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O Tesouro Nacional rejeitou o empréstimo de R$ 20 bilhões pedido pelos Correios por considerar os juros de 136% do CDI altos demais. Léo Valente detalhou ao vivo da capital paulista e Mariana Almeida explicou os impactos financeiros e sociais dessa decisão.

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Transcrição
00:00Vamos ver quais são as notícias desta quarta-feira?
00:04O Tesouro Nacional recusou a proposta de empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios,
00:11apresentada por um consórcio de cinco bancos.
00:14O motivo foi a taxa de juros considerada elevada demais.
00:19A proposta enviada por cinco bancos previa a taxa de 136% do CDI,
00:26valor considerado acima do limite permitido e que levou o governo a recusar as condições iniciais.
00:35Para comentar o assunto e começar o agora, eu já me conecto ao vivo com o repórter Léo Valente,
00:44que tem as informações direto da capital paulista.
00:49Bom dia, Léo. Te passo a palavra aí.
00:51Bom, parece que essa novela dos Correios ainda tem novos capítulos, alguns deles inesperados.
01:00Bom dia mais uma vez.
01:00Bom dia, Favale. Bom dia para todo mundo que está acompanhando a gente no Agora.
01:08Exatamente. Já havia uma sinalização, ontem mesmo a gente falou que uma das condições
01:15para o Ministério da Fazenda, para o governo, para o Tesouro Nacional,
01:19a garantir esse empréstimo e a servir como garantia desse empréstimo de R$ 20 bilhões
01:24seria a apresentação de um plano estruturado, de um plano que fosse considerado suficiente
01:30para a reestruturação dos Correios e também para a sustentabilidade da companhia estatal.
01:36Mas o que aconteceu agora é que o governo também, o Tesouro Nacional,
01:39também considerou os juros muito elevados, como você falou, 136%.
01:43A gente já tinha falado que as condições representadas por esse consórcio de cinco bancos
01:47tinha sido de 136% do CDI, que é aquela taxa que acompanha.
01:53Ela não é igual, mas acompanha a taxa básica de juros da economia, a Selic,
01:58que hoje está em 15% ao ano.
02:00Para o governo, essa taxa foi considerada elevada demais para um empréstimo
02:05que tenha a garantia do governo.
02:08Ou seja, o governo disse que não há risco para quem faz um empréstimo
02:11considerando ter a garantia do Tesouro Nacional do governo
02:16nessa operação e que costuma aceitar até 120% nem em média nessas operações.
02:25Um pouco acima do que, um pouco acima não, 20 pontos acima do que seria 100% do CDI
02:34que seguiria ali em linha com uns 15% da taxa Selic.
02:39Esse 136% de juros foi considerado alto demais, foi recusado
02:45e agora os Correios devem buscar esses bancos que ofereceram essa proposta de empréstimo
02:51de 20 bilhões, que é considerado pela companhia o valor necessário,
02:55o valor que deve ser suficiente para fazer essa reestruturação,
03:00para fazer uma nova proposta, uma contra-proposta que fique em linha
03:04com aquilo que o governo disse que pode aceitar.
03:07Ou seja, até no máximo 120% do CDI nessa operação financeira.
03:15A gente lembra que os Correios têm previsão de encerrar o ano
03:19com um rombo ainda maior do que foi registrado no ano passado
03:23e a companhia tem feito ajustes, tem tentado encontrar uma solução
03:28para evitar um rombo ainda maior já antes mesmo do início do ano que vem
03:34para as operações de 2026 nessa reestruturação que a companhia estatal faz
03:40para evitar que o rombo seja ainda maior e também para cobrir essa reestruturação
03:47e esse rombo também que vem sendo registrado já nesses dois anos.
03:53Obrigado pelas primeiras informações, Léo Valente.
03:57Claro que tanto ao longo do Agora como ao longo da nossa programação
04:01a gente volta a se falar.
04:03Vamos além da notícia, agora preciso chamar Mariana Almeida
04:08para a gente destrinchar exatamente o que o Léo Valente trouxe
04:12como as primeiras informações.
04:14Mariana, falamos muito ontem, no Agora, de terça-feira,
04:18sobre os Correios, mas particularmente eu não imaginava
04:22que essa novela chegaria a esse capítulo da negação do empréstimo de 20 bilhões.
