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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que teve uma boa conversa com Lula nesta semana. Durante o diálogo, o petista pediu o fim das tarifas impostas ao Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que percebeu boa vontade por parte dos americanos e espera redução das cobranças. A bancada do Linha de Frente debateu o assunto.

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Transcrição
00:00O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com o presidente Lula logo no início da semana.
00:06Logo depois, o norte-americano disse que a ligação foi muito boa e afirmou que viajará para o Brasil em algum momento.
00:14Durante o diálogo, Lula pediu o fim das tarifas impostas ao Brasil.
00:18Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que percebeu uma boa vontade do governo dos Estados Unidos
00:25e disse esperar uma redução nas taxas.
00:28Começo essa rodada com a Ellen.
00:31Ellen, essa conversa era muito esperada durante semanas, inclusive várias críticas,
00:37que Lula não tinha dado esse primeiro passo, depois tudo aconteceu ali durante a Assembleia da ONU.
00:42E agora? O que esperar? Será que tem encontro mesmo?
00:45Será que tem resolução vindo por aí boa para o Brasil?
00:47Bia, eu acho que tem dois aspectos importantes desta conversa pelo telefone que a gente pode destacar.
00:53O primeiro deles é o seguinte.
00:54A articulação da diplomacia que, sob muitas críticas, acabou fazendo uma articulação de bastidores para levar até esse momento do telefonema.
01:05Então, houve toda uma articulação de bastidores ali que foi bastante importante para a gente chegar até esse momento do telefonema
01:11e que segue acontecendo para o encontro presencial.
01:16A expectativa é de que esse encontro presencial possa acontecer na cúpula da ASEAN, que vai ser agora em outubro,
01:22ou que o próprio Lula possa, de repente, ir aos Estados Unidos para fazer esse encontro.
01:27Mais difícil seria o Donald Trump vir a COP para uma questão de pauta ideológica.
01:32Então, isso seria um pouco mais complicado.
01:34Mas aí nós temos tanto a articulação da diplomacia quanto a articulação dos empresários brasileiros,
01:40que também é outro ponto a ser destacado, em especial para essa aproximação final,
01:45e muito mais calorosa de Trump e Lula,
01:50a gente tem que destacar ali os donos da J&F.
01:53A J&F é uma empresa que emprega 75 mil pessoas nos Estados Unidos,
01:59foi a maior doadora da cerimônia de posse de Donald Trump,
02:03mais do que as Big Techs, inclusive,
02:05e teve aí um papel bastante importante nessa aproximação.
02:10Então, acho que essas pautas são importantes.
02:13E ficar de olho também, tem uma certa mudança de leitura,
02:17quando o Richard Granel, que é um diplomata de carreira norte-americano,
02:22que é um ouvido importante de Trump aqui na América Latina,
02:25se reuniu com o Alckmin no Rio de Janeiro,
02:27ele levou para Trump uma outra leitura de Brasil e da política brasileira.
02:31Então, este cenário é o que dá ao governo brasileiro, neste momento, um certo otimismo.
02:37Não concordo com o ufanismo e soberania que está se desenhando.
02:41Não é assim também.
02:42Há muitos desafios aqui nessas próximas aproximações.
02:47Dá para fazer uma aproximação comercial sem necessariamente você fazer um alinhamento ideológico,
02:56uma vez que o Brasil continua defendendo sua soberania e uma não intervenção dentro da nossa política.
03:01Tudo isso vai ser um desafio daqui para frente.
03:03Mas estes aspectos que eu coloquei aqui, acho que são os principais para a gente falar
03:07sobre a ligação de ganha-ganha, como diria Geraldo Alckmin, para os dois países dessa semana.
03:12Pois é, inclusive o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vira,
03:16ele conversou durante a semana com o secretário de Estado lá dos Estados Unidos, Marco Rubio,
03:22e recebeu um convite, deve viajar, então, para os dois dialogarem e conversarem sobre esse assunto.
03:26E aí, claro que chamo também nossa economista, a Nátaly,
03:29para falar um pouco dessa perspectiva de diminuição de tarifas.
03:34A gente já teve ali um momento de diminuição logo depois que o tarifácio foi imposto, Nátaly,
03:40mas pode vir mais por aí.
03:41É possível, acho que todo o ambiente agora costuma ser muito incerto,
03:46mas a principal negociação em termos econômicos, que está impactando muito as exportações,
03:51é principalmente nos setores de siderurgia, a parte de máquinas, alumínio.
03:55Então, tudo isso precisa ser negociado e colocado em pauta.
