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O governo dos Estados Unidos, sob o comando do presidente Donald Trump, lançou um novo plano de segurança com foco principal na América Latina. A iniciativa visa intensificar o controle de três pautas centrais: o narcotráfico, a crise migratória e o combate aos cartéis de drogas.

A professora de relações internacionais Priscila Caneparo comenta o movimento e o discurso de Trump. Priscila Caneparo explica que "os EUA utilizam da retórica do narcotráfico" para justificar uma agenda mais ampla de intervenção e segurança na região.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/bwbiM6xNTEM

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Transcrição
00:00Bom, a gente fala mais sobre os Estados Unidos.
00:02Agora do lado diplomático, a Casa Branca anuncia que os Estados Unidos vão focar
00:07presença militar na América Latina e transferir responsabilidades para aliados
00:12em outras regiões como a Europa.
00:14Nossa entrevistada é a professora de Relações Internacionais, Priscila Caneparo.
00:18Tudo bem, professora? Muito obrigado por aguardar e por falar com a gente também.
00:22Muito boa noite.
00:24Boa noite, Tiago. Boa noite a todos que estão aqui nos assistindo.
00:27Professor, acho que uma tensão, esse anúncio que foi feito da Casa Branca,
00:32de focar a América Latina, falar, claro, sobre Venezuela,
00:38focar os cartéis de drogas e tirar um pouco o foco da Europa.
00:43Por que o governo americano faz isso agora?
00:45É uma decisão que não temos muito ainda como fazer uma avaliação mais ampla?
00:53Se é que vem uma invasão, por exemplo, à Venezuela, professora?
00:57Bom, vamos lá, Tiago.
01:00Acho que é importante a gente rememorar o que aconteceu no século XIX
01:03em relação justamente aos Estados Unidos e à América Latina.
01:06A América Latina era um grande centro de influência dos Estados Unidos,
01:10principalmente contando com presença militar,
01:13segundo, com controle, por assim dizer, de cadeias de suprimentos
01:17e principalmente não deixando com que relações multilaterais,
01:21incluindo aí a influência da Europa,
01:23viesse a se estabelecer dentro desse contexto latino-americano.
01:27Tanto é verdade que isso vai reverberar,
01:29vai respingar no momento posterior,
01:31na metade para frente do século XX,
01:33em intervenções militares dentro da América Central e Caribe,
01:37dos Estados Unidos.
01:39Nesse momento, basicamente no início do século XXI,
01:42até 2025, o ano que nós estamos,
01:44os Estados Unidos foi progressivamente perdendo influência na América Latina.
01:50E quando eu falo perdendo influência,
01:52eu estou falando influência, primeiro, obviamente militar,
01:55segundo, em uma perspectiva também de comércio,
01:57hoje a gente sabe que basicamente a China
02:00é o grande parceiro comercial da América Latina,
02:03com destaque majoritário em uns estados,
02:05em detrimento de outros,
02:06mas ele é o grande parceiro comercial,
02:08e principalmente as cadeias de suprimentos,
02:11tanto que saem daqui para lá,
02:12quanto de lá para cá, digo, em relação aos Estados Unidos,
02:15não são mais tão mutuamente dependentes.
02:19A América Latina, ela se inseriu nesse contexto multilateral
02:22e fez com que progressivamente no século XXI
02:25tivesse uma queda à influência dos Estados Unidos.
02:28O que os Estados Unidos querem?
02:30Eles querem reviver essa doutrina moral,
02:33que é um âmbito de influência da América Latina
02:36em relação aos Estados Unidos, obviamente,
02:38e o segundo ponto, o Trump faz isso,
02:41rememorando e renomando justamente a doutrina moral
02:45falando sobre o corolário de Trump,
02:47que é o centro, o âmbito de influência justamente do Trump
02:50e dos Estados Unidos, que seria a América Latina.
02:53Então é como se ele condecorasse a ideia
02:55que a Rússia tem seu âmbito de influência,
02:57a China tem o seu âmbito de influência histórico
02:59e os Estados Unidos têm seu âmbito de influência histórica,
03:02que é a América Latina.