04:28Os motivos estão muito claros, juros de 136%,
04:33quer dizer, a dívida faria aquela chamada bola de neve,
04:38quanto mais anda, maior fica, até virar uma avalanche.
04:42A questão é que vamos por etapas.
04:45Primeiro, esse problema financeiro, 20 bilhões, 136% de juros,
04:51o que isso levaria a um aumento de uma dívida?
04:55Suponho eu que daqui a anos os Correios precisassem de outros 20 bilhões de empréstimo,
05:02mas por trás disso tem uma enorme população brasileira,
05:06principalmente em cidades pequenas, interioranas,
05:10mais isoladas de grandes centros,
05:14que precisam dos Correios para ter algum tipo de integração com a Federação.
05:19Então vamos por partes.
05:20Primeiro as questões financeiras,
05:21depois a gente desce essa camada para falar dos impactos que tem na população.
05:28Bom dia mais uma vez, Mariana Almeida,
05:30um prazer te reencontrar por aqui.
05:32Bom dia, Favari, bom dia para você e para todo mundo que nos acompanha aqui no Agora.
05:36Então vamos lá.
05:37Primeiro pegar a parte financeira, como você disse,
05:40e você comentou aí de uma bola de neve,
05:42no sentido de que se você não tem,
05:44você pega um empréstimo que é alto, com juros altos,
05:47se a sua operação não consegue dar uma rentabilidade tão alta quanto o empréstimo,
05:51porque na prática é uma comparação de rentabilidades,
05:54se eu me comprometo a dar 136%,
05:57eu preciso que os 36% sejam gerados,
06:00adicionais ao meu principal, em lucro.
06:03Então eu preciso de uma operação robusta que pague isso.
06:06Se não paga, eu pego outro empréstimo para pagar,
06:08e outro empréstimo para pagar o empréstimo.
06:09Essa é a bola de neve.
06:11E a questão é quem é que seria amassado por essa bola de neve lá no final da montanha?
06:16E é justamente o Tesouro.
06:17Por isso o Tesouro se colocou e falou,
06:19não, essas não são condições razoáveis,
06:21porque neste empréstimo,
06:23quem está por trás para garantir no final da ponta,
06:26sou eu, eu, o Tesouro.
06:27Se eu estou aqui, eu tenho condições super favoráveis,
06:31porque eu estou aqui gerindo o Tesouro Nacional,
06:33sou responsável pela própria gestão da moeda nacional,
06:37de alguma maneira, em conjunto com o Banco Central,
06:39mas eu tenho essa responsabilidade aqui,
06:41não tem esse risco tão grande.
06:43Então, não se justifica juros tão altos,
06:47e acaba acendendo também uma luzinha amarela,
06:49porque na prática, o que o seu financeiro poderia fazer
06:52de muito positivo numa operação como essa,
06:54é ajudar na avaliação de risco da própria operação mesmo.
06:58Ou seja, vamos olhar as condições específicas da empresa
07:01para saber se ela vai ou não vai com a sua atividade ali fim,
07:05ou seja, com o processo dos Correios conseguir pagar,
07:08e aí as instituições financeiras terem essa preocupação
07:12de calcular juros e risco considerando a atividade de fato,
07:16e aí serem, de alguma maneira, um outro olhar
07:19para além do que a própria empresa já tem que ter
07:22nesse processo de reestruturação.
07:24Mas a forma como está montada a operação
07:26e com o colchão lá embaixo do Tesouro para quem?
07:30Para os bancos, mas para o Ponte do Tesouro,
07:32com ele lá embaixo segurando e sendo amassado no final,
07:35a situação final é que, por hora, essa conta não fechou
07:38ou fecha para os bancos no final, fecha para a empresa,
07:42mas para o Tesouro fica só o rescaldo,
07:44que, de novo, daí fazendo uma ponte com outro pedaço
07:47que o Favale trouxe.
07:48Pode ter um custo público os Correios?
07:50Tem uma responsabilidade pública?
07:51Pode chegar até essas cidades muito pequenas,
07:55que exigem aí um olhar específico do poder público
07:58por causa do custo, da dificuldade de, de fato,
08:01gerar lucro numa operação normal de logística
08:04para essas cidades?
08:05Isso pode acontecer.
