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JOHN EDWARD ROBINSON, O ASSASSINO DA INTERNET

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Transcrição
00:00Março de 2000. A polícia de Kansas segue as pistas do desaparecimento de uma série de jovens mulheres.
00:09Pistas que em pouco tempo levam ao mundo online de sexo e servidão.
00:13Foi um grande choque para nós, claro, descobrir sobre esses websites.
00:18E o que viríamos a descobrir era muito maior do que jamais sonhávamos.
00:23Em pouco tempo, um crescente grupo de detetives fecha o cerco no primeiro cyberkiller do mundo.
00:30Um homem conhecido por alguns como O Dominador.
00:33Ele se tornou alguém que podia matar pessoas sem remorso.
00:40Junto com a polícia, há aqueles que registram a investigação bem de perto, filmando, escrevendo e gravando.
00:48Eles são as primeiras testemunhas.
00:50Através de seus olhos, eles catam os capítulos mais negros do crime.
00:54A polícia de Kansas.
01:24No final dos anos 1990, a internet crescia a uma taxa exponencial.
01:32Dentro de poucos anos, milhões de pessoas estavam, de repente, usando seus computadores para fazer contato com familiares e amigos,
01:39conhecer gente nova e até fazer compras ou procurar emprego online.
01:43Michigan, Estados Unidos.
01:45Ao mesmo tempo, uma jovem de Michigan chamada Suzette estava entre aqueles que adotaram a nova tecnologia.
01:50Suzette Troughton era uma moça de cerca de vinte e poucos anos.
01:56Ela se ligava muito na comunicação pela internet, usava muito e-mail, usava muito o sistema de mensagens, sabe, com seu círculo próximo de amigos.
02:06Durante o dia, Suzette trabalha como enfermeira e cozinheira num restaurante local.
02:11Em dezembro de 1999, enquanto estava no computador, ela viveu o que parecia um incrível golpe de sorte.
02:18Suzette conhece um novo amigo e potencial empregador pela internet.
02:22John Robinson, ou JR, como era seu apelido online, morava perto de Kansas City.
02:30Ele havia oferecido a Suzette Troughton um emprego de 67 mil dólares por ano para ser enfermeira particular do seu pai doente.
02:39Para alguém como Suzette Troughton, que já havia trabalhado como enfermeira em abrigo para idosos em Michigan, sua terra natal, 67 mil dólares por ano era uma fantástica soma em dinheiro, que era mais do que talvez ela fosse capaz de ganhar ali.
02:57Embora alguns familiares achassem essa proposta de emprego boa demais para ser verdade, Suzette se sentia inclinada a aceitá-la.
03:06Ela se despede dos amigos e da família e embarca numa viagem de mais de 1.100 quilômetros até Kansas com seus dois cães, Pekka e Harry, a tiracolo.
03:19John Robinson a recebe e a acomoda em Lenexa, não muito longe de Kansas City.
03:24Nas primeiras semanas, Suzette mantém contato com quem deixou para trás, sobretudo com a mãe, Caroline.
03:36Suzette contatava a mãe, eu acredito que fez isso todos os dias, e em que ficou aqui.
03:40Ela teria ligado todos os dias ou mandado e-mail diariamente, havia uma constante comunicação.
03:45Porém, em 1º de março de 2000, esse contato de repente cessou.
03:49Caroline não recebeu mais ligações nem e-mails de sua filha, e as tentativas que fez para contatar Suzette não renderam respostas.
03:59Elas eram muito próximas.
04:02Quando ela...
04:04Sabe, as linhas de comunicação foram interrompidas, a mãe dela viu que algo estava errado.
04:11A mãe de Suzette então contata John Robinson diretamente.
04:13Ele explica que também não tem notícias de Suzette há vários dias.
04:18E segue dizendo que ela, na verdade, não aceitou o emprego de enfermeira que ele ofereceu.
04:23Em vez disso, partiu para umas longas férias com um advogado local muito rico chamado Jim Turner.
04:29Caroline nunca tinha ouvido falar em Jim Turner.
04:31Suzette nunca tinha falado em Jim Turner antes.
04:34Suzette jamais sairia de viagem com alguém que ela acabara de conhecer.
04:38Isso ia totalmente contra o que Caroline sabia da filha Suzette.
04:41Logo após essa ligação, a mãe de Suzette e outros membros da família começaram a receber e-mails de Suzette de novo.
04:49E ela parece confirmar a história de John Robinson.
04:52Com seus cães Peck e Harry ainda a tiracolo, ela explica que agora está indo para o exterior com seu novo amigo.
05:00O detalhe que Caroline e outros membros da família notaram sobre esses e-mails é que eles não estavam escritos do jeito que Suzette escrevia.
05:07O nome de um dos cães estava escrito errado.
05:10E então eles viram, pelo jeito que estava escrito, que aquilo não era dela.
05:16Além dos e-mails suspeitos, membros da família também receberam cartas datilografadas de Suzette.
05:22O estilo de escrever era diferente do dela.
05:25E o que mais deixou todos perplexos foi que a assinatura dela estava nessas cartas.
05:29As cartas eram datilografadas, mas a assinatura dela estava em todas elas.
05:33E aí não sabiam o que pensar, mas a mãe insistia no fato de que algo havia acontecido com Suzette e que ela não estava viajando com tal cara, porque isso não se encaixava.
05:4525 de março de 2000.
05:47Temendo que algo terrível tenha acontecido com Suzette, a irmã dela, Dawn, contata a polícia de cânceres para comunicar seu desaparecimento.
05:53Diante de um BO de pessoa desaparecida, é muito difícil dizer o que pode realmente ter ocorrido.
06:03Muitas vezes as pessoas não querem ser encontradas.
06:06Ela estava fora da cidade, podia estar numa outra cidade naquele momento, podia ter conhecido alguém.
06:11Podia ser qualquer uma dentre um milhão de situações diferentes.
06:14Os funcionários do hotel disseram que John Robinson fez o check-out de Suzette e John Robinson foi visto voltando ali com seu carro naquela tarde e retirando as coisas dela.
06:40Eles têm câmeras de segurança gravando 24 horas por dia e tinham o vídeo mostrando John no dia em que ele tirou Suzette do hotel.
06:51O fato de John Robinson ser a última pessoa vista com as coisas de Suzette atiçou o interesse da polícia.
06:58Além disso, eles não encontraram nenhum registro do advogado local muito rico chamado Jim Turner, o homem com que Suzette supostamente viajou.
07:05Na delegacia, eles descobrem detalhes ainda mais perturbadores.
