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Transcrição
00:00Porque o processo que enfrentou os Anjos e Joana Marques chegou ao fim, ou talvez não.
00:06Os Irmãos Rosado deram uma entrevista ao Jornal Nacional da TVI,
00:09onde deixaram em aberta a possibilidade de recorrer à absolvição da humorista.
00:15Já Joana Marques se contra-atacou com um novo espetáculo de humor,
00:18com um nome bem provocador, em sede própria.
00:22Duas posturas completamente diferentes, condenadas a desentenderem-se, Guilherme.
00:26É verdade. Eu fiquei muito admirado. Até achei interessante, porque isto já era bastante premeditado.
00:32Ela, quando deu a primeira entrevista fora do tribunal...
00:36Premeditado ou previsto?
00:38Previsto, premeditado. Premeditado porque ela já tinha previsto que ia fazer este relacionamento.
00:43Claro, ela não inventou este espetáculo de um dia para o outro.
00:46Exato. E ela, então, quando fala, diz...
00:48Ah, tenho que tirar muitos apontamentos, realmente tenho coisas muito engraçadas,
00:52mas só vou falar em sede própria. E ficou por ali.
00:55E, entretanto, passado um tempo, lá está o tal espetáculo, que se chama em sede própria.
00:59Portanto, fez aqui uma jogada, na minha opinião, em termos de marketing.
01:02Também tenho essa valência. Muito boa.
01:06Em relação às entrevistas, eu estive a ver as duas.
01:08Muito bem, claro.
01:09A entrevista dos Anjos na TVI e a da...
01:12E Joana Marques na SIC.
01:14Da Joana Marques, eu acho que foi ela própria, foi sóbria,
01:18soube dizer as coisas de uma forma bastante correta,
01:20sem estar a ferir grandes suscetibilidades.
01:22Faz lá umas piadas pelo meio, mas nada assim complicado.
01:26Em relação aos Anjos, eu acho que, sinceramente,
01:28depois do comunicado que eles puseram cá fora,
01:32eu achei que a postura ia ser um pouco diferente.
01:35E não querendo dizer mal aos Anjos, porque não desejo nenhum mal aos Anjos,
01:39parece que não aprenderam...
01:40Não, chegámos todo o bem.
01:41Claro.
01:42Parece que não aprenderam muito com o caso,
01:44porque vêm a dizer que...
01:46A questão do recurso, concordo plenamente,
01:49eles dizem que há um direito que os assiste.
01:50Com certeza.
01:50Está tudo bem.
01:51Se querem recorrer, estão nesse direito.
01:52Agora, voltarem a falar de que ficou provado em tribunal,
01:57que não desafinámos, que não cantámos mal,
01:59eu acho que isso nunca foi o objeto aqui em questão.
02:01Aqui em questão foi que aquilo não correu bem,
02:03fosse por questões técnicas ou por questões deles próprias,
02:06já tinha sido revelado, tinha sido por questões técnicas,
02:09tanto que eles receberam um pedido de desculpas.
02:10Portanto, estarem a reforçar isso,
02:12demonstra que ainda estão fragilizados com esta situação.
02:15Eu compreendo as questões dos comentários,
02:18de todo o ódio que pode eventualmente acontecer à volta,
02:20mas é algo a quem está sujeito à opinião pública
02:24e ao escrutínio, tem que estar preparado para isso.
02:26E faz-me confusão perceber.
02:28E eles próprios dizem isto na entrevista.
02:29Ao longo de 26 anos, isto é um caso isolado.
02:31Como é que em 26 anos,
02:33eles nunca tinham sido sujeitos a algo deste género,
02:35tendo-os tornado totalmente impreparados
02:37para uma situação destas?
02:38Eu acho estranho,
02:39porque realmente a maior parte das pessoas são sujeitas a isso.
02:41É verdade que os anjos tiveram sempre uma imagem imaculada,
02:46muito positiva.
02:48É um grupo quase intergeneracional.
02:52Obviamente, tem muitos, muitos fãs
02:55e tiveram muitos fãs ao longo destes 25 anos
02:57e não estavam preparados para isto que lhes aconteceu.
03:01Porque agora a internet vai a uma velocidade, António,
03:03vertiginosa.
03:04Sim, Guilherme, já te deixo de falar.
03:07Vertiginosa.
03:08E agora todos somos suscetíveis
03:10de ser criticados na internet
03:13numa velocidade completamente veloz.
03:17E às vezes as pessoas podem não gostar
03:19e acho que eles não estão preparados para isso.
03:21É verdade.
03:22Eu acho que isto é algo que devia ser preparado
03:24no futuro, para quem decide ir para esta carreira,
03:26porque não existe só o bom.
03:27Não há escola para preparar as pessoas para isto.
03:31Mas há pessoas que já passaram
03:32que podem trazer algum ensinamento.
03:34E eu tento às vezes transmitir isso,
03:35acho que outros também o tentam fazer,
03:37mas nunca é a mesma coisa de viver.
