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De acordo com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o presidente Lula conversou “com seriedade e altivez” com Donald Trump, “derrotando” Jair e Eduardo Bolsonaro. No entanto, a oposição minimiza a atuação do Itamaraty e afirmou que a decisão do mandatário norte-americano foi causada por fatores internos dos EUA. Assista à repercussão do tema no programa Os Pingos nos Is.

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Transcrição
00:00O governo Lula passou a atribuir o alívio nas tarifas americanas à atuação da diplomacia brasileira e do Planalto.
00:08Segundo a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Glaise Hoffman,
00:12Lula soube conversar com seriedade e altivez com Donald Trump,
00:17derrotando Jair e Eduardo Bolsonaro, chamando-os de traidores da pátria.
00:22Já Eduardo e outros integrantes da oposição minimizaram a atuação do Itamaraty
00:28e afirmaram que a decisão de Trump foi causada por fatores internos dos Estados Unidos,
00:34como a inflação que afeta o consumidor americano e as eleições do Congresso.
00:39Mesmo corte nas tarifas de centenas de produtos, cerca de 60% das exportações brasileiras ainda são atingidas pelo tarifácio.
00:48Você, Beraldo, a guerra de narrativas a partir da decisão do governo americano.
00:52Pois é, querido. Mas como o governo brasileiro não foi informado de que aconteceria,
00:59então ele fica à vontade para contar a história que ele quiser.
01:03Ele não tem obrigação de combinar a versão com o governo norte-americano.
01:08Mas aí existe a realidade como ela é.
01:11Um acordo que é feito entre dois países, ele é anunciado em conjunto.
01:16Porque é um acordo que, depois de uma negociação, os interesses dos dois lados foram atendidos
01:22e eles, então, concordam em avançar com as regras ali definidas.
01:27E não foi isso que aconteceu.
01:29O que nós tivemos ontem foi o anúncio por parte dos Estados Unidos,
01:34sem que o governo brasileiro tenha dado um pio,
01:37não falou nada, não criou expectativa, nada.
01:40Simplesmente nada aconteceu.
01:42E aí o governo americano foi lá e anunciou que naqueles setores,
01:47e que a gente sabe que são setores estratégicos para os Estados Unidos,
01:52ele está suspendendo a cobrança de tarifa adicional.
01:57Agora, o governo brasileiro, ele também sabe que as pessoas vão ter muita dificuldade
02:03em checar se é verdade ou se não é verdade.
02:05Então ele vai e lança essa versão aí de que os negociadores brasileiros,
02:10os representantes do governo federal, são muito competentes, muito brilhantes,
02:14colocaram Marco Rubio no bolso, o presidente brasileiro emparedou o Donald Trump,
02:20e aí está tudo certo.
02:23Resolveram a vida em relação às tarifas,
02:26porque com a queda dessa tarifa adicional aí para a lista de produtos,
02:30acaba tendo um impacto bastante mais reduzido do que estava acontecendo anteriormente.
02:39Então, vamos ver o que acontece.
02:41Eu só espero que o pão de queijo que eu compro aqui, que é tão gostoso,
02:45ele volte a aparecer porque desapareceu do mercado.
02:49Mota, governo tentando capitalizar com o recuo americano?
02:54Bom, essa é a atividade principal do governo, né?
02:59Deveria existir o Ministério da Capitalização, o Ministério da Narrativa.
03:04Olha, a queda das tarifas é uma excelente notícia.
03:09Eu nunca entendi como é que essas sanções comerciais,
03:13essas tarifas, iam contribuir para melhorar a situação política aqui no Brasil.
03:19As sanções magníticas são outra história.
03:23E o fato dessas sanções terem sido colocadas quase ao mesmo tempo,
03:27embolou isso tudo.
03:29Parece que é tudo uma coisa só.
03:30Mas é diferente.
03:31Vamos aos fatos.
03:33Trump emitiu ontem isso, né?
03:35A gente até comentou aqui no Pingo,
03:37uma ordem executiva retirando os 40% adicionais de tarifa de alguns produtos.
03:45No texto da ordem,
03:47Trump disse,
03:48Essas tarifas tinham sido impostas porque políticas e decisões do governo brasileiro
03:53representaram uma ameaça aos Estados Unidos.
03:57Está escrito lá.
03:59No texto, ele diz que devido a novas informações
04:03que foram trazidas por seus assessores,
04:07considerando-se o progresso inicial das negociações com o Brasil
04:12e considerando outros fatores, que ele não diz quais são,
04:17ele decidiu suspender as tarifas.