07:09Registros policiais revelam que o patrão promissor de Suzette, John Robinson, é na verdade um vigarista de carreira com antecedentes criminais de estelionato e roubo.
07:20Quando vimos a ficha dele, ele aplicava golpes nas pessoas desde garoto.
07:24E era muito bom nisso, conseguia convencer as pessoas a lhe dar grandes somas em dinheiro que eles nunca mais veriam.
07:30O mais assustador, porém, era o fato de que o nome de John Robinson também aparecia em conexão com três outros casos de pessoas desaparecidas ocorridos na década de 1980.
07:42Os casos dessas mulheres ocorreram há quase 20 anos.
07:46E a única coisa que tinham em comum é que todas estavam associadas a John Robinson.
07:52E durante essa associação com John Robinson, todas desapareceram.
07:56Na hora que eles viram isso, eles, sabe, tiveram um mau pressentimento de que não era coisa boa, que era outro caso.
08:05O padrão estava se repetindo.
08:08Em 24 horas, reunimos uma força-tarefa para operar junto com o departamento de polícia de Lenexa, que envolvia diferentes agências.
08:17E em 24 horas, nos reunimos e bolamos um plano para investigar esse cara e descobrir toda a verdade.
08:23Começamos a conversar sobre a procura por Suzette, que sabíamos que estava associada a John Robinson.
08:32Achamos que o melhor jeito de achar Suzette era, se ela estivesse viva, começar a vigiar John Robinson.
08:37Talvez John Robinson nos levasse a Suzette e conseguíssemos algum indício de onde ela estava.
08:42Com a crescente impaciência sobre o caso mais recente de pessoa desaparecida, a polícia começa a observar mais de perto aquele homem de 56 anos, John Robinson.
08:57Na época, ele vive com a esposa Nancy, numa comunidade de trailers local.
09:01Diariamente, eu encontrava um grupo de detetives, todos em veículos que chamavam pouquíssima atenção.
09:10Nossos trajes eram bem casuais.
09:13Nossos detetives ficavam de olho no trailer dele e no estacionamento de trailers.
09:19E quando ele começava a se mexer, nós o seguíamos.
09:21Vamos sair daqui.
09:22Ao mesmo tempo, a polícia emprega uma outra técnica de investigação conhecida como Operação Lixo.
09:31A ideia era tentar descobrir que hábitos John Robinson tinha e ver se havia alguma pista de onde a monstra desaparecida estava no lixo dele.
09:39Geralmente isso era feito nas primeiras horas da manhã.
09:43Nós trocamos o saco de lixo que queremos por um saco de lixo bem parecido.
09:47E na manhã seguinte, John, ou seja, quem for, sabe, pode vê-lo na rua quando o lixeiro passa e pega.
09:56A primeira vez que pegamos o lixo, ele tinha fragmentado um monte de papéis antes de jogar fora.
10:03Só tínhamos aquelas tirinhas de papel para tentar montar alguma coisa.
10:06Você pode separar por cor e se alguma coisa faz o papel chamar a atenção, é mais fácil começar a juntar as peças.
10:12Mas, no geral, é um enorme enigma.
10:15Então, o que fazemos?
10:17Colamos uma tirinha na mesa e vamos tentando colar tirinhas que combinem com aquela até termos o documento por inteiro.
10:23O lixo examinado era bem comum, sem nenhuma ligação com Suzette Troughton.
10:28Porém, John Robinson era alguém que já tinha se envolvido num caso de pessoa desaparecida.
10:34Não vimos John fazer muita coisa que levantasse a suspeita de alguém.
10:38Ele era um pai, era um avô.
10:42Nós o vimos uma vez buscando o filho na creche.
10:44Vimos quando ia a casa de ferragens, quando ia a restaurantes, com a esposa.
10:53Muita coisa que ele fazia era normal, coisas que gente comum faz todos os dias.
10:57Mas, nos dias seguintes, conexões com o mundo de sexo e servidão e o misterioso depósito,
11:03talvez, levasse os detetives à desaparecida de 28 anos de idade, Suzette Troughton.
11:0831 de março de 2000.
11:12Na comarca de Johnson, em Kansas, a polícia procura uma moça desaparecida, Suzette Troughton, uma enfermeira natural de Michigan.
11:19Embora não haja provas de ocorrência delituosa, a última pessoa que pode tê-la visto é um homem de 56 anos, um morador local chamado John Robinson.
11:27Vigarista de carreira, que está associado a pelo menos três outros casos de pessoas desaparecidas, Robinson está sendo constantemente vigiado.
11:35Os policiais esperam que ele os leve ao paradeiro de Suzette.
11:38Nós fizemos tudo o possível para descobrir o que... onde... onde o que acontecia e como chegar ao final de tudo, ou seja, onde a moça estava.
11:51Enquanto alguns policiais vigiam Robinson, outros vão a Michigan falar com Caroline, a mãe de Suzette, e montam uma lista detalhada dos pertences da moça.
12:00Imaginamos que se uma pessoa se mudou e em seguida desapareceu e as suas coisas sumiram, alguém deve ter posto essas coisas em algum lugar.
12:11E o único jeito de se livrar disso é você colocar tudo num depósito.
12:17Então, literalmente decidimos que era uma pista que precisávamos seguir.
12:22Pegamos uma lista telefônica e passamos a ligar para todos os números de depósitos que pudemos encontrar.
12:30Os policiais não encontram nenhum depósito alugado em nome de Suzette Troughton, mas encontram um em nome de John Robinson na cidade vizinha de Oleira, Kansas.
12:41Curiosamente, parece que Robinson visitou o local no dia 1º de março, mesmo dia em que Suzette foi vista pela última vez em seu hotel.
12:50Uma pista semelhante se materializa no lixo fragmentado de Robinson.
12:53Os policiais montam um recibo de um outro depósito em Raymond, Missouri, que está no nome da esposa de John.
13:00Indo ao local, os policiais ficam sabendo que John também tem seu próprio depósito ali.
13:07Embora sintam que os depósitos talvez abriguem pistas sobre o paradeiro de Suzette,
13:12os policiais não podem examiná-lo sem uma prova cabal e um mandado de busca.
13:16Nós instalamos câmeras de segurança sobre a entrada dos dois depósitos suspeitos,
13:28para podermos vê-lo em ação quando aparecesse por ali.
13:32Se o perdêssemos durante a campana, poderíamos saber se ele havia ido àquele depósito ou não,
13:37revendo as imagens gravadas, quando tivéssemos a chance de fazer isso.
