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Neste sábado, o JP Sustentável traz um debate especial sobre o saneamento e a gestão dos recursos hídricos. A apresentadora Patrícia Costa recebe Maria Aparecida Silva de Paula, coordenadora de Relações Institucionais da AESABESP, para analisar o tema.

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Transcrição
00:00O Brasil tem diante de si uma escolha que pode mudar o jogo na COP30.
00:04Transformar o debate sobre o uso da terra em um cartão de visita para o mundo.
00:09O que está em jogo não é só desmatamento ou preservação,
00:13mas a chance de provar que ciência, inovação e recuperação de áreas degradadas
00:18podem gerar riqueza e reduzir emissões.
00:22E para analisar esse cenário, recebo Daniel Vargas, professor da FGV
00:26e um dos maiores especialistas em transição verde e bioeconomia no país,
00:31que vai nos ajudar a entender por que a terra é o centro da conversa sobre o futuro climático.
00:36Seja bem-vindo, obrigada por aceitar o nosso convite, viu Daniel?
00:40Eu começo falando sobre esse tema central que é o uso da terra.
00:44A gente sempre focou na emissão de gases, o efeito estufa,
00:49mas aqui no Brasil especialmente o desmatamento é a principal causa dos gases
00:54que trazem o aquecimento do planeta.
00:57Bom, obrigado. É um prazer participar, Patrícia.
01:00Eu acho que é importante a gente contextualizar qual é o foco histórico das COPs
01:07para entender o que vai acontecer no Brasil.
01:09Então, as COPs têm a preocupação com as mudanças do clima.
01:1575% do aquecimento histórico do planeta é provocado pelas emissões de CO2.
01:21Quando a gente nos pergunta de onde vem esse CO2,
01:2587% vem da queima de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão,
01:31usado no setor energético ou na indústria.
01:33Isso no planeta, né?
01:34No planeta inteiro.
01:36E se a gente ainda der um passo adiante e nos perguntar qual é a origem territorial
01:40desta queima, dois terços dela vem de um elenco muito estreito de países,
01:4710% dos países do mundo.
01:50Então, a verdade é que a fonte predominante do problema do clima
01:54tem um foco muito claro e específico.
01:58Hoje, como ontem, isso não mudou,
02:01embora haja alguns avanços nesses dados de distribuição territorial.
02:04A grande questão é o que vai acontecer nessa COP no Brasil.
02:10O problema histórico, como sendo do setor de energia,
02:13sempre pautou o debate de todas as COPs.
02:16Agora, nós devemos ter uma novidade.
02:20É a primeira COP em que a presidência, no caso brasileira,
02:24convoca o mundo para debater como tema central
02:27a transformação da agricultura e dos sistemas alimentares.
02:30Em outras palavras, o uso produtivo da terra.
02:35Eu acho que aqui é importante a gente colocar duas informações
02:38sobre essa opção brasileira.
02:41A primeira é que, por mais que a gente avance neste campo,
02:46a contribuição brasileira para o estoque de emissões do planeta
02:50é em torno de 2,47%.
02:54Um terço é a China, em torno de 15% os Estados Unidos.
02:586% a Europa, 6% a Índia, 5% a Rússia,
03:04e em seguida vem o Brasil, lá embaixo com uma pequena fração.
03:07O que significa que o foco central para a solução do problema do planeta
03:13não é apenas ou prioritariamente a maneira como a gente cuida da terra aqui.
03:18A segunda mensagem é que, evidentemente,
03:21isso não nos exime de uma tarefa ou de um compromisso,
03:24que nós fizemos de forma audaciosa no mundo.
03:28E agora, na COP, temos a chance ou oportunidade de tratá-la
03:31como uma oportunidade de dar um exemplo,
03:34mostrando como a gente cuida bem do solo e faz bem feito dentro de casa.
03:39Mas, justamente, o Brasil pode não estar entre os principais,
03:43os maiores poluidores do planeta,
03:45mas tem essa questão do desmatamento,
03:47que contribui bastante para a emissão dos gases do efeito estufa.
03:52Mas, também, a gente tem um potencial.
03:54Eu acho que o Brasil tem essa responsabilidade
03:56quando a gente trata do potencial que a gente tem em bioeconomia,
04:00para manter a floresta em pé, em agroecologia, em transição energética.
04:04Como a gente chamar a atenção dos poluidores, vamos dizer assim,
04:08dos países que se desenvolveram mais e que também poluem mais,
04:12para financiar projetos que podem fazer com que o Brasil
04:16seja protagonista nesse cenário?
04:18Eu acho essa uma bela pergunta e eu acho que você toca no ponto central.
04:21Para nós, a agenda do clima tem um sentido maior
04:26do que para outros países que são grandes poluidores.
04:30Porque, para nós, ela tem o potencial de ser uma grande oportunidade.
04:34Como?
