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O climatologista Luiz Carlos Molion sentou no sofá do Pânico para botar fogo (no debate, é claro) na narrativa do aquecimento global. Para ele, o planeta não está esquentando por culpa do homem, mas sim devido aos ciclos naturais da Terra. O professor analisou a narrativa de Davos e dos ambientalistas que tentam barrar o desenvolvimento de países emergentes. Ainda deu tempo de Molion defender o agronegócio brasileiro, mostrando que a nossa agricultura, ao contrário do que dizem, é a que mais sequestra carbono no mundo! E parece que ele teve síndrome de Estocolmo, viu?!

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😹
Diversão
Transcrição
00:00Solta a vinheta. No programa de hoje, o verdadeiro homem do tempo. O cara que entende tudo de clima e meio ambiente.
00:09Aqui choveu e relampagou. Aqui tá chovendo e repangalejando.
00:14O homem que não tem medo do planeta hostil. Não se importa se pintar um clima e nem esquenta com aquecimento global.
00:23Nenhuma dessas previsões se concretizou exatamente porque os resultados são projeções de modelos de clima que não tem confiabilidade alguma.
00:37Aplausos para o professor Molion.
00:44Muito bem, professor. Que honra recebê-lo aqui no estúdio, professor.
00:48Ó, já vou passar. Siga o professor no Instagram, arroba prof underline molion.
00:56Prof underline molion. Siga lá que o professor tem muita coisa bacana no Instagram.
01:02Tudo bem, professor?
01:04Tudo bem, Emílio. Uma satisfação estar aqui.
01:06Eu queria, de público, agradecer o Michel Fernandes.
01:11Sim.
01:12Da Canatec, que foi ele que bancou a minha vida.
01:16Ah, é? Pô, muito obrigado. Obrigado, Michel.
01:19Professor, você faz muito trabalho pro agro, né?
01:22Você sempre tá, às vezes eu acompanho e tal, você sempre faz essas pesquisas, né, pro agro.
01:29Basicamente, na faixa de 40 palestras por ano.
01:35Sim.
01:36Presenciais, né? Fora o que é feito via internet, né? Virtualmente.
01:41E como é que tá, por exemplo, eles falam que o clima, hoje em dia, não é mais como era antigamente.
01:49Que o clima deu uma mudada. Mudou alguma coisa no clima?
01:54Bom, o clima é variável por natureza, né?
01:59Quer dizer, a natureza do clima é variável.
02:02E, aparentemente, nesses últimos 100 anos, a gente tem tido períodos que, em média, aquece,
02:12como foi entre 1916 e 1945.
02:17E períodos que, de 46 a 75, esfriou.
02:21Inclusive, esse período frio, terminou em julho de 75, com a famosa geada negra.
02:29Sim, eu lembro.
02:30Lembra disso, né?
02:31O cafezal, né?
02:32Isso.
02:32Muita gente acabou com... Foi em 75, né?
02:3575.
02:36Julho de 75, erradicou o café do Paraná.
02:40Isso.
02:41Londrina, a rodovia do café, não tem um pé de café.
02:44São Paulo perdeu.
02:46Minas perdeu.
02:46E o Paraná e São Paulo retornaram mais com cana-de-açúcar e citros.
02:54Exatamente.
02:54Agora, os mineiros insistem em plantar café.
02:58E perderam de novo agora em 2022.
03:02Aí, passou por um período, 76, até 2005, que houve esse aquecimento.
03:12Natural.
03:14Tá.
03:15Baseado no quê?
03:16Há períodos em que você tem muita massa de ar polar, chegando até a região tropical, esfria.
03:24Tá.
03:24E há períodos que cessa, ou a frequência fica muito pequena.
03:29Aí aumenta a temperatura.
03:30Mas é um negocinho de nada.
03:320,3, 0,4 graus, que absolutamente não compromete com nada.
03:37Então, esse período de aquecimento terminou em 2005.
03:42De lá pra cá, a temperatura tem se mantido praticamente estável e até começou a cair um pouco agora.
03:50E nós vamos seguir esse novo período de resfriamento, provavelmente até o ano 2034, 2035.
03:58Por isso que, então, eles falavam em aquecimento global e deixaram de falar porque não está aquecendo.