13:40Ao mesmo tempo, esperando encontrar conexões,
13:44a polícia examina os outros casos de pessoas desaparecidas com os quais Robinson teve ligações no passado.
13:51Um dos casos data de meados da década de 1980.
13:55Uma moça de 19 anos chamada Lisa Stacy e sua filhinha de 5 meses, Tiffany,
14:00se inscreveram num programa em Kansas, visando ajudar jovens mães solteiras a recomeçar a vida.
14:05Na época, o programa era dirigido por John Robinson.
14:10Ele tinha um apartamento que ele usava para esse programa que ele supostamente dirigia,
14:19para moças, mas em vez de pôr Lisa nesse local do programa,
14:28ele a colocou num motel.
14:33Ela ligou para a família querendo saber por que eles estavam tentando tirar a filhinha dela
14:38e eles disseram, ninguém está tentando tirar o seu bebê.
14:43Ela estava chorando, ela estava histérica.
14:45Era uma moça de 19 anos e ela disse,
14:50eles me fizeram assinar quatro falhas de papel em branco.
14:53Eles vêm vindo, eu vou desligar.
14:55E essas foram as últimas palavras que alguém ouviu de Lisa Stacy.
15:00A família, entretanto, recebeu uma carta assinada.
15:09Basicamente, a carta diz,
15:11estou bem, eu conheci uma pessoa, vou recomeçar a minha vida
15:16e agradeço a ajuda que tive de Robinson, das organizações que me ajudaram.
15:22Mas eu tenho, eu preciso começar uma nova vida.
15:31Nos anos 1980, o oficial de condicional Stephen Haynes
15:36se encontrou com Robinson para discutir seu programa para mães solteiras.
15:40Ele tinha uma longa ficha criminal já naquela época.
15:43Ele tinha desfalcado, ah, empregadores.
15:47Ele tinha roubado de vários patrões.
15:49John apenas alegou ser inocente
15:53e negou ter qualquer envolvimento com Lisa, a não ser ajudá-la.
15:58Disse que ela fugiu com o namorado,
16:00que não sabia porque estava sendo assediado e incomodado por gente o questionando,
16:05quando tudo que ele tentou fazer foi uma boa ação.
16:09Combinando suspeitas, Haynes descobre que apenas seis meses antes do desaparecimento de Lisa Stacy,
16:15uma funcionária de Robinson chamada Paula Godfrey também desapareceu.
16:18e a família dela também havia recebido cartas assinadas.
16:21Aquilo para mim era mais do que uma estranha coincidência
16:27onde você tem duas pessoas desaparecidas
16:31e circunstâncias semelhantes, ou seja,
16:36de repente cartas começam a aparecer assinadas por ela,
16:39dizendo, eu estou bem, eu estou ótima,
16:42só decidi começar uma nova vida.
16:44Sabe, isso era mais coincidência do que eu estava...
16:49estava esperando.
16:51Na época, Haynes especulou que John Robinson
16:54podia estar envolvido com tráfico de bebês ou uma máfia de prostituição.
16:59As investigações policiais revelaram que ele tinha um fetiche sexual por SDSM,
17:04ou seja, servidão, dominação e sadomasoquismo.
17:06SDSM é uma forma bruta de sexo que costuma envolver chicotes e algemas.
17:13Pelo menos uma mulher registrou queixa alegando que Robinson a ofereceu
17:17para homens que partilhavam os mesmos fetiches.
17:19Ela também contou uma história que Robinson estava envolvido num grupo
17:26que fornecia garotas para relações sexuais sadomasoquistas
17:33e que ele pagava a ela uma grande soma em dinheiro
17:38que lhe dava drogas, vendava seus olhos,
17:41a colocava num carro e a levava para uma casa
17:46numa parte bem rica da cidade.
17:49Depois ela era levada ao porão dessa casa
17:53e nesse porão havia suportes de parede
17:59e outros objetos para a tortura sadomasoquista.
18:05Enquanto uma mulher chamada Catherine Clampett
18:08também teria fugido após se encontrar com Robinson nos anos 1980,
18:13nunca houve prova suficiente para indiciá-lo
18:15na conexão com alguma das mulheres desaparecidas.
18:17Havia suspeitas, mas nenhuma prova cabal de que algo tivesse ocorrido com essas mulheres.
18:23Ninguém tinha qualquer prova de que havia algo errado.
18:26Para a polícia, que procurava por Suzette Troughton no ano 2000,
18:31são assustadoras as semelhanças entre os casos do passado e seu desaparecimento em particular.
18:36As bizarras cartas assinadas, cartas que continuavam a chegar.
18:40Ela teria escrito cartas bem detalhadas dizendo
18:46Estou no deck esta manhã e estamos vendo os golfinhos nadando junto com o barco
18:51e nossos dois cãezinhos, Pekka e Harry, estão aqui latindo para os peixes.
18:56E nenhuma dessas cartas fazia sentido para a família,
19:00porque segundo a mãe dela, ela não gostava de mar.
19:03Sabiam que tais cartas não podiam ser de Suzette?
19:08Além disso, uma pista sinistra parece contradizer as cartas
19:12e confirmar o temor de que Suzette jamais saiu do Kansas.
19:16Os policiais descobrem que dois cães com a mesma descrição de Pekka e Harry
19:20foram recolhidos por um abrigo de animais local.
19:23Para fazer a comparação, foram usadas fotos dos cães fornecidas por Caroline, mãe de Suzette.
19:28Caroline me contou que esses dois cães, Pekka e Harry, eram o xodó dela.
19:36Suzette não iria a lugar nenhum sem Pekka e Harry.
19:39E palavras dela, se você achar Pekka e Harry sem Suzette,
19:43com certeza alguma coisa está muito errada.
19:46Um cão foi entregue para adoção a uma família local.
19:51Eu fui à casa deles e eu informei porque eu estava lá.
19:54Eles foram bem prestativos, receptivos.
19:56Conversei com eles um tempinho, olhei para o cachorro, mostrei a eles a foto.
19:59Eles concordaram que parecia com o cão chamado Pekka.
20:02E depois, após falar um pouco com eles, eu chamei o cãozinho pelo nome
20:06e ele veio direto para mim.
20:08E aí todos tivemos certeza que ele era Pekka.
20:12Harry, o outro cãozinho de Suzette, apareceu em um outro abrigo.
20:17Fui de avião até Michigan e me encontrei com Caroline na casa dela
20:21e contei as novidades a ela, que, sabe, tínhamos achado Pekka e Harry
20:25e falei das circunstâncias.
