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A ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, María Corina Machado, que passou 11 meses com o paradeiro incerto, reaparece e afirma que vai lutar para ter a Venezuela livre. A opositora de Nicolás Maduro declarou que o "país já foi invadido" por criminosos. Reportagem: Eliseu Caetano.

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Transcrição
00:00Eu quero avançar aqui e trazer um pouquinho de notícia olhando pra fora do nosso quintal.
00:04A líder da oposição venezuelana e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Maria Corina Machado,
00:08afirmou que não vai parar de lutar pela Venezuela.
00:10Vamos então com o nosso Eliseu Caetano, que vai trazer os detalhes pra gente agora.
00:13Conta aí, Eliseu, bem-vindo.
00:16Salve, salve, Evandro Cine.
00:18Muito boa tarde pra você e pros nossos colegas debatedores aí no estúdio,
00:21e claro, pra todo mundo que acompanha o 3 em 1 da programação da Jovem Pan.
00:25Maria Corina Machado reapareceu após 11 meses com o paradeiro desconhecido.
00:32E ela surgiu em Oslo, na Noruega.
00:35Inclusive, agora há pouco, a rede social da Jovem Pan acabou de fazer um post mostrando em vídeo
00:41Maria Corina Machado, opositora do regime de Nicolás Maduro na Venezuela,
00:46em sua primeira aparição pública após 11 meses.
00:49Ela chegou em Oslo, na Noruega, um pouco atrasada,
00:52não deu tempo de receber o Prêmio Nobel da Paz de 2025,
00:55prêmio esse que foi recebido pela própria filha dela, que estava lá no país.
01:00Ela deixou a Venezuela após estar escondida desde agosto de 2024.
01:06A viagem de Maria Corina Machado foi mantida em sigilo por cerca de algumas horas,
01:13até que ela estivesse completamente em segurança.
01:16Lá em Oslo, na Noruega, ela foi recebida por pelo menos 100 apoiadores
01:20que cantaram o hino da Venezuela, enquanto ela saudava a Iris lá da sacada do Grand Hotel,
01:28local tradicional dos laureados com o Prêmio Nobel da Paz.
01:32A opositora de Nicolás Maduro, de 58 anos, não conseguiu, como eu disse, participar da cerimônia oficial,
01:37porque o mau tempo atrasou o trajeto dela.
01:40Mas, segundo uma fonte citada pela imprensa internacional, a saída dela contou com a ajuda
01:45de membros do próprio governo de Nicolás Maduro e também com autoridades daqui, dos Estados Unidos,
01:54que ajudaram, fazendo uma espécie de cooperação a muitas mãos,
02:00para que Maria Corina conseguisse deixar a Venezuela.
02:02Mas, mesmo chegando atrasada para receber o prêmio, ela não deixou de atender a imprensa,
02:09tampouco os venezuelanos que lá estavam na porta.
02:13Diante aí do aumento, sim, da pressão e da possibilidade de novas ações repressivas contra ela,
02:19ela disse que esses foram os principais motivos que a fizeram deixar a Venezuela.
02:24Já na Noruega, ela tem uma agenda internacional bastante agitada pelas próximas horas
02:29e, principalmente, nos próximos dias, viu?
02:32Em uma entrevista dada agora há pouco, ela reiterou o compromisso dela com a causa democrática da Venezuela.
02:38Eu separei uma aspas dela, que ela disse o seguinte,
02:41vou continuar lutando pela liberdade e pela democracia na Venezuela.
02:45Apesar do meu exílio forçado, a minha atuação política não vai ser interrompida.
02:50Fecha aspas.
02:51Ela também reforçou que pretende retornar à Venezuela
02:54assim que houver condições mínimas de segurança para isso.
02:58A dirigente sublinhou ainda que a resistência não pertence apenas às lideranças opositoras,
03:05mas sim aos milhões de cidadãos que permanecem imobilizados,
03:09mesmo diante de uma crise econômica, social e também institucional,
03:14que já dura anos.