04:35De pegar esse estoque imenso de capital natural que possuímos,
04:4066% do território na forma de vegetação nativa preservada,
04:45um terço dentro de propriedades privadas,
04:47um manancial de biodiversidade ainda pouco explorado e conhecido,
04:53uma grande capacidade de prestação de serviços ambientais ao planeta,
04:58porém hoje, para os quais ninguém paga, reconhece ou valoriza.
05:02A conversão do verde brasileiro em valor econômico é um desafio, uma estratégia
05:10e, a meu ver, deveria ser uma prioridade nacional.
05:12Fazer isso criando mecanismos que nos permitam, de um lado,
05:16dar números a esse capital natural invisível,
05:20precificando, por assim dizer, com métricas que quantifiquem exatamente
05:25como esse capital natural já contribui com a economia nacional e internacional
05:30e, olha só, Patrícia, de graça.
05:34Dar números a esses ativos brasileiros
05:37é também qualificar em um ambiente econômico competitivo internacional
05:42aquilo que nós fazemos dentro de casa,
05:44dando um preço diferente para aquela produção que acontece de forma sustentável
05:49e, ao mesmo tempo, convidando investidores ou pessoas
05:53que se preocupam genuinamente com o meio ambiente
05:55para olhar para o Brasil como um espaço diferenciado,
05:59onde é possível produzir alimentando uma boa quantidade de pessoas no planeta
06:04com preservação.
06:06Como fazer essa transição para a gente olhar o meio ambiente
06:10como ativo econômico, não como custo,
06:13como, às vezes, as empresas e governos acabam visualizando esse cenário?
06:19Bom, esse também é um tema que me parece decisivo
06:21e a COP pode ser o momento-chave para a gente dar um passo nessa direção.
06:25E aqui também é importante entender.
06:28O verde está se tornando um elemento da economia.
06:30Não é mais só um debate moral, de especialistas,
06:34é um elemento comum de quem está no mercado.
06:37A grande questão é se esse verde vai ingressar na economia
06:40no balanço dos custos ou no balanço dos ativos.
06:44O que define essa posição dos créditos ambientais no balanço da economia
06:51é como nós o caracterizamos e o medimos.
06:55Isso acontece a partir de um conjunto de padrões econômicos
06:58que foram muito avançados no setor de energia ao longo dos últimos 20 anos,
07:03começaram a ganhar tração no setor de transportes,
07:06mas ainda estão amadurecendo no setor do uso da terra.
07:09Na COP existem várias funções ou vários momentos de discussão.
07:16Um deles, evidentemente, será o financiamento,
07:18que vai ser um grande eixo de tensão entre as nações.
07:22O outro, estabelecimento de novas metas, por exemplo, para adaptação climática.
07:26Mas um central, Patrícia, é a discussão sobre regras do jogo,
07:30que sempre aconteceu e vai acontecer aqui.
07:32Em outras palavras, quais serão as métricas e referências
07:37segundo os quais nós vamos medir e tratar o uso da terra,
07:41em particular nos trópicos, onde ele é mais sensível e relevante.
07:45Se o Brasil empurrar essa discussão na direção certa,
07:48temos toda a capacidade de começar a estabelecer
07:51um conjunto de diretrizes que permita ao mundo
07:54enxergar o verde tropical como ele verdadeiramente é,
07:58em vez de tentar taxar a nossa realidade com lupas
08:02ou com lentes importadas que não necessariamente caracterizam a gente como é.
08:07E se fizermos isso, aí sim, tropicalizando as referências,
08:12priorizando a agenda correta do uso do solo sustentável,
08:15dar valor e, a partir daí, vantagem competitiva
08:19à maneira como nós usamos a terra no Brasil.
08:21Você diz isso porque você acredita que essa taxação
08:25ou esse empenho internacional de fazer com que o Brasil
08:29estabeleça mais regras,
08:31que a gente já tem uma legislação ambiental muito forte,
08:35que agora ficou um pouco fragilizada com as mudanças no licenciamento,
08:39mas, de uma maneira geral, nós temos uma legislação forte.
08:43Você acredita que há um protecionismo
08:45e que a gente já faz isso de uma maneira
08:47bem equivalente ao que o meio ambiente precisa?
08:50Olha, Patrícia, eu não tenho dúvida
08:52de que o meio ambiente se tornou um instrumento
08:55de tensão geopolítica global.
08:57Nós estamos assistindo os países lutando para definir
09:00quais serão os critérios segundo os quais
09:02eles vão interagir uns com os outros no comércio
09:05de produtos minerais, industriais e também de produtos
09:09que são originários do uso da terra.
09:12No caso brasileiro, o que acontece é que,
09:14como nós já somos um grande líder mundial
09:18na exportação de commodities,
09:19e ameaçamos inúmeros concorrentes internacionais.
09:23Para citar um exemplo do nosso tempo,
09:25é só olhar a situação dos agricultores nos Estados Unidos.
09:28É evidente que a resposta de quem está perdendo
09:31no jogo competitivo dentro da fazenda
09:33é buscar uma série de regras ou de atalhos
09:36para pressionar, questionar ou descredibilizar o concorrente.