20:27Isso causou um abalo muito grande, deu para ver.
20:29Caroline, sabe, se recostou e disse,
20:32então isso significa que Suzette talvez esteja morta.
20:35E ela viu nesse momento que a chance de Suzette ser encontrada viva
20:38era quase nula.
20:40Porém, sem prova suficiente contra Robinson para um mandado de prisão,
20:52a polícia pouco podia fazer além de vigiar e esperar.
20:56Novas respostas em breve viriam da internet
20:58e de uma série de outras mulheres que John Robinson começava a trazer para a cidade.
21:08Abril de 2000
21:10A polícia de Kansas mantém constante vigilância em John Robinson de 56 anos.
21:16Embora não haja provas,
21:17ele é o principal suspeito do desaparecimento de pelo menos quatro moças
21:21e, mais recentemente, de uma enfermeira de 28 anos chamada Suzette Troughton.
21:28Nunca tivemos, na verdade, informações reais.
21:31A não ser o fato de que ela desapareceu.
21:33Não sabíamos onde ela estava.
21:35Sabíamos que ela estava com esse cara,
21:37mas não o que ele poderia ter feito com ela.
21:39Talvez ela estivesse viva, talvez morta.
21:42Os policiais no encalço de Robinson descobrem que,
21:45além de alugar depósitos na região,
21:47ele também tem um esconderijo bem longe da comunidade de trailers,
21:50onde vive com a esposa.
21:51Certa ocasião, o Sr. Robinson foi seguido e ele, após viajar um bocado na direção sul,
22:02acabou chegando em Lassin, Kansas, um lugar bem distante.
22:06Lá viram que ele entrou numa propriedade.
22:10Era uma propriedade onde havia um pequeno lago e havia um trailer no final da longa entrada.
22:16Não sabíamos o que tinha lá dentro,
22:18mas sabíamos que, desde essa visita,
22:21aquele seria um possível local ligado ao que ocorreu com Suzette Troughton.
22:27Houve um período em que tínhamos nossas suspeitas,
22:32além de motivos para acreditar no que estava ocorrendo,
22:35mas não podíamos provar.
22:37Mas nesse interinde composição do caso,
22:40havia também a certeza de que ele não tinha matado ninguém enquanto foi vigiado.
22:44Alguns achavam que as pistas mais fortes
22:47estavam nas várias cartas recebidas pela família de Suzette,
22:50supostamente escritas por sua filha desaparecida.
22:53Para investigar cartas enviadas pelo correio,
23:00você dá uma olhada no carimbo, sabe, no envelope.
23:04Por ele, você fica sabendo a cidade e o estado de origem.
23:07Há também alguns códigos ali que ajudam a identificar
23:09a caixa de correio de origem ou a agência de origem.
23:14Curiosamente, os carimbos correspondem aos locais distantes onde Suzette alegue estar.
23:19Na pior das hipóteses,
23:20alguém estava postando essas cartas em correios muito distantes da comarca de Johnson, Kansas.
23:26Comarca de Johnson.
23:29O negócio era descobrir de onde elas estavam vindo.
23:33Em pouco tempo, porém,
23:34antes dos detetives fazerem uma incrível descoberta
23:37sobre os e-mails suspeitos de Suzette,
23:39eles reconstroem contas dispensadas
23:41que fornecem detalhes sobre o provedor de internet usado por John Robinson.
23:45A polícia percebe que em 1º de março,
23:48mesmo dia em que os contatos regulares de Suzette cessaram,
23:51todos os novos e-mails supostamente dela,
23:54na verdade, partiram da conta de John Robinson em sua residência.
23:57A atividade online de Robinson também revela acesso a sites da internet relacionados a servidão,
24:16dominação e sadomasoquismo,
24:18um fetiche antigo dele,
24:19nos quais, de vez em quando,
24:21faz uso do apelido de dominador do Meio Oeste.
24:24Foi um grande choque para nós,
24:26claro, ficar sabendo sobre esses websites.
24:30Dominador, escravo, servidão e disciplina.
24:34Atos sexuais,
24:35e isso envolve apetrechos e contratos
24:39e atividade sexual.
24:45A polícia descobre que a desaparecida Suzette Rotten
24:48também tinha interesse no sadomasoquismo
24:50e se questiona se o desaparecimento dela
24:52pode, de alguma forma,
24:54ter relação com um veio criminoso dessa subcultura online.
24:58Houve discussões sobre escravos sexuais
25:00e sobre pessoas sendo raptadas
25:03para servirem de escravos sexuais
25:05e bem lá no fundo nós questionávamos,
25:07tá, será que é disso que se trata?
25:09Estamos falando, sabe,
25:11de escravidão sexual.
25:13Pode ter mais gente envolvida em...
25:18Sabe, no sumiço da Suzette,
25:20em rapto, em perseguição,
25:22ou teria sido levada para ser escrava sexual
25:24em outro lugar.
25:25Com certeza, com os aspectos de SDSM,
25:28essa era uma possibilidade bem real.
25:31O fato de Robinson ter claramente acessado
25:33a conta de e-mail de Suzette Rotten
25:35podia justificar o pedido da polícia
25:37de um mandado de busca para a casa dele,
25:39mas não para os depósitos alugados
25:41nem para a sua fazenda,
25:42os locais mais prováveis
25:43para esconder provas incriminadoras.
25:46Quando você chega num ponto de, sabe,
25:48ainda não sabíamos se Suzette estava viva,
25:51você ainda não sabe com certeza
25:52quem pode ou não estar envolvido,
25:54você chega no ponto de...
25:56de tentar identificar os conspiradores,
25:58você monitora as conversas telefônicas.
26:00Em poucos dias, surge um repentino e novo avanço.
26:04Policiais rastreiam números discados
26:06pelo celular de Robinson
26:07e notam que ele está contatando mulheres
26:09que vivem em estados diferentes
26:11e arranjando para que elas viajem ao Kansas.
26:13Através de seu personagem online,
26:15parece que John Robinson,
26:16também conhecido como o dominador do Meio Oeste,
26:19está prestes a trazer mais mulheres para a cidade.
26:21Ele fazia o contato e tentava ver
26:24se elas estavam interessadas em encontrá-lo.
26:26Aí ele se colocava como algum tipo de dominador,
26:29com servidão e disciplina,
26:32se oferecia para treinar essas mulheres
26:33e pedia para elas serem suas escravas.
26:36Sua tática online tem uma grande semelhança
26:39com aquelas que trouxeram Suzette Routen
26:41para o Kansas alguns meses antes.
