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A China prometeu "lutar até o fim" na guerra comercial contra os Estados Unidos, após o governo do presidente Donald Trump anunciar uma taxação de 100% sobre seus produtos. Além das tarifas, os EUA também devem impor novos controles de exportação. Reportagem: Eliseu Caetano.

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Transcrição
00:00Olha, eu quero falar um pouquinho de guerra tarifária agora, porque a China afirmou que vai lutar até o fim
00:04nessa guerra comercial com os Estados Unidos.
00:07Vamos então com Eliseu Caetano, que vai trazer mais informações pra gente agora.
00:10Bem-vindo, Eliseu. Conta aí.
00:13Salve, salve, Evandro Cine. Muito boa tarde pra você, pros nossos colegas debatedores
00:17e pra todo mundo que acompanha o 3 em 1.
00:18A gente fala ao vivo direto dos Estados Unidos, porque a temperatura tá subindo.
00:22As tensões entre Estados Unidos e China estão alcançando novos patamares de acordo com os analistas políticos por aqui.
00:31O motivo? Tarifácio.
00:33O mesmo que atinge o nosso país, o mesmo que atinge o Brasil, agora vai atingir em cheio a economia chinesa.
00:40Donald Trump anunciou um aumento nas tarifas de 100% para a China.
00:46100% acima daquelas que eram praticadas até ontem.
00:51É um aumento muito substancial e a China já prometeu que vai tentar rever esse caso nas justiças.
01:00Nas justiças aqui dos Estados Unidos, nas justiças independentes do mundo.
01:07E as declarações mais recentes do governo chinês estão até reacendendo aí dúvidas
01:12se de fato vai ou não vai haver aquele encontro que nós citamos ontem aqui na programação da Jovem Pan
01:17entre Donald Trump e Xi Jinping.
01:20Para quem não sabe, as duas das maiores autoridades do mundo estavam ali quase que em vias desse encontrar na APEC,
01:29que vai acontecer no mês que vem.
01:31Só que esse tarifácio imposto por Donald Trump nesta semana pode colocar esse encontro em risco
01:39e colocar esse encontro por água abaixo.
01:43A China, inclusive, afirmou que, abre aspas, vai lutar até o fim nessa guerra comercial com os Estados Unidos, fecha aspas.
01:52Aliás, essa retórica beligerante de Pequim marca um endurecimento nas negociações.
01:59O porta-voz do Ministério do Comércio afirmou o seguinte,
02:03Se eles quiserem lutar, lutaremos até o fim.
02:06Se quiserem negociar, as nossas portas continuam abertas, fecha aspas.
02:12Essa ambivalência é uma disposição aí ao conflito,
02:17mas ao mesmo tempo sem fechar as portas para um diálogo.
02:22De acordo com os analistas que eu conversei por aqui mais cedo,
02:25isso faz parte de uma estratégia diplomática de manter a flexibilidade
02:29enquanto mostra aí firmeza diante da pressão política e econômica
02:36que Donald Trump está fazendo agora contra a China.
02:39A gente vai seguir daqui acompanhando,
02:41e eu volto ao longo da programação da Jovem Pan
02:44para a gente ir atualizando tudo aquilo que está acontecendo na tarde de hoje no mundo.
02:47Valeu, meu amigo. Um grande abraço para você. Ótimo trabalho por aí.
02:50O Bruno Musa, a China vai lá e fala o seguinte,
02:52olha, se quiser negociar, nós estamos abertos.
02:56Agora, se você quiser guerrear em termos de tarifação e etc.,
03:01e aí a gente está falando de uma taxa de 100%, mais controle de exportação,
03:05a gente vai lutar até o fim.
03:08E eu te pergunto, a China tem condições de lutar até o fim com os Estados Unidos?
03:13Você usou a palavra que eu venho comentando quando eu li essa matéria.
03:17A guerra já começou, a guerra 4.0, melhor dizendo,
03:21é uma guerra que se transforma esse comércio em proibitivo.
03:25Eu acho que não dá nem para chamar isso de tarifa,
03:27isso é basicamente cercear o comércio bilateral.
03:31E os dois países sabem que saem perdendo.
03:34É uma relação de perde-perde,
03:36mas é uma guerra, eles vão ver até onde eles conseguem lutar.
03:39Na minha opinião, os Estados Unidos têm a vantagem de terem um poderio militar e econômico
03:46muito maior do que a China.
03:47Vale lembrar que a China tem um grande problema de divulgação dos seus dados,
03:50mas eles estão enfrentando um problema de desemprego juvenil
03:53que supera os 25% da população.
03:56quase 30% do PIB que tem a ver com o mercado imobiliário
04:00está realmente passando por problemas muito grandes.