09:41De todo modo, não me parece que isso seja uma desculpa para nós.
09:46Quem é líder e joga na primeira divisão
09:48tem que saber muito bem como seus adversários se comportam.
09:52A tarefa brasileira, a meu ver, não é reclamar ou se lamentar.
09:57É de avançar.
09:58E avançar significa, de um lado,
10:00trabalhar para criar esses referenciais globais
10:03ajustados ao mundo tropical,
10:04mas também construir um conjunto de incentivos e de ações
10:09que permita aos nossos produtores e à nossa economia
10:12seguir avançando, qualificando a produção,
10:16absorvendo terra de forma sustentável,
10:19ampliando a geração de renda e riqueza
10:21com inclusão produtiva,
10:24ao mesmo tempo que prestamos serviços ambientais
10:26e, ao fazer isso, dar uma mensagem
10:28que o mundo hoje aspira com imensa prioridade.
10:31A segurança alimentar.
10:33Porque na guerra, Patrícia,
10:35duas questões saltam aos olhos de qualquer nação.
10:38O medo de ficar sem energia, veja a Europa.
10:41E o medo de ficar sem alimento.
10:43Nós temos no Brasil as melhores condições
10:46de olhar para o mundo e dizer
10:47vocês não deveriam brigar,
10:49mas já que estão brigando, saiba de uma coisa.
10:51Conte comigo.
10:52Porque eu vou deixar o meu alimento de qualidade sustentável
10:56na porta da sua casa, no dia certo,
11:00garantindo a você segurança alimentar.
11:02É uma mensagem única que nós podemos prestar ao planeta.
11:04O que é que falta?
11:06Eu acho que falta, Patrícia, eu diria,
11:08dois temas, ou talvez duas prioridades fundamentais.
11:13A primeira é aprender a reconhecer as virtudes
11:16que nós temos dentro de casa.
11:18Em grande medida, o Brasil se acostumou
11:20a trabalhar contra seus próprios interesses.
11:24E acostumou-se, me parece ainda mais grave,
11:26a olhar para a sua realidade
11:28a partir do que se diz de nós lá fora.
11:30E não a partir dos números da realidade
11:32como o Brasil verdadeiramente é.
11:35A segunda questão é de
11:36converter essa compreensão nacional,
11:40genuína, sincera,
11:41em uma agenda diplomática oficial.
11:44Para que os nossos diplomatas,
11:46ao sentarem nas mesas de negociações,
11:49vocalizem e expressem aquilo que é o mais importante para o Brasil.
11:53De mostrar a nossa capacidade ímpar
11:56de produzir, incluir e de preservar.
11:59E ao fazer isso, também dizer ao mundo
12:02que nós queremos sim colaborar, cooperar
12:05com os desafios globais.
12:06E podemos fazer isso de uma forma genuína.
12:09Aumentando a produção de alimentos,
12:11prestando energia de forma sustentável,
12:14captando investimentos para expandir
12:16a geração de comida, de indústria, de renda,
12:19com serviços ambientais.
12:21E na área ambiental, não preciso dizer,
12:23nós somos imbatíveis no planeta.
12:25Mas aí a gente necessita de uma agenda política
12:28a longo prazo, né?
12:30Porque isso não é um projeto de quatro anos.
12:32É um projeto até pelas emissões que a gente tem
12:34e das metas, 2030, 2035.
12:37Então, falta uma articulação, você acredita assim,
12:40de um projeto a longo prazo
12:41para a gente tornar essa cadeia
12:43cada vez mais eficiente e forte,
12:45tanto do ponto de vista interno como externo?
12:48Eu creio que isso é parte do desafio, Patrícia.
12:51Eu entendo que os países,
12:53nesse ambiente de transição verde,
12:54cada um ao seu modo,
12:56já começam a trazer o meio ambiente
12:58para dentro das suas estratégias nacionais,
13:01das políticas de investimento e de comércio.
13:03E mesmo nos Estados Unidos,
13:05que pularam fora do Acordo de Paris,
13:07se a gente olhar no degrau de baixo,
13:08como os estados têm trabalhado,
13:10como as indústrias têm operado,
13:12a agenda verde continua muito forte lá.
13:14Inclusive de partidos que são apoiadores
13:17de estados, aliás,
13:19que são apoiadores do Trump, né?
13:20Que são republicanos,
13:22eles continuam investindo nessa agenda verde.
13:24Por uma razão muito simples.
13:25O Texas, por exemplo.
13:26Exato.
13:27Que é hoje o país,
13:28o estado americano,
13:30que mais realiza investimentos
13:32em energia renovável nos Estados Unidos.
13:35Aliás, é um dado interessante,
13:37providenciado por um centro de pesquisa do MIT
13:39há alguns anos.
