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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, elogiou publicamente o trabalho do seu sucessor indicado pelo governo, Gabriel Galípolo, afirmando que "não teria feito nada diferente" em sua gestão.

Confira o Tempo Real na íntegra em: https://youtube.com/live/OOSJxBFnUwg

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Transcrição
00:00Vamos falar aqui no Brasil novamente do ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
00:05Ele elogiou o Gabriel Galípolo e disse que não faria nada diferente.
00:10Quem está acompanhando esse evento aqui em São Paulo é o Marcelo Matos,
00:14que vai chegar ao vivo direto da capital paulista com os detalhes.
00:17Oi Matos, boa tarde, bem-vindo.
00:21Muito boa tarde a você e a todos que nos acompanham aqui na Jovem Pan.
00:25Exatamente 27 graus, expectativa, estamos sob alerta ali de tempestade aqui em São Paulo,
00:30mas por enquanto não chove ainda um pouco de sol nesta tarde aqui em São Paulo.
00:35Como você disse, Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central,
00:39participou hoje aqui em São Paulo no evento da Fê Comércio,
00:42a discussão da conjuntura econômica do Brasil.
00:45E ele que era apontado como o principal vilão da economia desde o início do governo Lula,
00:50uma herança maldita de Jair Bolsonaro, que ficou no Banco Central durante dois anos na gestão de Lula,
00:57era o alvo principal das críticas do governo,
01:03seria um freio da economia toda a sua política fiscal.
01:06E hoje ele aproveitou para elogiar justamente Gabriel Galípolo,
01:10que está mantendo a política anterior no Banco Central.
01:13Vamos acompanhar então Roberto Campos Neto.
01:15Esse fenômeno de ter, vamos dizer assim, um crescimento não tão alto,
01:21com desemprego muito baixo, não é só do Brasil.
01:23Essa mudança no perfil de mão de obra global,
01:27e esse fenômeno de desemprego baixo ele tem em vários lugares do mundo,
01:31e como eu disse, muitos lugares do mundo fizeram programas de transferência que não retrocederam.
01:35Então explica em parte isso.
01:37A gente tem inflações ainda incomodando em grande parte do mundo,
01:41no Brasil a gente tem uma inflação acima da meta,
01:44eu acho que o Banco Central tem feito um trabalho muito bom,
01:47eu não teria feito nada diferente,
01:49então seria muito fácil chegar para mim e falar,
01:51olha, me criticaram aqui todo o tempo e o juros está mais alto.
01:55Eu não acho que isso não é construtivo,
01:57eu acho que a verdade é que quem está pilotando o Banco Central agora,
02:00que é o Gabriel, está fazendo um trabalho muito bom,
02:02e é vítima do mesmo problema, ou da mesma situação que eu tinha,
02:06que é como fazer uma política monetária, vamos dizer assim,
02:10sustentável de longo prazo em um ambiente onde existe uma percepção que o fiscal está desancorado.
02:17Então acho que ele está fazendo o melhor que dá para fazer,
02:20acho que o risco fiscal é dominante.
02:26Exatamente, acompanhamos Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central,
02:30evento da Fê Comércio aqui em São Paulo,
02:32Galípulo, a gente observa, neste final de ano,
02:35um crescimento de uma pressão para que Galípulo inicie a política de juros,
02:40foi criticado pela ministra Gleisi Hoffmann das Relações Institucionais,
02:44o ministro Fernando Haddad, que até então falava a mesma língua,
02:47disse que já existem condições para o início da queda dos juros,
02:51a gente sabe que o ano que vem tem eleições,
02:54isso é impeditivo de fato na vida real do cidadão,
02:57na vida real das empresas, do juro alto,
02:59mas de qualquer forma, então, Galípulo garante que não vai resistir
03:02às pressões políticas de um ano de eleição em 2026
03:06e esse início aí não está precificado, portanto, pelo Banco Central,
03:11bem como também pelo mercado.
03:13Retorno com vocês agora nos estúdios da Jovem Pan.
03:17Obrigada, Marcelo Matos, pelas informações.
03:19Vamos então agora com a nossa analista de economia,
03:22Denise Campos de Toledo.
03:24Você concorda, Denise, com a fala de Campos Neto
03:27no elogio a Galípulo e como que você avalia essa gestão do Banco Central até agora?
