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O deputado federal Cezinha de Madureira (PSD/SP) critica a proposta de Voto Distrital, alertando que ela prejudicaria a representação religiosa no Brasil. Segundo ele, o voto religioso é naturalmente "pulverizado", e o modelo distrital daria mais poder aos partidos, afastando grupos representativos.

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Transcrição
00:00O Cezinho, a minha pergunta é, você acredita que ainda exista muito preconceito com os evangélicos?
00:07Você que liderou a frente parlamentar, qual é a mudança que você viu nesse período todo no Congresso Nacional em relação aos evangélicos e à política?
00:15Não houve mudança, não houve mudança. O que houve nos últimos tempos é os preconceituosos, que principalmente os presidentes de partido, na maioria deles.
00:24Não estou aqui generalizando, gente. Você pega um cara igual o Valdemar, por exemplo, do PL, é um cara que ele respeita muito.
00:32Mas você pega outros que quando te leva para o partido, não quer nem te dar o fundo partidário porque acha que você já está resolvido.
00:38Isso é um preconceito. Nós evangélicos também somos brasileiros e nós comungamos da mesma fé que o católico, que é acreditar em Deus, acreditar em Jesus de formas diferentes, em caminhos diferentes.
00:50Há quem diga que cada um vai para o céu num vagão diferente do trem, né? Então, mas todos vão para o céu. Um amigo meu sempre brinca sobre isso.
01:00Há um preconceito muito grande com a igreja evangélica no Brasil.
01:04Por que, Cezinha?
01:05Eu ainda não... Por que? Olha só. Agora mesmo começaram a levantar uma pauta de fazer o voto distrital.
01:11Eu ia perguntar isso agora.
01:12O voto distrital. Por que o voto distrital?
01:16Quando na eleição de 2019, né?
01:22O presidente Bolsonaro, que aumentou a bancada ali, que era mais ou menos 35, 38 deputados federais evangélicos, aumentou para 114, despertou todo mundo.
01:35Opa, espera um pouquinho. É muito conservador aqui no Congresso.
01:37Os partidos querem você com o voto lá, mas não querem respeitar você.
01:43Colocam você numa cota só de discutir a pauta religiosa. Não, negativo.
01:50Nós prezamos pela pauta religiosa, sim. Entretanto, somos brasileiros.
01:54Nós temos que discutir a pauta do Brasil, a economia, a obra, a educação, a saúde.
02:01Que, diga-se de passagem, nós temos o melhor modelo de saúde do mundo.
02:05Quando, ainda dias atrás, eu ouvi isso na França, em um congresso, o melhor modelo de saúde do mundo está no Brasil.
02:11Por que que não funciona? Falta discutir, falta achar caminho.
02:14Existe esse preconceito, por quê?
02:16Agora, começa essa questão do voto distrital.
02:19Com o voto distrital, você desmancha muito o conservador, porque o voto é polarizado.
02:25Mas aí, eu posso engatar numa pergunta?
02:27Pode, vai lá, Maria.
02:27Quem defende muito o voto distrital é o presidente do seu partido, o Kassab.
02:31Ele é um fervoroso apoiador dessa pauta.
02:34O senhor não acha que o voto distrital teria uma maior acessibilidade e proximidade do candidato,
02:40do deputado, do representante ali com a sociedade?
02:43Você não acha que isso é um papel também que a Igreja Evangélica cumpre,
02:47como você mesmo falou, que está nas pontas?
02:49Então, você não acha que somaria?
02:50Não, não porque quando o partido faz isso, eu respeito, claro, o Kassab é um grande político.
02:59Foi vice do Serra, assumiu a prefeitura.
03:01Aí, na eleição passada, era pro Kassab, inclusive, ser vice, mas faltou fé ali no Kassab.
03:08Colocamos o Ramute, quando eu apresentei o Tassiso para o Kassab e o Ramute para o Tassiso.
03:15Ele é um cara fantástico, um bom político, gosto dele, respeito muito.
03:20Mas, quando você coloca o voto distrital, você está afastando o religioso.
03:26Por quê?
03:27O voto religioso, ele é espalhado, ele é pulverizado.
03:30Quando você coloca distrital, você não vai ser mais ou menos a mesma quantidade de voto.
03:35O partido vai ter mais poder.
03:38Nós não somos Estados Unidos, nós somos um Brasil.
03:41E nós temos as representações de todas as raças lá em Brasília.
03:45Nós temos lá a representação do índio, que é pequeno lá em Manaus, lá em Belém.
03:52Nós temos.
03:53Nós temos o representante da menor igreja, temos representante da igreja católica e temos o representante que não professa nenhuma fé.
04:01Então, nós já temos uma pluralidade de partidos e ideologias lá no Congresso Nacional.