03:03Em consequência, vem algumas atitudes práticas
03:07que os Estados Unidos, teoricamente,
03:10podem desenvolver a partir desse corolário do Trump.
03:13O que seriam essas atitudes?
03:14Primeiro, aumento da presença militar
03:17nesse contexto da América Latina.
03:19A gente tem visto muito bem,
03:20em Trinidad e Tobago, principalmente,
03:22na costa venezuelana.
03:24Segundo, a gente tem também um controle maior
03:27nas cadeias de suprimentos.
03:29Então, basicamente, uma dependência
03:31ou uma interdependência dos Estados da América Latina
03:34em relação à questão econômica dos Estados Unidos.
03:38Terceiro, controle migratório.
03:40Acho que é importante a gente destacar esse ponto.
03:42Os Estados Unidos querem conter justamente
03:44esses avanços na fronteira sul dos Estados Unidos
03:46em relação, principalmente,
03:48os países da América Central,
03:49que acabam migrando com muito mais força
03:51para os Estados Unidos.
03:52E o quarto, não menos importante,
03:54o destaque aqui que a gente faz,
03:56que é a questão do Maduro,
03:57que é a questão do narcotráfico.
03:59Os Estados Unidos, eles se utilizam dessa retórica
04:01que o narcotráfico é uma ameaça
04:03à segurança nacional dos Estados Unidos
04:05e, por isso, eles podem, de fato,
04:07fazer uma intervenção, ainda que indireta,
04:09no contexto de política
04:11e no contexto militar latino-americano.
04:13Então, é esse o desenho
04:14que o Trump vem apresentar
04:15por intermédio desse...
04:16O governo Trump, falemos assim,
04:18que vem apresentar por intermédio
04:20desse documento.
04:21É um documento novo,
04:22mas ele tem uma principiologia,
04:24ele tem uma memória histórica
04:26da doutrina moral.
04:27Professor, antes de passar para a Dora Kramer,
04:30eu vou trazer um trechinho
04:31de uma fala de Nicolás Maduro,
04:33que teve uma repercussão
04:34nessa sexta-feira,
04:36pedindo ajuda ao povo brasileiro
04:38em relação a esse momento.
04:40Acompanhe.
04:40Le doi as graças
04:44ao Movimento Sin Tierra do Brasil.
04:49Movimento Sin Tierra.
04:51Muito obrigado, Brasil.
04:53Muito obrigado, MST.
04:55A luta continua.
04:58A Vitória nos pertenece.
05:00Viva unidade do povo Brasil.
05:04Viva unidade com o povo venezuelano.
05:09Bom, e?
05:10O povo do Brasil pendente
05:13à la calle,
05:15a apoiar a Venezuela
05:17em sua luta por a paz e soberania.
05:20Eu, eu falo para vocês
05:22toda a verdade.
05:25Eu tenho direito
05:27à la paz
05:28com soberania
05:29que viva do Brasil.
05:33Odor, ele fala
05:34de um portunhol ainda, né?
05:37Não é nem portunhol, né?
05:39É um madurunhol.
05:40Olha só,
05:41ele está meio desatualizado, né?
05:43Porque MST,
05:44se ele pensa
05:45que há um apoio popular
05:47ao MST,
05:48isso foi uma coisa
05:49dos anos 90.
05:51E outra,
05:51quando ele fala,
05:52ele falou em espanhol,
05:53convocando as pessoas
05:54irem às ruas
05:56aqui no Brasil
05:57para defender a Venezuela.
05:59Ora,
05:59um dos piores momentos
06:01do presidente Lula
06:02foi justamente
06:02quando ele estendeu
06:03aquele tapete vermelho
06:05no Palácio do Planalto ao Maduro.
06:07Então,
06:08ele está,
06:08por isso que eu digo
06:09que ele está desatualizado.
06:11Mas posso fazer
06:11minha pergunta, professora?
06:13Claro, claro, pode.
