O comentarista Henrique Krigner questiona o critério usado por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao afirmar que Tarcísio de Freitas não é de direita. Para ele, a definição passa por histórico, ações e políticas defendidas — não por alinhamentos momentâneos. Krigner afirma que Tarcísio tem trajetória consistente na direita e que o campo conservador não pode ser reduzido a afinidades pessoais.
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00:00O Henrique Kringner tá com a gente aqui no estúdio, vai trazer também as análises, as reflexões sobre esse posicionamento de Eduardo Bolsonaro.
00:07Ele ajuda a unir a direita ou, na verdade, é um processo de fragmentação, né, pulverização das forças mais à direita no espectro político?
00:17Kringner, quais reflexões a gente pode fazer a partir desse posicionamento?
00:21Bom, Caniato, primeiro, boa noite a você, boa noite ao Mota, Dávila e todos que nos acompanham aqui no Pingos, nos Is.
00:26Mas, realmente, assim, o Eduardo acerta no primeiro ponto, que ele diz que Flávio Bolsonaro tem mais experiência e articulação que a própria Michele Bolsonaro.
00:37Claro, Flávio já é senador, já ocupou essa posição, já tem uma experiência legislativa muito maior do que Michele, que nunca foi eleita por um cargo eletivo, obviamente,
00:48e também nunca esteve ali no parlamento de uma maneira como mandatária.
00:51Agora, se compararmos com as outras atividades que Michele desempenha, os outros conquistas que ela teve ao longo do governo Bolsonaro e, mesmo depois,
01:02ela tem uma capacidade de articulação exponencial e, realmente, até comparável com alguns parlamentares, eu colocaria no páreo o próprio Flávio Bolsonaro.
01:12Porém, em questões de capacidade de negociação legislativa, é claro, o Flávio tem muito mais desempenho.
01:18Agora, nesse ponto, eu concordo muito com o Dávila e com o Mota. O que é ser de direita?
01:23A gente consegue analisar só por uma pessoa que se diz de direita ou se a gente olhar para trás e puxar o currículo, as últimas decisões, os últimos programas
01:33e as bandeiras que essa pessoa levantou e trabalhou para executar, a gente consegue uma conclusão mais acurada?
01:40E eu tenho certeza que essa é a segunda opção. Hoje, tem muita gente que se diz de direita.
01:46Quando você chega perto das eleições, é muito claro essa declaração de eu sou de direita, sou conservador, pátria, Deus, pátria e família.
01:55Mas, no dia a dia, a gente vê que esse discurso não se traduz em produção legislativa, não se traduz em programas
02:01ou mesmo imobilizações que sejam coerentes com o que a teoria, entre aspas, de direita vai dizer.
02:08Nesse sentido, Tarcísio, se nós puxarmos os últimos currículos, as últimas decisões e as bandeiras que ele levantou,
02:16as políticas públicas que ele encampou, as pessoas que ele colocou também à frente dos seus secretariados, das suas secretarias,
02:22com certeza a gente vê um político de direita.
02:25Então, Eduardo erra nesse sentido e tenta categorizar que a direita é só, talvez, as pessoas que estejam 100% alinhadas com a sua estratégia política.
02:34Quando, na verdade, o campo da direita tem muito mais a ver com princípios e valores
02:38que se encontram em determinadas diretrizes estratégicas, mas que não negociam esses valores fundamentais.
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