04:21Trump não diz que progresso inicial foi esse.
04:25Nem Marco Rubio disse, nem Scott Bassett, secretário do Tesouro,
04:31ninguém disse.
04:32Nós não sabemos se foi feito algum acordo, qual foi o acordo.
04:39Tudo indica, então, a gente só pode examinar o que a gente tem diante de nós.
04:42Tudo indica que não houve acordo.
04:45Houve uma decisão do governo americano, unilateral,
04:48que alguns dizem foi motivada por, principalmente,
04:53por uma tentativa de diminuir o aumento do custo de vida nos Estados Unidos
04:57com vistas à eleição do ano que vem.
05:01Outros dizem,
05:02isso aí está com cara de ser resultado de um trabalho de lobby.
05:06Muito bem feito.
05:07Alguém muito bem conectado foi lá,
05:09sentou com alguém que não é o governo brasileiro,
05:13alguém que não é o chanceler,
05:15alguém que tem o ouvido da administração Trump,
05:18chegou lá, sentou e explicou,
05:20vai ver que esse alguém disse,
05:22olha, essas sanções não estão ajudando nada
05:24com aqueles objetivos que você tinha.
05:27Pelo contrário,
05:28talvez estejam até piorando a situação.
05:29Bom, o fato é que Trump retirou as tarifas.
05:35A gente não sabe exatamente o que aconteceu
05:37e também não importa.
05:39O que importa é a narrativa que o governo,
05:43mais uma vez, decidiu disseminar.
05:47Esse recuo, essa determinação dos Estados Unidos,
05:50tem alguma coisa a ver com a movimentação da diplomacia brasileira, D'Ávila?
05:55Caneto, melhor resposta para esse duelo de populismo americano e brasileiro
06:03está numa frase fantástica de Napoleão Bonaparte,
06:07que dizia que o que caracteriza a demência
06:09é a desproporção entre os propósitos e os meios.
06:13Ou seja, a história de usar a tarifa
06:16como uma forma de retaliação
06:19para revigorar a diplomacia nacional
06:22foi uma tragédia para os Estados Unidos.
06:24aumentou o preço dos produtos para o consumidor final,
06:30ameaçou a reduzir um número significativo de empregos
06:34em áreas vitais.
06:36E aí, finalmente, parte dessa demência
06:39acabou sendo revertida
06:41porque as pessoas começaram a mostrar a Donald Trump
06:45o efeito perverso que isso teria
06:47no custo de vida dos americanos,
06:50na geração de empregos
06:51e principalmente na defesa do interesse nacional.
06:55Daí, o recuo do presidente americano
06:58em unilateralmente suspender as tarifas.
07:02Do lado brasileiro, a demência é de outro calibre.
07:06Um presidente da república
07:08que tenta buscar, em todos os fatos,
07:11uma narrativa para justificar a grandeza da sua política pública,
07:16a sua defesa da soberania nacional.
07:21Mas, na verdade, só retrata uma coisa.
07:24Um Brasil cada vez mais insignificante,
07:28irrisório, por causa de políticas públicas
07:31desastrosas, conduzidas pela ótica populista
07:36que prejudicam a livre economia,
07:38o empreendedorismo e, principalmente,
07:42o Brasil, que trabalha, produz, investe e empreende.
07:47Este é um governo cuja todas as políticas públicas
07:51são anti-mercado, anti-livre iniciativa,
07:55anti-empreendedorismo.
07:56É um governo que só pensa em extorquir o setor privado
08:01para arrecadar mais recursos
08:03e financiar uma máquina estatal
08:06e um Estado ineficiente, caro e corrupto.
08:11Agora, Beraldo, se embarcarmos na narrativa
08:14ou no posicionamento do governo
08:16que esse recuo foi obra da diplomacia,
08:19foi um primeiro passo,
08:20os outros produtos taxados também serão revertidos,
08:24haverá o corte por parte dos Estados Unidos
08:26e também das sanções contra as autoridades.
08:29É possível esperar também movimentos norte-americanos
08:33no sentido de retirar a taxação para os outros produtos
08:36e até as sanções para as autoridades?
08:39Qual é a chance disso acontecer?
08:41Bom, vamos lá.
08:42Eu acho que os outros produtos,
08:44eles só vão ter a atenção do governo norte-americano
08:48a depender da relevância que eles têm
08:52para a economia dos Estados Unidos.