03:16Segundo Maria Corina Machado, os venezuelanos não vão desistir de seu futuro.
03:21Ela afirmou isso tentando e buscando de alguma maneira transmitir confiança à população venezuelana
03:27dentro e fora do país dela.
03:30Antes de eu entregar para você no Estúdio Cine, não posso deixar de ressaltar.
03:34Olha que paz!
03:35Não teve o caminhão do lixo, não tem furadeira.
03:38Eu não sei o que aconteceu hoje, mas milagres existem.
03:41Não à toa, Maria Corina Machado está em segurança em Oz.
03:44Lógico que foi esse mesmo anjo da guarda que manteve o nosso link nessa tranquilidade
03:49e com luz, Evandro Cine, com luz, viu?
03:52Eita, mas ele está debochado hoje desde o começo do dia.
03:57Ele está tirando a nossa paciência aqui no Brasil porque ele está longe,
04:00é por isso que ele está fazendo isso.
04:02Um abraço, meu amigo, muita paz para você aí.
04:04Espero que continue assim.
04:05Até a próxima.
04:07Bem-vindos vocês que nos acompanham pela rádio.
04:08Que bom ter vocês por aqui para a gente debater, trazer opinião crítica,
04:12aquelas discussões acaloradas no 3 em 1.
04:14Eu sou o Evandro Cine e seguimos juntos pela próxima 1 hora.
04:18Estamos falando aqui sobre uma menção, uma entrevista que foi concedida por Maria Corina Machado
04:22de que ela acredita que ainda há a possibilidade de tomar as rédeas na Venezuela,
04:30de transformar a Venezuela num território democrático.
04:33Eu quero saber de você, Alangani, se Maria Corina Machado tem razão
04:38ou se é utopia demais.
04:40Olha, é um caminho muito longo a ser percorrido, Evandro.
04:44Primeiro, claro, tem que cair o ditador Maduro.
04:46E aí vem o dia seguinte da queda de Maduro, né?
04:50Como é que a Venezuela vai se reorganizar?
04:54Porque uma democracia, ela não nasce pela imposição, né?
05:00É verdade que a Venezuela já foi um país bastante rico no passado,
05:04uma renda per capita altíssima, não faz muito tempo.
05:07E também já foi democrático, né?
05:10Então, é diferente, por exemplo, da situação do Iraque, né?
05:13Que quando houve a queda do Saddam Hussein, havia aquela expectativa dos Estados Unidos
05:17de colocarem uma ditadura baseada na força.
05:20E não aconteceu, evidentemente, que essa democracia, né?
05:24Colocar uma democracia baseada na força.
05:26Agora, no caso da Venezuela, talvez seja mais, a chance seja maior.
05:31Mas não é uma tarefa fácil.
05:33Por quê?
05:33Porque, mesmo que ocorra uma incursão norte-americana,
05:37primeiro, essa incursão não é tão simples.
05:39A Venezuela é um país montanhoso, não se sabe como se vai se dar essa queda do Maduro
05:46e como vão reagir as forças internas do país.
05:49O grande cuidado, nessa hora, é não desencadear justamente uma guerra civil dentro do país.
05:57Fala, Bruno Mousa.
05:59Concordo 100%.
06:00Me parece que os dias realmente estão contados.
06:03Inclusive, já há fontes afirmando que há negociações ali, inclusive com a Rússia,
06:08que, para mim, como eu venho falando, ela é peça-chave,
06:10que envolve, inclusive, os Estados Unidos.
06:12Algumas matérias mostrando, na semana passada, uma eventual ligação entre Lula e Maduro.
06:18A gente viu que o Joesley Batista esteve lá também.
06:22Isso foi oficial, foi documentado pelas principais fontes de informação aí.
06:27E que seria, obviamente, uma negociação para uma eventual saída de Maduro do poder.
