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A indicação de Jorge Messias ao STF, feita pelo presidente Lula, abriu uma nova crise no Congresso, frustrando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que apoiava Rodrigo Pacheco. O Planalto confessa não ter os 41 votos necessários, expondo a fragilidade na base aliada, além de ministros e analistas alertarem para o viés pessoal da escolha, reforçando o debate sobre ativismo judicial e o papel do STF. Assista à repercussão do tema no programa Os Pingos nos Is.

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Transcrição
00:00A indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal.
00:05Isso abriu uma nova crise entre governo e Congresso.
00:08Segundo informações publicadas pelo portal UOL, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre,
00:13defendia Rodrigo Pacheco para a vaga de Luiz Roberto Barroso
00:17e reclamou sobre não ter sido comunicado sobre a decisão de Lula.
00:22Esse mal-estar coloca em jogo a confirmação de Messias para o cargo,
00:26já que hoje, até a base aliada do Planalto, confessa não ter os 41 votos necessários.
00:33Pelas redes sociais, o advogado-geral, que é cristão, agradeceu sua indicação
00:37e afirmou que, uma vez aprovado pelo Senado, irá retribuir ao Congresso a confiança depositada
00:44com dedicação, integridade e zelo institucional.
00:49Começar essa rodada com o Roberto Mota e é preciso analisar essa indicação
00:55e também as repercussões políticas.
00:59Nesse jogo de indicações, há muitos interesses, inclusive olhando para o Senado Federal, não é, Mota?
01:06Cariato, eu acho que essa indicação mostra que a possibilidade de mudança de rumo para a corte é pequena.
01:21É razoável esperar que continue a preferência pelo ativismo judicial
01:27e que continue a tutela da corte sobre o ambiente político.
01:32O indicado é político, faz parte do atual governo, fez parte de outro governo do PT.
01:41A grande lição a ser tirada desse período da história brasileira
01:46é a mesma lição que pode ser aprendida olhando o que aconteceu nos Estados Unidos nos últimos anos.
01:55A lição é que uma das coisas mais importantes que um presidente da República pode fazer
02:03é escolher com cuidado os magistrados que ele indica para as cortes superiores.
02:11Vou passar para o Cristiano Beraldo que na última pergunta para o deputado Guilherme Derritte,
02:16ele tratou um pouco dessa questão, eu vou pedir para o Beraldo se aprofundar.
02:21Beraldo, como essa indicação mexe no tabuleiro político dos poderes da República
02:26e pode apontar para um problema entre o Executivo Federal e o Senado da República?
02:34Olha, Caniato, a gente acompanhou um esforço muito grande do Davi Alcolumbre
02:40pela indicação de Rodrigo Pacheco ao Supremo Tribunal Federal.
02:45Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre são parceiros no Senado.
02:49Rodrigo Pacheco terminou o seu mandato, apoiou Davi Alcolumbre para sucedê-lo
02:53e agora o Davi Alcolumbre tinha em Rodrigo Pacheco uma pessoa da sua total confiança
03:00com o currículo para ocupar um assento no Supremo Tribunal Federal.
03:05Entretanto, o Presidente da República resolveu fazer uma indicação da sua preferência íntima.
03:15Não tem nada a ver nem com os critérios estabelecidos pela Constituição Federal
03:22e também não tem nada a ver com o jogo político,
03:26porque se fosse prevalecer o jogo político,
03:29faria total sentido que Lula indicasse Rodrigo Pacheco,
03:35que independente do posicionamento ideológico,
03:38é um advogado que tem ali as suas qualidades,
03:43foi presidente da CCJ, conhece o processo legislativo
03:48de como as leis e as emendas constitucionais são feitas
03:52e teria condição de desempenhar uma função de ministro do Supremo Tribunal Federal
03:58dentro da média do que temos hoje.
04:02Mas Lula preferiu indicar alguém da sua confiança pessoal.
04:08Os outros critérios foram completamente abandonados,
04:11só que isso vem com preço.
04:13E o preço a ser pago é esse mau humor, digamos assim, de Davi Alcolumbre.
04:19E isso tem um peso.
04:21É preciso lembrar que Davi Alcolumbre,
04:23quando se distanciou de Jair Bolsonaro,
04:25então presidente da República,
04:27Davi Alcolumbre era presidente da Comissão de Constituição e Justiça.
04:31Há quem cabe aprovar a indicação,
04:34a primeira instância, digamos assim,
04:37da indicação para o novo ministro.
04:39E depois é que essa indicação vai ao plenário.
04:43Davi Alcolumbre segurou a indicação por nove meses.
04:47E foi em razão dessa atitude tomada por Davi Alcolumbre
04:52que eu achei realmente surpreendente, fora de propósito,
04:57até humilhante,
04:58que houvesse um apoio de Jair Bolsonaro e de seus senadores
05:03à eleição de Davi Alcolumbre de volta à presidência do Senado.
