A CEO da Eseye, Ana Carolina Bussab, conversou com Paula Monteiro sobre a eleição da empresa entre as 10 mais inovadoras do mundo pela revista americana CRN. Ela destacou o avanço das operadoras virtuais e as novas tecnologias que prometem 100% de conectividade global.
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00:00A ESAI foi eleita como uma das dez empresas de conectividade mais inovadoras do mundo, eleição da revista CRN americana.
00:08Fundada em 2007 no Reino Unido, a empresa está presente em mais de 190 países e em mais de 800 redes de telecom.
00:17No Brasil, a empresa chegou em 2016.
00:20A âncora Paula Monteiro conversou com exclusividade com a CEO da ESAI, Ana Carolina Bussabi.
00:26A CEO falou sobre a importância dos serviços de operação móvel virtual e a visão de futuro para as novas tecnologias.
00:34Vamos acompanhar.
00:36Estamos aqui hoje com a Ana Carolina Bussabi, que é CEO da ESAI.
00:41Ana, muito obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:44Imagina, eu que agradeço pelo convite e pela oportunidade.
00:47Ana, o Brasil vive uma explosão de MVNOs, que são as operadoras móveis virtuais.
00:54A gente pode dizer que vocês estão fazendo uma globalização dessas operadoras de telecomunicação?
01:02O que explica esse avanço agora?
01:04Na verdade, é a necessidade da complexidade das operações de internet das coisas.
01:10Quando a gente fala em IoT, a gente fala de uma necessidade de uma disponibilidade de rede,
01:18de uma conectividade constante.
01:20A gente precisa do dispositivo enviando e recebendo informações o tempo todo.
01:28E aí você não pode depender única e exclusivamente de uma única rede.
01:33Porque existem milhões de fatores, quando a gente fala em internet móvel, em dados móveis,
01:41que podem afetar, desde um clima até uma mudança de regiões.
01:49Então, se você tem dispositivos que viajam globalmente, você não tem a habilidade de ficar trocando nesse dispositivo
02:00ou o SIM card, ou o dispositivo que gera a conectividade em cada país que você sai.
02:10Você precisa de uma coisa que se conecte globalmente e de uma maneira sem que precise de intervenção humana.
02:19Simplesmente é algo que seja uma disponibilidade para que esse envio e recebimento de dados aconteça
02:30da maneira como a complexidade das operações hoje de internet das coisas necessitam.
02:36E a gente pode dizer que a ASAI é hoje uma das maiores, aliás, a maior MVNO com o maior número também de linhas no Brasil.
02:47Essa informação procede?
02:49Isso.
02:49No Brasil, em internet das coisas, sim.
02:53Nós somos a MVNO credenciada com o maior número de linhas ativas.
03:00Isso justamente porque essa necessidade é algo novo no mercado.
03:07Então, a gente está falando aí de um produto e de uma necessidade de mercado que se completam.
03:16Então, o dispositivo que precisa de uma resiliência de 90, acima de 95%,
03:26ele precisa poder se conectar à rede em tempo integral.
03:33A gente está falando aí de operações de risco, a gente está falando de operações que envolvem vidas,
03:38a gente está falando de tanques de oxigênio de hospital, de dispositivos de agronegócio
03:52que precisam enviar e receber informações do clima e da terra e de todos os componentes que esse mercado precisa
04:03para saber qual é o momento certo de plantar, de colher.
04:08Você mencionou até a questão de caminhões, por exemplo, de transporte, de logística.
04:13Citou o exemplo de canetas emagrecedoras.
04:16Sim, esse é um mercado muito grande no Brasil, é um mercado que somente o Brasil e a África
04:22são experts, que é o que a gente chama de isca de carga.
04:29Então, dentro desses caminhões ou dos containers de produtos com alto valor agregado,
04:39como medicamentos, seja o que teve esse grande boom, foi as canetas emagrecedoras.
04:46Você precisa ter lá um dispositivo infiltrado, né?
04:52Para que em caso de roubo de carga, você não precisa ter só do rastreamento do caminhão,
04:58você precisa ter um rastreamento da carga.
05:00E aí, esse rastreamento, ele precisa ser feito em tempo integral, num dispositivo que não vai ser encontrado facilmente,
05:10porque no caso de um extravio, no caso de um furto, esse dispositivo vai seguir mandando informações da localização
05:19para que essa carga possa ser recuperada.