06:15Então,
06:16professora,
06:17olha só,
06:19esse plano
06:21do,
06:21você acha que tem
06:22alguma ligação
06:24com a mudança
06:26de posição
06:27de atitude
06:29do Trump
06:30em relação
06:30ao governo
06:32Lula,
06:33isso pode estar
06:34inserido
06:35nesse plano,
06:36quer dizer,
06:37uma intenção
06:38de conquistar
06:39um aliado,
06:40um aliado
06:42regionalmente
06:43importante,
06:44de repente,
06:45o mais importante,
06:46será que já não está,
06:48quer dizer,
06:48será,
06:49estava,
06:50na sua opinião,
06:51embutida
06:52essa mudança
06:53de posição
06:55em relação
06:56ao governo
06:56Lula
06:57neste plano
06:58de aproximação
06:59com a América Latina?
07:02Bom,
07:02Dória,
07:03boa noite.
07:04É importante
07:04a gente destacar
07:05que a figura
07:06do Trump
07:07é uma figura
07:07muito imprevisível.
07:08Muitas vezes,
07:09até as pessoas
07:10mais próximas dele
07:11não conseguem entender
07:12muito bem
07:13como é que ele faz
07:13essa política,
07:15principalmente a política
07:15externa
07:16e a questão
07:16das tarifas.
07:17eu não acredito
07:18que o Trump
07:19tenha feito
07:19essa reaproximação
07:20ou essa aproximação
07:22nesse segundo mandato
07:23em relação
07:23ao governo Lula
07:24pensando nesse âmbito
07:26de influência
07:26dentro da América Latina,
07:28porque a gente sabe
07:28que essa influência
07:29não vem por relações
07:31cooperacionais,
07:32ela não vem por
07:32relações diplomáticas,
07:34mas vem sim
07:35uma perspectiva
07:36de influência
07:37quase que impositiva.
07:38Então,
07:38acho difícil
07:39que tenha,
07:40por assim dizer,
07:40alguma interreligação.
07:42Foi sim
07:43um contexto
07:43de pressão,
07:44basicamente,
07:45dentro dos Estados Unidos,
07:46um lobby feito
07:48por alguns brasileiros,
07:49alguns setores
07:49industriais brasileiros,
07:51o governo brasileiro
07:51e, principalmente,
07:53o lobby das indústrias
07:54americanas,
07:54das empresas americanas
07:56que estavam perdendo
07:57com o tarifácio
07:58imposto ao Brasil.
07:59Dentro dessa premissa,
08:00esse é um primeiro ponto
08:01da gente entender
08:02quais foram os aspectos
08:03relevantes
08:04para que o Trump
08:04viesse a conversar
08:05com o Lula
08:06nesse primeiro momento
08:07e retirasse
08:08algumas das tarifas.
08:09Um segundo ponto,
08:10Dora,
08:10aí sim vai em convergência
08:12com o que você falou,
08:13eu acredito muito
08:14que os Estados Unidos
08:15entenderam
08:16que não existe vazio
08:17de poder
08:18no cenário econômico.
08:19O Brasil conseguiu
08:20com que as tarifas
08:21dos Estados Unidos
08:22não viessem a impactar
08:23com tamanha profundidade
08:25como os Estados Unidos
08:26pensou outrora,
08:27que basicamente
08:28o Brasil faria
08:29tudo o que os Estados Unidos
08:30impusesse
08:31para retirar essas tarifas.
08:32Ou seja,
08:33o Brasil começou
08:33a abrir novos mercados,
08:34começou a ter
08:35uma exportação maior
08:36para a China
08:37e principalmente
08:37para o Sudeste Asiático.
08:39O Trump,
08:39entendendo isso,
08:40pensou com certeza
08:41que essa perspectiva,
08:43essa prerrogativa
08:43de ter a imposição
08:45de tarifas
08:45para conseguir controlar
08:47o mercado brasileiro
08:48não ia dar certo.
