A líder opositora venezuelana María Corina Machado (Nobel da Paz) disse em entrevista à Folha de S.Paulo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “deve dizer a Maduro que é hora de ir embora”.
María Corina destacou o papel de Trump na transição e pediu uma ação firme do Brasil para pressionar o regime na Venezuela.
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00:00A líder da oposição na Venezuela, Maria Corina Machado, afirma que Lula deveria conciliar Nicolás Maduro a deixar o poder
00:08e ela usa a expressão, é hora de ir embora.
00:12Em uma entrevista à Folha de São Paulo, ela avalia que a comunidade internacional precisa mandar uma mensagem clara ao ditador.
00:20A recém-premiada com o Nobel da Paz faz críticas à postura do Brasil.
00:24Maria Corina Machado ressalta que o país tem uma enorme responsabilidade regional.
00:29A opositora defende repensar os espaços de encontro no continente.
00:34Para ela, o objetivo é garantir que nunca mais a tragédia venezuelana se repita.
00:40Sobre as movimentações dos Estados Unidos, Maria Corina aponta que se trata de uma ação exclusivamente americana.
00:48Deixa eu gerar os nossos comentaristas para falar sobre essas declarações da opositora venezuelana.
00:53Odora, ela insiste nessa questão de que o Brasil deveria se posicionar.
00:58Obviamente uma crítica à diplomacia do presidente Lula, mas essa pressão pode dar algum tipo de resultado?
01:05Não tem a menor chance.
01:09Claro que é um gesto simbólico que ela faz aproveitando a nova posição de ter recebido, de ter sido agraciada com o Nobel da Paz.
01:17Não tem a menor possibilidade por vários motivos.
01:21Por mais que o presidente Lula, o governo brasileiro já não seja tão próximo do Maduro, não tem a menor hipótese que o presidente, o assessor especial Celso Alborim já disseram.
01:37E o presidente inclusive disse hoje, o presidente Lula disse isso hoje, que o Brasil não vai interferir em questões internas da Venezuela.
01:47Além disso, a Maria Corina Machado não é uma santa da devoção do governo brasileiro, que até agora não cumprimentou a venezuelana pelo Nobel da Paz.
02:04E aí temos a questão dos Estados Unidos.
02:07Imagine-se nesse momento que tem uma crise aberta entre Estados Unidos e Venezuela, com Trump sobrevoando, mandando navios, cercando, ameaçando derrubar o governo da Venezuela.
02:21E nesse mesmo momento o Brasil construindo uma aproximação com o governo americano, imagine se vai se envolver nesse assunto.
02:32Não tem, então foi algo assim que ela faz, que ela se dirige, claro, ao maior país da região, mas você vê que nem teve reação, nem teve resposta direta, pelo menos, do governo brasileiro,
02:49porque hoje o presidente Lula voltou a repetir.
02:53O problema, segundo ele, da Venezuela pertence aos venezuelanos.
02:59É, Vilela, porque dependendo dessa temperatura entre a Venezuela e os Estados Unidos, aí o Brasil vai ter que se posicionar de uma certa maneira mais enfática em relação a tudo isso, né?
03:12Olha, Tiago, já deveria há muito tempo.
03:14É impressionante como algo que acontece num país vizinho ao Brasil, na América do Sul,
03:20onde o Brasil intenta ser considerado realmente a principal figura, o líder regional,
03:27o país não dar o mínimo de gesto nesses episódios que envolvem Maduro e agora, no caso, envolvendo Maria Corena Machado.
03:36Nós temos uma situação onde tivemos aí uma ganhadora do Nobel da Paz.
03:41O mínimo que o governo poderia fazer é lançar uma nota, o presidente da República fazer uma menção honrosa,
03:47por mais que não tenha tanta afeição ao nome da venezuelana.
03:52No entanto, até agora não tivemos nenhuma manifestação, houve uma votação no próprio Mercosul solicitada pela Argentina
03:59que o Brasil não assinou, não se posicionou favoravelmente e que seria um simples encaminhamento de felicitações.
04:07Veja que realmente, nesse sentido, o país está se aferrando a um posicionamento ideológico,
04:13de defesa de um aliado político, quando, na verdade, se intromete em questões envolvendo outras nações do outro lado do mundo,
04:22mas deixa de lado temas tão valiosos no quintal do seu país,
04:27onde realmente teria essa função, esse papel de ser uma voz forte no sentido de valorizar e defender a democracia.
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