08:55Então, ali vai ser caso a caso
08:56e em algum momento pode ser que as associações setoriais,
09:01alguma empresa com muita influência no governo americano,
09:06que tem interesse em continuar comprando
09:08determinados bens e serviços do Brasil,
09:11pode conseguir algum alívio adicional.
09:14Mas não me parece que isso vai permanecer
09:18sendo uma prioridade para os Estados Unidos.
09:21Me parece que eles se debruçaram sobre o tema,
09:24sobre a lista de produtos que estão aí tarifados
09:27com essa tarifa adicional de 40%
09:30e chegaram à conclusão do que era razoável
09:33e não era para que as tarifas fossem suspensas.
09:38Agora, em relação à suspensão de visto,
09:41lei Magnitsky e tal,
09:42aí eu acho que o buraco é mais embaixo.
09:44Porém, eu acredito que, eventualmente,
09:48alguns casos de visto podem ser reconsiderados
09:54pelo governo norte-americano.
09:57Suponho eu que essas pessoas atingidas
10:00estão ali preparando uma série de documentos,
10:04justificativas, tentando contato com o embaixador,
10:07com o cônsul, com alguém no Departamento de Estado americano.
10:10Enfim, cada um vai ter que fazer o trabalho,
10:13que julgar necessário para expor os seus motivos
10:16e aí o governo norte-americano pode reavaliar,
10:20que é algo razoavelmente comum fazer essas reavaliações.
10:25Não quer dizer que a decisão será mudada,
10:30mas eles podem reavaliar.
10:31Agora, sobre lei Magnitsky,
10:33eu acho muito difícil, muito improvável
10:37que essa medida, que é uma medida duríssima,
10:39seja revista no curto prazo.
10:42Absolutamente nada mudou
10:43desde que a lei Magnitsky foi aplicada
10:46no caso das autoridades brasileiras
10:48e, por isso, eu acho improvável
10:52que a interpretação do governo americano mude.
10:57Agora, Caniato, você tem, por parte dos Estados Unidos,
11:02uma situação em que os Estados Unidos
11:04estabelece a regra do jogo,
11:06ele vai para cima e ele não dá conta muito dos opositores.
11:11Os opositores acabam se ajustando a Donald Trump.
11:13É só a gente pegar a cena hoje dele com um prefeito recém-eleito,
11:18o recém-eleito prefeito de Nova Iorque,
11:20que estava ali no Salão Oval da Casa Branca,
11:23o presidente da República sentado,
11:25o prefeito mandando do lado dele, ali de pé,
11:28respondendo aos repórteres.
11:30E, por mais que eles tenham trocado ofensas,
11:33estavam os dois ali,
11:35o Donald Trump deixando muito claro
11:37quem é o dono da bola
11:38e o prefeito de Nova Iorque sabe
11:41que precisa do governo federal
11:43para uma série de coisas,
11:45assim como o governo brasileiro
11:47também precisa do governo dos Estados Unidos
11:50para uma série de coisas.
11:51Então, o Donald Trump, ele é muito bom,
11:55é um dos melhores no exercício do poder que ele tem.
11:59E ele faz isso não apenas nas decisões que ele toma,
12:04mas também na sua relação com a imprensa.
12:09Ele cuida muito bem da imagem que ele passa para fora.
12:12Pois é.
12:12Donald Trump é muito importante para Nova Iorque,
12:15porque é presidente e porque também é um grande empresário
12:17que investe muito ali na região.
12:19São dois aspectos importantes.
12:21Mota, queria também perguntar para você
12:23como deve ficar a posição dos Estados Unidos
12:26com aquelas questões tratadas lá atrás.
12:29questões que vão além dos aspectos comerciais,
12:32as questões políticas e aquelas menções
12:34ao tratamento dado pelo Brasil às empresas americanas,
12:38sobretudo as big techs.
12:39Eu tenho conversado muito sobre isso,
12:45Caniato, tentando entender o que está acontecendo
12:49e o que pode vir a acontecer.
12:51Eu vejo essa separação entre essas tarifas comerciais
12:56e as sanções da lei Magnitsky.
12:59Mas eu acho que há sinais de que a postura de Donald Trump
13:09talvez esteja ficando menos ideológica e mais pragmática.
13:16Eu acho que esse encontro com o prefeito comunista,
13:21aliado a fundamentalistas religiosos de Nova Iorque,
13:25faz parte disso, né?