05:22E aí, a gente está falando de bilhões e milhões de reais em uma única carga, em um único container ou um único caminhão.
05:31E vocês conseguem esse sinal porque vocês fazem, a gente pode dizer, como se fosse uma locação de antenas, de sinais já existentes.
05:40Isso.
05:40A gente utiliza as antenas, as donas das antenas, os E-Menols.
05:47A antena, ela tem uma capacidade muito grande de sinal.
05:55E a própria operadora, ela não utiliza essa capacidade total.
05:59Então, o que sobra, ela vende para as operadoras virtuais.
06:05E através dessas operadoras virtuais, do que é vendido, a gente consegue fazer isso.
06:11Porém, qual que é o grande diferencial?
06:14Nós conseguimos, dentro de um único SIM card, fazer diversas rotas e diversas cotas dessas operadoras.
06:25Então, eu tenho diversas maneiras de me conectar numa única operadora.
06:31E aí, eu tenho todas as operadoras com uma resiliência, uma redundância de três ou quatro vezes para se conectar.
06:40Então, o dispositivo, ele tentou se conectar através de uma rota, ele teve qualquer dificuldade, ele não conseguiu, ele automaticamente, rapidamente,
06:50a gente está falando aí num tempo de mais ou menos três minutos, ele já tenta a próxima e a próxima e a próxima até que ele consiga se conectar.
06:59E por isso, então, que vocês têm essa parceria com todas as antenas possíveis, disponíveis das operadoras.
07:06Sim, é uma necessidade do mercado hoje, né?
07:10E a gente não está falando só de Brasil, a gente está falando de 800 redes globais.
07:15Então, a gente está falando de um dispositivo que ele vai funcionar aqui, ele vai funcionar na África, ele vai funcionar na Europa, ele vai funcionar nos Estados Unidos,
07:26sem que você precise de intervenção humana.
07:27Aliás, sem intervenção nenhuma.
07:29A partir do momento que você tem essa possibilidade de se conectar pela rede, de diversas maneiras, você tem uma disponibilidade de sinal amplificada.
07:43O mercado também já exige, a gente já possui uma inteligência artificial embarcada, né?
07:51Na conectividade, nas plataformas que já ajudam a melhorar essa resiliência que a gente estava falando.
08:00E aí, o outro passo é a questão dos satelitais, né?
08:08Que está fortíssimo vindo, porque existem áreas onde realmente nem, assim, tem rede privada?
08:18Tem, tem rede privada, mas a rede privada, às vezes, não consegue suprir.
08:22E o investimento de uma rede privada é muito alto, né?
08:26E em algumas operações, um satelital, ele resolve o problema, né?
08:33Então, assim, ah, mas vão mandar só seis posições por dia, que é conforme o satélite vai passando por cima.
08:42Mas seis posições comparado com zero, são seis posições.
08:46Já é um super avanço.
08:48É, é um avanço.
08:49Então, tem o satelital que está muito forte.
08:51Eu acho que agora o que está mais em voga, o que está mais forte, é essa questão do satelital.
08:59Porque é uma, é uma, cobre uma questão muito bacana, que é esse ponto onde o dispositivo, ele estava invisível.
09:11E agora, não, né?
09:13Vai chegar um momento que é quando a gente fala 95, 97% de disponibilidade de rede, vamos chegar sem.
09:21Eu ia perguntar exatamente isso.
09:22Qual que é a visão de futuro, então, da SI, além dessa, né?
09:26Se houver outras, que vocês estão apostando para ganhar vantagem competitiva?
09:32Bom, primeiro, é sempre acompanhar o mercado, né?
09:37Em novas tecnologias.
09:39Então, a gente não está preso só em telefonia móvel, né?
09:45Telefonia, de maneira geral, de se falar dados móveis.
09:49A gente está trazendo aí opções de satelital, contratos novos o tempo todo, né?
09:56A gente está sempre ampliando a nossa rede.
10:00Então, hoje, nós temos 800 redes disponíveis dentro da operação da ESAI.
10:08Nessas 800 redes, a gente está falando em 190 países.
10:11A ideia é cobrir o globo todo, seja via satelital, seja via dados móveis.
10:20E está sempre à vanguarda do que o mercado precisa para alcançar esse 100% de conectividade.
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