08:49Então,
08:50perdendo a sua influência,
08:51ainda que minoritária
08:53em relação à China,
08:54ele vai entender
08:55que precisa retirar
08:56as tarifas
08:56para ter uma influência
08:57assim econômica.
08:58Se vai começar
08:59ou se vai continuar
09:01crescendo
09:01a partir dessas
09:02novas negociações
09:03bilaterais,
09:05é uma incógnita,
09:06mas a gente sabe
09:07que esse plano
09:08do Trump
09:08talvez tenha algum
09:10ponto de ligação
09:11sim com essa questão
09:12de retomar
09:12o mercado
09:13que foi perdido
09:14por intermédio,
09:15principalmente
09:15dos anos 2000
09:17para a China
09:17e veio a ser perdido
09:18ainda mais esse ano
09:20por conta do tarifácio.
09:21Professora,
09:22pergunta agora
09:22de Cristiano Villela.
09:25Professora,
09:26boa noite.
09:27Professora,
09:27nós tivemos já
09:28ao longo desses
09:29dez meses
09:30de governo
09:30Donald Trump
09:31uma série
09:32de batalhas
09:33defendidas
09:34e capitaneadas
09:35pelo mandatário americano.
09:37Já se envolveu
09:38diretamente
09:39nas questões
09:39do conflito
09:40da Ucrânia,
09:41do conflito
09:42de Israel
09:42do Oriente Médio,
09:44temas de tarifácio,
09:45enfim,
09:46cada semana
09:47realmente temos
09:48um tema
09:48no qual
09:49Donald Trump
09:50ele se dedica
09:51e usa toda
09:52a sua retórica
09:53para desenvolver,
09:54para discorrer
09:54sobre o tema.
09:55Dá para a gente
09:56visualizar
09:57que essa política
09:58nova
09:59que está sendo
09:59colocada,
10:00que foi divulgada
10:02no dia de hoje,
10:03ela vem a ser
10:04algo realmente
10:04para valer,
10:05que vai orientar
10:06a sequência
10:07do governo
10:08do mandatário americano
10:09ou talvez
10:10seja apenas
10:11uma novidade
10:12da estação
10:12e que depois
10:13de um certo tempo
10:14ela acabe
10:14perdendo o relevo
10:16para outro tema
10:17que se faça
10:17mais interessante
10:18em alguma
10:19outra oportunidade.
10:22Bom,
10:23boa noite,
10:23Cristiano.
10:24A gente costuma
10:24brincar em relação
10:25ao Trump
10:26que tem o assunto
10:27do momento,
10:27o assunto da semana.
10:29Então,
10:29o assunto da semana
10:30agora se inicia
10:31com a questão
10:31do corolário
10:32de Trump.
10:33Então,
10:33a gente não sabe
10:34se ele vai dar
10:35seguimento,
10:36mas eu acho
10:36importante ler
10:37o cenário macro
10:38para a gente entender
10:39que tudo está
10:40concatenado,
10:41que não existe,
10:42por assim dizer,
10:43algo dissociado
10:44da realidade internacional.
10:46O Trump achou,
10:47basicamente,
10:48o governo Trump
10:49achou que esse momento
10:50era o momento adequado
10:52para, enfim,
10:53lançar essa política
10:54que, novamente,
10:55revive a doutrina
10:57moral,
10:57que foi muito criticada
10:59em momento passado.
11:00Por que ele achou isso?
11:02Porque ele justamente
11:03atendeu,
11:04no primeiro momento,
11:05aos interesses
11:06da Rússia,
11:07quando a Rússia,
11:07a gente sabe
11:08que foi ela
11:08que apresentou
11:09aqueles 28 planos
11:10para a proposta
11:11de paz
11:12em relação
11:12à Ucrânia.
11:14Então,
11:14basicamente,
11:15o que o Trump
11:15falou,
11:16olha,
11:16Putin,
11:16eu deixo você ter
11:17a zona de influência
11:18da Ucrânia,
11:19mas você não
11:20vem se meter
11:20aqui na América Latina,
11:21inclusive com o petróleo
11:22venezuelano.
