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O dólar comercial encerrou a terça-feira (14) em alta de 0,14%, cotado a R$ 5,4694. O dia foi marcado por tensões entre EUA e China, discursos do Federal Reserve e atenção às contas públicas brasileiras, que influenciaram o comportamento do câmbio. Alan Ghani analisou.
Comentarista: Alan Ghani

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Transcrição
00:00O dólar fechou em alta de 0,14%, cotado a R$ 5,46, em um dia marcado por tensões geopolíticas e expectativas econômicas.
00:11Declarações nos Estados Unidos acabaram piorando o clima entre Washington e Pequim.
00:16Deixa eu chamar o Alan Gani pra gente falar sobre o dólar, Gani.
00:19Um especialista em economia, que eu ouvi dizer outro dia, falou que o dólar desce de escada, mas sobe de elevador.
00:27Exatamente, é uma boa definição, Paula, e é bem assim que acontece mesmo, né?
00:32Foi indo aos pouquinhos, bom dia, Paula, bom dia, Matos, bom dia a toda a nossa audiência.
00:37O dólar foi descendo aos poucos, chegou a rondar ali a casa até de R$ 5,30, mas agora subiu rapidamente,
00:44principalmente na última sexta-feira, quando o dólar disparou, chegou a R$ 5,50, agora acomodou a R$ 5,45,
00:51por conta de toda a volta da guerra tarifária entre Estados Unidos e China.
00:58Havia tido ali uma trégua de 90 dias, as tarifas acomodaram no patamar de 30%,
01:05mas agora se fala novamente em tarifas recíprocas de 100% e a China ameaçando os Estados Unidos
01:12com controle de exportação da tal das terras raras para o país norte-americano.
01:17Pois é, dólar que está em ascensão, então.
01:21Exatamente, né? Agora, Gani, o que você... a expectativa do Brasil, né?
01:26A reunião está marcada aí, o que você imagina para nós nessa discussão do tarifácio também?
01:31Olha só, né? O fato de ter uma reunião, Matos, já é uma sinalização positiva.
01:37Isso mostra que os Estados Unidos, de alguma maneira, estão dispostos a negociar.
01:42A gente não sabe exatamente o que vai estar à mesa de negociação, né?
01:47O Marco Rubio, ele tem uma agenda bastante contrária à Cuba, à Venezuela,
01:53esses regimes, enfim, socialistas.
01:56O Brasil tem um certo, no atual governo, alinhamento ideológico a esses países.
02:01Então, a gente não sabe o que o Marco Rubio também vai exigir do Brasil.
02:06Será que vai ser uma questão estritamente comercial e econômica,
02:11redução de tarifas, abrir a nossa economia, o que seria muito bom?
02:15Ou não, vai querer um alinhamento geopolítico com os Estados Unidos,
02:20um afastamento desses países, inclusive até da China?
02:23A gente não sabe exatamente.
02:25Agora, de qualquer maneira, é uma oportunidade para o Brasil entrar com duas cartas na mangas aí para a negociação.
02:33Primeiro, abrir a nossa economia.
02:34De fato, a nossa economia é muito fechada.
02:37Então, propor para os Estados Unidos uma abertura comercial.
02:41Porque, embora os Estados Unidos tenham superávit com o Brasil, o Brasil é uma economia ainda muito fechada.
02:47Segundo ponto, oferecer a tal das terras raras.
02:50Isso é um metal preciosíssimo para os Estados Unidos, para os Estados Unidos ficarem menos dependentes da China.
02:58Então, o Brasil tem muitas terras raras, a terceira maior reserva do mundo,
03:03só que a gente não tem capacidade de produção e nem de refino.
03:06Poderia ser uma parceria ganha-ganha.
03:08É, tomara que as questões políticas fiquem de lado na hora da negociação, né?
03:12Que as econômicas fiquem à frente, porque a gente está precisando, o Brasil está precisando,
03:16que essas exportações não sejam mais taxadas aqui no Brasil, né, Matosso?
03:20Sem dúvida.
03:21Agora, Gani, o limite para Donald Trump será a inflação interna?
03:25Todas essas medidas que ele faz têm a sua reação, né?
03:27Evidentemente, os Estados Unidos vão ficar mais caros?
03:30Então, você tem dois pontos, né?
03:32Em relação, principalmente em relação à China.
03:35O limite é a inflação interna, porque, evidentemente, isso pega na sua popularidade, né?
03:41A população consome lá nos Estados Unidos uma série de bens importados.
03:46Tanto é que quando a gente viaja para os Estados Unidos, a gente tem essa sensação
03:48de que tudo é muito barato nos Estados Unidos.
03:51E, de fato, eles importam do mundo inteiro com tarifas baixas.
03:55E isso traz uma vantagem para o consumidor norte-americano.
03:58À medida que você coloca a tarifa protecionista, você encareceu o produto dentro dos Estados Unidos.
04:05E aí, tem muito produto chinês, por exemplo.
04:07Então, você vai numa rede lá de supermercado, você vai ter vestuário mais caro,
04:11você vai ter produtos eletrônicos mais caros, etc.
04:13Só que essa inflação ainda não chegou.
04:16Quando ela chegar, e se chegar, né, Matosso, aí pode ser um problema, pode ser esse limite.
04:21Agora, o segundo ponto também, e aí é um poder de barganha muito forte da China,
04:25é a tal das terras raras, que nada mais são os 17 minerais essenciais para a indústria, né?
04:33Esses 17 minerais, eles fazem parte da indústria de tecnologia.
04:38Você precisa dele para fazer chips, por exemplo, e da indústria bélica dos Estados Unidos.
04:43Portanto, um limite também vai ser a questão das terras raras.
04:48E aí, a China tem a maior reserva mundial de terras raras, a maior produção e o maior refino.
04:55Vamos acompanhar, então, até as 10 horas da manhã você volta com a gente, né, Gany?
04:59Com certeza.
04:59Valeu, Gany.
05:00Valeu.
05:00Até mais para você.
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