Pular para o playerIr para o conteúdo principal
Kátia Abreu, comentarista do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, explicou como o agro passou da tecnologia de produção para uma fase digital marcada por governança, georreferenciamento, CAR e compliance. Ela destacou os desafios, a falta de integração entre sistemas e a urgência de unificar plataformas para ampliar a competitividade do setor.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00E agora a gente fala do agro-brasileiro que passou por uma grande transformação nas últimas duas décadas,
00:06transformação essa impulsionada por tecnologia, por governança e também por compliance jurídico.
00:11E agora, diante das novas exigências internacionais e do desafio de integrar bases e acelerar licenciamentos,
00:18o setor entra numa nova fase de competitividade.
00:21Para falar sobre esse tema, eu chamo aqui uma das notáveis do nosso canal, que é a Kátia Abreu.
00:27Boa tarde para você, Kátia. Seja muito bem-vinda.
00:30Boa tarde, Marcelo. Boa tarde a todos os nossos telespectadores e já desejando uma grande semana a todos.
00:36Bom, nós estamos acostumados, Marcelo, e graças a Deus, a saudar a Embrapa nesta grande fase da agricultura brasileira
00:45nos últimos 50 anos, que é uma fase de tecnologia de produção.
00:51Nós avançamos enormemente, inclusive evitando o desmatamento, porque nós aumentamos muito pouco a área desmatada
00:58em comparação ao quanto nós aumentamos de produção.
01:03Então, como é que foi essa mágica?
01:05A mágica aumentou a área plantada em cento e poucos por cento e a produção em mais de 300%.
01:12A mágica foi a Embrapa trazendo tecnologia para que nós pudéssemos produzir mais no mesmo espaço de chão.
01:18E agora, José, qual é a segunda fase?
01:22Continuamos precisando da Embrapa, mas nós estamos agora numa fase muito interessante,
01:29que todos os brasileiros precisam tomar um conhecimento, mesmo que superficial, sobre isso,
01:34que é a fase da tecnologia digital, e que muitos lá fora não sabem, e que quando a gente fala, às vezes cai o queixo.
01:41Vocês já estão nesse nível, nós estamos muito avançados nesse nível.
01:46Começando com o item número um, nós estamos tratando de governança agora nesta fase.
01:52Nós falamos de georreferenciamento.
01:55Quais os países do mundo, na área rural, têm o georreferenciamento de todas as suas propriedades rurais?
02:02O que significa isso?
02:04Significa que nós temos a localização em georreferenciamento de dados, de propriedade por propriedade.
02:12Para que serve isso?
02:13Principalmente para evitar sobreposições e de evitar insegurança jurídica, evitar fraudes cartoriais.
02:24Lembra que tem cidades, municípios do Brasil, regiões inteiras, que tem quatro ou cinco andares com donos?
02:30Hoje isso não é mais possível, porque o georreferenciamento indica claramente quantos donos têm,
02:38e aí cancela-se todos os títulos por cima da primeira área que foram emitidos com fraude.
02:44E saímos da imprecisão, e ainda temos a condição de saber quanto temos de área degradada em parceria com o CAR.
02:53Então, isso foi um salto civilizatório no campo, segurança jurídica e a transparência total dos dados na compra e venda desses imóveis.
03:06O segundo item tecnológico dessa segunda fase é o CAR.
03:11E eu tive o prazer e a alegria de trabalhar muito com a ministra Isabela, na época do Código Florestal,
03:17e topar esse grande desafio que foi implementar o CAR.
03:22O CAR vem complementar, junto com o georreferenciamento, ele traz um raio-x da propriedade rural,
03:29aonde está o riacho, aonde está o rio, aonde estão as nascentes, aonde está a área de produção, uma fotografia.
03:37Como você tira uma topografia computadorizada no equipamento,
03:41esse CAR, ele também vai fazer essa tomografia, é mais do que um raio-x, uma tomografia da propriedade.
03:50Quanto nós temos de área degradada, aonde está a reserva legal, aonde está a área de preservação permanente,
03:56o que precisa ser recuperado.
03:58E a consequência principal disso é que faz com que as políticas públicas possam ser exercidas.
04:05Qual política pública?
