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Transcrição
00:00Não, em minha casa, imagine um pescador de beira de cais sentar-se à mesa dos poesas.
00:09Abre o olão, Oswaldo.
00:11A mesa desta casa já sentaram-se figuras ilustres da história do nosso país.
00:17Desista.
00:18A mesa do setor, meu pai, Feliciano Proença, filho de Teotônio, neto de Astrogildo e bisneto de Paminosas,
00:26Proença, pescador nenhum vai se regalar.
00:31É, mas não se esqueça que Guma é amigo de Lívia.
00:35O problema dela.
00:37Pôr-me nos detalhes sórdidos.
00:39E nem esqueça também que Lívia é tão Proença quanto você, Augusto Eugênia,
00:44e como todos os outros Proenses que passaram por essa mesa aqui, né?
00:48Portanto, além do mais, Lívia é tão dona desta casa quanto você.
00:53Acontece?
00:54Se a sua educação está rateando, a minha não.
00:58Guma almoça conosco, ou então vou ter que devolver o peixe por impossibilidade de retribuir a gentileza.
01:04Ah, mas é um pargo, tio.
01:07Devolver um peixe daqueles deve ser até pecado.
01:09E católica, como Tia Augusta é, não vai querer somar mais esse pecado, não é, tia?
01:14E como dizia meu falecido sogro Feliciano Proença,
01:17O pargo é o fazão dos moros.
01:22Era assim que ele falava.
01:23Mas é um complô.
01:26Não, Tia Augusta, é apenas um convite para que você desfrute com a nossa família e com o nosso convidado de uma refeição especial.
01:32Podem ficar com o peixe e com o pescador também.
01:35Meus dias de miséria acabaram.
01:39Isso tem só.
01:40Máfins, croissants, geleias, tudo para o meu café da manhã.
01:45Para que eu perder tempo com espinhas se eu posso me fartar de caviar?
01:50Está bem, Augusta.
01:51Então você não almoça conosco.
01:52Ainda não acabei, Oswaldo.
01:57Eu quero...
01:58Não, não, não.
02:00Eu exijo que a partilha dos dólares seja feita a bordo.
02:07Por mim?
02:08Ótimo.
02:09Você já viu, Oswaldo?
02:11Eu vou tomar um banho e resolver esse problema de uma vez por todas.
02:15Bom, enquanto isso eu vou trocar de roupa e convidar alguma para almoçar.
02:20Oswaldo.
02:21Está esperando o que para eu tomar seu banho?
02:25Acabar o meu café com calma.
02:27Será que eu posso?
02:29Mas não se demore.
02:30Mas sim, é só que faltava.
02:33Compartilhar esta mesa com o pescador de quinta categoria.
02:40Não posso abrir precedentes.
02:43Assim, se amanhã o açougueiro me presentear com uma peça de filé,
02:46eu sou obrigada a convidar para o almoço.
02:48Eu...
02:49Que novidade maravilhosa!
02:52Quer dizer, então, que temos um futuro governador na família.
02:56Meu pai acabou de ser aclamado candidato a governador na convenção do partido dele.
03:00É uma notícia supimpa.
03:02Fique tranquilo, Alexandre, que eu vou providenciar para que fique ainda melhor.
03:07Como assim?
03:08Não entendi, Dona Augusta.
03:08Eu explico, meu querido.
03:10Eu vou ter uma conversinha muito séria com ele sobre este assunto.
03:15Com ele que é meu pai?
03:16Não, claro que eu faço questão de felicitá-lo tão logo eu possa, sim.
03:22Mas antes eu vou ter uma conversa com o meu pai eterno.
03:27Eu vou exigir, Alexandre, que Deus providencie para que Félix Guerreiro vença as próximas eleições.
03:35E agora, com licença, vou deixar os ações.
03:38Por que que Lívia não esperou?
03:45Podia participar da divisão do dinheiro e depois sim, ir para o trabalho.
03:50E desde quando aquela lá age de forma razoável.
03:54Mas com Lívia ou sem Lívia, eu não vou deixar o Oswaldo adiar esta partilha.
03:59Nem mais um minuto.
04:00Estou louca para apurar a mão dos meus dólares.
04:03Agora!
04:04Cadê meu pai?
04:05Já estou aflito com essa demora.
04:08Querido!