04:03Agora o setor da indústria automobilística, a mesma coisa,
04:06com mudanças no balanço,
04:09fraudes no próprio balanço da BID que têm sido divulgadas.
04:12Enfim, tem um problema de consumo interno muito grande
04:15e com divulgação de dados que são difíceis de serem, de acreditar.
04:19Então eu acho que a vantagem dos Estados Unidos é militar e econômica.
04:22A vantagem da China, para eles, não que eu esteja apoiando isso,
04:26eles não têm nenhum tipo de pressão popular
04:29ou de manifestações contra o próprio governo
04:32que tem uma tranquilidade maior,
04:34uma vez que eles são autoritários do Partido Comunista
04:36de basicamente seguir com os seus planos.
04:39Na minha opinião, é uma guerra de forças
04:41e vamos ver aonde vai dar.
04:44Mas no meu entender, basicamente, eles sentarão
04:47e daqui a pouco resolverão esse problema desse embate,
04:50como foi resolvido há pouco tempo.
04:51Quando chegou em 50%, foi para 100%,
04:54depois foi para 140%, eu já nem lembro mais,
04:56e depois os dois voltaram um pouco.
04:59Então eu acho que o caminhar das coisas será dessa maneira,
05:02porque permanecer desse jeito é um perde-perde
05:04em um mercado proibitivo.
05:06Lagani.
05:07Olha só, veja, na sexta-feira o que aconteceu?
05:11O Donald Trump voltou com as tarifas de 100%,
05:15tinha dado aquela trego, o mundo ficou normal,
05:17aí a Bolsa nos Estados Unidos reagiu negativamente,
05:21reagiu muito mal,
05:23e a China, logo em seguida,
05:26retaliou, falou, ok,
05:27então vocês vão colocar tarifas de 100%,
05:29a gente também vai colocar tarifas recíprocas,
05:33e mais, a gente vai impedir,
05:35vai controlar as exportações das terras raras.
05:38Os minerais metálicos, muito importantes para a indústria de tecnologia,
05:42inclusive bélica dos Estados Unidos,
05:44dois terços utiliza minerais metálicos a tal das terras raras.
05:48E aí o Trump, no final de semana, já modulou o tom,
05:52já voltou atrás,
05:53tanto é que na segunda-feira já normalizou a situação no mercado financeiro,
05:57então mostra, Evandro,
05:59eu vejo isso na administração norte-americana,
06:01que o mundo mudou,
06:03e muitos políticos dos Estados Unidos não entenderam que o mundo mudou.
06:06tem uma visão ainda dos anos 2000,
06:09onde os Estados Unidos tinham uma relevância geopolítica e econômica unipolar,
06:16conseguia dar as cartas no mundo de maneira unipolar.
06:19A China ainda estava começando,
06:21tanto é que eles mandaram empresas para a China naquela época,
06:24a Rússia se reorganizando,
06:26durante a década de 90,
06:28os Estados Unidos fizeram ali uma intervenção na antiga Iugoslávia,
06:33parceira histórica da Rússia,
06:35a Rússia aceitou, não fez nada.
06:36Hoje o mundo mudou.
06:38Veja,
06:39quando os Estados Unidos,
06:41no campo militar,
06:42falam para a Ucrânia,
06:44sinalizam para a Ucrânia,
06:46a gente vai enviar o tal dos mísseis,
06:47o Tomarrox,
06:48lá para a Ucrânia,
06:49imediatamente a Rússia fala,
06:51se vocês fizerem isso,
06:52sinaliza que é guerra nuclear.
06:55Imediatamente,
06:57quando os Estados Unidos avançam também,
07:00colocam tarifas de 100% na China,
07:02na China,
07:02logo em seguida,
07:03já falaram,
07:03ah, é,
07:04tarifa recíproca,
07:06e também,
07:07não vai ter mais exportação de terras raras.
07:10Então,
07:10goste ou não,
07:11e aqui não é torcida,
07:12aqui é análise,
07:13eu estou colocando o mundo como ele é.
07:14Claro.
07:14Aqui é a realidade.
07:16A realidade é que essas potências,
07:19a Rússia é uma potência militar,
07:21e você não consegue enfrentar diretamente,
07:23a China é uma potência militar e econômica,
07:27e o mundo mudou,
07:28e agora você não consegue colocar a sua vontade de maneira unilateral e unipolar,
07:34você não consegue fazer isso,
07:35você vai ter que agora negociar,
07:37porque hoje a gente tem uma ordem multipolar.
07:40Ou seja, Piperno,
07:40essa decisão de Donald Trump nesse momento seria burrice?
07:43Aí que está o negócio,
07:47é mais uma bravata
07:48para ver se o adversário recua.