04:06Nós fizemos, há muitos anos já, o ABC, Agricultura de Baixo Carbono,
04:12aonde o governo federal, criado pelo presidente Lula lá atrás,
04:16e ainda continua sendo implementado por todos os governos até agora,
04:20pelo governo Dilma, Bolsonaro, Michel Temer,
04:23e agora continua pelo presidente Lula, que é a agricultura de baixo carbono,
04:27aonde nós investimos na fertilização da terra, baseado no CAR dos produtores rurais.
04:34Então, é a visão estratégica de propriedade por propriedade, por menor que ela seja.
04:41Então, isso que é governança ambiental.
04:45Georreferenciamento com o CAR, somado aos instrumentos do PRODES, do DETER, do MAPIOMAS,
04:55e de todos os instrumentos dos órgãos estaduais, ambientais, isso tudo junto faz com que nós possamos detectar o desmatamento em tempo real.
05:06E isso não é possível em nenhum lugar do mundo.
05:09Nós temos um instrumento tão poderoso, tão eficaz como no Brasil.
05:14E ainda, Cátia, o desmatamento continua?
05:17Continua, porque nós temos criminosos no campo, pessoas do crime organizado e alguns poucos fazendeiros,
05:23que ainda, muito poucos fazendeiros, que sabem que esse instrumento existe,
05:27mas ainda insistem em aumentar um pouquinho a sua área de produção.
05:32Mas a fiscalização é muito eficaz.
05:35Então, amigos, nós estamos com um complice de gestão,
05:39nós estamos com um complice jurídico,
05:42que não é aquele complice jurídico tradicional, das leis, trabalhistas apenas,
05:48de todo o processo de legitimidade ambiental.
05:51É um complice rigoroso que os bancos, por exemplo, BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal
05:58e os bancos privados, não deixam mais emprestar dinheiro se você não estiver com esse complice em dia.
06:05Então, essa é a vantagem maravilhosa de você também tomar crédito com essas exigências.
06:13Agora, qual é o ponto ainda negativo de tudo isso,
06:17que parece que eu estou descrevendo aqui a oitava maravilha do mundo?
06:21O grande problema é que nós temos uma ausência de um sistema unificado de tecnologia.
06:28O INCRA tem o seu, é uma ilha.
06:31O IBAMA tem o seu, é outra ilha.
06:33Nós temos os órgãos ambientais estaduais, que são outra ilha.
06:38Nós temos as prefeituras, que são outras ilhas.
06:41E nenhuma ilha dessa tem conexão com a outra.
06:45Então, o Brasil é um país que investe mal em tecnologia,
06:48porque não tenta unificar os seus sistemas.
06:52Então, nós precisamos de unificar isso e ter uma visão tridimensional,
06:57onde nós teremos as camadas com todas essas plataformas de todos os órgãos.
07:04Aí sim, você, consumidor, contribuinte desse país,
07:08você ficaria mais tranquilo na hora da necessidade da sua licença ambiental,
07:14do seu CAR, enfim, de tudo aquilo que você precisa dessa burocracia.
07:19E, infelizmente ou felizmente, ela também precisa existir.
07:22Só não pode ser no exagero.
07:24Então, toda essa tecnologia, nós temos que conclamar toda a classe política brasileira,
07:29os sistemas de governo municipal, estadual e federal,
07:32de que nós possamos ter uma tecnologia, uma plataforma, desculpa,
07:36uma plataforma, um sistema de geoprocessamento único,
07:41em que essas informações possam estar distribuídas,
07:46acumuladas em camadas à nossa disposição.
07:49Assim como o conceito do nuvem soberano que o governo está fazendo
07:54para a área de infraestrutura.
07:56Nós temos o gov.br, que não tem nada a ver com isso que eu estou falando,
08:00mas também estão tentando fazer uma identidade única para o cidadão brasileiro.
08:04Por que não fazer nesses órgãos de meio ambiente
08:08para que nós possamos dar mais esse salto nessa segunda fase
08:12de tecnologia avançada na área da informática, na área da IA,
08:19para que o nosso agro possa mostrar o mundo,
08:22também dar mais um exemplo na área de transparência
08:25e de eficácia em seus processos.
08:28É isso aí, Marcelo.
08:29Muito obrigada a todos e uma grande semana abençoada.
08:32Obrigado, Kátia, pela participação.
08:34Foi um prazer te rever aqui.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado