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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou que vai disputar as próximas eleições parlamentares israelenses, mesmo em meio à guerra no Oriente Médio. O pleito está marcado para 27 de outubro de 2026. O correspondente internacional Luca Bassani detalha o assunto. Acompanhe a análise de João Belucci e Renato Dorgan em Tempo Real.

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Transcrição
00:00Agora a gente vai falar novamente sobre a situação lá de Israel, de Benjamin Netanyahu,
00:06que confirmou que vai disputar as próximas eleições parlamentares israelenses.
00:13O Luca Bassani tá de volta e vai contar pra gente os detalhes.
00:17Luca, não é novidade que ninguém quer deixar o poder, né?
00:21Exato, e nem mesmo o mais longevo primeiro-ministro de Israel, Márcia.
00:25Afinal, o Benjamin Netanyahu já governou Israel por três ocasiões.
00:30Desde os anos 90, ele acumula, se nós considerarmos todo o período dos seus mandatos,
00:3618 anos à frente do governo israelense.
00:40E considerando que em 2026 há eleições marcadas para outubro, ou seja, daqui a exatos um ano,
00:47Netanyahu disse que quer sim concorrer mais uma vez ele pelo partido de direita,
00:52muito tradicional na política israelense, o Likud.
00:55As pesquisas que mostraram durante esses dois anos de guerra que a sua popularidade variou muito,
01:02agora revelam que ele também está em uma posição de estabilidade de acordo com aquilo que apresentou em 2022 no último pleito.
01:10O partido dele conseguiu por volta de 32 cadeiras, da 120 dentro do Knesset, o parlamento israelense,
01:19e agora as sondagens, as pesquisas mais recentes mostram que ele faria por volta de 30 a 34,
01:25ou seja, há uma pouca variação.
01:27O grande, porém, é que os demais partidos que dão sustentação ao seu governo atualmente,
01:33eles aparecem com uma intenção de voto reduzida, o que dificultaria a posição do premier israelense
01:40para manter essa mesma coalizão na próxima eleição.
01:43Mas a gente está falando daqui a um ano, tudo pode acontecer, inclusive eleições antecipadas.
01:48Afinal, Netanyahu está no poder por uma maioria muito frágil,
01:54e que depende dos ultraconservadores, dos judeus ultra-ortodoxos que já disseram
01:59que caso o Hamas saia ileso desse processo de cessar fogo,
02:03ou até mesmo continue governando a faixa de Gaza,
02:06eles podem abandonar o governo, o que faria que da noite para o dia
02:09Netanyahu não tivesse maioria para governar
02:12e novas eleições pudessem ser chamadas através da oposição.
02:16Então, Netanyahu tem uma série de polêmicas sobre o seu nome internamente,
02:22que é um político que sofre várias acusações de corrupção dentro do Estado de Israel,
02:27também tem tentativas de interferência no judiciário,
02:30que podem pesar em um novo processo eleitoral,
02:33mas para todos os efeitos, na opinião popular,
02:36após a guerra e também conseguir trazer os reféns,
02:39pelo menos 20 deles, com vida de volta a Israel,
02:41a sua popularidade retomou um pouco o patamar que estava antes da guerra,
02:47o que dá uma posição relativamente confortável,
02:50mais política, como sabe muito bem o Bruno Pinheiro,
02:53não é uma ciência exata.
02:54Em um ano das eleições, assim como estamos um ano da eleição no Brasil,
02:58tudo pode acontecer e esse cenário pode mudar drasticamente.
03:02Nós, com certeza, ficaremos acompanhando como essas variações
03:05irão ocorrer ao longo desse período.
03:09Exatamente, Luca.
03:10Uma incerteza, uma nuvem, né?
03:12Hoje está, amanhã não está.
03:14É tudo muito rápido, muito veloz e incerto.
03:17E a gente conta com você aí, sempre ao vivo, com informações.
03:20Imagino que está chovendo aí.
03:22Já, já a gente volta a conversar.
03:24Fica em segurança.
03:26A gente conversa logo mais, Luca.
03:28Duas horas, 45 minutos.
03:30João Bellucci sobre Netanyahu,
03:33nessa disputa eleitoral,
03:35há um pouco mais de um ano,
03:36que deverá acontecer.
03:38Se essa guerra, de fato, acabar antes,
03:41de Israel conseguir alcançar os seus objetivos iniciais do conflito,
03:46isso fica ruim para Netanyahu
03:49e coloca em risco a sua vitória numa eventual candidatura?
03:54Pois é, Bruno.
03:55Acho que uma potencial vitória do Netanyahu está bastante difícil.
03:58É óbvio que o natural do cargo em que ele está
04:01é concorrer novamente.
04:02O parlamentarismo permite essa situação.
04:04E como o Luca Bassani bem colocou,
04:05a possibilidade, inclusive, de uma dissolução antecipada do governo.
04:09Isso acontece, pode acontecer no parlamentarismo,
04:12ao contrário do presidencialismo,
04:13com as datas pré-definidas para o pleito eleitoral.
04:16O Benjamin Netanyahu também enfrenta muitas acusações no âmbito interno.
04:21É óbvio que no cenário de guerra,
04:23o líder da nação acaba tendo uma espécie de trégua
04:27das instituições, dos atores políticos, dos atores sociais,
04:31no sentido de se concentra aqui na questão da guerra.
04:33E o normal é que quando acaba a guerra,
04:35esse representante, no caso o premier,
04:38ele acaba saindo.
04:39Acontece muito, né?
04:40O caso mais famoso, o Winston Churchill, entre outros.
04:42Mas é importante lembrar que o Benjamin,
04:44ele tem alguma popularidade dele,
04:46oscila ali, junto com a questão da guerra,
04:48dentro de Israel.
