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  • há 2 horas
O Pará passou a exportar seus símbolos, a medida que a cultura local ganhou destaque, por meio de eventos de grandes proporções, a exemplo da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), realizada entre 10 e 21 de novembro deste ano. Esse processo tem se refletido na venda de joias com características regionais, como avaliam designers paraenses ao descreverem um movimento mais intenso tanto de brasileiros, quanto de estrangeiros, de buscam por esses produtos. Os profissionais vão além e afirmam que essa vontade de vestir a cultura amazônica dobrou os faturamentos, com um lucro que supera os 60% em alguns casos e expectativas ainda maiores até o fim do ano.

Repórter: Maycon Marte
Imagens: Cristino Martins
Edição: Bia Rodrigues (supervisão: Tarso Sarraf)

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Transcrição
00:00Eu acho que a região em si, ela cresceu não só pelo design, mas também por aquilo que identifica a região para cada um.
00:09O ícone da região começa a pertencer a quem vem aqui. Antes era só a pessoa que vinha de fora.
00:16Hoje já tem gente chegando aqui dizendo, olha, eu quero que você coloque um pedaço da minha cultura,
00:21no meu anel de grau, a minha aliança, no meu pingente de primeira comunhão.
00:29Hoje está sendo aquela coisa de, se eu sou dessa região, eu gosto do Tecnobrega, eu gosto do Calypso, eu gosto disso, eu gosto daquilo,
00:38eu tenho que me identificar com a região que eu pertenço, com a comunidade que eu vivo.
00:43E com isso é muito legal, porque quando você passa a querer que essa identidade faça parte da sua vida,
00:51você se torna, por incrível que pareça, não só mais paraense, mas mais brasileiro.
00:56E isso é interessante.
01:00Olha, eu estou no projeto há 18 anos, e há 18 anos eu trabalho na regionalidade.
01:06Então, para mim, não é tão surpresa que a Copa 30 vim e arrasaram com o meu site, como foi na feira,
01:11uma cliente quebrou o meu site.
01:14Nós ficamos fora do ar três dias, e simplesmente ela levou o Pará para a França.
01:20Então, o nosso Pará vai ser bem representado lá.
01:23Ela levou o quê?
01:24Nossas araras, nossas helicônias, nossas costelas de Adão, né?
01:28Essa vitrine aqui toda, praticamente, eu já refiz.
01:31A gente está dobrando a madrugada, refazendo as peças,
01:35porque simplesmente foi um sucesso, e a gente está produzindo porque ela está de volta,
01:39porque ela ainda quer comprar mais coisas que ela não achou que nós produzimos.
01:43E, para a minha surpresa maior, foi vender a bandeira do Pará.
01:47A bandeira do Pará, eu sempre faço assim, durante o ano, eu faço 10.
01:52Em uma semana, eu fiz 30.
01:54Então, o Pará está sendo muito bem visto.
01:57Nós estamos, graças a Deus, mostrando o nosso Pará, como ele realmente é,
02:01a Amazônia, em forma de joias.
02:04Então, eles estão levando um pedacinho da Amazônia, sem ter que depender.
02:07Eu me preparei esse ano para a feira, porque é a feira do Sírio do Miritico,
02:11para vender joias de Nazaré.
02:13E, para a minha surpresa, que a gente vendeu mesmo, foi o Miracitã.
02:16A sorte é que eu tirei errado uma fundição.
02:18Eu tirei 30 Miracitãs, eu invés de tirar 30.
02:20Alazinha, eu tirei 30 Miracitãs de novo.
02:23Aí, eu pintei, numa noite, 40 Miracitãs, porque era demanda grande.
02:27Eu perdi para o Pará.
02:29A bandeira do Pará, eu não apostei nela, então eu perdi venda na bandeira do Pará,
02:32porque ela leva um tempinho mais para pintar.
02:35E agora você está correndo atrás disso?
02:36Não, agora a gente já tem umas 40.
02:40Depois que você falou em COP30, e simplesmente foi um aumento de 60%.
02:44Então, isso é um estudo que nós fizemos em dois meses, que era só mulheres de empate.
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