11:24Em contrapartida,
11:25o Trump sabia
11:26muito bem,
11:27o governo Trump
11:27sabia muito bem
11:28que a Europa
11:29e a Ucrânia
11:29não iam aceitar,
11:30e ele fez o papel
11:31de bonzinho também,
11:32falando,
11:33vou reduzir
11:33desses 28 pontos
11:34para 19 pontos
11:36para atender
11:37os interesses
11:38da Ucrânia,
11:39mas a Europa
11:39fica na tua
11:40zona de influência,
11:41na tua zona
11:42de convergência,
11:43que é o OTAN
11:43ali continental,
11:44basicamente,
11:45com a Ucrânia,
11:46também não vai se meter
11:47aqui na América Latina.
11:49Então,
11:49basicamente,
11:50o que a gente
11:50está observando
11:50é que,
11:51nesse momento,
11:52por conta
11:53desse contingente,
11:55justamente,
11:55de assuntos,
11:56o Trump
11:57entendeu que era
11:58o momento adequado
11:59dele deixar
11:59muito claro,
12:01principalmente
12:01para a Europa,
12:02para a Rússia,
12:03e vamos falar assim,
12:04meio que indiretamente
12:05para a China,
12:06que não é mais
12:07para se meter
12:07na América Latina,
12:08inclusive na questão
12:10da Venezuela,
12:10porque na Venezuela
12:11e a América Latina
12:12é e deve ser,
12:14na visão trumpista,
12:15o âmbito de influência
12:16dos Estados Unidos.
12:18Então,
12:18é tudo interligado
12:20de situações
12:20que faz com que nós
12:22entendamos
12:23que,
12:24nesse momento,
12:25sim,
12:25é o foco
12:26da política trumpista
12:27e vai colocar a cabo
12:28essa tentativa
12:29de influência.
12:30Se vai continuar
12:31na próxima semana,
12:32Cristiano,
12:33a gente não sabe
12:33e acredito que sequer
12:35o governo Trump
12:36saiba se vai continuar
12:37como tendo esse objetivo.
12:39Denise Campos de Toledo.
12:41Professora,
12:41boa noite.
12:42Eu queria saber
12:43exatamente um tema
12:44que já foi citado aqui,
12:45dessa relação
12:46entre as grandes potências.
12:48A impressão
12:48que a gente tem
12:49em alguns momentos
12:49é que Trump
12:50fica testando
12:51para ver qual seria
12:52a reação em relação
12:53à China.
12:54Teve a questão comercial
12:55muito bem colocada.
12:56em relação ao Putin
12:57tem as idas e vindas
12:58das negociações
12:59em torno da guerra
13:00na Ucrânia
13:01e ele já teve
13:03outros focos
13:04imediatos
13:05logo após a posse,
13:06por exemplo,
13:06a Groenlândia,
13:07que ele reivindicava
13:08a liberdade,
13:10que ele falava
13:10que gastava muito dinheiro
13:11com a manutenção
13:12da base lá
13:13sem ter retorno.
13:14Ele testou
13:15as relações
13:16com o México
13:16e com o Canadá também,
13:18apesar deles terem
13:19todo um acordo comercial.
13:21Teve a situação
13:21em relação ao Panamá
13:23para restringir também
13:24o acesso da China
13:25com o suposto controle
13:28que a China teria
13:28na região.
13:29A América Latina
13:30pode ser um foco
13:31temporário apenas
13:32de Trump
13:33em meio a tantas
13:34idas e vindas?
13:37Bom, Denise,
13:38boa noite.
13:39Eu acho que é justamente
13:40o que você falou.
13:42Basicamente,
13:42o Trump vai e volta
13:44em relação
13:44a essas interferências
13:45na América Latina.
13:47Existe, logicamente,
13:48uma preocupação
13:49dos Estados Unidos
13:50em relação
13:50a essa zona ter
13:52quase que um paralelo
13:53comercial muito mais forte
13:55hoje com a China
13:56do que com os Estados Unidos
13:57e também a questão
13:58que a gente precisa
13:59relembrar
14:00que existe petróleo
14:01aqui na América Latina.