26:43Só que ele acrescentava um toque
26:45dizendo que era muito, muito rico,
26:48ou divorciado, ou viúvo, empresário,
26:51que tinha inúmeras conexões
26:52e que arranjaria emprego para elas aqui
26:54e que cuidaria delas.
26:58Nos dias seguintes,
26:59a polícia se aproxima ainda mais
27:01do submundo do sadomasoquismo
27:02e descobre uma mulher
27:04que mal conseguir escapar
27:05de se tornar uma pessoa desaparecida.
27:14Abril de 2000.
27:16Em Kansas, a polícia investiga
27:17o caso de desaparecimento de Suzette Routen,
27:20uma mulher de 25 anos de Michigan.
27:23O principal suspeito
27:24é um morador local,
27:25John Robinson,
27:26fortemente envolvido
27:27com a subcultura de servidão
27:29e sadomasoquismo.
27:30A polícia vigia
27:31enquanto ele arranja encontros
27:33de cunho sexual
27:33com novos conhecidos
27:34de fora da cidade.
27:3724 de abril.
27:39Uma jovem mulher
27:40chamada Vicky, do Texas,
27:42chega em Overland Park, Kansas,
27:43e se hospeda
27:44no quarto de um hotel local
27:45reservado por Robinson.
27:47Vicky era uma outra mulher
27:51que, sabe,
27:52ele tinha conhecido online.
27:54Vicky tinha vindo
27:56para participar
27:56da prática
27:58de SDSM
27:59com ele.
28:01Ela tinha,
28:02parece o que chamamos
28:03de seus próprios
28:03brinquedinhos.
28:05Sabe,
28:05essa prática envolve
28:06vários brinquedinhos,
28:07apetrechos,
28:08coisas desse tipo,
28:09e ela traz consigo
28:10o que costumava usar.
28:11Os policiais vigiam
28:14quando John Robinson
28:15chega ao motel
28:16e se dirige para o quarto.
28:18Logo depois,
28:19Vicky se aproxima
28:20do balcão da recepção
28:21e pergunta
28:21se pode tirar
28:22uma xerox.
28:23O recepcionista,
28:24ciente da vigilância
28:25da polícia,
28:26tira uma cópia extra
28:27do documento
28:28e entrega para os policiais
28:29disfarçados
28:30presentes no local.
28:31E dão de cara
28:32com um detalhado
28:32contrato escravo-dominador
28:34muito comum
28:35nos círculos
28:35de sadomasoquismo.
28:36No mundo SDSM,
28:45geralmente as pessoas
28:46aparecem com contratos
28:47detalhados
28:49sobre as condições
28:51para ser o escravo
28:52de alguém
28:52ou o dominador.
28:54E John Robinson,
28:55sendo obcecado por controle,
28:57era sempre o dominador.
28:59Muitas pessoas
29:00que curtem SDSM,
29:02na verdade,
29:03curtem a cena toda
29:04de ter alguém
29:05no controle
29:06ou alguém
29:07sendo dominado.
29:10Parece que muitas
29:10têm orgasmo
29:12só de fazer o contrato.
29:15Esperando assegurar
29:16a segurança de Vicky
29:17sem comprometer
29:18o disfarce,
29:19os policiais silenciosamente
29:21se posicionam
29:21em quartos vizinhos.
29:25Os policiais
29:27que estavam no local
29:27tinham que tomar
29:28decisões sobre
29:29essa pessoa
29:30que lhe encontrar
29:31que não era desaparecida.
29:33Mas também era preciso
29:34achar a moça desaparecida,
29:35cuidar para que a moça
29:36que ele fosse encontrar
29:38estivesse a salvo.
29:40Estaria ela a salvo
29:41naquele quarto com ele?
29:43Os policiais
29:44ouvem ruídos
29:44frequentes,
29:45mas tem que distinguir
29:46entre a violência normal
29:47que sempre acompanha
29:48as atividades
29:49de estado masoquismo
29:50e uma potencial
29:51ameaça real.
29:52Havia policiais
29:54no quarto ao lado
29:54ouvindo e
29:56às vezes havia
29:57agressões,
29:58gritos e gemidos.
30:00E tentávamos
30:00discernir
30:01se não era
30:02uma prática consensual
30:04ou se ele estava
30:05realmente machucando
30:06as mulheres.
30:07Então havia
30:07muita dificuldade
30:08envolvida na investigação.
30:10Três dias depois
30:17vi que aparentemente
30:19Ilesa
30:19segue de volta
30:20para o Texas.
30:21Outras mulheres
30:22logo tomam
30:23o seu lugar.
30:24Ele ia até os motéis
30:25e se encontrava
30:26com mulheres,
30:27mandava e-mails
30:28e...
30:29Mas assim que ele chegava,
30:30assim que a mulher dele
30:31chegava em casa
30:32às cinco da tarde,
30:34Robinson também chegava.
30:36E ele era o marido,
30:37o avô
30:38para os seus netos
30:39e um cara
30:39que agia normalmente
30:41a não ser
30:42das nove
30:43às cinco horas
30:44da tarde
30:45durante os dias úteis.
30:46A vigilância policial
30:48é constante,
30:49mas em uma breve ocasião
30:50Robinson escapa
30:51enquanto dirigia
30:52pela cidade.
30:55Nós o perdemos
30:56de vista.
30:57Não deu para
30:58recuperar o rastro.
31:00E só fomos encontrá-lo
31:02de novo
31:03na casa dele.
31:05Só mais tarde,
31:06na rotina
31:06de rever as fitas
31:07na delegacia
31:08é que foi possível
31:09descobrir onde
31:10ele estivera.
31:12Nós conseguimos descobrir
31:13quando revimos
31:14as fitas gravadas
31:15naquele depósito
31:16que durante aquele período
31:18ele tinha ido
31:19visitar aquele depósito.
31:21E...
31:22o que vimos foi
31:23ele entrando no depósito
31:24segurando uma valise.
31:26Parecia uma valise preta
31:27de material mole
31:29do tamanho de uma maleta,
31:31talvez um pouco mais larga.
31:32E quando saiu do depósito,
31:34ele não estava mais com ela.
31:35Enquanto alguns
31:41acreditam que
31:41essa valise preta
31:42continha
31:43brinquedinhos
31:44sexuais,
31:45outros especulam
31:45que também podia
31:46conter armas
31:47de potencial letal.
31:49Havia quase que
31:50diariamente
31:50debates
31:51sobre quando
31:52prendê-lo.
