o chanceler aqui da Alemanha, o presidente francês e a premier também da Itália
00:50e desenvolveu um plano de 20 pontos para ser uma espécie de réplica aos norte-americanos.
00:55Esse plano que inclusive já foi apresentado ao secretário de Estado Marco Rubio
00:59e também ao enviado especial Steve Witkoff.
01:02O que ele trata exatamente?
01:04Bom, em relação a Donetsk, a região do Dombáss, que está parcialmente dividida,
01:09ou seja, os russos ocupando 70%, 75% e a Ucrânia, os outros 25%, 30%,
01:15a Ucrânia criaria uma espécie de zona econômica livre,
01:19onde os Estados Unidos teriam o direito de estar lá realizando todos os seus negócios
01:26e com isso a presença dos Estados Unidos seria um fator inibidor da invasão dos russos,
01:32com a promessa de que a Rússia também retiraria suas tropas daquela espécie de zona neutra.
01:37Isso, por enquanto, não foi avaliado pelo Kremlin, que quer a completa desmilitarização dessa região.
01:43Fora isso, também ficou decidido, ou pelo menos apresentado no plano de Zelensky,
01:48que as linhas em Zaporizhia e Kerson seriam congeladas
01:52e cada uma das metades seria administrada pelo país que as administra hoje,
01:57a Rússia na parte invadida e a Ucrânia na parte que ainda consegue manter sob seu controle.
02:02Um grande impasse é em relação à usina de Zaporizhia,
02:05essa que é a maior usina da Europa,
02:07que é importantíssima para a obtenção e distribuição de energia para toda a Ucrânia,
02:12no plano dos americanos e nessa versão de Zelensky,
02:15eles praticamente dividiriam toda a produção energética igualitariamente,
02:20algo que a Rússia não quer, já que busca a utilização exclusiva desta usina.
02:26Fora isso, o exército ucraniano, que no plano de Trump deveria ser limitado até 600 mil homens,
02:32na réplica do presidente Zelensky, deve ter pelo menos 800 mil soldados
02:37para poder responder de forma mais imediata a qualquer tipo de ataque dos russos no futuro.
02:43Tudo indica que não será nada fácil convencer os russos com alguns desses pontos,
02:48sobretudo nas garantias de segurança,
02:51mas essa foi uma resposta elaborada por Zelensky e seus aliados durante os últimos dias
02:57para não deixar os norte-americanos sem resposta.
03:00De acordo com algumas fontes próximas à Casa Branca,
03:03Donald Trump quer que o acordo seja assinado,
03:06ou pelo menos um cessar-fogo entre em vigor até o ano novo,
03:10algo que, olhando o calendário, é bem pouco provável de acontecer,
03:13mas há sempre as coisas inesperadas da geopolítica que podem trazer alguma surpresa.
03:19Nós, como sempre, vamos ficar acompanhando.
03:21Por enquanto, não há nenhum parecer oficial do presidente Trump e nem do Kremlin,
03:25obviamente que duas partes fundamentais para que isso ou algumas partes deste plano
03:30sejam, de fato, implementadas.
03:33É, isso é um comentário, não é, Luca?
03:34Ele colocando na mesa um referendo,
03:37isso daria, entre aspas, um pouco mais de legitimidade,
03:41porque ele não cederia diretamente aos territórios,
03:44mas sim isso passaria pelo crivo não necessariamente dele como líder político, não é isso?
03:50Exatamente, Tiago.
03:51E isso acaba sendo uma questão muito complexa no direito internacional,
03:56porque muitas das pessoas que fariam parte desse referendo,
04:01elas estão sob ocupação russa.
04:02Não sabemos se haveria algum tipo de coerção
04:05para que votassem para ficar juntamente com o governo da Rússia
04:09ou terem passaportes russos.
04:11Então, não seria um pleito, ou pelo menos uma escolha,
04:13completamente livre, de acordo com o que deveria ser,
04:16ou que já foi no passado, quando houve a separação de países,
04:20separação de regiões.
04:21Então, essa é uma questão extremamente delicada,
04:24simplesmente por termos dois países com modelos políticos diferentes.
04:27A Rússia, uma autocracia centralizadora,
04:30e a Ucrânia, um país com vários problemas internos,
04:32de corrupção e política interna,
04:34mas que caminha mais para a direção de uma democracia liberal.
04:37Com certeza, essa não será uma questão fácil,
04:41até pensando no aspecto humanitário,
04:43com centenas de milhares de pessoas vivendo separadas,
04:46muitos casos, famílias,
04:47que, inclusive, conheci algumas na Ucrânia,
04:49quando visitava a região de Zaporizia,
04:51o ano passado, fazendo reportagens aqui para a Jovem Pan.
04:54Luca Bassani, nosso microfone internacional,
04:57boa sexta-feira para você,
04:58a gente volta a se falar amanhã.
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