06:34Então, isso, para mim, me parece líquido e certo.
06:36Não me parece razoável para os Estados Unidos, que já poderia ter feito, se quisesse,
06:42retirá-lo à força, matar o Maduro, etc.
06:45Seria muito, muito simples para os Estados Unidos.
06:48Mas isso tem um custo político e que eles não estão dispostos a correr.
06:52Então, o jogo passa pela definição ali da guerra da Ucrânia e da Rússia.
06:57Onde esse acordo tem sido muito mais pró-Putin, apoiado pelos Estados Unidos.
07:02Que, supostamente, o Putin deixaria de financiar a Venezuela e dar apoio ao Maduro.
07:07Então, os Estados Unidos deixariam esse acordo rolar.
07:10Onde Putin assumiria os territórios da Ucrânia.
07:16Obviamente, os helenses que teriam que assumir.
07:18E aí, aceitar isso.
07:19E aí, os Estados Unidos, olha, eu apoio vocês mais pró-Putin.
07:24E vocês deixam aqui do nosso lado a Venezuela em paz.
07:26Mas retira o Maduro, para de financiá-lo, para de dar apoio a ele, para de fornecer armas, radares, etc.
07:33E tudo isso deixa um caminho livre.
07:36Vale lembrar que, há mais ou menos uns 10 dias, o regime cubano ameaçou, inclusive, de morte, Nicolás Maduro.
07:43E o seu entorno, de Maduro, grande parte dos militares de alta patente,
07:48eles são apoiados e financiados, inclusive, por Cuba, que, em última instância, também é financiado pelo Putin e por outros regimes como o iraniano.
07:56Então, veja como esse tabuleiro envolve mais pessoas.
07:59Mas me parece muito óbvio que os dias de Maduro estão contados.
08:02E a questão é a transição.
08:04Repito, o Maduro já veio a público e falou que tem mais de 280 pontos da Venezuela,
08:09ela espalhada com os chamados paramilitares, lá são chamados de coletivos,
08:14que são armados, dispostos a colocar o país numa eventual anarquia,
08:18o que aumenta o custo para os Estados Unidos politicamente se socorrer.
08:22Então, a questão é como fazer essa transição para o Edmundo Gonçalves ou a Maria Corina Machado.
08:27O Edmundo Gonçalves, vale lembrar, é o que ganhou as eleições de maneira disparadas e inquestionáveis.
08:33Agora, o Fábio Piperno, tem uma questão interessante,
08:35porque quando Maria Corina Machado é questionada sobre uma possível invasão ao país,
08:39e aí os jornalistas estão se referindo aos avanços dos Estados Unidos em relação à Venezuela,
08:45ela diz, mas a Venezuela já está invadida,
08:47ela já está tomada por integrantes de grupos terroristas, de narcotraficantes, de criminosos,
08:55que, nas palavras de Maria Corina Machado, são aliados de Nicolás Maduro.
09:00Ou seja, ela dá a ideia de que uma possível intervenção ou invasão dos Estados Unidos
09:07não significariam necessariamente algo negativo para o país,
09:12diante do território já ser tomado por outros ou por grupos criminosos,
09:19já que a gente está falando de uma nação como os Estados Unidos
09:21e de integrantes de grupos criminosos que atuariam ali no país.
09:25Fala, Piper.
09:25Uma intervenção seria o pior preço que a Venezuela teria a pagar.
09:29O que acontece na Venezuela já é muito ruim.
09:32Óbvio que a Venezuela se tornou uma ditadura com o tempo
09:35e uma invasão tornaria todos os seus problemas, que já são muitos, mais graves ainda.
09:41Aliás, esse negócio de invadir o país aqui do continente americano,
09:45é possível que a gente tenha um pouco de cuidado.
09:49Veja, lá atrás, óbvio que os tempos mudaram,
09:52mas não vamos esquecer que desde o tempo,
09:55olha, de Kennedy, governo Kennedy, 1962 e tal,
10:01já se falava em invadir Cuba.