31:53Mas você tem que entender
31:54que é fácil
31:55prender,
31:55mas quando prende
31:56precisa de acusações
31:57que possa provar
31:58no tribunal.
31:5919 de maio
32:08de 2000,
32:09uma mulher
32:09chamada Dina
32:10chega na cidade
32:11para se encontrar
32:12com Robinson.
32:13Em poucas horas
32:14parece haver um imprevisto.
32:17John deixa Dina
32:18e ela
32:19começa
32:20a ficar
32:21preocupada
32:21com as circunstâncias
32:22em que é colocada.
32:23numa reviravolta
32:28Dina
32:28se aproxima
32:29do balcão
32:29da recepção
32:30do hotel.
32:31Após falar
32:32com os funcionários
32:32ela pede a eles
32:33que liguem
32:34para a polícia.
32:35A chamada
32:35é prontamente
32:36direcionada
32:37para os policiais
32:37encarregados
32:38da campana.
32:40Dina
32:40diz à polícia
32:41que está
32:42preocupada
32:42porque o homem
32:43que ela veio
32:44à cidade
32:44encontrar
32:45a havia
32:45agredido
32:46sexualmente
32:46e usado
32:47um nome falso
32:48coisa que ela
32:49descobriu
32:49pelos funcionários
32:50do hotel.
32:51O nome
32:51que ele havia
32:52dado
32:52era Jim Turner
32:53o mesmo nome
32:54que Robinson
32:54deu à família
32:55de Suzette Troughton
32:56para identificar
32:56o homem
32:57misterioso
32:57com o qual
32:58ela aparentemente
32:59fugiu.
33:01Como a polícia
33:02já havia
33:03suspeitado
33:04Jim Turner
33:05e John Robinson
33:06simplesmente
33:07eram a mesma
33:08pessoa.
33:10Pouco depois
33:11de a polícia
33:11levar Dina
33:12para um local
33:13seguro
33:13a mulher
33:14conhecida
33:14como Vicky
33:15também faz
33:16contato com eles
33:17e relatou
33:18que John Robinson
33:18roubou seus apetrechos
33:19sexuais
33:20e se recusava
33:21a devolvê-los.
33:22Em questão
33:22de dias
33:23duas mulheres
33:24forneceram
33:24à polícia
33:25todos os motivos
33:26plausíveis
33:26necessários
33:27para dar
33:28uma busca
33:28em várias
33:28propriedades
33:29de Robinson.
33:30Elas foram
33:31à polícia
33:31independentemente
33:32uma das outras
33:33ou acusaram
33:34de roubo
33:34e agressão
33:35sexual qualificada
33:36e isso foi
33:37um grande avanço
33:38no caso
33:38para nós
33:39bem na hora
33:39em que mais
33:40precisávamos.
33:411º de julho
33:42de 2000
33:43A polícia
33:44realiza
33:45um cerco
33:45na comunidade
33:46de trailers
33:47onde vive
33:47John Robinson
33:48pouco depois
33:49de sua mulher
33:49sair para trabalhar
33:50eles decidem agir.
33:53Ele foi encontrado
33:54em seu trailer
33:55naquela manhã
33:55e dois detetives
33:57foram conversar
33:58com ele
33:58e eles chegaram
34:00a entrar no trailer
34:01e eles
34:02acabaram abrindo
34:03o jogo
34:04que precisavam
34:05conversar com ele
34:06sobre alguns crimes
34:07e aí eles
34:07relataram a ele
34:08quais crimes eram
34:09e por que ele
34:10iria ser preso.
34:11As acusações
34:16tinham a ver
34:16com Gina e Vicky
34:17e incluíam
34:18agressão sexual
34:19qualificada
34:20e roubo.
34:21Robinson
34:21parecia constrangido
34:23e minimizou
34:23os incidentes
34:24mas o clima
34:25na sala mudou
34:26quando os detetives
34:27mencionaram os quatro
34:28casos de mulheres
34:29desaparecidas
34:30Lisa Stacey
34:31Paula Godfrey
34:32Catherine Clampett
34:33e Susie Troughton
34:34Quando esses nomes
34:36foram mencionados
34:37deu para ver
34:37que John Robinson
34:38sabia exatamente
34:40o que estava por vir
34:41ele perdeu
34:43toda a cor do rosto
34:44e pareceu
34:46estar sem palavras
34:47e a expressão
34:49facial dele
34:49demonstrava
34:50preocupação
34:51Robinson foi
34:52algemado
34:52e levado
34:53à delegacia
34:54esperando obter
34:55uma confissão
34:56os policiais
34:57o colocaram
34:57numa sala
34:58de interrogatório
34:59lotada de fotos
35:00relacionadas
35:00às investigações
35:01realizadas
35:02a sala
35:02a sala foi arrumada
35:03de tal forma
35:04que para onde você
35:05olhasse
35:06você via a vida
35:07de John Robinson
35:08na sua frente
35:09sabe tudo
35:10que levantamos
35:11na nossa
35:11investigação criminal
35:13ele se daria
35:15conta
35:15sem dúvida
35:16alguma
35:17que aquilo
35:18era o fim
35:19que ele já era
35:20e que não havia
35:22mais segredos
35:23após se dar
35:25conta da situação
35:26Robinson
35:26requisita um advogado
35:28sem uma confissão
35:32a polícia
35:32precisa conseguir
35:33provas concretas
35:34nas propriedades
35:35de Robinson
35:36a verdade
35:37como se descobriu
35:37era muito pior
35:38do que todos
35:39imaginavam
35:401º de junho
35:44de 2000
35:44a polícia
35:45de Kansas
35:46prendeu o morador
35:47local
35:47John Robinson
35:48embora ele
35:49negasse
35:49qualquer delito
35:50era o principal
35:51suspeito
35:52do desaparecimento
35:53de Suzette Troughton
35:54e de três mulheres
35:55na década
35:56de 1980
35:57esperando
35:58finalmente
35:58obter as
35:59respostas
35:59pelas quais
36:00procuravam
36:00a polícia
36:01executa
36:01os mandados
36:02de busca
36:02nas propriedades
36:03dele
36:03começando
36:04pelo trailer
36:05onde vive
36:05com a esposa
36:06ele usava
36:09várias identidades
36:10quando estava
36:10falando com
36:11essas mulheres
36:12na verdade
36:12encontramos
36:13documentos
36:14na residência
36:14dele
36:15mostrando
36:15que ele
36:16se fazia
36:17passar
36:17por gente
36:17envolvida
36:18com a DEA
36:19a CIA
36:20e tinha
