A ata do Fed mostrou um tom mais hawkish e divisão interna sobre novos cortes. A reportagem da CNBC norte-americana detalhou como o risco de inflação elevada e a pressão política moldaram o debate entre manter ou reduzir os juros nos Estados Unidos.
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00:00E o Federal Reserve, responsável por definir a política monetária norte-americana,
00:05demonstrou cautela em relação à possibilidade de fazer um novo corte na taxa de juros.
00:11Isso é o que revela a ata do FED divulgada depois da reunião.
00:15Vários participantes consideram que manter a taxa no nível atual é o mais apropriado.
00:21Os detalhes na reportagem da CNBC norte-americana.
00:25Brian, diria que a ata da reunião de outubro foi hawkish,
00:28e talvez mais do que o mercado já esperava.
00:31Muitos dos presentes na reunião de outubro sugeriram que seria apropriado manter a taxa inalterada até o fim do ano.
00:37Apenas alguns apoiaram mais cortes.
00:39Essas atas são confusas, com muitas idas e vindas.
00:42Claramente, houve um grande debate nessa reunião sobre o corte de outubro e sobre a possibilidade de cortes em dezembro.
00:48A maioria estava preocupada com o fato de que os cortes nas taxas podem aumentar o risco da inflação mais alta se consolidar.
00:54Os participantes concordaram em uma coisa.
00:57Em geral, que o risco de alta da inflação é elevado e que o risco de baixa do emprego também é elevado.
01:03No debate sobre o corte da taxa de juros em outubro, muitos eram a favor da redução da meta.
01:08No entanto, alguns poderiam ter se posicionado de qualquer maneira e apoiaram a ausência de corte.
01:13Vários foram contra a redução total da taxa.
01:16Os que eram a favor se concentraram no fato de que o risco de queda no emprego e na inflação estava diminuindo ou havia pouca mudança.
01:23Os que se opuseram ao corte da taxa disseram que o progresso em direção à inflação havia estagnado.
01:28Na verdade, a inflação havia aumentado ou havia uma falta de confiança de que o Fed voltaria à meta de 2%.
01:35O Fed debateu até que ponto a política é restritiva em relação à taxa neutra.
01:40Alguns disseram que o Fed ainda é restritivo, mesmo após o quarto de ponto.
01:44Outros disseram que veem a economia como resiliente, as condições do mercado financeiro favoráveis.
01:50E não havia nenhum sinal claro de que o Fed estivesse de fato sendo restritivo.
01:55Havia opiniões muito diferentes sobre o curso de curto prazo da política.
01:58E como eu disse, houve um grande debate sobre dezembro.
02:01Mas parece, Brian, como a maioria citou, que não deve haver cortes nas taxas.
02:05Essa é a minha leitura.
02:06Mas vou lhe dizer que elas foram complicadas e algumas pessoas podem ter uma visão menos hawkish.
02:13Mariana Almeida, aquela previsão do mercado de três cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos até o fim do ano.
02:20Ah, mas muita água, viu?
02:22Esfriou bastante.
02:23E até porque nós temos aqui dados de uma pesquisa do CMI Group, que operadores atribuem 70,4% de probabilidade da manutenção da taxa atual de juros,
02:35no intervalo entre 3,75% e 4%.
02:39Então manteria a decisão, a manutenção da taxa de juros do Fed na próxima reunião.
02:44E apenas 29,6% apontam movimento rumo a mais um corte de 0,25 ponto percentual, Maria Almeida.
02:53Pois é, mas esse apenas...
02:54Está 70,30, vai, né?
02:56Esse apenas demonstra um pouco uma instabilidade do que realmente vai acontecer.
03:01Muita dúvida.
03:02Porque quando vai se aproximando, tempos normais, né?
03:05Não sei se você lembra como são, mas existem tempos normais, né, claro?
03:08É difícil de recordar sobre isso.
03:09Pois é, quando a gente tem um ambiente um pouco menos volátil, vocês vão chegando os dados, né?
03:16Você vai tendo falas, inclusive, porque nos Estados Unidos se debate muito o cenário macroeconômico,
03:20inclusive com mais abertura e mais olhares do que a gente costuma fazer aqui no Brasil.
