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Dez anos após a maior tragédia ambiental da história do Brasil, o Tribunal Superior de Londres decidiu que a mineradora australiana BHP é responsável pelo desastre de Mariana-MG. A decisão abre caminho para uma disputa bilionária por indenizações no Reino Unido, movida por centenas de milhares de brasileiros afetados.

A barragem era operada pela Samarco, joint venture da BHP com a Vale. O rompimento em 2015 deixou 19 mortos, desalojou milhares, destruiu comunidades, devastou áreas de floresta e contaminou todo o curso do Rio Doce até o mar.

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Transcrição
00:00E a Justiça Britânica declarou a BHP responsável pela tragédia em Mariana.
00:06É uma decisão histórica no Reino Unido sobre o trágico rompimento da barragem de Fundão em 2015.
00:12Essa decisão abre caminho para bilhões de dólares em indenizações e levando o caso a um novo capítulo.
00:20A Justiça Britânica determinou que a BHP, gigante australiana da mineração,
00:25é responsável pelo rompimento da barragem de Fundão, em 2015, um dos maiores desastres ambientais do Brasil.
00:33O tribunal considerou que a BHP é estritamente responsável como poluidora pelos danos causados
00:39pelo colapso da barragem de rejeitos da mina de ferro perto de Mariana, em Minas Gerais.
00:44A tragédia deixou 19 mortos e contaminou com milhões de toneladas de lama tóxica o Rio Doce e afluentes,
00:51deixando um rastro de poluição até desaguar no Oceano Atlântico, no estado do Espírito Santo.
00:58A decisão da Justiça Britânica abre caminho para bilhões de dólares em indenizações.
01:04A questão de perdas e danos para os 620 mil demandantes registrados
01:08deverá agora ser objeto de um segundo julgamento, previsto para outubro de 2026.
01:15Felipe Machado e a Vale acabou divulgando um fato relevante também sobre essa história, né?
01:21Exatamente, Eric, porque vamos lembrar, a Samarco, responsável pelo rompimento da barreira,
01:27ela era uma joint venture entre a BHP e a Vale, empresa brasileira.
01:32Então a Vale acabou se pronunciando e vamos chamar então aqui esse fato relevante.
01:36Vamos colocar então na tela o fato relevante, o comunicado da Vale?
01:39Vamos lá.
01:43Porque na verdade, Eric, a Vale, em 2024, a Vale e a BHP, elas firmaram um acordo confidencial
01:49para o pagamento compartilhado, nesse caso, então no processo inglês e também no processo holandês.
01:57E desde 2015, então a Samarco, a BHP e a Vale, a BHP Brasil, né?
02:02E a Vale já destinaram 13 bilhões de dólares para o pagamento de mais de 600 mil pessoas
02:08e também o pagamento das autoridades brasileiras que entraram nesse processo.
02:12O que eu acho que é curioso, Eric, o que eu acho que é uma coisa que não é uma surpresa, né?
02:18Apesar de ter essa perda na justiça britânica,
02:20é que a Vale já tinha estimado uma provisão adicional de 500 milhões de dólares esse ano
02:25para essas obrigações que eventualmente apareceram e apareceriam com o rompimento,
02:30com as obrigações decorrentes do rompimento da barragem.
02:33Em setembro de 2025, a Vale já havia reconhecido uma provisão de 2,4 bilhões de dólares
02:39para essas obrigações.
02:40Ou seja, apesar de ser, claro, uma decisão da justiça que beneficia as vítimas
02:50em detrimento da BHP e da própria Vale, a Vale já tinha separado uma provisão
02:57de 2,4 bilhões de dólares para essas obrigações.
03:00Então já estava isso estimado.
03:00Então não tem um impacto neste momento dentro dos recursos da Vale
03:05porque eles já tinham, vamos dizer o seguinte, separado, né?
03:08Já estava destinado esse valor para uma possível cobertura desses valores.
03:15Exatamente.
03:16Por isso que hoje esse fato relevante da Vale é tão importante.
03:19porque mostra que a empresa já estava preparada para o pagamento,
03:22eventual pagamento dessas decisões judiciais.
03:24Então esse fato relevante está disponível na internet.
03:27Acho que quem quiser saber mais detalhes desse caso pode acessar aqui, Eli.
03:30É sempre importante.
03:31A empresa séria já se prepara ali para alguns cenários.
03:34Então a gente mostrando esse fato relevante da Vale.
03:37Obrigado, Felipe Machado.
03:38Até já, já.
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