04:49Mas uma coisa é a popularidade perante a população
04:52e outra perante o Congresso, os parlamentares.
04:54Talvez o maior exemplo interno para nós aqui
04:56seja o Michel Temer.
04:58Quando ele governou com o impeachment da Dilma Rousseff,
05:00ele tinha baixíssima popularidade com a população,
05:03mas no Congresso ele navegava como poucos
05:05e teve tempos relativamente fáceis no Congresso,
05:07ao contrário de com a população.
05:09Inclusive no TSE, chegou a julgar a chamada chapa de Dilma Temer,
05:13ele também foi vitorioso.
05:14Então, uma coisa é a sua relação nas instituições
05:16e outra perante a população.
05:18Perante as instituições, ele ainda vai mantendo
05:20essa frágil maioria.
05:22É óbvio que tudo depende da questão da guerra,
05:24mas cada cessar-fogo que a gente observa
05:26é que o Hamas acaba saindo um pouco mais fortalecido.
05:28Muita gente apontou que seria uma estratégia
05:31do Benjamin Netanyahu e do Trump,
05:32essa questão desse cessar-fogo agora,
05:34para que o Hamas não conseguisse atender
05:36e voltasse com suposta razão agora
05:39a atacar a faixa de Gaza.
05:41Não há uma clareza se é esse o cenário,
05:43mas já há imagens rodando o mundo
05:44de supostamente pessoas ligadas ao Hamas
05:47atendem, assassinando pessoas na rua
05:49que seriam opositores ao Hamas
05:51nessa questão do cessar-fogo.
05:52Então, tudo é muito frágil
05:53e a questão do Netanyahu está muito presa nisso.
05:56Então, não dá para prever,
05:57porque pode ser, inclusive, lamentavelmente,
05:58que aconteça novos atentados terroristas,
06:01porque o objetivo do Hamas
06:02é a eliminação de Israel como um todo.
06:04Isso está declarado em seu estatuto,
06:06em seus atos constitutivos,
06:08como se queira chamar.
06:09Então, o Benjamin Netanyahu
06:10está completamente vinculado
06:11a essa questão da guerra.
06:12E pode ser, inclusive,
06:13que ele faça o possível
06:14para prorrogá-la até a data da eleição,
06:17porque isso fortaleceria ele internamente.
06:20Agora, Renato,
06:21antes do acordo
06:22que aconteceu na última semana,
06:25a imagem de Netanyahu era uma.
06:28Agora, após esse acordo,
06:29ele já consegue respirar um pouco mais.
06:32Se ele conseguir segurar
06:33essa imagem atual,
06:35ele consegue, de fato,
06:36ir para uma eleição?
06:38Ou é necessário melhorar ainda mais
06:41do que o cenário de momento?
06:43É muito frágil ali tudo, né?
06:45Ele tem um problema
06:46que não é só a questão da guerra.
06:48Claro, quando tem a devolução
06:50de alguns reféns, né?
06:52E resolve, a princípio,
06:54o principal problema,
06:55que era a questão dos reféns,
06:57ele melhora um pouco
06:58na avaliação
06:59e cumpre com uma parte ali.
07:01Porque o grande medo
07:01era ele não conseguir cumprir com nada
07:03e só ter feito uma guerra ali
07:05muito sangrenta
07:06durante dois anos.
07:08Quando ele faz isso,
07:09com certeza ele melhora,
07:10principalmente,
07:11entre a extrema-direita e entre a direita.
07:13Agora, a extrema-direita
07:14sempre coloca
07:15esse elefante na sala dele
07:17que ele tem que acabar com o Hamas.
07:18Quando o Hamas aparece de volta,
07:20a gente não sabe,
07:21como o João falou,
07:22se isso é realmente
07:24o Hamas estar de volta.
07:25Claro, o Hamas não vai acabar
07:26totalmente,
07:27porque o Hamas
07:28é um núcleo ali
07:29terrorista
07:31que às vezes
07:31não é nem tão organizado.
07:32Tem pessoas ali,
07:33que jovens,
07:34que vão entrando
07:35na organização automaticamente
07:37ou se auto-intitulam
07:38ali do Hamas.
07:39Então, isso não vai acabar
07:41ali totalmente.
07:43Mas isso pode ser usado
07:44por ele
07:44para exatamente entrar ali
07:46no território palestino
07:49e criar um embate com o Hamas
07:52para mostrar para essa extrema-direita
07:53olha, está vendo?
07:54Eu estou aqui
07:54e estou tentando destruir os caras.
07:57Então, venham comigo.
07:58Porque ele já tem problema
07:59com o trabalhismo israelense,
08:02com o Partido Trabalhista israelense
08:04e com o pessoal de centro,
08:05de centro-esquerda.
08:06Ele tem muita denúncia de corrupção,
08:08ele já vinha com muitos problemas.
08:09Logo ali,
08:12quando aconteceu
08:13todo o início
08:14dessa guerra,
08:16o início do conflito,
08:17ele já tinha problemas ali.
08:19Então, agora,
08:20pode ser sim
08:20que ele consiga
08:21ter fôlego
08:23por causa da devolução
08:23dos reféns,
08:24mas também
08:25que ele tenha
08:26que fazer alguma coisa
08:27nos próximos dias
08:28para mostrar
08:29para a extrema-direita
08:31ali
08:31que ele está
08:32sob comando das coisas
08:34e que vai destruir o Hamas.
08:36Mas não é fácil para ele, não.
08:37Vai ser difícil ali.
08:38a vida dele político e eleitoral.
08:41Muita denúncia de corrupção.
08:43Obrigada, Dorgan e João.
08:44A gente volta com as análises já já.
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