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CEO da API Capital, Guilherme Barbosa comentou no Agora sobre a multa de R$ 14 milhões aplicada à Agibank pelo Procon. A situação causou o bloqueio dos consignados.

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Transcrição
00:00O Agibank teve o crédito consignado bloqueado pelo INSS após a detecção de irregularidades em contratos do banco.
00:12Segundo a Auditoria da Controladoria Regional da União, mais de 30 mil contratos apresentaram problemas,
00:22incluindo empréstimos para beneficiários já falecidos e refinanciamentos não solicitados.
00:31Em Fortaleza foi encontrado um caso de um refinanciamento feito sem autorização,
00:42com valores lançados no sistema do INSS, mas não recebidos pelos clientes.
00:49Além disso, alguns contratos tinham taxas de juros abaixo do teto permitido pelo mercado,
00:56o que indica possíveis irregularidades.
00:59O caso foi encaminhado à Polícia Federal e à Correjadoria do INSS.
01:05O Agibank está impedido de registrar novos consignados até que a apuração seja concluída.
01:14E para que a gente possa entender um pouquinho melhor dos desdobramentos dessa notícia,
01:20da suspensão do Agibank pelo INSS, conversamos agora com Guilherme Barbosa,
01:27que é CEO da API Capital, a quem eu começo aqui o nosso papo, desejando uma ótima sexta-feira,
01:34agradecendo por ter nos atendido aqui.
01:37Guilherme, já entendeu?
01:38E Mariana Almeida, presente aqui na tela, também participa dessa entrevista.
01:43Agora, Guilherme, olhando para o banco que agora, o Agibank, tem esses contratos suspensos
01:53com o INSS, eu vou começar de algo que é um pouco mais difícil, porque é menos palatável,
02:00que é o seguinte, o que sobra da reputação do banco?
02:04Mais cedo, a gente já trouxe a notícia, a Mariana Almeida já tinha feito essa observação
02:09que é muito importante, é um banco de varejo que tenta atender uma classe social menos favorecida,
02:16de mais baixa renda, ou seja, tem o potencial de atrair um número grande, um volume de clientes,
02:22que às vezes tem baixa escolarização, não entende exatamente o impacto dessa notícia.
02:27Vamos pensar no que sobra de reputação do banco e como é que isso reverbera,
02:32ele respinga no correntista, que fica agora meio a meio trontado.
02:38Entendi que é um problema do INSS, mas eu, que não tenho relação com o INSS, não sou beneficiário,
02:44o que eu posso ser atingido com o banco?
02:46Para a reputação, para o sistema financeiro como um todo, o que acaba de saldo nessa história?
02:53Vale, obrigado aqui pelo convite, obrigado pelo tempo.
02:56Bom, o Agibank é um banco que identificou um nicho de mercado que não era atendido nem pelos bancões,
03:04nem pelas fintechs, que é, como você bem explicou, um nicho de mercado que pega, por exemplo,
03:10as pessoas em regiões mais longínquas, aposentados, então esse é o nicho de mercado que ele explora,
03:17então a grande maioria dos clientes são essas pessoas.
03:21Do ponto de vista técnico, do ponto de vista dos indicadores do banco,
03:28quando você olha percentual de principais devedores, quando você olha índice de Basileia,
03:34quando você olha a saúde do banco como um todo, a saúde da carteira de crédito do banco como um todo,
03:40ela é muito saudável.
03:43Para te dar um dado, tem um indicador no mercado financeiro que a gente acompanha muito,
03:48que é qual é o percentual da carteira que está em atraso por mais de 90 dias.
03:54Do Agibank é apenas 2,6%, que é considerado um dado saudável.
03:59Então, com as informações que chegaram até nós sobre essa investigação,
04:06é algo que é uma fraude envolvendo a forma como os contratos são feitos,
04:13e não como a parte financeira do banco é administrado,
04:20que é um caso um pouquinho diferente do Banco Master.
04:22Se a gente for juntar aqui um outro assunto para comparar,
04:26a audiência talvez está vendo Master e agora o Agibank.
04:30Então, para o correntista, com base nos dados técnicos do banco,
04:38a gente entende que ele não demonstra fragilidade.
04:43Tudo indica ser a fraude nesses três principais pontos que foram apontados na investigação.
04:50Guilherme, obrigada pela sua participação aqui.
04:52Queria fazer uma pergunta para reforçar um pouco a compreensão do que você está trazendo.
04:56Quer dizer, a fraude em alguma medida, no caso do Banco Master,
05:01ela foi usada por uma crise de liquidez, ou seja, a estrutura financeira estava em risco ali,
05:06que de algum momento não está fechando a conta da forma como se estabeleceu aquela conta.
05:10Para o caso do Age aqui, o que você está dizendo é,
05:13do ponto de vista de retorno da operação em si,
05:18mesmo com a escolha desse segmento, que é o segmento,
05:20esse que não estava sendo atendido porque é de baixa renda,
05:23que envolve inclusão bancária,
05:25a conta fecha e a fraude não foi usada como mecanismo para ajuste financeiro,
05:31e sim para ganhos mesmo, excepcionais, eventuais,
05:34ou seja, se confirmando a fraude.
05:36Quer dizer, é nesse lugar que entra essa conta fecha no segmento do Age?
05:41Exatamente.
05:42O Master, para a gente simplificar bastante,
05:45ele tinha um descasamento entre o que ele tinha que pagar e o que ele tinha a receber.
