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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta semana para definir o novo patamar da taxa básica de juros (Selic). As expectativas do mercado apontam para manutenção da taxa, em meio à cautela com o cenário fiscal e à incerteza internacional. Analistas indicam que eventuais cortes nos juros só devem começar a partir de março de 2026, caso haja melhora na inflação e nas contas públicas. Para falar sobre o assunto, o Morning Show entrevista o gestor de recursos Gabriel Brondi.

Assista ao Morning Show completo: https://youtube.com/live/bNH-NyL5KbA

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Transcrição
00:00A gente aqui com o nosso Morning Show, 10 horas e 18 minutos pontualmente, agora até pra repercutir que nessa semana a gente terá mais uma vez
00:06reunião do Comitê de Política Monetária, né, do Banco Central, nosso Copom, e a previsão é que o Copom mantenha a Selic estável,
00:16intocada, igualzinho do jeito que tá, sendo que nesse momento a taxa referência para os juros da economia tá em 15%,
00:23maior nível desde 2006, assim permanecendo, e a se confirmar, a manutenção seria a terceira manutenção seguida,
00:32sem qualquer suspense ou sem qualquer notícia aí nesse sentido. Mas, claro que isso também tem um impacto na vida real,
00:38e fica aquela pergunta, né, até quando irá o período bastante prolongado dessa taxa de juros nas alturas, hein?
00:44Pra tirar essas dúvidas e tantas outras, eu proponho que a gente converse com quem entende do assunto,
00:48ele que é gestor de recursos e diretor executivo da Asoc, brasileira, né, uma associação brasileira
00:54de investidores no mercado de capitais, o Gabriel Brondi. Fala, Gabriel, bom dia, meu querido,
00:59obrigado pela presença, explicando a forma mais didática possível. Qual é o impacto disso
01:03pro nosso bolso no dia a dia? Vai, Kessu.
01:07Bom dia, Marinho, bom dia a todos que nos assistem. Bom, o custo do dinheiro fica mais caro, né, não tem jeito.
01:14Você vai financiar um apartamento? Mais caro. Vai financiar um carro? Mais caro.
01:19Alimentos tendem a ser mais caros. Empresas tendem a aumentar preços.
01:26E é uma pena, né, porque a gente tem nesse momento no Brasil um problema de credibilidade,
01:35não um problema monetário. Muitas pessoas acham que o problema tá na taxa de juros,
01:39mas o grande problema do Brasil hoje é um problema muito mais de credibilidade nesse momento.
01:45Quando você pede corte de juros, você espera que o mercado, ele precifique na curva
01:52esse corte de juros, né, cumpre esse corte de juros. E não é isso que o mercado deve fazer
01:57se o Banco Central cortar juros nesse momento, por exemplo. A gente ainda vê o mercado
02:03tradeando, né, como a gente fala no mercado, ou precificando no mercado, expectativa de juros
02:09altas para o futuro, muito por conta da credibilidade. Então, acho que esse custo do dinheiro mais caro
02:17se dá muito mais por conta da credibilidade do Brasil nesse momento, das expectativas de gastos,
02:23credibilidade do fiscal, né, expectativas de gastos para o futuro, do que um problema monetário
02:29que o Brasil tenha nesse momento.
02:30É, mais uma vez, parece que, enfim, a gente já viu esse filme antes e já estivemos aqui
02:36antes, mas parece que qualquer perspectiva de representar, valorizar a parte mais sensível
02:42do nosso corpo humano, que é o bolso do povo aí que tá nos ouvindo, nos assistindo, aí
02:46realmente isso fica sempre pra depois. Vamos aqui com a Maria de Carli pra próxima pergunta.
02:51Maria de Carli, por favor, com a próxima pergunta. Vamos lá.
02:54Oi, bom dia. Minha pergunta, assim, primeiro um comentário, né, nós temos a taxa real de juros
02:58segunda maior do mundo, parece, né? E aí você fala que a questão da desconfiança e do medo,
03:04e eu queria ver de você, porque o governo nos apresenta índices positivos,
03:09fala que tá em recorde de desemprego, é o menor índice histórico recente,
03:15apresenta crescimento econômico relativamente estável.
03:19Eu queria ouvir de você. Quem tem a razão nessa narrativa? Se é a narrativa do governo
03:23ou se realmente é a desconfiança com relação ao problema fiscal e das dívidas?
03:27E como é que a gente pode tirar um cenário real diante dessas duas, desses dois pontos de vista?
03:34É que, na verdade, uma coisa não anula a outra, né?
03:38O Brasil atualmente pode estar com um desemprego mais baixo, sim,
03:41mas a taxa de juros, ela tá alta por conta de uma expectativa de intuação mais alta pro futuro,
03:49uma expectativa de mais gastos pro futuro.
03:51O Brasil hoje, ele tem um problema de precatórios ainda, que vai estourar em 2007,
03:55e o governo ainda não resolveu essa questão.
03:58Tem gastos obrigatórios subindo, tem uma eleição em 2026 à vista,
04:03que, historicamente, o Brasil, ele costuma ter mais gastos antes de eleições, né?
04:10Os governos, tanto de direita quanto de esquerda, costumam gastar mais antes de eleições,
04:17né? Pra, justamente, se reeleger, pra se manter no poder.
04:21E o mercado, ele precifica a expectativa.
04:25As expectativas de inflação estão desancoradas em relação à meta que o Brasil tem em relação à inflação.
04:31Ainda tá muito desancorado.
04:34E o dever do Banco Central é executar uma política monetária que atinja a meta de inflação.
04:40Se a meta de inflação é chips, o Banco Central, ele vai lutar pra atingir a meta de inflação.
04:47E, nesse momento, a gente tem uma meta de três que tá muito...
04:52As expectativas de inflação estão muito desancoradas pro futuro.
04:55Então, tem essa questão dos precatórios em 2027, tem gastos obrigatórios subindo,
04:59tem eleições há 20 em 2026, e as falas do governo, nesse momento, não ajudam.
05:05A gente vê o governo Lula, cada vez mais, falando em gastos, descredibilizando o dólar em suas falas.
05:15Falas que não ajudam a ter uma credibilidade boa em relação à política econômica aqui no Brasil.
05:23Por mais que a gente possa ter, nesse momento, dados de emprego um pouco mais forte,
05:31isso é até algo que traz uma visão pro futuro de que a inflação pode estar ainda mais alta.
05:37Então, nesse momento, o esperado com essa Selic acima seria realmente um desaquecimento,
05:44uma inflação mais baixa, que é o que tá acontecendo nesse momento.
05:48A gente tá vendo, realmente, a inflação caindo, mas a gente tem problema fiscal pro futuro.
05:53Então, precisa resolver esse problema fiscal pro futuro.
05:56A gente precisa que o governo, ele fale em resolver esse problema e como resolver esse problema.
06:00Ou seja, precisamos de corte de gastos, precisamos de responsabilidade nas contas públicas,
06:04e não de um governo falando em gastar cada vez mais.
06:07E o medo, eu acho que o maior medo do mercado,
06:10que é o que o mercado não...
06:11Por isso que o mercado tá participando na curva uma Selic maior pro futuro,
06:15é essas eleições de 2026 e esses precatórios em 2027.
06:19É, meus amigos, a gente segue adiante aqui pra realmente cuidar desse paciente doente
06:24que é a economia brasileira de como um todo.
06:27Se o Banco Central é o médico, a Selic é a morfina, né?
06:31Não tem jeito.
06:31Obrigado demais aí, Gabriel Bronde, pela presença.
06:34Tamo junto.
06:35Obrigado, Maria, e obrigado a todos que nos assistem.
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