04:08Não precisa do voto distrital.
04:09O país é um país muito grande, de ponta a ponta é muito grande e precisa dessa representação pulverizada.
04:19Porque, quando você, por exemplo, eu tenho voto no Estado inteiro.
04:23Para você estar mais tranquilo hoje em um partido para federal, você tem que ter aí a capitalidade de 150 a 200 mil votos.
04:31Sim.
04:31E esse voto, no meu caso, vem do Estado inteiro.
04:35Quando eu tiro o presidente prudente para um distrito, por exemplo, já me diminuiu ali na região 20 mil votos.
04:42Eu já ficaria fora de qualquer cenário político aqui se eu tivesse 20, 30 mil votos a menos.
04:48Então, isso fortalece o partido e enfraquece bastante a nossa democracia hoje no Brasil.
04:56Precisa de um modelo um pouco diferente, um pouco mais aprimorado, que é diminuir a quantidade de partido.
05:03É muito partido que tem.
05:05É muita gente para conversar, é muita gente para dialogar.
05:08Um governante, às vezes, não consegue tratar todas as pautas rápidas com todos os partidos.
05:13Cada um quer puxar para um lado.
05:14Eu tenho um gancho rapidinho.
05:16É que agora, aparentemente, uma das coisas que foi noticiada aqui é justamente de que o presidente Lula, com essa falta de capilaridade que ele estava tendo no Congresso,
05:27ele justamente ia começar a pautar os seus assuntos indo de deputado a deputado.
05:33Confere, deputado.
05:34É assim que funciona em Brasília?
05:35Você vai ter que ir um por um por conta justamente dessa grande variedade que a gente tem de partidos.
05:41Cada deputado tem a sua própria pauta e sua própria agenda.
05:44Muitos partidos não têm uma própria convergência aí nas pautas.
05:50Então, fica mais complicado?
05:51O Lula está certo em adotar esse tipo de dinâmica de um por um?
05:55Olha, ele tem suas razões pelo seguinte.
05:58Eu vou te pegar aqui uma pauta recente que foi o IOF.
06:02Nós temos hoje na Câmara o presencial e o semipresencial e o digital à distância.
06:12Tem dia que a pauta tem alguém lá presidindo, um deputado presidindo, e você vota aqui pelo celular.
06:19E na maioria das vezes, na correria, você pergunta o processo,
06:22Oi, vai votar o que agora? O que vai votar?
06:26E aí fica faltando aquela discussão no plenário, aquele calor, e você acaba aderindo àquilo que o partido vai lá e coloca no painel sem você discutir.
06:37Essa pauta do IOF, por exemplo, o partido liberou.
06:41Liberou por quê?
06:42Se tratando aqui, como você disse, no meu partido, que eu estou hoje.
06:47Estou de caminho para o PL, já publicitado isso, por N acordos relacionados a São Paulo.
06:53Mas o meu partido, por exemplo, você tem lá uma grande parte dos 45 deputados, 43, 45 deputados.
07:00Você tem ali mais ou menos 18 deputados, que é mais ligado ao PT.
07:05Você tem ali uns 5, 6 que está meio aqui no centro, o restante que é de direita.
07:09Então, é uma discussão muito grande ali na hora de votar alguma coisa.
07:13Quando o partido libera, eu, por exemplo, eu não estava no plenário nesse dia.
07:17O partido liberou, eu falei, opa, eu vou votar contra, ou seja, o partido está sem compromisso com o governo.
07:21Pautas que é favorável ao país, não me importa, eu voto com o governo.
07:27É bom para o país? Vai aumentar imposto? Não. De jeito nenhum.
07:31Vamos discutir de onde tirar um pedacinho de dinheiro aí, que não tire da educação e da saúde,
07:36mas para ajudar as pautas do governo para...
07:39Não me importa qual seja o governo, eu quero que ande bem.
07:41Eu quero que respeite a nossa fé, respeite a nossa ideologia, mas que o país ande bem.
07:49O que o presidente Lula está fazendo é porque ele já tomou paulada aí em vários temas
07:55e ele está certo em votar, conversar.
07:58Está muito polarizado ainda em Brasília.
08:01Isso não é bom, muita polarização.
08:03Eu acho que tem que ter discussões, tem que ter discussões, ideias, diálogo,
08:08para chegar no meio termo sempre.
08:11Sempre existe o meio termo.
08:12Nenhum projeto que chega na Câmara ou no Senado chega redondo.
08:17Ele, todos, cabe discussão.
08:19E se você brincar, o projeto sai pior do que o que chegou.
08:23Então, quando ele conversa assim, criando essa intimidade,
08:26eu acredito que ele está certo para consertar esse momento.
08:29Obrigado.
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