08:06Mas não separa o joio do trigo,
08:08separa o que tem que dar lucro,
08:09separa o que tem que dar operação de concorrência
08:12e olha para a empresa e pergunta,
08:14dá?
08:14Se dá, vamos financiar essa parte.
08:16O resto é despesa pública?
08:18Então, coloca na conta, ajusta, dá a transparência
08:21e aí a gente, pelo menos, sabe o que está pagando.
08:24O Tesouro diz foi, não sei o que eu estou pagando nesse caso,
08:26portanto, não aceito esse nível aí de empréstimo.
08:29Pois é.
08:30Mariana, só para a gente arrematar,
08:32algo que a gente falou ontem,
08:33queria trazer estes dados,
08:35por um projeto antigo do Brasil
08:38de interiorização de cidades,
08:41principalmente pequenas,
08:42distantes de grandes centros,
08:44e aí eu estou falando,
08:45inclusive, de cidades que estão no Alto Xingu,
08:48no Extremo Sul,
08:49mais para perto das zonas rurais,
08:52existe uma regra aí
08:53que todo município brasileiro,
08:56e são mais de 5 mil,
08:58tem de ter, pelo menos,
08:59uma agência do Correio
09:00ou um banco estatal,
09:02melhor representado pela Caixa Econômica Federal,
09:04independente do tamanho da escala.
09:06Pode ser um representante postal,
09:08ou um posto bancário,
09:10mas que essas cidades têm de ser
09:12representadas por essas duas estatais,
09:15justamente para ter um mínimo de atendimento
09:18e inserção de toda a população brasileira
09:22dentro do conjunto federal.
09:24Agora, Mariana,
09:24tem uma coisa que pouca gente sabe,
09:26e eu acho importante a gente trazer isso,
09:28que você pensa nos Correios,
09:30ah, é uma distribuição de cartas,
09:32mais recentemente,
09:33a coisa logística de entrega de pacotes,
09:36mas os Correios aqui no Brasil
09:37são responsáveis por prova no Enem.
09:40Prova do Enem é no mesmo dia
09:41para todo mundo,
09:43todos os cidadãos brasileiros inscritos.
09:45São os Correios que entregam provas,
09:47ajudam na distribuição das urnas eletrônicas,
09:50nas datas de votação,
09:52e inclusive nas campanhas de vacinação,
09:54levando equipamentos e levando vacinas.
09:57E grandes empresas de logística,
09:59que aí todo mundo sabe do que eu estou falando,
10:01essas que se instalaram nos grandes centros,
10:04para entregar pacotes,
10:05para entregar as compras que você faz
10:07no ambiente virtual,
10:09o que dá um ótimo dinheiro,
10:10não vão se interessar em entregar um pacotinho
10:14para quem está, por exemplo,
10:15no Alto Xingu,
10:16no Arroio Chuí,
10:18ou no interior ali do Acre.
10:22E aí sobrou para os Correios.
10:23A questão dos 20 bilhões de empréstimo é
10:26a estrutura do Correio,
10:28o que sobrou,
10:28os veículos,
10:30os prédios,
10:31isso não poderia ter sido colocado como garantia?
10:34Estou fazendo uma conta aqui de padaria,
10:36de cabeça,
10:37e talvez não tenha esse valor todo,
10:39não é, Mariana?
10:39A questão é que não tem uma decisão também
10:42de colocar o patrimônio dos Correios
10:44ainda no jogo,
10:45colocando como um risco,
10:46uma passagem no que seria, inclusive,
10:49de alguma maneira,
10:49uma abertura para a tal da privatização dos Correios,
10:52porque se você perde toda a...
10:54se você coloca em risco como garantia
10:56e se você acha que não tem a sustentação
10:59da operação para manter,
11:01você vai perdendo patrimônio,
11:03quando perde patrimônio,
11:03de alguma maneira,
11:04é o que algumas vezes foi dito
11:06como uma construção da situação
11:08para uma privatização
11:09e a depender da deterioração,
11:11a privatização barata.
11:13Então, isso acaba caindo de novo
11:14naquele flafludo
11:15tem ou não tem que privatizar,
11:16que afasta o debate disso
11:18que o Favalli estava trazendo,
11:19que é o quê?
11:21Que pedaço dessa operação
11:23faz parte de uma natureza
11:24pública de despesa?