14:02Esse é um ponto
14:02super importante.
14:04Segundo ponto
14:05super importante,
14:06nenhum Estado
14:06que está do outro lado
14:07do Pacífico,
14:08como por exemplo
14:09a Rússia,
14:09como por exemplo
14:10a China,
14:11sofre, na visão do Trump,
14:13com os movimentos migratórios
14:14e com o narcotráfico
14:16como os Estados Unidos
14:17sofrem.
14:18Então, não são eles
14:19que vão combater
14:20justamente essa migração
14:21ilegal,
14:22não são esses Estados
14:23que vão combater
14:24por assim dizer
14:24esses movimentos
14:25de narcotráfico
14:26e os Estados Unidos
14:27se sentem na obrigação
14:29sendo o grande ator
14:30internacional
14:31da América Latina
14:32nessa contenção
14:33desses problemas,
14:35vamos colocar aqui regionais
14:36dentro desse continente americano.
14:38Então, dentro dessa premissa
14:40o que eu preciso
14:41enfim,
14:41passar aqui
14:42e fazer com que as pessoas
14:44compreendam
14:45nessa movimentação
14:46do Trump
14:46é que o Trump entende
14:48que historicamente
14:49são os Estados Unidos
14:50que têm direitos
14:51sobre essa região,
14:51a China está fazendo
14:53uma interferência
14:53ilegítima
14:54ainda que seja
14:55uma interferência
14:56ilegítima
14:56não na perspectiva
14:57do direito
14:58mas porque a China
14:59sabe muito bem
15:00que quem lida
15:01com os problemas
15:02aqui das Américas
15:03é os Estados Unidos
15:04e basicamente
15:05os Estados Unidos
15:06é que tem que compor
15:07a maior influência
15:08e ser o maior
15:09parceiro comercial
15:10desses Estados.
15:11Mas, feliz ou infelizmente
15:13o mundo hoje
15:14está muito mais globalizado
15:16do que quando
15:17os Estados Unidos
15:18fez a última intervenção
15:19militar
15:19nas Américas
15:21que foi em 1989
15:22no Panamá
15:23e principalmente
15:24a gente sabe
15:25que com esses problemas
15:26internos dos Estados Unidos
15:27que não são agora
15:28e interferências
15:29em guerras
15:30no Oriente Médio
15:31existia um vácuo
15:33de poder
15:33em relação
15:34à América Latina
15:35que foi já preenchido
15:36se ele vai conseguir
15:37recuperar
15:38a gente não sabe
15:39mas que o mundo
15:40está muito diferente
15:41da década de 80
15:42e principalmente
15:43do século XIX
15:44isso com certeza
15:45e vai ser um grande desafio
15:47para o Trump.
15:47Até porque, professora
15:48rapidinho só para a gente fechar
15:49a estratégia de segurança
15:51não se divulga
15:51ou não se divulgava
15:53não é?
15:55Exatamente
15:55agora a gente tem
15:56plano secreto da CIA
15:57sendo divulgado
15:58em cadeia nacional
15:59nos Estados Unidos
16:00em relação justamente
16:02a essa questão
16:02do Trump reafirmar
16:04que a gente tem
16:05justamente um plano
16:06de intervenção militar
16:07na Venezuela
16:07e mais importante
16:09do que isso
16:09né Tiago
16:10acho que a gente
16:10precisa relembrar também
16:11que o Trump
16:12não vai ficar feliz
16:13apenas com
16:14esse prêmio da paz
16:15vindo da FIFA
16:16ele ainda quer
16:17o Nobel da Paz
16:18então acho difícil
16:19que se passe
16:20a ponto de conseguir
16:21uma estratégia militar
16:22terrestre
16:23inclusive aí na Venezuela
16:25antes dele ganhar
16:26o prêmio Nobel da Paz
16:27boa tarde
16:29a gente tem
16:30a gente tem
16:30a gente tem
16:31a gente tem
16:32que se passe
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