04:08Que susto!
04:10Me chame, doutor Oswaldo.
04:12Quero ele aqui.
04:13Já.
04:14Imediatamente.
04:14Agora.
04:16Senão vou ter um troço.
04:17Kirina, diga a Augusta que já aconteceu, viu?
04:20Desculpe lhe apressar, mas é que ela insistiu muito.
04:24Oswaldo, não tem jeito, né?
04:26Não tem jeito.
04:26Sempre foi o primeiro de todos a ficar pronto.
04:29Mas logo hoje, que o dinheiro da bendita venda do hotel vai ser dividido,
04:33ele resolveu tomar um banho de noiva.
04:35Só para me contrariar.
04:36Ah, não sei por quê.
04:39Também me deu um certo nervosismo agora.
04:42Não sabe, querida?
04:43Pois eu lhe digo, meu bem.
04:45Você está louca para pegar a sua parte na bufufa.
04:49Não é mesmo?
04:50E aí, gastar, gastar, gastar.
04:52Sabe-se lá como e com quem.
04:54Para ser o governo Augusta, a minha parte eu vou botar na mão de Lívia.
04:58Ali, e se vocês quiserem algum conselho financeiro para administrar essa bolada, contem comigo, viu?
05:04Afinal, eu não tenho direito a nenhuma merrequinha nessa divisão, né, minha mãe?
05:08Meu filho, você acha que a sua mãe vai lhe deixar de mãos abanando?
05:12Mas antes é preciso fazer essa partilha.
05:16Já?
05:18Eu acho que o João desceu pelo ralo do chuveiro.
05:21Não é possível que demore tanto.
05:23Calma aí, minha gente.
05:26Com um pouquinho mais de paciência e nós já vamos dividir esse dinheiro aqui.
05:29Ai, meu Pai Eterno, aleluia.
05:32Vamos todos aqui abrir a maleta e acabar com essa histeria coletiva.
05:36Dinheiro.
05:38Depressa, depressa, João.
05:39Quer que eu chegue um chaveiro?
05:40Não, precisa.
05:42Aqui.
05:47O que é isso?
05:49Onde é que tá o dinheiro?
05:53Meu Deus, onde que foi parar o nosso dinheiro?
05:55Ué, sumiu?
05:57Só tem papel aqui?
05:58Não é possível.
06:00Não é possível!
06:02Não é possível!
06:03Não é possível!
06:05Ai, eu não vou aguentar.
06:08Eu vou até um piripaque.
06:10Eu não vou aguentar.
06:11Nós fomos roubados.
06:13Outra vez!
06:16Eu tô muito mal.
06:17Eu tô mais, outro mais.
06:19Eu tô tendo um piripaque, séries.
06:20Um sinicotico irreversível.
06:23Um insulto cerebral!
06:24Mas, Valdo, você não se enganou de valise?
06:26Não, era nessa mesma eutava o dinheiro, sim.
06:28Não sobrou nenhum, meu Pai.
06:30Não é possível.
06:30Quem sabe ficou pelo menos um aqui no fundo.
06:31Deu uma olhadinha.
06:32Vamos virar isso aqui.
06:33Que bom.
06:37Ela não tem nada aqui, nada.
06:38Nem uma nota.
06:39Não é possível!
06:41Eu não acredito.
06:43Não é possível!
06:45Isso é um pesadelo.
06:46Eu vou fechar os olhos.
06:47Eu vou contar até três.
06:50E vou acordar.
06:51Um, dois, e três!
06:57Não é possível!
06:59Meu filho, meu filho, me belisque.
07:01Vem cá, vem cá, vem cá.
07:02Me belisque.
07:03Não, isso é um pesadelo.
07:04Me belisque pra eu acordar.
07:05Vamos mais perto, mais perto.
07:06Com força, arranca o pedaço.
07:06Se acerta, Augusta.
07:08Eu prefiro que você fique deitada aí no sofá passando mal e nos deixe pensar em paz.
07:12Minha mãe, isso é um pesadelo, mas é real.
07:14Os dólares sumiram sim, de verdade.
07:16Como é que aquele dinheiro todo evaporou?
07:18Osvaldo, você estava guardando o dinheiro.
07:22O que é que você está querendo insinuar?
07:24Se acalme, Augusta, pra não falar besteira.