04:05Agora são mudanças climáticas.
04:07É.
04:08Trocaram seis por meia dúzia.
04:10É.
04:10Como a gente diz, né?
04:11Na gíria.
04:13Então, mas isso aí é o quê?
04:14São cientistas?
04:15É alguém que está financiando isso pra...
04:18Qual é o interesse de aterrorizar a população com isso?
04:23Emílio, eu acho que o problema é realmente impedir que os países se desenvolvam, né?
04:31Os países de terceiro mundo.
04:32Isso.
04:33Você tem o IDH, que é o Índice de Desenvolvimento Humano.
04:37É um índice que vai de 0 a 1.
04:41Então, os países mais bem colocados estão entre 0, 9 e 1.
04:46Tá.
04:47Quando você conta, só tem 37 países que estão nessa situação.
04:51É, Noruega, Suécia, Finlândia.
04:55País rico.
04:55Falta uns 170 países conseguirem chegar lá, dar uma condição adequada de vida para o seu cidadão.
05:05Precisa ter uma ideia?
05:07Cerca de 10% da população do mundo não tem acesso à energia elétrica.
05:13É assustador, né?
05:14E quando eles falam em reduzir as emissões de CO2, por quê?
05:19Porque quando você tem a segunda agência internacional de energia, 87% da energia que é gerada é com combustíveis fósseis.
05:31Petróleo, carvão mineral e gás natural, que libera CO2 quando é utilizado nas termas elétricas.
05:37Sim.
05:38Então, a ideia de reduzir qual é?
05:40É impedir que se gere mais energia elétrica.
05:43800 milhões de pessoas, só na África são 590 milhões, estimado, que não tem acesso à energia elétrica.
05:52Que é o carvão.
05:53Ele queima carvão, né?
05:54Para ter o... para comer, para esquentar...
05:57Não, chega a ser pior.
05:59E tem um estrume de animal, muitas vezes, para cozinhar.
06:03Nem madeira não tem... é difícil.
06:05Então, são 170 países que precisam melhorar a condição dos seus cidadãos.
06:14E, claro, se você impedir que o indivíduo gere energia elétrica, ele não tem rio.
06:22Infelizmente, nós tínhamos três usinas planejadas para o Tapajós.
06:28Mas você viu o desastre que foi Belo Monte.
06:30Belo Monte só tem uma turbina funcionando. Por quê, professor?
06:34Faltou água.
06:34E não tem mais o reservatório.
06:37Quando nós analisamos...
06:40Fui parte do grupo que analisou a última parte do balanço hídrico do Rio Xingu.
06:47Tinha lá um reservatório de uns 2.600, 2.800 quilômetros quadrados.
06:53Que para a Amazônia, isso não é nada.
06:54A pressão ambientalista foi tal que acabaram retirando esse reservatório.
07:00E hoje, Belo Monte é uma usina fio d'água.
07:03Choveu? Gera.
07:0511 mil megawatts instalados.
07:07Choveu? Gera.
07:08Não choveu?
07:09Não gera.
07:10É um absurdo, né?
07:11No ano passado, houve realmente uma redução muito grande de chuva.
07:16principalmente no centro-oeste, Mato Grosso e nessas bacias como a do Xingu, do Tocantins.
07:25E só estava gerando 1.100 quilowatts.
07:30Sim, eu vi isso.
07:31Que são não sei quantas sublinas, só uma opera justamente porque entraram os ambientalistas lá.
07:37Como sempre, né?
07:39É, então eu acho que o problema é esse, Emílio.
07:41É impedir que os países se desenvolvam.
07:45Porque eles acham que...
07:46Eu acho que quem está por detrás disso mesmo é aquele fórum da economia mundial.
07:51Davos.
07:51Davos.
07:51Lá na Suíça.
07:53Davos, Davos, que a turma fica...
07:55Davos.
07:55Gostoso lá, hein, professor?
07:57Davos.
07:57Chocolate bom.
07:58Davos.
07:58Bons hotéis.
07:59Sim.
07:59Bons hotéis.
08:01Saúde funciona bem.
08:02Principalmente quando você vai com o seu Boeing.
08:05Claro.
08:05Particular.
08:06Aí você queima.