05:53No caso do Age Bank, a gente não percebe isso.
05:56O que fica evidente são fraudes.
06:00Vou pegar, por exemplo, os contratos pós-óbitos.
06:021.192 contratos assinados após a data do óbito das pessoas,
06:09sendo que 163 destes, inclusive no INSS, já estava cancelado por causa do óbito da pessoa.
06:18Então, até parece que dá a entender que eles receberam a informação do óbito
06:27e tentaram processar mesmo esses empréstimos.
06:32Um outro caso muito gritante, que o Favala, inclusive, comentou,
06:37foi o refinanciamento fraudulento, em que a dívida da pessoa foi aumentada em R$ 17 mil,
06:42ou seja, ela, teoricamente, contratou um refinanciamento,
06:48a dívida dela aumentou R$ 17 mil, mas os R$ 17 mil não foram para a conta dela.
06:54É isso que aponta a auditoria da CGU.
06:58Então, é evidente um problema de fraude,
07:02buscando, enfim, obter recursos para alguém, para algum grupo, enfim.
07:08Aí a gente não sabe.
07:10Mas, do ponto de vista técnico, o banco é saudável com os dados que a gente tem disponíveis.
07:15Agora, Guilherme, é claro que a gente usa uma expressão, uma figura de linguagem,
07:20metonímia, a parte pelo todo.
07:23O age não é...
07:25Perdão.
07:28O age, ele não é uma estrutura que age sozinho.
07:32São pessoas ali dentro, que como a gente está elucubrando aqui, fazendo um pensamento imagético,
07:40tiveram a informação, tentaram, supostamente por fraude, por má fé,
07:45usar uma informação privilegiada de um beneficiário que havia morrido
07:49e buscar um empréstimo, um consignado dentro da estrutura do banco.
07:55Então, se a gente pensar aqui, numa linha ainda de uma investigação própria,
07:59muito superficial nossa aqui, imagética, o banco também, de uma certa forma,
08:05é vítima de um grupo ou um indivíduo mal intencionado dentro do banco.
08:11Onde que eu quero chegar?
08:12Então, está lesado a instituição, o banco, o beneficiário do NSS, o NSS, o correntista.
08:21Olhando para o banco, ele também pode, num processo judicial, ser ressarcido
08:27ou ele está encampado por algum tipo de lei que não, como o funcionário era seu,
08:32você, banco, vai ser responsabilizado, por mais que a instituição não tenha agido de má fé,
08:40vamos pegar por essa linha de pensamento, que um eventual processo judicial,
08:44um inquérito policial prove isso, mas assim, há um, dois, três, meia dúzia,
08:49um grupo mal intencionado, acaba contaminando todo o banco.
08:52A minha pergunta, o banco pode entrar como vítima ou ele acaba entrando como réu,
08:57se existe uma lei que põe o banco já nessa posição?
09:02Você trouxe um ponto muito importante, são mais de 1.100 pontos de atendimento,
09:08locais físicos com equipes do Lajibank atendendo a população.
09:14Então, claramente, a gente entende que tem uma equipe muito grande.
09:18O banco em si, no pronunciamento oficial, ele falou que ele tem padrões rígidos de segurança,
09:25incluindo biometria facial, incluindo validação dos documentos,
09:31que são apresentados por quem está lá fazendo o pedido,
09:35e uma parte de tecnologia de back-office, que tenta fazer ali algum cruzamento de dados.
09:42Então, no comunicado oficial, o banco informou que ele tem uma estrutura robusta,
09:46que ele ainda não recebeu, ele ainda não teve acesso aos autos,
09:52ele solicitou o acesso aos autos.
09:54Então, ele, por este momento, ele está se colocando como,
10:00olha, é estranho, porque eu tenho aqui os mecanismos e tal.
10:04Mas o fato é que os problemas foram encontrados.
10:08Respondendo mais especificamente a sua pergunta,
10:13pia de regra, o que eu acompanho da legislação brasileira,
10:19é que entende-se e a responsabilidade é sempre mais da empresa,
10:24porque ela não proveu recursos suficientes para evitar que seus colaboradores
10:31executassem uma fraude, por exemplo.
10:33Então, na grande maioria das vezes que eu vejo, é muito difícil a pessoa física ser responsabilizada,
10:39e é muito mais fácil a responsabilização da pessoa jurídica,
10:44dizendo que, tudo bem, o CPF aqui agiu de forma incorreta,
10:47mas você também foi negligente porque não propiciou um sistema
10:50que impedisse ela de cometer uma fraude.
10:54Então, eu acredito que não deve sobrar muita coisa para o CPF,
11:00que vai sobrar tudo para o CNPJ mesmo do EGBank, mas aqui é uma opinião.
11:05Claro, nós temos recursos ainda muito escassos,
11:08e a gente ainda vai falar muito contigo, Guilherme,
11:12e principalmente sobre este caso aí,
11:14entramos em mais um capítulo de mais uma novela aí,
11:18que a gente espera que tenha uma solução positiva para quem foi fraudado.
11:22Obrigado mais uma vez, queria fazer os meus agradecimentos públicos,
11:26não só a Mariana Almeida, a nossa analista aqui presente no estúdio,
11:29mais ao Guilherme Barbosa, CEO da API Capital.
11:34Obrigado, Guilherme.
11:35Um ótimo final de semana, até uma próxima.
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