13:27Muita gente esperava que eles fossem agora travar uma guerra.
13:32Porque as posições do prefeito eleito de Nova Iorque
13:37são difíceis de engolir.
13:40Mas aparentemente Donald Trump está procurando
13:42uma forma de convivência.
13:44Então, é possível que o relacionamento com o Brasil
13:51passe para um outro tom.
13:55Eu acho que uma indicação do que pode vir aí
13:59é o fato de que Donald Trump, na sua ordem executiva,
14:04escolheu colocar o nome do atual presidente do Brasil
14:10na ordem executiva.
14:11Uma coisa que ele não precisava fazer, né?
14:15Aquela ordem executiva poderia ter sido redigida
14:18de outra forma.
14:21Donald Trump poderia ter dito
14:22estou voltando atrás nas tarifas
14:24porque elas tiveram um impacto
14:27sobre a inflação americana.
14:29E eu não desejo isso.
14:31Não poderia ter dito isso?
14:33Muita gente diz, não, Mota, mas se eles dissessem isso,
14:36isso seria interpretado pelos democratas
14:39como uma vitória deles
14:41e Donald Trump ficaria numa situação difícil.
14:43Eu acho que essa mesma interpretação
14:45pode ser feita com a atual redação da ordem executiva.
14:49Porque Donald Trump fez uma série de comunicados,
14:52cartas, tweets, discursos,
14:55e agora aparentemente
14:56resolveu, de uma certa forma,
15:01voltar atrás, dizer que teve informações novas.
15:04Então, é um xadrez, Caniato.
15:07É um xadrez.
15:09É muito difícil a gente tentar adivinhar
15:12qual é o próximo capítulo dessa novela.
15:14Mas bem interessante esse ponto, viu, Mota?
15:17Muito oportuno, inclusive, né, Dávila?
15:20Porque Donald Trump poderia só ter emitido
15:22o comunicado de forma técnica, né?
15:25Explicando a revogação
15:27e talvez pontuando ali
15:29por conta de questões internas.
15:31Mas aquela citação, aquela menção
15:33à conversa com o presidente brasileiro
15:35deixou muita gente
15:36tentando interpretar do que se trata.
15:40Enfim, é um camaleão da política?
15:42Donald Trump está menos ideológico?
15:44Tem objetivos para isso, claro.
15:48Não, Caniato.
15:49É um populista.
15:50O populista sempre busca a narrativa.
15:53Tanto Lula quanto Donald Trump.
15:56Isto é da característica do populismo.
15:58Tentar buscar racionalidade,
16:01argumento técnico,
16:04baseado em dados e evidência,
16:06em política populista,
16:08é que nem você tentar procurar lógica
16:11num playground de criança de 3, 4 anos.
16:14Não existe lógica.
16:15É tudo aquele jeito que funciona
16:17do jeito que a criança tem o seu próprio dinamismo.
16:20O populismo é igual.
16:21O populismo é só jogar para a plateia,
16:25para o eleitor.
16:26Não tem nada a ver com o interesse nacional.
16:29Não tem nada a ver com o interesse
16:31da comunidade global.
16:35Não é uma postura de estadista.
16:37Então, toda vez que a gente tenta trazer
16:39algum tipo de racionalidade
16:41ou ponderação
16:43para a atuação de governos populistas,
16:46é totalmente uma atitude ingloria,
16:48porque não existe.
16:49É assim mesmo.
16:51Ela é imprevisível.
16:52Ela muda de acordo com os humores.
16:56Você diz uma coisa ou outra
16:58e desdiz o dia seguinte com a maior tranquilidade.
17:02E tudo bem.
17:03O importante é o impacto que isso deixou na imprensa,
17:07se isso mobilizou os eleitores,
17:09se isso causou algum ponto
17:11que trouxe grandes manchetes.
17:13Este é o mundo do populismo.
17:15e nós vivemos no universo dos populistas.
17:19Portanto,
17:20tentar tratar populista como estadista
17:23é realmente algo inacreditável,
17:27porque não tem nada a ver uma coisa com a outra.
17:30Federal,
17:32desse avanço,
17:33ainda que tenha sido por conta
17:35de uma leitura feita pelas autoridades americanas,
17:38isso de alguma maneira
17:39enfraquece Eduardo Bolsonaro,
17:42a atuação dele nos Estados Unidos,
17:44o seu grupo político?