08:07Se aterrisa lá, então é uma boa pista lá.
08:10Isso aí.
08:10Ou então você estaciona dois navios em Belém, queimando seis mil litros de diesel.
08:17Ô, professor.
08:18Então, mas professor, mas isso é uma hipocrisia, né?
08:20Total.
08:21Isso é uma hipocrisia?
08:23Mas se você for perguntar pra população, no geral, pra qualquer pessoa que você pergunta,
08:28ela é a favor da natureza.
08:31Ela é contra algo que vai destruir o meio ambiente.
08:34A gente gosta de árvore, a gente gosta da natureza.
08:37Só que é muito cruel isso, porque você, ao mesmo tempo que você quer proteger, as pessoas querem o progresso.
08:44É tipo o negócio do petróleo lá no Amapá.
08:46O senhor é favorável a perfurar o petróleo lá no meio da Amazônia?
08:53Não.
08:53No meio da Amazônia, a Petrobras já faz isso há muito tempo.
08:57Já tem um...
08:58Ô, o Rio Urucum tira um petróleo de excelente qualidade.
09:02O maior problema do petróleo, a queima do petróleo, não é o gás carbônico.
09:07O gás carbônico, ele praticamente não contribui para a temperatura do planeta.
09:14O problema do petróleo é o enxofre que está nele.
09:20Enxofre?
09:21Enxofre.
09:22Porque quando queima, esse enxofre sai na forma de SO2.
09:28O símbolo químico do enxofre é Sulfur.
09:31Sim.
09:32Tá?
09:33Ele sai na forma de SO2 e quando entra na atmosfera, ele combina com a umidade da atmosfera
09:38e forma partículas ou gotículas de H2SO4.
09:43Lembra dessa fórmula?
09:44Não.
09:45Ácido sulfúrico.
09:47Um dos piores.
09:48H2SO4.
09:50Na atmosfera?
09:51Na atmosfera?
09:52Polui.
09:53Poluição, né?
09:54O SO2 entra, combina com a umidade existente, né?
09:59Porque na realidade, a gente fala muito de umidade, mas no fundo é água no estado gasoso.
10:06Tá.
10:06E tá lá.
10:07Então, como ele é muito...
10:10Esqueci a palavra.
10:13Higroscópico.
10:15Então, o SO2 entra, combina com a umidade que tá aqui presente e forma gotículas de H2SO4.
10:22Ácido sulfúrico.
10:23O cidadão respira isso?
10:25Sim.
10:26Então, o problema do petróleo é esse.
10:31No caso do petróleo do Urucum, não tem enxofre.
10:37Porque foi um petróleo formado apenas com restos de vegetação.
10:42Entendi.
10:43Então, mas o senhor partindo do princípio, que existe...
10:46Sou favorável.
10:47Sim, mas a poluição.
10:50Então, a gente influencia numa cidade como São Paulo, que aí tá queimando petróleo,
10:55Então, o microclima é prejudicial à saúde.
10:59Agora, mudar a temperatura do mundo inteiro é difícil, né?
11:03Não, não dá, não.
11:04Não dá pelo seguinte.
11:05Vamos fazer as contas, né?
11:07Você vive num planeta com 71% de oceanos.
11:10Sobra 29% de continentes.
11:14Certo.
11:15Dos 29% de continentes, 16 é deserto, areia e terra gelada.
11:23Por exemplo, o continente antártico tem 14 milhões de quilômetros quadrados.
11:29Sim.
11:29A América do Sul tem 16, o Brasil tem 8,5.
11:32Sim.
11:34Então, 29 menos 16.
11:38Sobrou 13.
11:397% ainda são florestas.
11:42Florestas tropicais, como a Amazônia, mas existem as florestas boreais também.
11:47No Canadá, no Norte da Europa e na Rússia.
11:52Sobrou o quê?
11:536%.
11:53Que é o que o homem manipula.
11:57Do planeta.
11:57Do planeta inteiro.
11:59Contra 71%.
12:00Que não tem a influência do homem.
12:03Exatamente.
12:05Então, e cidades.
12:07Se eu somar todas as cidades, as áreas urbanas, que fizeram isso avaliando com satélite,
12:14o número que eles colocam precisa.
12:170,69%.