07:26Onde está o dinheiro, Osvaldo?
07:28O meu dinheiro.
07:30O senhor estava guardando de você, para proteger-o de sua voracidade, consumista.
07:37Meu pai, minha mãe, cabeça fria, pelo amor de Deus, não é?
07:39Trocando acusações que a gente vai resolver alguma coisa.
07:41O fato é que alguém roubou esse dinheiro, sim.
07:46Querida!
07:49Devolva o meu dinheiro.
07:51Agora.
07:51Eu sei lá do que a senhora está falando.
07:53Os meus dólares sumiram.
07:55Eu incluí o mais dinheiro nessa casa, mas não pode ser.
07:58Vamos, vamos, sua traidora do sertão.
08:01Calango que fugiu da seca.
08:03E devolva tudo.
08:05Devolva tudo.
08:07Sossossar, sua esperta, Iona.
08:09Olha aqui, eu não admito que você é a cusquirina e nem qualquer pessoa desta casa.
08:17Se eu tivesse roubado, eu já tinha me escastendido daqui, viu?
08:20Vocês me desculpem, mas se o seu dinheiro sumiu, bem feito.
08:22A senhora merece viver na miséria mesmo.
08:25Isso, eu leite.
08:26A bebida vai ser feiteiro.
08:29Sem dinheiro vai ficar sem salário.
08:33Meu pai, e agora o que a gente vai fazer?
08:36Eu não sei, eu não sei.
08:37Aquele dinheiro era tudo o que nos restava.
08:40Agora nós só temos papel picado.
08:44Isto é um doblo.
08:46Isto é uma conspiração contra mim.
08:49Vocês dois.
08:50Vocês dois estão juntos nessa.
08:52Juntos com Lívia.
08:54Neste polunho diabólico para deslouquecer.
08:57Vocês querem ver doida, né?
09:00Aí, vocês dividem tudo sozinhos.
09:03É meu, é meu, é meu, é meu, é meu.
09:05Pelo amor de mim, o que é isso?
09:06Pelo amor de mim, ela não vai comer papel.
09:07Obrigado, vai engajar, minha mãe.
09:08Insista, doida dessa casa.
09:09Pai, deixa a preservada, Augusta.
09:11Vamos botar o arco nesse fordunço.
09:13E cuspe imediatamente esse papel.
09:15Estou mandando.
09:16Vamos conversar como gente civilizada.
09:18civilizadas, perdidas e mal pagas.
09:27É melhor avisar a Lívia.
09:29A situação é grave demais para que ela continue ausente.
09:32Isso, Juntos, não é uma boa ideia.
09:34Mas eu não acredito.
09:35Como é que o dinheiro sumiu?
09:37Vamos recapitular.
09:38Eu digo.
09:38Eu digo da mesma forma que o seu dinheiro.
09:43Lembra?
09:43Aquele que estava dentro da sua bolsa e desapareceu do seu quarto.
09:46Pronto.
09:47Agora foi no meu.
09:49E eu tenho certeza absoluta que foi um de vocês aqui quem roubou.
09:56Não reclamece com o tumulto, Augusta.
09:58Mas a gente não tem nenhuma pista, nenhum indício.
10:01Nada, Lívia, nada.
10:02O dinheiro evaporou no ar.
10:04Evaporou não.
10:04Alguém tirou e substituiu o papel picado, que é muito diferente.
10:07O que nos leva ao ponto de partida.
10:10O meu dinheiro foi roubado.
10:12Roubado há um larápio entre nós.
10:18Quem é que você está querendo acusar?
10:20Fale de uma vez.
10:23Você, Osvaldo.
10:26Você, Rodolfo.
10:29Você, Leontina.
10:32Você, Quirina.
10:35Você, Lívia.
10:36Ou a senhora.
10:38É isso mesmo.
10:39Não está se incluindo na lista porque...
10:40Vamos parar de nos acusar.
10:41Estou aqui.
10:42Isso não vai levar a lugar nenhum.
10:44E eu já estou começando a perder a paciência, hein?
10:46Eu exijo que o culpado se revele.
10:50Ou ninguém mais vai sair daqui.
10:54É isso mesmo.
10:55Há um suspeito entre nós.
10:57Ou vocês querem me convencer de que o ladrão entrou e saiu voando pela janela?