03:38Só Guilherme, eles tiveram 25 anos para aprender isto.
03:40Claro, mas tiveram sorte.
03:42Tiveram sorte de nunca ter sido expostos.
03:44Bem, uma última questão que eu queria falar.
03:45Em relação ao recurso,
03:46e eu não sabia disto,
03:47e eu acho que por acaso é uma coisa interessante de saber,
03:49o António muitas vezes falava
03:51que as indenizações em Portugal eram baixas.
03:53E agora eu percebi o porquê.
03:54Porque normalmente as indenizações,
03:56quando não ganham,
03:57eles têm as custas de tribunal.
03:58E as custas são feitas de acordo com o valor
04:01que é pedido na indenização.
04:02Portanto, quanto mais alta é a indenização que se pede,
04:04maior é o risco depois de ter custas em tribunal.
04:07Em relação ao recurso,
04:09há duas coisas.
04:09Há uma coisa que pode ser eventualmente positiva,
04:12e há uma que é muito negativa.
04:13Que é, primeira,
04:15se eles pedirem o recurso,
04:16não vão ter que pagar as custas para já.
04:19Vai ficar adiado até a altura
04:20em que sai a decisão final do recurso.
04:24E a última questão é,
04:25o recurso é mais caro,
04:28em termos de custas,
04:29do que propriamente a primeira decisão.
04:30Se eles estão dispostos a assumir esse risco,
04:33António?
04:34Olha, meu querido,
04:34eu acho esta história estranhíssima
04:36logo desde o princípio.
04:37Eu acho que eles erraram,
04:38deram tiros nos pés uns atrás dos outros.
04:40Empelaram isto?
04:41Os outros.
04:42Eles como fizeram.
04:42Aquilo é muito simples
04:43e é muito fácil de se entender.
04:44E se eles não entendem,
04:45bom, eu não posso fazer nada,
04:46mas o que eu posso fazer
04:47é dar a minha opinião,
04:49mesmo sem me terem pedido.
04:50Eles dão um concerto,
04:51fazem uma atuação
04:52que correu mal.
04:55Ponto, final, parágrafo.
04:57E sobre isso não há a menor discussão.
04:59Se é culpa técnica do não sei o quê,
05:01do som da prima,
05:02da cunhada,
05:03da voz, da garganta,
05:04não é problema nosso.
05:05Há uma humorista
05:06que pega,
05:07e bem,
05:08numa atuação que não foi feliz
05:10e brincou.
05:11Qual era o papel
05:12que eu acho que eles iam fazer?
05:13Era rir
05:13e não tocar no assunto.
05:15Hoje não falaríamos disto.
05:17Hoje não falaríamos disto.
05:17Focaram no assunto.
05:18Foram para o tribunal
05:19com uma causa
05:20completamente esparatada
05:22por quem devia ser
05:23processado
05:24era o homem do som.
05:26Não é a Joana Marques
05:27que é uma humorista.
05:29E ela não ofendeu ninguém.
05:30Resumindo e concluindo,
05:31saiu,
05:32foi para o tribunal,
05:34saiu a decisão judicial,
05:36a sentença,
05:37muito obrigado.
05:38O que é que eles voltam a fazer?
05:40Em vez de, pronto,
05:41aceitarem a sentença,
05:43a sentença,
05:44recuar, acalmar e passar,
05:46não.
05:46Vão dar mais uma entrevista
05:48com uma linguagem
05:49que não tem nada a ver
05:50com a arte que está
05:51muito incomodado
05:52a falarem de assuntos
05:53que já está...
05:54Que toda a gente...
05:55Qualquer comum...
05:56Qualquer idiota como eu
05:58também o sou,
05:59entende.
06:00E eles voltaram
06:01com a mesma conversa.
06:02Não foram felizes.
06:03Eles, se tivessem sido...
06:06Eu não queria dizer inteligentes
06:07porque não estou a cair
06:07para o fim de dia.
06:08Não está nada contra eles.
06:09Que isso fique bem claro
06:09porque hoje em dia
06:10não se pode falar de ninguém
06:11que fica tudo muito incomodado.
06:12Mas inteligentes na sua postura,
06:14não como eles próprios.
06:15Obviamente, eles deviam ter...
06:17Eu no lugar deles dizia,
06:18olha, tudo bem, já ficou,
06:21não correu bem,
06:22não deu, tudo bem,
06:23serviu de aprendizagem,
06:24boa sorte para a Joana,
06:25boa sorte para nós,
06:26um beijinho,
06:27não sei o quê,
06:28mas ali uma...
06:29Não.
06:30Foram ali com uma linguagem...
06:32E a linguagem corporal muito cinzenta.
06:36Não, é estar a mexer
06:39numa coisa que não...
06:41É que aquilo não tem nada
06:42onde se possa agarrar.
06:44Porque se ela tivesse alterado,
06:46tudo bem,
06:47mas não alterou.
06:47Aliás, a sentença é aparentória nisso.
06:49Diz que não há onde pegar.
06:50Tchau.
06:52Tchau.
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