12:20Quer dizer, menos de 1% da superfície do planeta é coberta com áreas urbanas.
12:29Então, você tem os oceanos.
12:30Vamos pegar o que aconteceu agora, recente.
12:34A corrente marinha, chamada Kurochil, ela leva calor, água quente, da região equatorial,
12:43em direção ao Japão e pega aí a costa norte da China e da Rússia.
12:49Então, essa corrente está mais ativa.
12:52Tinha acumulado muita água quente do lado da Rússia e da China.
12:58Aconteceu um terremoto no dia 30 de julho, com magnitude de 8,8 na escala Richter.
13:05O sexto terremoto mais intenso que nós temos registro.
13:09Criou uma onda, um tsunami e, em questão de horas, jogou toda essa água quente para cima dos Estados Unidos.
13:20Ela atravessou o Pacífico.
13:22Então, como é que você vai dizer que mexeu em 56 milhões de quilômetros quadrados em questão de horas?
13:30É impressionante, né?
13:31E vai dizer que...
13:33É impressionante.
13:33Um homem é...
13:34É impressionante.
13:36A natureza...
13:36Mas essa história aí, ela já veio sendo preparada.
13:40Você lembra da destruição da camada de ozônio?
13:43Lógico que eu lembro.
13:44Eu parei de usar desodorante.
13:47Eu fiquei sem usar desodorante.
13:48Nunca mais eu usei desodorante.
13:50Até hoje eu não uso desodorante.
13:51Aquilo, Samir, foi o maior golpe comercial do século XX.
13:57Mas foi a indústria do quê que bolou isso?
13:59Que sempre tem alguém que tem o interesse.
14:01É, um cara chamado Maurice Strong, que felizmente já morreu.
14:06Que fez...
14:07Era a Greta.
14:08Era a Greta dos anos 70.
14:11Que fez a conferência de Estocolmo em 72.
14:14Preparou toda essa mutreta do buraco de ozônio, da camada de ozônio.
14:20Você pega uma molécula de CFC.
14:23É complexa.
14:25Ela pesa quase 150 gramas por mol.
14:30Cinco vezes mais do que o ar.
14:32Como é que uma molécula dessa ia sair daqui, chegar até a boca da estratosfera?
14:39Se você sabe que à medida que você sobe, a temperatura vai diminuindo.
14:42Claro.
14:43Então a molécula chega na boca da estratosfera com 80 graus negativos.
14:47Aí na estratosfera a temperatura começa a subir.
14:50Como é que ela ia sair dali e chegar a 40, 50 quilômetros de altura pra destruir o ozônio?
14:56É.
14:57Não faz muito sentido.
14:58Mas a gente compra isso.
15:01Muito.
15:02Depois eu lembro...
15:03Então, eu lembro disso aí.
15:04A camada de ozônio eu lembro.
15:05Você dá época da escola.
15:07E saía no Jornal Nacional e falava, olha como está a camada de ozônio.
15:09O zônio eles punham...
15:10Tinha.
15:11Tava abrindo.
15:12E aí você ia morrer queimado.
15:14É, ultravioleta.
15:15O sol ia destruir a gente.
15:17O ultravioleta do sol.
15:18Depois foi na época dos meus filhos que ia acabar a água do mundo.
15:23Também.
15:24Que no ano 2000...
15:25Ia ficar sem água.
15:26No ano 2000 e pouco não ia ter mais água.
15:29A água ia...
15:30É verdade.
15:30Ia acabar a água do mundo.
15:32Tem que desligar a tonelha.
15:34Água potável.
15:34Água potável.
15:35O problema era a água...
15:35Tinha muita água, mas não tinha muita potável e ia acabar.
15:38Então, mas aí as pessoas, quem não acredita muito, é chamado de negacionista, né?
15:44A gente é chamado...
15:46O senhor é chamado de negacionista também.
15:48Exatamente.
15:49Mas o que é consciência ambiental?
15:51Então me explica de fato o que realmente dá pra fazer.
15:54O que você está falando?
15:54Eu lembro da escola que você fazia cartolina.
15:56Sim.
15:57Que a água ia acabar, a evaporação da...
15:59Como é que dá pra fazer que você está preservando de fato o meio ambiente?