13:40E ele mostrava que dos 50 estados norte-americanos,
13:44o Texas não apenas liderava os investimentos
13:47em energia renovável,
13:48como investia mais do que os 48 últimos estados
13:53somados, com exceção da Califórnia,
13:56que vinha em segundo lugar,
13:57com menos da metade do Texas.
13:59Então, um estado tipicamente republicano,
14:01que tem no setor de petróleo
14:02uma parte importante dessa economia,
14:04também é aquele que mais investe
14:06na transição renovável.
14:08Não necessariamente porque tem
14:10uma paixão pelo clima,
14:11mas porque sabe
14:12que essa é a agenda do futuro,
14:14que gerar dinheiro e retorno
14:16para quem colocar o seu capital.
14:17E é por isso também
14:19que no Brasil
14:20nós temos
14:21todas as oportunidades
14:22de abraçar essa agenda
14:24como estratégia de desenvolvimento
14:26e de investimento
14:27para crescer
14:28ao mesmo tempo que preservamos.
14:29falta olhar deste modo
14:32como uma estratégia
14:34de médio e de longo prazo
14:35que priorize de fato
14:36essa conversão do verde em valor?
14:39Eu creio que sim, Patrícia.
14:40Me parece que há uma razão para isso.
14:42Em grande medida,
14:44no debate brasileiro,
14:45a gente se acostumou
14:46a olhar para o meio ambiente
14:47com uma ótica,
14:49me permita dizer,
14:50do passado.
14:52Verde é uma questão de polícia.
14:55Pare, não pode,
14:57vou te prender ou vou te punir.
14:58Se debatemos como agora
15:00criar, por exemplo,
15:01um regime de financiamento
15:02para sequestro de carbono,
15:04criamos um IBAMA 2.
15:06Então o IBAMA 1
15:07vai controlar o meio ambiente
15:08e o IBAMA 2
15:09vai controlar o sistema produtivo
15:11dentro da propriedade.
15:13E parece que essa agenda
15:14é importante ter regra,
15:16é importante ter fiscalização,
15:17mas ela atinge um limite.
15:19O que falta
15:20e o que precisa verdadeiramente
15:21acontecer no Brasil
15:23é criar um conjunto
15:25de mecanismos
15:26que converta esse ativo
15:28brasileiro
15:29uma estrutura
15:29de financiamento,
15:31de investimento
15:32para criar um futuro novo.
15:34Aliás,
15:35com todos os seus defeitos
15:36e limites,
15:37em parte é isso
15:38que a China faz.
15:39Se a gente olhar
15:39a meta chinesa
15:40de corte de emissões
15:42no curto prazo,
15:43ela é muito estreita,
15:45mas no médio
15:46ela espera potencializar
15:48de forma exponencial
15:49as inovações
15:50em tecnologia,
15:51energia e transportes
15:52que vão gerar no futuro
15:53um corte acelerado
15:55de redução de emissões.
15:55Nós nem precisamos
15:57acelerar o nosso corte
15:59de emissões
16:00no longo prazo
16:01para atingir
16:01as nossas metas.
16:02Claro que temos
16:03que avançar.
16:03O que nós mesmo
16:04precisamos
16:05é de investir
16:06mais inovação,
16:08mais técnica,
16:08mais produção
16:09no setor energético,
16:10no setor de transporte,
16:11no setor de agrícola
16:12e ao fazer isso
16:13garantir o nosso avanço
16:15com liderança
16:16nesse ambiente
16:17em que a energia
16:18e o meio ambiente
16:19são par da agenda global.
16:20E aí você acredita
16:21que a COP
16:22pode ter o poder
16:23de negociar
16:24com todos os líderes
16:25inclusive trazer
16:26mais para perto
16:27os líderes financeiros
16:29dos bancos,
16:30o Banco Mundial
16:30e outros investidores
16:33no sentido de
16:34aumentar o crédito
16:37para quem faz
16:39aquilo que é previsto
16:41na preservação ambiental
16:42e diminuir também
16:44o crédito
16:45para aqueles empreendimentos
16:47que são nocivos
16:48ao meio ambiente
16:49e tudo isso
16:49ajudar nessa agenda climática
16:51tanto fortalecendo
16:52esse mercado
16:53que a gente
16:54você está tratando
16:55essa questão ambiental
16:56muito mais
16:56do ponto de vista econômico
16:58porque ele é importante
16:59para a gente deixar
16:59de achar
17:00que é só uma questão
17:01de preservar árvore
17:02porque árvore preservada
17:04ajuda no manancial
17:06que ajuda na água
17:07que produz refrigerante
17:08que produz outras coisas
17:09então é um ciclo
17:10que se a gente fortalecer
17:11economicamente
17:12a gente também consegue
17:13fazer isso de uma forma
17:14com conservação
17:16então você acredita
17:17que o caminho
17:17pode ser o que?
17:18É por esse caminho
17:19que a gente vai conseguir
17:20esses financiamentos?