03:58O que nos preocupa do ponto de vista econômico, estritamente,
04:01olhando a balança comercial em si, é que a gente teve um indicador muito negativo agora em setembro.
04:07A gente teve uma redução em torno de 20% dessas exportações.
04:11O que acaba preocupando, uma vez que a gente tem um déficit crônico no nosso resultado da balança comercial.
04:17Então, tudo isso precisa ser revisto e colocado em pauta.
04:20Nada é descartado ainda, se pode haver um aumento, de fato, das tarifas,
04:25ou, de fato, como a nossa colega aqui colocou,
04:28a gente ter ali uma renegociação dessas tarifas e buscar novos parceiros.
04:33É claro que se envolve ainda um custo logístico e um custo indireto,
04:38que ele é muito complicado, ele é muito difícil de redirecionar toda a nossa rota de exportação,
04:43e isso acaba tendo um impacto que a gente já projeta para o PIB ali em 2026.
04:48Então, há uma expectativa de uma redução do nosso crescimento,
04:52olhando para o cenário externo,
04:53numa expectativa de menos pontos, 0,3%, pontos percentuais ali,
04:59até 0,6%.
05:02Essas são as estimativas aí que vão reduzir o nosso crescimento
05:04dentro dessas perspectivas atuais de negociação.
05:08Eu acho que a Alessandra pode trazer um ponto legal para a gente,
05:11de como essas negociações, né, Alessandra,
05:13o preço subindo, tarifa ou não,
05:15elas impactam na cabeça da população mesmo,
05:18em como que as pessoas pensam,
05:20em como isso reflete, inclusive, nas pesquisas eleitorais.
05:22Daqui a pouquinho eu vou trazer, inclusive, uns números bacanas para vocês,
05:26mas essas negociações mexem, né, com o dia a dia do brasileiro?
05:30Com certeza.
05:31Isso traz uma insegurança, uma ansiedade,
05:34prejudicando, claro, a qualidade de vida das pessoas.
05:37As pessoas ficam totalmente inseguras
05:39frente a tanto imposto, a tanto tarifaço,
05:42realmente tudo subindo,
05:44e aí essa insegurança também a gente tem aí o ano que vem, com eleição,
05:48e isso traz certa insegurança para todos nós, na verdade,
05:52que estamos aqui, toda a população, então, se sente insegura,
05:55prejudicando a saúde mental das pessoas,
05:58trazendo ansiedade, vários transtornos, depressão.
06:01Então, tem pessoas que ficam muito mais ligadas também à televisão,
06:06a qualquer assunto,
06:07e isso dispara também um gatilho, né,
06:10ali de ansiedade,
06:12e prejudica não só a pessoa,
06:15mas também quem está com ela, a família,
06:17enfim, trazendo muitas consequências para a saúde mental.
06:19E as pautas ideológicas, no geral, são assim, né,
06:22também mexem, então, com a cabeça da população,
06:24e essa acabou se tornando uma pauta ideológica.
06:26Aí, a Lisiane, aproveito para chamar,
06:29para comentar também com a gente um pouco
06:30de como isso pode refletir mais nessa parte.
06:33Afinal, as tarifas, elas foram impostas
06:35também em um momento ali conjunto com sanções
06:38a ministros do Supremo Tribunal Federal.
06:40E tem uma expectativa de que talvez essas negociações
06:42também avancem nesse sentido.
06:44Você vê isso, Lisiane?
06:45Eu enxergo que é um reposicionamento do Brasil, né,
06:49na questão diplomática, né, no cenário global.
06:52Esse avanço de diálogo que começa lá com a ONU, né,
06:55o Lula aproveita, de certa forma,
06:58a fala do Trump para conseguir fazer esse avanço diplomático.
07:03Só que a gente não pode esquecer que o Trump,
07:05ele é um negociador, né,
07:07considerado um negociador forte,
07:09e ele é protecionista dos Estados Unidos, né,
07:12é a posição política do Trump.
07:14E nós temos também designado o Marco Rubio,
07:17que é o principal expoente aí na questão
07:19das sanções impostas aos ministros do STF.
07:23Então, a gente vai encontrar nesse caminho de negociação
07:26também o Marco Rubio, que ele tem uma...
07:30ele é muito reticente quanto à questão da ideologia de esquerda.
07:33Então, acredito que o Marco Rubio seguirá as orientações do Trump,
07:37então, provavelmente teremos uma abertura diplomática.
07:41não vejo por enquanto um retrocesso das sanções impostas aos ministros do STF.