10:02E ele tentou na invasão da Bahia dos Pocos e acabou dando errado.
10:06Os soldados americanos foram expulsos de lá depois.
10:09Então, e foram muitas e muitas e fracassadas tentativas,
10:14por exemplo, de se sequestrar Fidel Castro, matar Fidel Castro.
10:18São os planos mais mirabolantes do mundo.
10:20E em Cuba, que é um país relativamente pequeno se comparado à Venezuela.
10:26Não é fácil.
10:27Os Estados Unidos, por exemplo, tentaram por muitos anos
10:30derrubar o ditador Assad.
10:33E ele resistiu por mais de uma década.
10:36Então, as coisas não são tão simples.
10:39Aí vem a participação da Rússia.
10:42É evidente que a Rússia, ela ajudou a Venezuela por muito tempo,
10:47mas esse apoio tem alguns limites.
10:51E alguns deles, inclusive, que são determinados até pelo outro esforço de guerra da Rússia contra a Ucrânia.
11:00Agora, vejam.
11:01Em 2023, Maduro tentou, a Venezuela tentou entrar nos BRICS, com o apoio da Rússia.
11:11E quem foi que vetou exatamente o Brasil?
11:15O governo Lula, até de forma surpreendente, vetou o ingresso da Venezuela nos BRICS.
11:22Houve um distanciamento entre Brasil e Venezuela desde então.
11:25Nos últimos dias, e essa informação tornou-se razoavelmente conhecida, enfim, recentemente,
11:32houve então uma gestão, ocorreram conversas entre Brasil e Turquia.
11:37E essas conversas foram, inclusive, relatadas pelo presidente Lula em uma dessas,
11:44em uma das suas conversas com o presidente Trump.
11:48Fazendo com que esse grupo se tornasse uma espécie de intermediário
11:52de uma tentativa de solução pacífica.
11:56Então, é isso que está na mesa hoje.
11:58Qual seria a solução pacífica?
12:00Maduro concordar isso aí.
12:02Mas falta combinar com ele.
12:03Arremate, Zé Maria.
12:04É, eu não vejo a hora de acabar esse tormento aqui.
12:10Um vizinho que incomoda, um vizinho que não produz nada para crescimento da região
12:18e incomoda a ponto disso aí.
12:21De uma guerra aqui que vai acabar afetando o Brasil de uma maneira ou outra.
12:25No mínimo, no mínimo, é um fluxo maior de venezuelanos aqui no Brasil.
12:30Então, não vejo a hora disso ser resolvido.
12:32Logo no início do governo Bolsonaro, todos diziam, todos diziam, não demora muito.
12:39E houve, realmente, uma certeza de que a situação se resolveria e o Maduro continuou, continuou e continuou e está aí.
12:49Agora, não. A situação é diferente.
12:51O Donald Trump colocou as coisas nos devidos lugares.
12:54A Venezuela já está invadida.
12:56Ela é dominada por grupos paramilitares, por mercenários e recebe um apoio discreto.
13:04Não é um apoio aberto, assim, do Putin, mas recebe um apoio discreto.
13:11E perdeu completamente o controle, a Venezuela, de fazer negócios.
13:18Ninguém acredita quem é que vai montar uma refinaria na Venezuela, hein?
13:22Ou mesmo uma extração eficiente de petróleo.
13:24Então, está na hora de resolver.
13:27Agora, pelo que eu conversei com os comandantes militares,
13:30não é tão simples assim uma invasão da Venezuela por terra.
13:34Bombardeios, apreender navios, como aconteceu, petroleiros e tal.
13:40Tudo certo.
13:41Há domínio aéreo e terrestre ali, do mar ali.
13:46Mas uma invasão por terra, haverá dificuldades e depois o estabelecimento de um novo regime.
13:52Mas, de qualquer maneira, eu não vejo a hora dessa situação ser resolvida, né?
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