17:21porque só o governo
17:21não consegue
17:22sozinho
17:23Olha, sem dúvida
17:24o envolvimento
17:25do setor privado
17:26é fundamental
17:27para o avanço
17:29dessa transição verde
17:30como a gente costuma falar
17:32e temos que ser realistas
17:34essa COP
17:35e a COP30
17:36vai começar
17:37onde a COP29
17:38se encerrou
17:39com um grande impasse
17:41sobre o financiamento climático
17:43porque um enorme
17:44número de países
17:45ao longo dos últimos anos
17:46estabeleceram
17:47as suas metas
17:48de redução de emissões
17:49mas lá nessas metas
17:51ao mesmo tempo
17:52fixaram uma condição
17:54eu me comprometo
17:55a cortar emissões
17:56desde que
17:57haja financiamento
17:59público ou privado
18:00com apoio técnico
18:01para eu converter
18:02essa obrigação
18:03em realidade
18:04agora
18:04o mundo
18:05de certo modo
18:06deve renovar
18:07os seus compromissos
18:08estabelecer as novas metas
18:09o Brasil
18:10deu um passo
18:11outros países
18:12também deram o seu
18:13mas a maior parte
18:15aguarda
18:16aguarda o que?
18:17uma sinalização
18:19generosa
18:20da disponibilidade
18:21de recursos
18:22para avançar
18:23com os compromissos
18:24ambientais
18:24e aí você acredita
18:26que não existe um lobby
18:27de outras empresas
18:29por exemplo
18:29o setor petroleiro
18:30por exemplo
18:31que acaba
18:32quando a gente foi lá
18:33para Baku
18:33em outras regiões
18:34esse lobby econômico
18:36do investimento
18:37e retorno a curto prazo
18:39acaba atrapalhando
18:40um pouco
18:40o desenvolvimento
18:42dessas outras energias
18:43renováveis
18:44e desse olhar mais verde
18:45para a transição energética
18:46e ameaça criar
18:48Patrícia
18:49um profundo corte
18:51de injustiça
18:52na base
18:53da governança
18:54climática global
18:55veja só
18:56se a vasta maioria
18:58das emissões
18:59estão associadas
19:00a energia
19:01suja dos fósseis
19:03sobretudo
19:03nos países ricos
19:04por que de repente
19:06a prioridade
19:07da COP
19:07é discutir
19:08a forma
19:10como se produz
19:10alimento
19:11nos países pobres
19:12certo modo
19:13essa mudança
19:14pode ser vista
19:15e tem sido vista
19:17sim por boa parte
19:18dos países
19:19em desenvolvimento
19:20no mundo
19:20como a transferência
19:21da conta
19:22já que não conseguimos
19:24romper com o lobby
19:25das petroleiras
19:26e a partir daí
19:27resolver o problema
19:28fundamental
19:29então precisamos
19:30encontrar atalhos
19:31e o atalho
19:32mais barato
19:33e mais eficiente
19:34é aquele carbono
19:36disponível
19:36ou emitido
19:38no uso produtivo
19:39da terra
19:39e a partir daí
19:41justificamos economicamente
19:42como uma espécie
19:43de medida
19:44de curto prazo
19:45mais veloz
19:45mais capaz
19:46para resolver
19:47um problema global
19:48o que não se diz
19:49quando se faz
19:50essa discussão
19:51é quem vai
19:52pagar essa conta
19:54da transferência
19:55das obrigações
19:56para boa parte
19:57do mundo
19:57pobre do mundo
19:58e além disso
19:59como fica
20:00o ambiente
20:01de justiça
20:02nas responsabilidades
20:04diversas
20:04do mundo
20:05por contribuições
20:06que são muito variadas
20:07aliás Patrícia
20:09nós sabemos
20:09que nessas negociações
20:11globais existem blocos
20:12que atuam
20:13de certo modo
20:14de forma mais ou menos
20:15coordenada
20:16um dos blocos
20:17mais coesos
20:18do mundo hoje
20:19é o bloco africano
20:20há poucos dias
20:22eles realizaram
20:23na capital
20:23da Etiópia
20:24um preparativo
20:26da posição
20:26dos 54 países
20:28africanos
20:29para a COP
20:29e a mensagem
20:31central é
20:31ou nós discutimos
20:33o desenvolvimento
20:35com financiamento
20:36para só
20:37erguer gente
20:39no continente africano
20:40ou dificilmente
20:42qualquer novo acordo
20:43climático global
20:44avançará
20:45e esse financiamento
20:47ele tem que vir
20:48necessariamente
20:49dos países
20:50que se desenvolveram
20:51da maior parte
20:53degradando mesmo
20:54o meio ambiente
20:55usando mão de obra
20:56escrava
20:57se a gente for olhar
20:57para a história
20:58de certa forma
20:59existe aí uma compensação
21:01histórica
21:01que ele deveria