03:33Olha, Márcia, tem sido uma gestão técnica desde Roberto Campos Neto
03:37e agora também com o Gabriel Galípulo.
03:39Essa gestão acabou afastando aquela especulação quanto à possibilidade
03:43dele ceder a pressões políticas, porque ele foi indicado pelo presidente Lula
03:47e os demais componentes aí do COPOM, do Comitê de Política Monetária.
03:52A maioria já foi indicada pelo atual governo, então não há qualquer influência política.
03:57É uma decisão técnica e há dúvidas em relação ao cenário macroeconômico.
04:02Gabriel Galípulo, inclusive, foi muito transparente na última avaliação dele.
04:08Ele só faltou dizer que o cenário está muito esquisito,
04:11que há muito tempo nós estamos convivendo com juros muito elevados,
04:14o que tende a dar um aperto na atividade econômica,
04:17a desacelerar a atividade com mais intensidade e isso teria reflexos no mercado de trabalho
04:22e com mais intensidade na demanda, ajudando a segurar com maior rapidez a inflação.
04:26A inflação até está caindo para o teto da meta, que é 4,5%,
04:30mas o objetivo do Banco Central na atual gestão, o foco é que a inflação caia para 3%,
04:37que pelo menos as projeções caminhem mais consistentemente nesse sentido.
04:42E a gente tem previsão de inflação perto dos 3% só lá para 2028.
04:49Então é um cenário muito longo de inflação ainda pressionada, distante da meta,
04:54o que faz com que o Banco Central mantenha essa austeridade da política monetária.
04:58Agora o mercado sabe que há sinais de uma melhora nessa composição da inflação,
05:04de desaceleração de atividade, que pode levar o Banco Central a iniciar o corte dos juros,
05:09talvez já no mês de janeiro.
05:10Nós tivemos números mais fracos da atividade industrial,
05:14divulgados nesta semana, que acabaram reforçando essa expectativa,
05:19e que o início do corte dos juros seja mesmo em janeiro e não mais à frente.
05:24E amanhã sai o PIB, quem sabe também mostrando uma desaceleração,
05:27o que confirmaria esse cenário mais propício.
05:30Agora o Roberto Campos Neto chamou a atenção de um outro ponto,
05:32que também pesa nas decisões do Copom, que é a situação fiscal.
05:36O governo tem sustentado parte da demanda através de programas de transferência de renda,
05:41são os benefícios sociais que são importantes para o maior equilíbrio na distribuição de renda,
05:47mas de qualquer modo colaboram para sustentar a demanda e, consequentemente,
05:51diminuir o impacto dos juros elevados.
05:54E essa questão fiscal não se refere apenas aos benefícios sociais,
05:58mas também às desconfianças em relação à capacidade do governo cumprir a meta,
06:02a evolução da dívida pública, tudo isso pressiona também os preços.
06:07Então ele falou da dominância fiscal.
06:09Foi citado por Roberto Campos Neto e isso entra também nos comunicados do Copom.
06:13Agora, na semana que vem, tem reunião do Copom,
06:16a Selic deve continuar nessa reunião em 15%,
06:18talvez possa vir um comunicado um pouquinho mais ameno em relação ao começo de 2026.
06:23E no mesmo dia sai a decisão sobre os juros nos Estados Unidos,
06:27lá é esperado um novo corte diante de dados que mostram o enfraquecimento de atividade,
06:32o melhor comportamento da inflação e o mercado financeiro já está comemorando isso.
06:37É um dos fatores de a Bolsa estar batendo um novo recorde agora,
06:40Intradeja bateu recorde ontem, agora sobe apenas 0,17%,
06:45mas qualquer avanço renova essa marca recorde de pontos
06:49e o dólar cai 0,42%, cotação de venda em R$ 5,30.
06:57Quero aproveitar também e perguntar para o Gesualdo,
07:00mas acho que a Denise também pode comentar e acrescentar se ela quiser,
07:03se a gente tiver tempo, porque o cenário do ano que vem
07:07vai ter o imposto de renda agora, a isenção do imposto de renda
07:12para quem ganha até R$ 5 mil,
07:13então a gente vai ter mais dinheiro na economia,
07:17o presidente Lula incentivando mais o consumo,
07:20inclusive ele disse em rede nacional de televisão
07:23que todo mundo ia poder comprar uma televisão para assistir a Copa do Mundo,
07:26então se junta isso a um cenário de possibilidade de aquecimento do consumo,
07:32isso não pode trazer novamente uma expectativa de juros altos futuro?