07:49Creio que continuaremos dessa mesma forma.
07:53Agora eu vou trazer alguns recortes de vários cenários
07:56que aconteceram a partir disso.
07:58Vou começar chamando a Nátaly para a gente falar um pouco do café,
08:01que foi um produto importante nessas negociações.
08:04Política e diplomacia se articularam muito nos últimos meses
08:07para aproximar Lula e Trump, Brasil e Estados Unidos,
08:11em meio a esse tarifácio.
08:12Mas, realmente, o que ajudou mesmo, aparentemente,
08:15essas negociações foi exatamente o cafezinho brasileiro.
08:18Na conversa com Lula, Trump teria admitido
08:21que os Estados Unidos estão sentindo falta do café do Brasil.
08:25Lá na terra do tio Sam, o café está cada vez mais caro.
08:28Com os reflexos do tarifácio, o cafezinho cobrado do consumidor
08:32subiu quase 21% em um ano, o maior aumento anual desde 1997.
08:40Aqui no Brasil, o café ficou até 70% mais caro neste ano,
08:44com efeito de problemas no clima também e quebras na produção.
08:48Os Estados Unidos são o maior importador e consumidor global da bebida
08:52e também o maior destino das exportações brasileiras do produto.
08:56Os americanos bebem cerca de 450 milhões de xícaras de café por dia.
09:02É muito café, hein, Nathalie?
09:03É muito café.
09:03É muito.
09:04Não sei.
09:05A jornalista bebe bastante café.
09:06Economista, eu não sei.
09:08Então vai ser.
09:08A advogada também.
09:10Sem sobrar de dúvida.
09:11A maioria.
09:12Mas eu vou te contar uma coisa.
09:13Eu não tomo café, só tomo chá.
09:14Não, querida.
09:16Eu consegui sair desde todo esse tarifácio.
09:19Mas você sabe que tem um café descafeinado.
09:22Já tomou?
09:23Não, funciona.
09:23Tem que ser chá.
09:24Tem que ser chá.
09:24Eu sou mais para o lado dos ingleses.
09:26Aí o tarifácio seria complicado.
09:30Mas, Bia, trazendo a questão do café, brincadeiras à parte,
09:33cada um, e isso é um ponto muito relevante na economia, né?
09:36Cada um de nós, a gente tem cestas de produtos que são diferentes.
09:40Então, a Bia e todas as meninas aqui consomem café.
09:43Então, o impacto, até em termos psicológicos,
09:46de um aumento do tarifácio, ele é pontual a cada cesta,
09:49a cada pessoa que consome aquele tipo de produto.
09:51No meu caso, como eu disse, me livrei desse tarifácio, né?
09:55Ou desse aumento dos preços aí, que realmente, ao longo da série histórica, né?
09:59A gente teve aí um repique muito grande.
10:02E os Estados Unidos, né?
10:03Obviamente, puxaram, sentiram falta do nosso café.
10:06Muitas, inclusive, né, ali, cafeterias acabaram fechando, né?
10:11Por conta, né, de não ter o produto ali, não conseguia até atender um nicho mais premium, né?
10:17A gente tem os cafés ali, que tem um outro nicho, que atendem outras pessoas,
10:22e começou a ficar tudo muito caro.
10:24Não só o café, né, Bia, mas também os...
10:26Na terra do tio Sam, acabou sentindo muito falta das nossas laranjas, né?
10:29Então, teve o problema da safra, e isso, inclusive, trouxe todos esses problemas pra nós.
10:36A expectativa, e muito se falava no começo do cafezinho,
10:39era que nós teríamos, né, uma enxurrada desse produto voltado pra exportação dentro do mercado interno,
10:45e não foi o que aconteceu.
10:46Se tornou cada vez mais escasso, prejudicando tanto nós, com o preço, como lá fora.
10:51Então, realmente, o café foi um símbolo emblemático, e ele é, né, um dos produtos que a gente tem ao longo de nossa história, né,
10:59a tradição da cafeicultura brasileira, e que precisa ser revisto, né, e foi revisto, né, entrando ali na pauta de negociação.
11:07Quem sabe, né, Bia, talvez outros produtos entrem ali pra poder ajudar o nosso saldo comercial,
11:13que ele é muito deficitário, e reforço, justamente porque a gente não tem valor agregado.
11:17O café, embora tenha alto volume, a gente não consegue trazer muito recurso pra nós.
11:22Essa é a maior dificuldade que a gente tem em termos econômicos.
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