21:02que esses países
21:03deveriam dar
21:04para aqueles
21:04que hoje ainda mantém
21:05intacta boa parte
21:06do seu bioma
21:07para proteger
21:09todo esse sistema
21:11porque quando a gente
21:11fala de mudanças
21:12climáticas
21:13a gente também está
21:13falando de algo
21:14que não tem fronteira
21:15então não adianta
21:16a gente só olhar
21:16para o agronegócio
21:17brasileiro e pensar
21:18que a solução
21:19está aqui
21:19lógico que ele pode
21:21além de produzir
21:22alimentos
21:22absorver
21:23gás carbônico
21:24mas só ele
21:25sozinho
21:25não consegue impedir
21:26porque ele também
21:27é uma indústria
21:28céu aberto
21:28que também vai
21:30sofrer as consequências
21:31do aquecimento
21:32do planeta
21:32com certeza Patrícia
21:34eu entendo
21:34que para aqueles
21:35países mais pobres
21:37uma espécie de doação
21:38internacional
21:39pode ser a única
21:41saída para equipar
21:42uma estrutura básica
21:43de ação climática
21:44mas para uma parte
21:46cada vez mais abrangente
21:47do mundo
21:48e para o Brasil
21:48em particular
21:49o financiamento
21:50privado
21:51que tem uma tarefa
21:52fundamental
21:52a gente com frequência
21:54ouve nesses debates
21:55climáticos
21:55a existência de
21:56trilhões de dólares
21:58em capital
21:59comprometido com o verde
22:01mas aí a gente volta
22:02para a nossa realidade
22:03olha no chão
22:04da fábrica
22:05no interior
22:06do país
22:07e cadê esse dinheiro
22:07parece que ele
22:09nunca aterriza
22:10existem razões
22:11para isso
22:12mas uma das principais
22:13é que
22:14o recurso verde
22:16não enxerga
22:18o que a gente faz
22:19dentro de casa
22:20como sustentável
22:21e por isso mesmo
22:22já que ele é
22:23controlado
22:24exposto
22:24ele resiste
22:26a alocar
22:27parcelas
22:28desses investimentos
22:29em atividades
22:30produtivas
22:31de regiões
22:32como a nossa
22:33porque tem um receio
22:34disso não ser visto
22:36ou percebido
22:37como legitimamente
22:38sustentável
22:39como adaptar
22:40portanto
22:41esses critérios
22:42para criar
22:43uma ponte
22:44que permita
22:44esse recurso verde
22:46genuinamente comprometido
22:48com atividade sustentável
22:49aterrissar
22:50dentro de casa
22:50e aterrissar
22:51não apenas
22:52para preservar
22:54floresta intocada
22:55por valioso
22:56que isso seja
22:56mas
22:57para aterrissar
22:58financiando
22:59mais produção
23:00mais produtividade
23:01mais indústria
23:02e transporte
23:03mais sustentável
23:04e aqui eu volto
23:05ao tema
23:05que nós começamos
23:06a discutir
23:07é importante
23:08definir
23:10com muita clareza
23:11com base
23:11na realidade
23:12do mundo tropical
23:14sobretudo
23:15quais são
23:16esses parâmetros
23:17do que é verde
23:18verde
23:20Patrícia
23:20na agenda internacional
23:21é tudo
23:22menos uma cor
23:24é um conjunto
23:25de critérios
23:26econômicos
23:27e regulatórios
23:28segundo os quais
23:28a gente legitima
23:30um conjunto
23:32de atividades
23:32produtivas
23:33a serem financiadas
23:34apoiadas
23:35para crescer
23:35e hoje
23:36o que acontece
23:37em grande medida
23:39é que verde
23:40são aquelas
23:41atividades
23:41que os próprios
23:42países ricos
23:43fazem
23:44segundo seus
23:45critérios
23:46e preconceitos
23:46para inovar
23:47então quando eles
23:48investem numa fábrica
23:49de hidrogênio verde
23:50isso é sustentável
23:52mas se nós
23:52recuperamos
23:53área degradada
23:54com pecuária
23:55lavoura
23:56floresta
23:56gerando um benefício
23:58ambiental
23:59e econômico
24:00para o planeta
24:01isso não conta
24:02se uma atividade
24:03lá na Europa
24:04substitui um carro
24:06movido a combustão
24:07por um carro elétrico
24:08ele é sustentável
24:10e tem direito
24:10a benefícios
24:11mas o nosso
24:12carro flex
24:13que hoje
24:13emite num balanço
24:15de carbono geral
24:16relativamente menos
24:17que o carro elétrico
24:19europeu
24:19ah não
24:20isso não é sustentável
24:21e não é Patrícia
24:22não é porque ele
24:23não é verde
24:24é porque os critérios
24:25segundo os quais
24:26a gente diz
24:26o que é sustentável
24:27e o que não é
24:28não foram feitos
24:29por nós