16:05Olha, eu acho que aqui no Brasil,
16:07principalmente no agro,
16:10o produtor tem grande consciência nisso.
16:14Que ele precisa conservar o solo,
16:16que ele precisa manter faixas de vegetação.
16:19Tem muita consciência disso.
16:22E não tem em outros lugares.
16:24Você vai, por exemplo, nos Estados Unidos.
16:27O cara arranca todas as águas até a beirada do rio.
16:32E aqui não.
16:33Tem áreas que você pode...
16:36Tem que manter uma faixa de vegetação pra preservar.
16:39Isso nós fazemos melhor do que qualquer um, né?
16:42Nós estamos dando exemplo.
16:44Historicamente,
16:46a Inglaterra começou a usar carvão mineral
16:51pra aquecimento porque tinham acabado com todas as árvores.
16:55Sim.
16:56Hoje, floresta que você vê na Europa é tudo replantado.
17:00Não tem nada natural, né?
17:02Tem um livro do Charles Dickens.
17:04Sim.
17:04É...
17:05Muito bom, Charles Dickens.
17:06Ele retrata muito bem esse período frio dos anos 1770.
17:13Oliver Twist, que depois virou um filme também, né?
17:16Retrata muito bem a função,
17:20o emprego de limpador de chaminé.
17:23Aham.
17:23Que tinha na época.
17:24Então, nós fazemos isso muito bem.
17:27Sabe?
17:28O Brasil tem essa consciência.
17:29O Brasil tem.
17:30E a Europa gosta muito da pitaco na gente.
17:32Principalmente do agro.
17:33Se você pegar a França,
17:34a gente até aprendeu lá.
17:36O francês adora falar que a gente não preserva.
17:39E tem esse lado.
17:39Pois é, mas ali, no caso da França,
17:42é porque os nossos produtos, né?
17:46Que saem do agro e também a pecuária
17:49são produtos muito mais baratos e de melhor qualidade.
17:53Tem uma competição de mercado.
17:54Se você pegar a nossa soja,
17:55a nossa soja tem um percentual de proteína
17:59melhor do que a soja americana, por exemplo.
18:03Então, nós somos criticados por isso.
18:04Porque a gente produz bem.
18:06Melhor.
18:07Produz barato, né?
18:08E eles lá não têm.
18:11Então, o produtor francês, ele...
18:15Quer meter o pau na nossa soja porque a dele é ruim.
18:18Não, e não é só disso, né?
18:21Todos os outros produtos deles também são muito caros.
18:24Mão de obra, cara, tudo mais.
18:26Vai fazer vinho na França.
18:30O cara tem o quê?
18:32Cinco meses do ano pra fazer.
18:33Sim.
18:34E são todos pequenos produtores.
18:36Você vê aqui no Nordeste.
18:39No Rio São Francisco, lá, né?
18:41Rio São Francisco, né?
18:41É.
18:42Petrolina.
18:43Sim.
18:43O cara planta continuamente.
18:45Ele vai...
18:46A gente diz que dá duas safras e meia por ano,
18:49mas na realidade é constante.
18:50Porque eles vão plantando e vão colhendo
18:52assim que tá maduro.
18:54O tempo todo.
18:55Então, sai muito mais barato produzir aqui.
18:58Certo.
18:59E com isso, entra na competição lá
19:01e eles são obrigados a baixar o preço.
19:03Eu tava vendo outro dia,
19:04tem uma cidade na Bahia,
19:06acho que é o nome do filho do Magalhães lá.
19:08O nome da cidade.
19:09Luiz Eduardo Magalhães.
19:10Luiz Eduardo Magalhães.
19:11É a cidade que mais cresceu na Bahia com agro.
19:14Com agro.
19:15Você conhece?
19:16Conheço.
19:17Você conhece tudo, né, professor?
19:18Ele dá consultoria pro agro.
19:20Professor é mestre, hein?
19:21É mestre.
19:22O professor Molion.
19:24Na realidade, o nosso produtor,
19:26ele não gosta muito de palestra via internet.
19:30Não.
19:31Não gosta de nada, né?
19:32Você já percebeu isso, né?
19:33Opa.
19:34A gente foi.
19:34O Samy também, de vez em quando,
19:36você sai por aí.