36:22documentos
36:23que ele
36:24podia xerocar
36:24e inserir
36:25seu nome
36:26e fazer
36:27as pessoas
36:28acreditarem
36:29que ele
36:29fazia
36:29parte
36:29mesmo
36:30dessas
36:30organizações
36:31outros detalhes
36:32da vida
36:32secreta
36:33de Robinson
36:33surgiram
36:34no depósito
36:35que ele
36:35alugava
36:36numa cidade
36:36vizinha
36:37
36:37a polícia
36:38encontrou
36:39a valise
36:39preta
36:39que ele
36:40sempre
36:40levava
36:40para onde
36:41ia
36:41enquanto
36:42nesta
36:43só havia
36:43brinquedinhos
36:44sexuais
36:44outras
36:45valizes
36:45eram
36:46muito mais
36:46incriminadoras
36:47encontram
36:51naquele
36:51depósito
36:52literalmente
36:54uma grande
36:55quantidade
36:55de provas
36:56surgiram
36:57alguns
36:58dos
36:58pertences
36:58pessoais
36:59desaparecidos
37:00de Suzette
37:00Troughton
37:01entre eles
37:01sua identidade
37:02a polícia
37:03também
37:04encontrou
37:04envelopes
37:05interessados
37:05a família
37:06dela
37:06e folhas
37:06de papel
37:07em branco
37:07constando
37:08apenas
37:08a assinatura
37:09de Suzette
37:09na parte
37:10inferior
37:10mais perturbador
37:12ainda
37:12foi a polícia
37:13encontrar
37:13as identidades
37:14de outras
37:14mulheres
37:15desconhecidas
37:15da investigação
37:16naquele momento
37:17embora os policiais
37:19agora tivessem
37:20provas cabais
37:21ligando
37:21John Robinson
37:22aos pertences
37:22de Suzette
37:23eles ainda
37:24não faziam
37:24ideia
37:25do paradeiro
37:25dela
37:26no dia
37:27seguinte
37:27um grande
37:27grupo
37:28de investigadores
37:29se desloca
37:29para a propriedade
37:30rural
37:30de John
37:31tínhamos
37:33um mandado
37:34de busca
37:34para a propriedade
37:35tínhamos
37:36uma robusta
37:37força
37:38tarefa
37:39de detetives
37:39
37:40nós nos
37:41deslocamos
37:42pela propriedade
37:43seguindo
37:43protocolos
37:44de busca
37:45à procura
37:45de corpos
37:46minha tarefa
37:48era filmar
37:49o local
37:49documentar
37:51toda a ação
37:52o terreno
37:54era meio irregular
37:54por isso
37:56levamos um bom
37:57tempo
37:57olhamos
37:58toda a propriedade
38:00fazíamos uma
38:01operação
38:02pente fino
38:02e o sargento
38:04Roth
38:04foi quem
38:05descobriu
38:06os barris
38:06o sargento
38:10Roth
38:10virou o primeiro
38:11e quando
38:12nós recuamos
38:13me lembro
38:15disso
38:15até hoje
38:15havia um
38:16rastro
38:17fino
38:17de cor
38:18vermelha
38:18que escorria
38:19da tampa
38:20do nada
38:22moscas
38:23começaram a surgir
38:24e pousaram
38:24nesse líquido
38:25vermelho
38:26então
38:26ficou muito
38:27claro
38:27que havia
38:28algo
38:29muito importante
38:30dentro daquele
38:30barril
38:31um policial
38:32do laboratório
38:33de criminalística
38:34é chamado
38:35para remover
38:35a tampa
38:36dentro
38:36a polícia
38:37encontra restos
38:38mortais
38:38humanos
38:39em decomposição
38:40ficamos parados
38:41ali por um minuto
38:42foi um grande choque
38:44achamos que podia ser ela
38:46era uma pessoa
38:47era um cadáver
38:47isso nós sabíamos
38:48se era de Suzette
38:50ou não
38:51não sabíamos
38:52mas estava claro
38:53que
38:53bom
38:54tínhamos chegado lá
38:55estava tudo ali
38:57momentos depois
39:00a polícia
39:00encontra um outro corpo
39:01dentro de um segundo
39:03barril
39:03dois dias depois
39:07no depósito
39:08de John Robinson
39:08no Missouri
39:09passando a fronteira
39:10estadual
39:11mais três corpos
39:12são recuperados
39:13também escondidos
39:14em barris
39:14a notícia
39:16das descobertas
39:17macabras
39:17chegam rapidamente
39:18à mídia local
39:19houve muita
39:23fofoca
39:24na mídia
39:25e entre os agentes
39:26da lei
39:27a coisa foi crescendo
39:28mais e mais
39:29a cada dia
39:31mas
39:32quando eles foram
39:33até o local
39:34e basicamente
39:35acharam os barris
39:36sabe
39:37pense
39:37numa
39:37histeria
39:39coletiva
39:40ela se instalou
39:41ou seja
39:41ninguém esperava
39:42ver cadáveres
39:44apodrecendo
39:44em barris
39:45ali passando
39:46a fronteira estadual
39:47encontrar mais três
39:48e daí vem a pergunta
39:49sabe
39:50mas aqui em
39:51Kansas City
39:51lugar tão tranquilo
39:52isso está acontecendo
39:54durante os dias
39:57seguintes
39:58especialistas
39:58forense
39:59recolhem mais provas
40:00ligando
40:01John Robinson
40:01aos locais
40:02de crime
40:03na verdade
40:05passei quatro dias
40:06no local
40:06do crime
40:07e
40:07minha tarefa
40:09era processar
40:10o desenvolvimento
40:11de digitais
40:11latentes
40:12deu um total
40:13de onze fichas
40:14de digitais
40:15latentes
40:15que foram levantadas
40:17no local
40:17e todas elas
40:18eram de fato
40:19de John Robinson
40:20ao mesmo tempo
40:23registros dentários
40:24ajudam a dar
40:25nomes
40:25às vítimas
40:26uma das mulheres
40:27encontradas
40:28na fazenda
40:28de John Robinson
40:29é positivamente
40:30identificada
40:30como a desaparecida
40:31Suzette Troughton
40:32a outra
40:33é confirmada
40:34como sendo
40:34Isabela Lewica
40:35de 21 anos
40:36natural de Indiana
40:37vista pela última vez
40:39em 1999
40:40os três corpos
40:41do Missouri
40:42são identificados
40:43como Beverly Bonner
40:44Sheila Faith
40:45e Debbie Faith
40:46a filhinha de Sheila
40:47nenhuma delas
40:48jamais foi dada
40:49como desaparecida
40:50ou sequer