24:29nem para nós
24:30mas foram feitos
24:31com base
24:32em uma realidade
24:32produtiva
24:33que pode até ser
24:34adequada
24:35para outras partes
24:36do mundo
24:36mas agora
24:37precisa ser tropicalizado
24:38a gente falando
24:40nesse sentido
24:41tem a questão
24:42da bioeconomia
24:43de avanços
24:44da ciência
24:46que mostram
24:46vários benefícios
24:48de frutos
24:48de plantas
24:50que existem hoje
24:51no sistema
24:52no bioma amazônico
24:53por exemplo
24:54como é que a gente
24:55pode avançar
24:57na produção
24:58e nos investimentos
25:01ali daquela região
25:02para a gente
25:02usar a bioeconomia
25:05para desenvolver
25:05todo um sistema
25:06também de conservação
25:07por ali
25:08bom
25:09esse é um tema
25:10a meu ver
25:10altamente sensível
25:13mas importante
25:14ser debatido
25:15em primeiro lugar
25:16a bioeconomia
25:17não é um privilégio
25:19da Amazônia
25:19não é uma exclusividade
25:21daquela área
25:22do país
25:23a bioeconomia
25:24é um modelo
25:25de desenvolvimento
25:26que gera
25:27impactos ambientais
25:28cada vez menores
25:30em áreas diferentes
25:31do Brasil
25:32existe uma bioeconomia
25:34da Amazônia
25:35como existe
25:36uma bioeconomia
25:36do Cerrado
25:37do Nordeste
25:38do Semiárido
25:39como de qualquer parte
25:40do território nacional
25:41na Amazônia
25:43eu também gostaria
25:43de destacar
25:44que não existe
25:45só uma forma
25:47de bioeconomia
25:48associada
25:49ao extrativismo
25:51de frutos
25:51da região
25:52esta atividade
25:53produtiva
25:54que sofre
25:55entre altos e baixos
25:56ao longo
25:57de muitos anos
25:58tem ainda
25:59o seu valor
26:00especialmente
26:00entre comunidades
26:02tradicionais
26:03e marginalizadas
26:04mas ela precisa
26:06cada vez mais
26:07de apoio técnico
26:09de inovação
26:10tecnológica
26:11e sobretudo
26:12de uma rota
26:13para acessar
26:14mercados
26:15criar esse
26:16meio de campo
26:17que permita
26:18essas atividades
26:19crescerem
26:20atingindo
26:21mercados
26:22brasileiros
26:23e internacionais
26:23de forma
26:24mais barata
26:25é um caminho
26:26fundamental
26:27para gerar
26:27um benefício
26:28econômico
26:28para a região
26:29ao lado
26:30dessa
26:31Patrícia
26:31existe também
26:32uma bioeconomia
26:34alimentar
26:35que muitas vezes
26:36a gente olha
26:37com preconceito
26:37mas que é fundamental
26:39na Amazônia brasileira
26:40nós estamos falando
26:41de uma região
26:41que tem 30 milhões
26:43de pessoas
26:43e é hoje
26:44disparado
26:45segundo qualquer índice
26:47a região mais pobre
26:48do Brasil
26:49esses 30 milhões
26:51de habitantes
26:51comem
26:52diariamente
26:53produtos
26:54que nós também
26:55consumimos
26:56proteína animal
26:57arroz
26:58feijão
26:59esses produtos
27:01vão vir de onde?
27:02do sul do Brasil
27:03ou serão produzidos
27:04na Amazônia?
27:05deverão ser produzidos
27:06
27:07e essa
27:08bioeconomia
27:09alimentar
27:10do pequeno
27:11proprietário rural
27:12do médio
27:12alguns casos
27:13do próprio grande
27:14que produz de forma
27:15sustentável
27:16é fundamental
27:17para o equilíbrio
27:18da Amazônia
27:19precisamos
27:20portanto
27:20pensar em políticas
27:21de bioeconomia
27:23que abram as portas
27:24do mercado
27:25para essa
27:26bioeconomia
27:27dos frutos
27:28florestais
27:28avançar
27:29mas precisamos
27:30também apoiar
27:31essa bioeconomia
27:33digamos assim
27:34alimentícia
27:35ou agropecuária
27:36que tem o seu papel
27:37na região
27:37e fazer isso
27:39é fundamental
27:40não apenas
27:41para a gente garantir
27:42um mínimo
27:43de dignidade
27:44para a população
27:45hoje que sofre
27:46com a pobreza
27:47ou com a miséria
27:48e com o crime
27:49organizado
27:50mas também
27:50para assegurar
27:51a própria credibilidade
27:53da agenda ambiental
27:55na Amazônia brasileira
27:56e como trazer
27:56essa segurança alimentar
27:57para essa região
27:58com esse apelo
28:00tão forte
28:01para a preservação
28:02ambiental
28:02a pecuária
28:03mal vista
28:04naquela região
28:05até porque
28:05ela é feita
28:06muitas vezes
28:07de forma ilegal
28:08desmatamento
28:09feito por grileiros
28:10a gente tem
