00:00A tristeza de Brian é pelo sofrimento da mãe dele, Cleide Carneiro de Matos, de 61 anos.
00:07Na foto, ela aparece abraçada com o filho.
00:09Segundo Brian, Cleide tinha uma vida normal e nos últimos meses trabalhava como cuidadora de idosos.
00:16Até que um dia, ela passou mal e precisou ser socorrida.
00:20Começou a ficar tonta e eu sem saber o que era.
00:22Mãe, mãe, mãe, tá bem, ela já foi logo vomitando quase que uma jarra de suco, quase que uma jarra de suco de sangue que ela botou pra fora.
00:33Eu praticamente vi minha mãe falecendo na minha frente e tornar, porque ela apagou totalmente.
00:38Aí foi quando eu chamei o SAMU, o pessoal do SAMU veio, me socorreu, trouxe aqui pro HR.
00:42Aí a equipe fizeram os exames todinho.
00:44Ela tomou três bolsas de sangue no primeiro dia, mais duas bolsas no segundo.
00:48Nessa tomada de bolsa, da terceira bolsa de sangue, ela vomitou uma parte da bolsa de sangue.
00:51Daí foi pra sala vermelha, foi quando levaram ela depois pra endoscopia e cautelizaram o sangramento.
00:56Cleide deu entrada na emergência do Hospital da Restauração no dia 12 de outubro,
01:01quando foi diagnosticada com câncer no estômago e na coluna.
01:05Segundo o filho dela, os médicos confirmaram, através dos exames, a necessidade da paciente para fazer uma radioterapia.
01:13Mas, segundo o HR, o tratamento não existe aqui na unidade.
01:17E há um mês, Cleide segue internada, aguardando uma transferência para um hospital especializado na doença.
01:25Disseram que era metástase e que o tratamento dela era só no câncer, no hospital do câncer, em algum hospital oncológico.
01:31E disseram que não tinha cura, mas eu acredito no Deus vivo que pode curar.
01:35Mas eles disseram que não tinha cura, só tinha tratamento.
01:37Porém, aqui não tinha tratamento e que eu ficasse ciente disso para aguardar a passagem da minha mãe.
01:42Ou seja...
01:43A morte, o óbito.
01:46Só que minha mãe está se alimentando, minha mãe não está na sonda, minha mãe está comendo, está conversando.
01:50Agora, de ontem para hoje, que ela está com muitas dores na coluna, porque tentou se mexer e a coluna doeu muito.
01:55Está se questionando de muita dor.
01:57E eu estou desde então, quando teve esse diagnóstico, que não podia fazer cirurgia.
02:00Porque primeiro disseram que podia, um médico cirurgião.
02:04Eu não sei se é um médico ou se é um acadêmico.
02:06Chegou, conversou com a gente, tirou foto de manhinha, tirou foto dos laudos da época que ela fez a biópsia no HCP.
02:11Aí disse, olha, sua mãe tem um tumor no estômago, a gente está analisando, vai fazer uma reunião com a equipe para fazer a cirurgia e remover esse tumor.
02:18Aí a gente ficou esperançoso de dar cirurgia no estômago.
02:21Aí passou umas duas semanas, ele voltou, outro rapaz da minha equipe cirúrgica,
02:28dizendo que a questão da coluna da minha mãe era metástase do câncer no estômago
02:32e que não tinha como fazer cirurgia, porque ia ser muito agressivo para ela
02:36e que ela tinha que procurar um hospital oncológico para fazer uma radioterapia ou quimioterapia.
02:41Durante esse tempo, Brian vem conversando com os médicos e pedindo atenção com a saúde da mãe.
02:47Ele disse que ela está na ala verde da emergência neurológica
02:51e que a cada dia vem sentindo fortes dores.
02:54Sem o tratamento adequado para o caso e com todos os laudos nas mãos,
03:00Brian faz um apelo para tentar salvar a vida da mãe, que está lúcida e consciente de tudo que está acontecendo.
03:08O juramento da medicina é salvar vidas.
03:11Dizem que o caso da minha mãe está avançado, porque está avançado, vão deixar ela aqui para se definhar.
03:15Minha mãe está se alimentando, minha mãe está conversando.
03:18Por favor, dê uma oportunidade de minha mãe lutar pela vida dela.
03:21Eu estou aqui junto com ela, lutando.
03:24A única coisa que eu peço é essa.
03:25Sejam humanos, honrem o juramento de vocês, que é salvar vidas, independente de se estar avançado, se não está o caso.
03:31Deem o mínimo de dignidade à minha mãe, é isso que eu peço.
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