17:47Olha, Caneta,
17:48a situação é muito delicada,
17:50porque veja o cenário,
17:52todo o retrato da estratégia
17:54que foi implantada.
17:56Eduardo Bolsonaro,
17:57saiu do Brasil,
17:58disse que foi lutar pelas suas convicções
18:00nos Estados Unidos,
18:01conquistar o apoio do governo de Donald Trump
18:04para agir contra as autoridades brasileiras
18:09que estão abusando do poder
18:11conferido pela Constituição.
18:14E aí,
18:15quando é anunciada a tarifa adicional,
18:18dentro de um contexto
18:19em que os Estados Unidos estão aplicando tarifas
18:21a todos os países do mundo,
18:23inicialmente o Brasil não foi
18:24alvo de tarifas adicionais,
18:27mas chega um determinado momento
18:28em que o Donald Trump
18:30anuncia que o Brasil
18:32ficará no patamar mais alto
18:34de tarifas
18:34em vigor naquele momento.
18:37Pois bem,
18:38Eduardo Bolsonaro
18:39vende isso
18:40como uma conquista dele,
18:42não só a questão tarifária,
18:43mas também
18:44a aplicação da lei Magnitsky
18:46contra o ministro
18:48Alexandre de Moraes
18:49e,
18:50posteriormente,
18:51em relação
18:52a sua esposa
18:54e empresas,
18:55enfim.
18:56Só que
18:57o que decorre
18:59desses anúncios
19:00feitos por Donald Trump
19:01é muito ruim
19:02para o Brasil.
19:04Vários setores,
19:05inclusive setores
19:05importantes
19:06que apoiaram
19:07Jair Bolsonaro,
19:09são atingidos
19:11de forma
19:11muito dura,
19:13especialmente
19:13o agronegócio brasileiro.
19:15e a reação
19:16que houve
19:17não foi
19:18uma reação
19:20de solidariedade
19:22ou de tentar
19:23encontrar caminhos
19:24para ajudar
19:25esses setores.
19:27Foi
19:28uma reação
19:29dizendo,
19:29olha,
19:30todos têm que ir
19:31para o sacrifício,
19:32eu estou aqui
19:32me sacrificando,
19:33vocês têm que ir
19:34para o sacrifício também.
19:35Foi essa a mensagem
19:37passada.
19:38E isso acabou
19:39gerando uma revolta
19:40danada.
19:41Não é à toa
19:42que o governador
19:43do Mato Grosso
19:44passou a fazer
19:46críticas muito
19:47diretas
19:48e objetivas
19:48a Eduardo Bolsonaro,
19:50porque o Mato Grosso
19:50depende
19:52do agronegócio.
19:53O governador
19:54Mauro Mendes
19:54sabe
19:55que precisa
19:56proteger
19:57a sua principal
19:58atividade econômica.
20:00Então,
20:01no momento
20:01em que
20:02o presidente
20:04Donald Trump
20:05começa
20:05a fazer
20:07menções
20:08de simpatia,
20:11não vou nem falar
20:11menções simpáticas,
20:12mas de simpatia
20:13demonstrando
20:14que entre ele
20:16e Lula
20:16não há toda
20:17essa tensão
20:18que se imaginava
20:20haver,
20:21aí a narrativa
20:23de Eduardo Bolsonaro
20:24começa
20:24a ruir.
20:26E nesse momento,
20:27Caneta,
20:27é o pior dos mundos,
20:29porque Donald Trump
20:30está abrindo mão
20:31da cobrança
20:32de tarifas
20:33nos principais setores
20:35ou nos setores
20:36mais estratégicos
20:37e está colocando
20:39ali que ele tem
20:40uma boa relação
20:41com o presidente
20:42brasileiro.
20:43As pessoas sabem,
20:44a relação
20:45dos Estados Unidos
20:46com o Brasil
20:47hoje,
20:48ela é desimportante
20:49por causa
20:49do Brasil,
20:51mas aquele
20:52atrito,
20:53aquela tensão,
20:55aquela vontade
20:56de impor
20:58que o Brasil
20:59mude
21:00a aplicação
21:02das leis
21:02em relação
21:03a Jair Bolsonaro,
21:04isso aí
21:06já não está
21:06mais no tabuleiro.
21:08Pois é,
21:09daqui a pouco
21:09a gente vai trazer
21:10a informação
21:10sobre o pedido
21:11da defesa
21:12de Jair Bolsonaro,
21:14solicitando
21:14que seja concedida
21:15a prisão domiciliar.