28:11essa questão
28:12do metano
28:12também
28:13então uma região
28:14que precisa ser
28:15preservada
28:15e ao mesmo tempo
28:16atrai a essa
28:17segurança alimentar
28:18de outros produtos
28:19que não são
28:20riundos ali
28:20da floresta amazônica
28:22por exemplo
28:22eu acho que existe
28:24aqui Patrícia
28:25uma agenda
28:26do século XIX
28:27uma agenda
28:28do século XX
28:29uma agenda
28:30do século XXI
28:31a agenda
28:32do século XIX
28:33é definir
28:35a propriedade
28:36e os títulos
28:37de terra
28:37grande parte
28:39da Amazônia
28:40ainda hoje
28:40convive
28:41na ilegalidade
28:42em que a gente
28:42não sabe
28:42quem é dono
28:43do que
28:43este não é
28:44um ambiente
28:45que apenas
28:46afeta o produtor
28:47de boa fé
28:48porque nós não
28:48sabemos distinguir
28:49quem é o grileiro
28:50criminoso
28:51quem está ali
28:52as gerações
28:52tentando sobreviver
28:54mas afeta
28:55a própria agenda
28:55ambiental
28:56porque o Estado
28:57olha e identifica
28:58um certo crime
28:59acontecendo
28:59e não tem como
29:00puni-lo
29:01a agenda
29:02do século XX
29:03é uma agenda
29:03de regularização
29:04ambiental
29:05nós demos
29:06passos no Brasil
29:07ao longo dos últimos
29:08anos
29:08com o regime
29:09de declaração
29:09do CAR
29:10com a aprovação
29:11do Código Florestal
29:12mas a implementação
29:14desse regime
29:14ainda caminha
29:15a passos lentos
29:16no Brasil
29:16essa agenda
29:17depende daquela
29:18primeira
29:19mas ela também
29:20precisa avançar
29:21na região
29:21essas duas
29:23agendas
29:23já vão nos oferecer
29:25uma grande oportunidade
29:26de tirar
29:27a Amazônia
29:28dessa zona
29:29cinzenta
29:29de ilegalidade
29:30em que apenas
29:31o criminoso
29:32floresce
29:33e trazê-la
29:34para dentro
29:35de casa
29:35de uma governança
29:37legal
29:37que permita
29:38ao Estado
29:38organizar
29:39condições
29:40de apoio
29:41e também
29:41atrair
29:42o investimento
29:42privado
29:43que é que vai
29:43colocar recurso
29:44e dinheiro
29:45em uma região
29:45que não há
29:46sequer
29:46uma legalidade
29:48sobre quem
29:48é dono
29:48do quê
29:49a agenda
29:50do século XXI
29:51é em criar
29:52instrumentos
29:53para remunerar
29:54e financiar
29:55os serviços
29:56ambientais
29:57que a Amazônia
29:58presta de graça
29:59ao mundo
30:00sempre celebrada
30:01como pulmão
30:02do planeta
30:02embora seja
30:03relativamente neutra
30:04em carbono
30:05como um grande
30:06providenciador
30:07de biodiversidade
30:08ímpar
30:09mas pelo qual
30:10ninguém
30:11está disposto
30:13a pagar
30:13e eu não creio
30:14que nós vamos
30:15resolver esse impasse
30:16apenas com todo
30:17respeito
30:18passando a bolsinha
30:19buscando doação
30:20internacional
30:21nós vamos resolver
30:22esse impasse
30:23criando
30:24mercados
30:25sustentáveis
30:26que permita
30:27a Amazônia
30:28trabalhar
30:28produzir
30:29e se remunerar
30:30com seu esforço
30:32mas um mercado
30:33bem ordenado
30:34é aquele
30:34que vai
30:34premiar
30:35o mérito
30:36do trabalho
30:36e da produção
30:37mas também
30:38reconhecer
30:39o diferencial
30:40de qualidade
30:41quem faz isso
30:42em um ambiente
30:43profundamente
30:44preservado
30:45como é a realidade
30:46da região
30:47obrigada Daniel
30:48pela sua entrevista
30:50pelos seus
30:50esclarecimentos
30:51quando a gente
30:52fala em clima
30:53o Brasil
30:54como você viu
30:55está sendo observado
30:56com lupa
30:56a gente é potência
30:57agrícola
30:58mas também
30:59guardiões
31:00de uma das maiores
31:01florestas do planeta
31:02e não basta
31:02defender
31:03só a produção
31:04nem apenas
31:04proteger a floresta
31:06o desafio
31:07é alinhar
31:08crédito
31:08tecnologia
31:09e governança
31:11pra gente provar
31:12que pode crescer
31:13sem devastar
31:14o uso da terra
31:15não é um fardo
31:16é a chave
31:17para se reposicionar
31:19o Brasil
31:20no mundo
31:20ou seguimos presos
31:22ao passado
31:23ou assumimos
31:24a liderança
31:24de uma transição verde
31:26que combina
31:26competitividade
31:28inclusão social
31:29e proteção climática
31:31até a próxima
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