05:07Porque Davi Alcolumbre humilhou o presidente da República.
05:10Não há na história esse procedimento de se segurar por nove meses
05:16a indicação de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
05:19Portanto, Caniato, eu acho que haverá uma retaliação.
05:22Lula cortou ali um condão que poderia ter dado a ele
05:27uma aliança muito forte com a União Brasil,
05:31o partido de Davi Alcolumbre,
05:33que agora está fazendo uma federação com progressistas.
05:36Então, para o jogo eleitoral do ano que vem,
05:38seria um movimento interessante para Lula.
05:41Mas vejam como é importante,
05:44muito mais importante para Lula,
05:47manter essa relação pessoal,
05:49a dívida de favores
05:51e ter o acesso à comunicação
05:53que ele tem com os dois indicados anteriormente,
05:56Cristiano Zanin e Flávio Dino.
05:59Zé, muitas análises, cálculos, né,
06:02sobre as consequências dessa indicação.
06:04Você, Davila, dá para medir
06:05o quanto essa indicação mexe na influência
06:09que o Executivo tinha no Senado Federal?
06:13A indicação mostra que a escolha cada vez mais
06:17dos membros para ocupar a Suprema Corte brasileira
06:21tem mais um viés político e pessoal
06:24do que aquele dizendo pela Constituição,
06:27pelo respeito entre os poderes.
06:30Portanto, a escolha, ela é secundária.
06:34O importante é como a pessoa escolhida
06:37vai atuar na Suprema Corte.
06:39Cada vez mais é necessário,
06:42é imperioso, é urgente
06:44que ministros indicados para a Suprema Corte,
06:47aprovados para servir à Suprema Corte,
06:50atuem como guardião da Constituição
06:53e não como juízes que interpretam o dinheiro,
06:58o direito à luz do seu personalismo
07:02ou compreensão pessoal do texto constitucional.
07:06Tem que interpretar o texto de acordo
07:08com o que está escrito na Constituição,
07:11não de acordo com convicções pessoais.
07:14Isso é que o Brasil precisa
07:15para combater o ativismo do judicial
07:18e fazer com que a Suprema Corte
07:20volte a ser uma corte constitucional
07:23e não, infelizmente, como é hoje,
07:25um antro de poder arbitrário, individual
07:28e que desrespeita cláusulas pétreas da Constituição.
07:32Portanto, é fundamental
07:34que, apesar do processo não rigoroso da indicação,
07:38tenhamos uma atuação correta
07:41de acordo com o papel
07:43que foi designado pelos constituintes
07:47para os membros da Suprema Corte,
07:48atuar como guardião da instituição
07:51e não se auto-otorgar poder
07:54para atuar a seu bel prazer.
07:57Nós trouxemos, inclusive, na notícia, Mota,
08:00uma indicação de que
08:02o governo não teria o número de votos
08:05suficientes para a aprovação
08:06de Jorge Messias.
08:09Enfim, sempre se fala, né,
08:10quando há indicação de alguém
08:11sobre a dificuldade de aprovação, enfim.
08:15Você acredita que, de fato,
08:16tenha essa dificuldade
08:18de aprovar o nome indicado
08:21pela presidência da República?
08:23Fala-se naquele ritual do beijamão,
08:26o indicado vai visitar os senadores,
08:28tem uma conversa no gabinete, enfim.
08:31Você vislumbra alguma dificuldade
08:33para o indicado ou
08:34essas coisas costumam ser superadas?
08:37Mota?
08:39Provavelmente, haverá alguma dificuldade,
08:43porque sempre há.
08:45Mas eu acho que o governo
08:46não corre nenhum risco.
08:48A não ser que eu esteja enganado,
08:50nunca houve caso
08:51de nenhum candidato indicado
08:53ser reprovado pelo Senado,
08:56não é isso?
08:56Então, se não há histórico de reprovação,
09:00o risco que o governo corre
09:02de que isso aconteça agora
09:04é zero.
09:05Dificuldades, eventualmente,
09:07serão superadas com conversas.
09:11O que sempre parece uma coisa
09:13meio estranha,
09:15porque o cargo
09:16que está sendo discutido agora
09:20é um cargo de juiz da Suprema Corte.
09:24Então, não deveria haver
09:26nenhuma conversa,
09:27deveria haver simplesmente
09:28uma sabatina
09:30na qual se efetivamente
09:32faz um cheque das qualificações,
09:36do perfil,
09:37do histórico da pessoa.
09:40Mas não foi isso que aconteceu
09:41nas vezes anteriores
09:42e a gente não tem nenhum motivo
09:44para achar que isso vai acontecer agora.
09:48Deixa eu passar para o Cristiano Beraldo,
09:49que tem um outro ponto.