07:38Gesualdo e Denise.
07:39Não apenas isso, mas tanto da fala do Campos Neto
07:44como também da fala do Galipo,
07:46percebe-se que o problema principal é a gastança do poder público,
07:50é a gastança, sobretudo, do executivo.
07:53Enquanto isso não for equacionado, os juros tendem a permanecer altos.
07:56Portanto, se o governo não fizer a cartilha dele,
07:58não cumprir com a cartilha daquilo que precisa,
08:01o Campos Neto foi, inclusive, muito polido.
08:03Ele disse, olha, comigo reclamavam tanto que o juros é de 12%.
08:06O Galipo está 15%, porque nós somos vítimas,
08:08palavras dele, nós somos reféns, na mesma situação,
08:11num problema do embrogue financeiro causado pelo próprio governo.
08:15Então, em períodos de consumo alto, como são de véspera de ano,
08:19e em períodos eleitorais,
08:21em que a gastança do poder público tende a ser ainda maior,
08:25não existe realmente um cenário para a baixa de juros,
08:28pelo menos ao meu ver.
08:28Denise, dá para incentivar o consumo, como o governo tem feito,
08:36mas, ao mesmo tempo, conseguir uma baixa na taxa de juros,
08:42ou seja, baixa da inflação,
08:44que possibilitaria uma baixa na taxa de juros?
08:46Dá para fazer esse cálculo?
08:48Olha, é uma equação mais complicada, Vitória,
08:50porque você tem que contar para a queda da inflação com dólar mais baixo,
08:54por aí até, tem sido um fator de colaboração,
08:58há pouco eu citei uma nova queda do dólar,
09:00ele está rodando bem abaixo do que o mercado previ,
09:02e o dólar entra na formação de vários preços,
09:04então, colabora com uma perspectiva melhor de inflação.
09:07A safra agrícola, se vier bem, também colabora,
09:10a evolução de preços de commodities no exterior,
09:13dos combustíveis, de preços agrícolas,
09:16também pode ter um efeito favorável,
09:18se imaginava que as tarifas de Trump tivessem efeito contrário,
09:21mas elas não interferiram muito nessa questão da formação de preços,
09:26então, tem um cenário dos preços em si que é mais positivo.
09:30Agora, quando você reforça a demanda,
09:32inclusive com o aumento da faixa de isenção do imposto de renda,
09:36até o presidente Lula recomendou que as pessoas troquem a TV para a Copa do Mundo,
09:40aí você minimiza o impacto dos juros,
09:43e os juros têm que permanecer mais altos por mais tempo.
09:46A Selic é hoje em 15%,
09:47o mercado está prevendo que caia até 12% no final do ano que vem,
09:51pós-eleições,
09:53então é uma queda muito pequena
09:54diante do nível de juros que temos aqui no Brasil.
09:58Obrigada, Denise e Gesualdo.
10:00A gente vai também agora para a JP Nas Redes,
10:02que é a tela com a sua opinião,
10:04aqui ao vivo na Jovem Pan News.
10:07Vamos ver a análise do dia,
10:09que é sobre a situação do PL e antifacção,
10:11se você acredita que é o adiamento do projeto de lei,
10:17da votação desse projeto de lei,
10:19ele pode ser uma estratégia para ainda haver alguma modificação ali no texto.
10:25O Sérgio disse,
10:25Boa tarde, Márcia.
10:27Acho que esse projeto não dá para ir passando assim,
10:30meio que imposto,
10:32ou seja,
10:33para beneficiar alguém politicamente.
10:35Tem que ser bem pensado
10:36e vendo os pontos que venham de encontro com os anseios da população.
10:40É, o que parece agora, Sérgio,
10:41é que todo mundo está pensando em quem vai ser o pai,
10:44quem vai tirar proveito para as eleições do ano que vem,
10:46é bem isso aqui no Brasil, né?
10:48Obrigada pela sua participação.
10:50Continua mandando mensagem no 119-1325-8055.
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