19:37Sai, né?
19:38O Pânico também, a gente foi lá fazer o agro.
19:40Então, aí eu sou obrigado a fazer palestra presencial.
19:44Por quê?
19:45Depois da palestra, tem o jantar,
19:47tem o churrasco,
19:48tem um conjunto tocando lá.
19:50Olha,
19:53o que que eu ia dizer?
19:55Estamos falando da cidade.
19:56Da cidade.
19:57Da cidade.
19:58Luiz Eduardo Magalhães.
19:59Isso, é o nome dessa cidade.
20:01Ele era chamado Mimoso do Oeste.
20:05Aí foi que o ACM, o Antônio Carlos.
20:07O velho.
20:08Velho.
20:08Entrou em contato com eles e disseram,
20:11não, tudo bem.
20:12A gente bota o nome do seu filho
20:13desde que você emancipe o nosso município.
20:17E ali corre uma grana preta, viu, Emílio?
20:21São os gaúchos que foram pra lá, né?
20:22Tudo gaúcho.
20:23Tudo gaúcho.
20:24Esse pessoal do agro,
20:26porque é o seguinte,
20:27o gaúcho foi pra soja e tal,
20:29e o paulista foi pro gado.
20:31O paulista que saiu daqui
20:33foi pra Mato Grosso,
20:34foi pro gado,
20:35e o gaúcho foi pra soja,
20:37foi pra todas as...
20:38Muitas famílias,
20:39inclusive no Mato Grosso,
20:40onde a gente conheceu o Edu.
20:41É, exatamente.
20:42E o senhor que dá toda a consultoria.
20:46Eu diria que eu sou um dos principais, né?
20:48Eu tenho uma média de
20:5040 palestras presenciais por ano.
20:54Só agora, nesses três meses,
20:57agosto, setembro e outubro,
20:58foram 27.
20:59E só em Luiz Eduardo foram três.
21:02Boa.
21:03Essa cidade,
21:04hoje tem mais de 100 mil habitantes,
21:06se não me engano,
21:07ela passou de 5 mil pra 100 mil,
21:10ela...
21:10O progresso...
21:10Pelo investimento do agro.
21:1140 anos atrás não tinha nada, cara.
21:13Porque é o quê?
21:14É o progresso do agro.
21:16E o que as pessoas falam,
21:18a gente esteve lá no Mato Grosso,
21:19a gente fez lá pra pro soja,
21:21a gente foi na fazenda Aimorés, né?
21:23Que se chama a fazenda Aimorés.
21:25E eles falam que a pessoa do agro,
21:28são os malvadões.
21:31E é tudo gente boa,
21:33é tudo trabalhador, né, professor?
21:35É tudo trabalhador,
21:36é tudo gente bacana, né?
21:39É uma sacanagem que fazem
21:40com o pessoal do agro, eu acho.
21:43Vamos pegar esse gancho.
21:46Então, eles criticam o nosso agronegócio,
21:51a nossa produção.
21:51Mas a nossa produção agrícola,
21:56ela sequestra carbono.
21:58Não estou falando aí em crédito de carbono?
22:00Aham.
22:01A nossa produção sequestra.
22:03E você vê, um argumento muito simples.
22:06Vamos ver, o cara produz 70 sacos de soja
22:09por hectare.
22:12Quanto dá isso em termos de peso?
22:144.200 quilos.
22:1545% desse grão de soja
22:18é carbono.
22:20Carbono.
22:20É carbono.
22:22Então, se exporta esse carbono,
22:25essa soja, para a China,
22:26o carbono vai para lá.
22:28Aham.
22:28Então, por hectare
22:30de soja,
22:31a gente está...
22:33Hoje, por exemplo,
22:34a Conab disse que nós vamos
22:36produzir
22:37350 milhões de toneladas de grãos.
22:40E não vai ser safra boa esse ano?
22:41100, praticamente 150
22:44ou 160
22:46milhões de toneladas
22:48é carbono
22:49que vai ser exportado
22:51ou vai para algum outro lugar.
22:53Então, se tem alguém
22:54que deveria receber crédito de carbono,
22:57é a nossa agricultura.
22:58Opa!
22:58É isso aí.
22:58É isso aí.
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