09:50antes da indicação de Jorge Messias,
09:53falavam que ele estava no páreo,
09:55mas também Rodrigo Pacheco,
09:56como mencionamos,
09:57Bruno Dantas,
09:58presidente do TCU,
10:00mas falavam também
10:01sobre a defesa
10:02de algumas pessoas
10:03que cobravam
10:04o presidente da República
10:05que seria importante
10:06ele indicasse uma mulher.
10:08Falava-se sobre
10:09duas magistradas,
10:11uma ministra do TSE,
10:13a Edilene Lobo,
10:14e também a Daniela Teixeira,
10:15que é ministra do STJ.
10:16Por fim,
10:18ele decide indicar
10:20Jorge Messias,
10:21mas tem um ponto importante.
10:22Ele é evangélico.
10:23Acaba sendo um aceno também
10:25para os cristãos,
10:26para uma fatia
10:27da população
10:28que, em tese,
10:30o governo não se relaciona
10:32tão bem assim, Beraldo?
10:35Deveria, né, Caniato?
10:36No fundo,
10:37se olharmos
10:38o que diz
10:39a Constituição Federal,
10:41uma coisa não pode,
10:42nem que não deve,
10:43mas não pode ter nada
10:44a ver com a outra,
10:45porque o exercício
10:46da função
10:47de ministro
10:48do Supremo Tribunal Federal
10:50deve se dar
10:51com absoluta descrição.
10:54Os temas
10:54que ali
10:55estão sendo julgados,
10:57caso o ministro
10:58não tenha impedimento,
11:00aliás,
11:00é algo que caiu
11:01em desuso, né?
11:02Ninguém mais,
11:03nenhum dos ministros
11:05mais se coloca
11:07como impedido
11:08para causas
11:09em que há um óbvio
11:10conflito de interesse.
11:11Portanto,
11:12não vejo
11:13porque os evangélicos
11:15deveriam
11:16ter uma opinião
11:19a ser considerada
11:20nesse jogo,
11:22mesmo para as eleições
11:23do ano que vem,
11:24porque
11:24o ministro,
11:27uma vez
11:27confirmada a indicação
11:29e se tornando ministro,
11:31eu espero, né,
11:32que ele não saia
11:33nem às ruas
11:34e nem aos templos
11:36para fazer campanha
11:37política
11:37para qualquer pessoa,
11:39nem a favor,
11:40nem contra.
11:40eu, Caniato,
11:42me lembro
11:43quando pequeno
11:43andava com o meu avô,
11:45ministro do Supremo Tribunal Federal
11:47pelas ruas de Brasília,
11:49com absoluta descrição.
11:51Saía,
11:52ia engraxar o sapato,
11:53ia no mercado,
11:54fazia as coisas dele,
11:55eu ficava observando,
11:57ninguém ia incomodar,
11:59ninguém nem sabia
11:59quem era,
12:00porque o trabalho
12:01era feito
12:02de forma discreta
12:03e quem acompanhava
12:05a atuação
12:06do Supremo Tribunal Federal
12:07eram aquelas pessoas,
12:08os advogados,
12:09eram as pessoas
12:10bem informadas e tal,
12:11mas quando
12:12o abordavam,
12:13abordavam com
12:14absoluto respeito
12:15e cerimônia.
12:17Hoje não,
12:18hoje virou
12:19uma esculhambação
12:20total e absoluta
12:21e essa esculhambação
12:22não se deve
12:23à
12:24deterioração
12:26da qualidade
12:27da educação brasileira,
12:29né,
12:29o brasileiro
12:29está cada vez mais
12:31sem modos,
12:31isso é um fato,
12:32mas não se deve
12:33a isso não,
12:34se deve às liberdades
12:36que foram sendo dadas
12:37pela própria corte,
12:39que é absolutamente
12:39não só inaceitável,
12:41mas incompatível
12:42com aquilo que estabelece
12:43para ela a Constituição Federal.
12:45Então, Caniato,
12:47eu vejo
12:48que é uma
12:49circunstância
12:50em que
12:51o que deveria ser
12:53considerado
12:54não foi,
12:55né,
12:56o notável
12:57saber jurídico
12:58e a reputação
12:59ilibada
13:00não foram,
13:02não entraram
13:03nessa matemática
13:04e não estou aqui
13:04fazendo
13:05nenhuma acusação
13:06contra
13:07a reputação
13:08do indicado,
13:11apesar de ter
13:12as minhas opiniões
13:13pessoais,
13:14mas sem dúvida
13:15alguma
13:15o que prevaleceu
13:17foi esta
13:18relação pessoal
13:20e o desejo
13:21de ter
13:21uma maioria
13:22de ministros
13:23com os quais
13:25ele pode,
13:26o presidente da República
13:27pode conviver
13:27no churrasquinho
13:28do final de semana.
13:29isso não é
13:30saudável
13:31para a democracia.
13:31do final de semana.
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