07:51O que o Alan Gari disse está perfeito,
07:54porque, vejam só,
07:56os atores hoje,
07:58esses grandes atores políticos e geopolíticos,
08:01eles agem com muito mais autonomia,
08:05altivez e soberania,
08:07que é o que a gente falava do Brasil.
08:09Porque existe, claro,
08:10uma certa direita radical,
08:11que achava que, não,
08:12o Brasil tem que ceder,
08:14o Brasil tem que deixar isso.
08:16Não, o Brasil tem que negociar
08:17defendendo os seus interesses.
08:21O Brasil não tem que ser agressivo,
08:23mas o Brasil também não tem que sair fazendo concessão por aí,
08:26que ninguém vai invadir o Brasil.
08:28Quem imaginava isso,
08:29era uma certa extrema direita,
08:31que ela,
08:32por, enfim, tradição mais entreguista,
08:37um pouco mais vassala.
08:38Acho que aqui, enfim, daqui a pouco vai aparecer caça sobrevoando o Planalto Central
08:44e vão invadir o Brasil de alguma forma.
08:47Até há uns três meses,
08:49quando desembarcaram alguns aviões americanos aqui,
08:52chegaram a dizer,
08:53não, olha, é gente que,
08:54eles estão mandando para cá para espionar o Brasil e tal.
08:57Imagina no caso da China.
09:00Então, ou seja,
09:01a China não cedeu,
09:03porque ela não precisa ceder.
09:06A Rússia, muito menos,
09:07porque é um país militarmente muito forte.
09:10E funciona,
09:12consegue, veja,
09:14não existe país no mundo mais retaliado do que a Rússia.
09:17E a Rússia consegue se manter,
09:19inclusive, com a economia com certa expansão,
09:21porque a China ajuda a sustentar.
09:24A Índia, outra economia entre as cinco maiores do mundo,
09:29também tomou sanções de 50% e não cedeu,
09:32assim como o Brasil,
09:34assim como o Canadá,
09:35da mesma forma o México.
09:37Agora,
09:38há países e há blocos
09:40com quem o presidente Trump foi muito bem sucedido,
09:43porque esses negociadores,
09:46eles acabaram fraquejando muito cedo.
09:49Dona Úrsula, por exemplo.
09:51E lá dentro da Europa,
09:52tem muita gente que critica a atuação dela.
09:55Dona Úrsula, gente.
09:56Úrsula von der Leyen,
09:58presidente da Comissão Europeia.
10:00Não, e Piper,
10:01não é que só fraquejou
10:03porque é ruim de negociação,
10:04porque a Europa vem perdendo
10:06o protagonismo no campo geopolítico.
10:08Eu já trouxe um exemplo,
10:10que quem é mais importante
10:11do ponto de vista geopolítico?
10:12Não estou falando onde a vida é melhor,
10:14mais envolvida, nada disso.
10:15A Índia ou a Inglaterra?
10:17Quem é mais relevante hoje no mundo?
10:19A Índia.
10:20É?
10:20Enfim.
10:20Zé Maria Trindade,
10:22arremate aí para a gente poder seguir.
10:25Olha, o que eu vejo,
10:27desde o início,
10:27eu estou dizendo o seguinte.
10:29Donald Trump mudou o eixo do mundo,
10:32o eixo econômico,
10:33o eixo político,
10:34e o eixo, inclusive, migratório e tal,
10:37deu uma confusão.
10:38E eu achei que foi muito bom,
10:40porque isso, vamos dizer,
10:42readaptou os países.
10:44O Brasil, por exemplo,
10:46encontrou novos mercados de exportação,
10:48a carne que não ficou barata,
10:50porque a exportação aumentou para outros países, né?
10:53Mas nós não podemos ficar sem o mercado norte-americano.
10:57É preciso renegociar,
10:59e os americanos sabem muito bem disso.
11:02O que eu vejo é o seguinte,
11:03ninguém sabe o que vai acontecer,
11:05vai mudar,
11:06mas ninguém sabe o que vai acontecer.
11:08Pode até ser que seja
11:09uma dificuldade grande,
11:11futura,
11:12para os Estados Unidos.
11:13se houver, por exemplo,
11:14controle de exportação da China
11:16para vários componentes
11:19de veículos,
11:21de computadores
11:22e de tecnologia para os americanos.
11:25O mundo estava muito interligado,
11:27e aí, com essa decisão
11:28do presidente Donald Trump,
11:30estão acontecendo ali
11:32separações e cisões
11:34que ninguém sabe
11:35o que vai acontecer no futuro, né?
11:38O certo mesmo é que mudou,
11:40e as consequências
11:41ainda não estão às vistas aí.
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