11:26E, assim, é isso.
11:27Tem alguns serviços
11:27que o próprio Poder Público
11:28vai demandar
11:29dessa infraestrutura logística,
11:31como o Enem,
11:32como as zonas eletrônicas
11:33que a gente estava mencionando antes,
11:35que faz sentido
11:36ter um custo público.
11:38Isso precisa ser identificado
11:39e saber,
11:40este custo vai ser financiado como?
11:42Vai ficar dentro do orçamento?
11:43Não, vai ter uma empresa
11:44pública para isso?
11:45Qual é o custo dessa empresa?
11:46Quais são os aportes
11:47de capital necessários
11:48para manter essa empresa
11:49ao longo dos anos?
11:50Isso é conta que dá para fazer
11:51e é diferente da expectativa
11:53de geração de lucro permanente
11:55para uma empresa,
11:56e aí é outro pedaço,
11:57pública dos Correios,
11:59que também quer concorrer
12:00dentro dos mercados tradicionais,
12:02onde, aí sim,
12:03outras empresas têm muito interesse
12:04e muita disponibilidade de capital
12:06para investir em inovação.
12:07a concorrência em relação
12:09à gestão de logística
12:10em grandes cidades
12:11e grandes centros urbanos
12:12tem que ser acirrada
12:13enormemente com outros players,
12:15inclusive a Amazon,
12:16o Mercado Livre,
12:17entrando também
12:17na parte de logística
12:19e distribuição.
12:20Então,
12:21que parte dá para fazer lucro?
12:24Que parte não dá?
12:25A parte que não dá,
12:26qual é o modelo
12:27que a gente vai fazer?
12:28Porque isso tem função pública
12:30colocada,
12:31tem uma necessidade
12:31de logística posta
12:32que é do Estado
12:34querer utilizar.
12:35Então, vamos olhar para isso
12:36com essa nitidez
12:36e organizar as contas
12:38e fazer a coisa andar.
12:40É mais do que um empréstimo,
12:41é mais do que saber
12:42qual que é o jeito
12:43de fechar a conta hoje.
12:44É entender a natureza mesmo
12:46dessa atividade econômica
12:47e saber qual é a melhor forma
12:48de financiá-la
12:48hoje e no futuro.
12:50A única conclusão
12:51que a gente consegue ter
12:52neste momento
12:53é que ainda continuaremos
12:56falando dessa questão
12:57dos correios,
12:58isso gera um impacto,
12:59como a Mariana muito bem explicou,
13:00nos cofres públicos
13:02e o ano que vem,
13:03eleição federal,
13:04troca de presidente,
13:06tem campanha presidencial,
13:09a gente tem um novo mandato presidencial
13:12e isso gera uma troca
13:14dos comandos,
13:16das estatais,
13:18das autarquias.
13:19Isso mexe, por exemplo,
13:20com a publicidade,
13:22porque entre todo esse embrólio,
13:24as estatais e as autarquias
13:25têm grandes verbas publicitárias
13:28e o mercado publicitário,
13:29só um dos exemplos,
13:31começa a se engalfinhar,
13:32se acotovelar para conseguir,
13:34por exemplo,
13:35a publicidade,
13:36abocanhar essas verbas.
13:39Para que todo mundo entenda
13:40a importância da gente
13:41estar falando sobre isso.
13:43Agradeço aqui
13:43a primeira interação
13:44que eu tive com a Mariana Almeida,
13:45daqui a pouco a gente volta
13:46a conversar sobre este
13:48e outros assuntos.
13:50Está vendo esse QR Code
13:52aqui na sua tela?
13:53Então,
13:54todo o nosso conteúdo
13:55está lá,
13:56na nossa página no YouTube.
13:57Quer entender
13:58o que está movimentando
14:00o mundo dos negócios?
14:01No canal do Times Brasil,
14:02licenciado exclusivo,
14:03CNBC,
14:04no YouTube,
14:05você acompanha,
14:07além da nossa programação
14:08ao vivo,
14:09muito mais,
14:10análises exclusivas
14:12e entrevistas
14:13com quem toma decisão
14:15no país.
14:16Aponte a câmera do seu celular,
14:17que aí o processo
14:18é todo automático.
14:19O sistema já te leva
14:21para a nossa página
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