40:51associada ao assassino
40:52John Robinson
40:52no início
40:53da investigação
40:54o padrão
40:56era pegar mulheres
40:56e se envolver
40:57com mulheres
40:58que de várias formas
40:59estavam
41:00desesperadas
41:01ele atraia
41:02essas mulheres
41:03com a promessa
41:04de que iria ajudá-las
41:06a vencer
41:06arrumaria um bom emprego
41:08conseguiria treinamento
41:09esse tipo de coisa
41:10e elas diziam
41:11aos amigos
41:12ou a família
41:13que estavam se preparando
41:14para sair da cidade
41:15e nunca mais
41:17eram vistas de novo
41:18ele as convencia
41:20a assinar cartas
41:21em branco
41:21então elas
41:23não imaginavam
41:24o que passava
41:25pela cabeça dele
41:25não se davam conta
41:27de que aquilo
41:28ajudaria John
41:29a fazê-las desaparecer
41:30mas era isso
41:31que estavam fazendo
41:32se por um lado
41:34os corpos
41:34das desaparecidas
41:35Catherine Clampett
41:36Paula Godfrey
41:37e Liz Stacey
41:38não apareceram
41:39nas buscas
41:39na propriedade
41:40de Robinson
41:40uma investigação
41:42posterior
41:42faz uma espantosa
41:43descoberta
41:44o próprio irmão
41:45de John Robinson
41:46adotou a filha
41:47de Liz Stacey
41:47Tiffany
41:48de apenas 5 meses
41:49de idade
41:50quando desapareceu
41:51em companhia da mãe
41:52com a falsificação
41:53dos documentos
41:54de adoção
41:54e cobrando do irmão
41:55milhares de dólares
41:56pelo que ele pensava
41:57ser uma adoção legítima
41:58Robinson pode ter sido
42:00motivado por nada mais
42:01do que a chance
42:02de obter um pequeno lucro
42:03há fotos
42:05dessa noite
42:06e
42:07John Robinson
42:08está sentado
42:09com a família
42:09a filhinha de Liz Stacey
42:11um bebê em seu colo
42:12sorrindo tranquilamente
42:13nós sempre
42:15teorizamos
42:16que isso aconteceu
42:17algumas horas
42:18após ele ter
42:19matado
42:20Liz Stacey
42:21a mãe daquele bebê
42:23pessoas como Robinson
42:28são
42:29sociopatas
42:30gente que de fato
42:32carece da capacidade
42:33de sentir emoções
42:34verdadeiras
42:35e
42:35ele literalmente
42:37tinha uma vida dupla
42:39de um lado
42:41ele era um marido
42:42e um avô
42:43e
42:44por outro lado
42:45ele era um
42:46assassino em série
42:48eu não sei o que faz
42:49um cara desse
42:50surtar
42:51a razão de fazer
42:53as maldades
42:55que ele fez
42:55ele apenas foi se tornando
42:58essa pessoa
42:58que
42:59podia
43:00matar pessoas
43:01sem remorso
43:02em outubro de 2002
43:04John Robinson
43:05é julgado em Kansas
43:06e condenado
43:07a pena capital
43:08nos casos de
43:09Suzette Roughton
43:10e Isabella Leuica
43:12além disso
43:14também foi condenado
43:15por homicídio
43:15qualificado
43:16no caso de
43:16Lisa Stacey
43:17cujo corpo
43:18jamais foi encontrado
43:19processos pendentes
43:20no Missouri
43:21envolvem os assassinatos
43:22de Beverly Bonner
43:23e de Sheila
43:24e Debbie Faith
43:25com Robinson
43:26tido como o primeiro
43:27cyber killer
43:27do mundo
43:28e sempre chamado
43:29de o dominador
43:30pela imprensa
43:30o estado
43:31ficou de olho
43:32nos procedimentos
43:33legais
43:33olha a comarca
43:37de Johnson
43:38no máximo
43:38talvez tenha
43:39digamos
43:39um ou dois
43:41assassinatos por ano
43:42sabe uma coisa
43:43como essa
43:43encontrar corpos
43:44dentro de barris
43:45isso não acontece
43:46na nossa vizinhança
43:47diante de uma montanha
43:51de provas
43:52Robinson foi condenado
43:53por todos os crimes
43:54e recebeu a pena
43:55de morte
43:55embora os corpos
43:58de Lisa Stacey
43:58Catherine Clampett
44:00e de Paula Godfrey
44:01jamais tenham sido
44:01localizados
44:02o fato de que
44:03Robinson pagará
44:04com sua vida
44:05por seus crimes
44:05fornece pelo menos
44:07algum conforto
44:08às famílias
44:08de suas muitas vítimas
44:10me senti aliviado
44:11pelo trabalho
44:12que nós realizamos
44:13ter rendido
44:14esse resultado
44:15aliviado
44:16pelas famílias
44:17por saber
44:19que eles
44:19puderam obter
44:21algum desfecho
44:22hoje
44:23John Robinson
44:24continua no corredor
44:25da morte em Kansas
44:26aguardando sua punição
44:28infelizmente
44:29o legado
44:30de sua vida
44:30de violência
44:31permanecerá
44:32por muito tempo
44:33após sua partida
44:34o número de vidas
44:37que
44:38Robinson destruiu
44:40é
44:41inacreditável
44:43além obviamente
44:45das vítimas
44:46e seus familiares
44:48ele chocou
44:49centenas
44:49de outras pessoas
44:50apenas com seus
44:52roubos
44:52crimes
44:53e mentiras
44:54acho que a moral
44:55da história
44:56é o grande
44:58perigo
44:59que a internet
45:00pode ser
45:00a internet
45:02nos traz um monte
45:03de coisas boas
45:04mas ela tem
45:04com certeza
45:05um lado negro
45:06e que se revelou
45:08no caso
45:08no que aconteceu
45:09com essas mulheres
45:10e tipos como
45:11John Robinson
45:12que surgem do nada
45:14e prometem
45:15um mundo
45:15às pessoas
45:16escondem um motivo
45:18geralmente
45:19um lado negro
45:20que não está
45:21visível
45:21do que está
45:22ocorrendo
45:23e ele era um especialista
45:24em oferecer esperança
45:25a quem não tinha
45:26ele assim
45:27atraia como a aranha
45:29atraia a mariposa
45:30para sua teia
45:32e quando ela chega
45:33encontra a morte
45:34e é o fim
45:35a quem não tinha
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