03:26É menos tenso o debate direto sobre possibilidades aí de decisão de política macroeconômica.
03:32Então quando você vai se aproximando da data em que tem a reunião,
03:35é comum que essa pesquisa que o Eric Klein trouxe, que agora está em 70,30 de possibilidade,
03:40esteja mais alta, as probabilidades estejam já todas um pouco mais convergentes para um determinado patamar.
03:47Não se pode ter dúvidas em relação a se são 0,25, 0,5 pontos,
03:53mas a tendência é mais conhecida e mais classificada.
03:57No atual cenário de, primeiro, forte diferença entre Jerome Powell e o presidente Donald Trump,
04:03ainda que tenha sido o Donald Trump que indicou Jerome Powell,
04:06eu sempre gosto de lembrar quando a gente vai falar da decisão,
04:08mas essa grande diferença entre eles acaba reforçando muita dúvida de
04:14que parte vai ser política a tomar de decisão, com o que vai ser de fato econômico,
04:18qual que é o ambiente econômico nos Estados Unidos.
04:21Tem um crescimento questionado que precisa de taxa de juros mais baixa,
04:25ou seja, o emprego nos Estados Unidos está precisando de uma força extra,
04:29ou o risco à inflação, que sim tem crescido, tem persistido,
04:33inclusive no campo dos alimentos, pensando no café, pensando em questões ali do suco de laranja,
04:40ao que até as tarifas do Brasil acabaram contribuindo, a carne.
04:44Então, tem inflação, tem emprego, só que tem pouco dado recente sobre isso,
04:48muita pressão do Donald Trump política para que vá no caminho,
04:52e muitas incertezas que Jerome Powell vem trazendo para a mesa,
04:55dizendo, olha, está esquisito esse clima, eu não sei qual é o tamanho do efeito desse tarifácio,
05:00eu não sei se existe espaço na economia interna para produzir o que ele diz que quer produzir
05:05sem pressionar a inflação, e eu não sei se colocar para baixo a taxa de juros
05:09ajuda na produção, na geração de emprego,
05:11ou superaquece mais ainda a demanda num cenário de constrangimento de acesso à oferta.
05:17Então, é complexo, e agora o 70-30 um pouco, acho que reflete essa complexidade.
05:22Na minha opinião, considerando tudo o que Jerome Powell tem dito,
05:26considerando o zigue-zague que tem tido de volatilidade nas bolsas,
05:30muito provavelmente a opção majoritária, mas não consensual no FED,
05:35será pela manutenção de uma taxa de juros.
05:37É, o FED que, segundo até a ATA, está dividido em relação à próxima reunião e à política monetária.
05:45Se corta ou não os juros, e se cortar, qual é o tamanho desse corte.
05:50Mas existe a grande probabilidade de se manter, porque há aí, segundo até a ATA,
05:56uma pressão forte ainda sobre a inflação norte-americana.
06:00E uma última palhinha, viu, Cláudio?
06:02Isso tem um efeito importante nos mercados financeiros,
06:05porque quando, na última reunião em que teve o corte de juros,
06:11veio essa hipótese de que poderiam ter três cortes ao longo do ano.
06:14Isso animou os mercados financeiros, isso gerou um efeito de liquidez antecipado,
06:18que subiu o patamar de pontuação dos recursos disponíveis em várias ações.
06:24Embora tenha tido muita volatilidade com quedas pontuais,
06:27de lá para cá estamos num nível de precificação de mercados mais alto.
06:31Então, de alguma maneira, está precificado já uma possibilidade de corte de taxa de juros.
06:36Estamos num nível de liquidez acima do que se tinha antes dessa anúncia de pau.
06:42Então, pode vir uma frustração aí.
06:43Vamos ver como que os tomadores de decisão no mercado financeiro vão seguir,
06:48caso realmente tenha essa manutenção.
06:50Se vai ter uma baixa, voltando ao patamar anterior,
06:52ou se sustentam a liquidez apesar disso.
06:55Tem bastante emoção ao caminho.
06:56É isso.
06:57O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Melo,
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