21:16Daqui a pouco
21:17a gente vai trazer
21:17detalhes desse pedido
21:19dos advogados
21:19do ex-presidente.
21:21Deixa eu só escutar
21:21uma nota sobre
21:22a atuação
21:23de Eduardo Bolsonaro,
21:24as justificativas
21:25dele,
21:26enfim,
21:27o que ele vem,
21:29a postura
21:29que ele tem
21:30adotado nos Estados Unidos,
21:31concedeu entrevista,
21:32gentilmente atendeu
21:33aqui a Jovem Pan,
21:34mas há uma dúvida
21:34sobre quais serão
21:36os próximos passos,
21:37o que ele vai decidir
21:40na vida dele,
21:41se ele pretende
21:42continuar nos Estados Unidos,
21:43será preciso naturalmente
21:45formalizar um pedido
21:46para que ele possa
21:47permanecer no país,
21:49solicitar asilo político,
21:51não sabemos exatamente
21:52o que vai acontecer.
21:53Mota,
21:54Eduardo Bolsonaro,
21:55a situação que envolve
21:56as críticas dele
21:57ao governo,
21:58ao judiciário,
21:59enfim,
21:59e a dúvida
22:00sobre o futuro dele,
22:01né?
22:01A dúvida
22:03não é só
22:04de Eduardo Bolsonaro,
22:06há muitos
22:07outros brasileiros
22:08nessa
22:09mesma situação,
22:11eu conheço
22:12muitos outros
22:12brasileiros
22:13que saíram
22:15do Brasil
22:15contra a sua vontade,
22:17estão nos Estados Unidos,
22:19alguns em situação
22:20precária,
22:21sem saber
22:21o que vai ser
22:22do seu futuro.
22:24Nunca
22:24na minha vida
22:25eu imaginei
22:26que iria testemunhar
22:28isso que eu estou vendo.
22:29o que o Eduardo
22:31Bolsonaro disse
22:32corresponde à análise
22:34que muitas outras
22:35pessoas fizeram,
22:37que a motivação
22:38de Donald Trump
22:39é econômica,
22:41que Donald Trump
22:41está tentando
22:42melhorar a situação
22:44da inflação
22:45nos Estados Unidos
22:46com vistas
22:47à eleição
22:48do ano que vem.
22:50Se essa hipótese
22:51for verdadeira,
22:52é evidente
22:52que essa preocupação
22:53para Donald Trump
22:55é mais relevante
22:57do que
22:58a oportunidade
23:00de usar
23:01sanções econômicas
23:02como forma
23:03de pressão política.
23:05Então, a opinião
23:05de Eduardo Bolsonaro
23:06é a opinião
23:07de muitas outras pessoas
23:08com as quais
23:09eu conversei.
23:11Eu, particularmente,
23:13tendo a acreditar
23:14que a decisão
23:16de Donald Trump
23:16tenha sido tomada
23:17por algum esforço
23:19de lobby.
23:22Os interesses
23:23envolvidos
23:23são muitos,
23:25interesses econômicos
23:26foram prejudicados
23:27nos Estados Unidos
23:28também e, como eu
23:29já venho dizendo
23:30há algum tempo,
23:32não me pareceu
23:33que as sanções
23:34econômicas,
23:36diferente
23:36da lei
23:37magnítica,
23:38das sanções
23:39magníticas,
23:40não me pareceu
23:41que as sanções
23:41econômicas
23:42estivessem
23:43produzindo
23:44qualquer resultado.
23:46Ao contrário,
23:47me parece que
23:48elas deram
23:49um fôlego
23:50extra
23:50ao governo.
23:51É claro
23:53que a gente
23:53vai continuar
23:54acompanhando
23:55essas manifestações,
23:56possivelmente
23:57os Estados Unidos
23:58tomem
23:58novas decisões
24:00sobre os outros
24:01produtos
24:01que ainda estão
24:03sobretaxados,
24:05qualquer novidade
24:05sobre essa articulação,
24:07se a diplomacia
24:07brasileira
24:08vai continuar
24:09promovendo
24:11ou tentando
24:12encontros
24:12com as autoridades
24:13norte-americanas,
24:14enfim,
24:14a gente monitora
24:15a situação
24:16que envolve
24:17a relação Brasil
24:18e Estados Unidos
24:19para além
24:19da questão comercial.
24:21Então...
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