11:04Ou por aquela porta?
11:06O pescador de lampanhas.
11:15É claro.
11:17Gente, gente.
11:19Eu disse que o suspeito tinha que estar aqui entre nós.
11:22Mas eu retiro o que disse.
11:25Porque eu lembrei que hoje de manhã bem cedo este sujeito esteve aqui.
11:31Ela está falando do quê?
11:32Você ficou louca, Augusta?
11:38Agulsa a Guma pelo sumiço do dinheiro.
11:40Sumiço não.
11:41Roubou.
11:42Se não foi ele, quem foi?
11:43Você.
11:43Mas afinal de contas, o que está acontecendo aqui, Lívia?
11:46Não está acontecendo nada, Guma.
11:48Quer dizer, está acontecendo sim uma coisa muito séria, mas não tem nada a ver com você.
11:51Um pescador de lampreias.
11:53O catador de ziz.
11:57Fale baixo, Augusta.
11:58Isso aí é comigo, sim.
11:59Olha, meu amigo, pintou um lance chato aí, rapaz.
12:02Nada pessoal, mas olha, faz uma coisa, aparece outra hora.
12:04Ô, Rodolfo, o Guma veio até aqui porque foi convidado para almoçar conosco.
12:08O peixe que ele trouxe de manhã.
12:10É, Guma, talvez o Rodolfo tenha razão.
12:12Uma outra coisa.
12:13Hoje ele entrou aqui de manhã sob o pretexto implausível de trazer um peixe.
12:21Você não termina essa frase, Augusta.
12:23O que está acontecendo aqui, minha gente?
12:24Isso aí é comigo, sim.
12:25E depois dessa passagem furtiva por esta casa...
12:29Acalhe essa boca, tchau, Augusta.
12:30Os milhares de dólares na venda de um prédio de nossa família subiram.
12:37Escafederam-se.
12:39E a senhora está ensinando que fui eu que peguei?
12:45Olha aqui, meu rapaz, a minha mulher está um pouquinho nervosa.
12:48Seu João, por favor, o senhor me desculpe, mas não vem defender a sua esposa não,
12:51porque eu já ouvi o desaforo e eu não posso levar isso para casa.
12:53Ô, Lívia, minha querida, explique a Guma que Augusta...
12:55Agora já é tarde, tia, não adianta.
12:57A senhora está me chamando de ladrão, é isso?
12:58Ô, Augusta, fale para o rapaz que...
13:00Não tenho por que ser discreta, Oswaldo.
13:03Eu fui roubada dentro de minha própria casa
13:05por um tipo que eu tinha proibido de entrar aqui.
13:09Nessa casa não é só sua e o Guma é nosso convidado.
13:12Não era só um dinheiro.
13:14Era a nossa única perspectiva de futuro.
13:17Era a última esperança desta família sair da miséria,
13:21já que você insiste em comer farelo com os porcos
13:25em vez de mergulhar atrás de pernas.
13:28E aí, todos vocês foram passados para trás.
13:32Para trás!
13:33Porque ele é o maior suspeito sem...
13:36Ô, chefe, se Guma nem subiu lá para os quartos,
13:38se tivesse sido Guma, ele não estaria aqui agora.
13:41Pelo amor de Deus, chaléu, não piora as coisas.
13:43Mas não dizem que o bandido sempre volta ao local do crime.
13:47Vou telefonar para a delegação.
13:48Se a senhora me faz, se a senhora não ligar, eu mesmo ligo.
13:50Não, não, não. Polícia, não.
13:51Não há necessidade de virar um escândalo.
13:53Calma aí, rapaz. Olha, minha mãe está de cabeça quente.
13:56Calma aí, eu escambau, rapaz. Estou sendo acusado aqui.
13:58Eu mal passei da porta, como é que eu posso sair até o quarto?
14:03Como é que ele sabe que o dinheiro estava no quarto?
14:05Porque a Kirina acabou de falar.
14:07Escute aqui, dona.
14:09A senhora me chamou de bandido de ladrão.
14:11Sabe como é que a gente chama isso lá no caso do porto?
14:13Não, não ouça pronunciar um palavrão dentro de minha casa.
14:17No cais do porto, a gente chama isso de calúnia e difamação.
14:21A senhora está triste porque perdeu o seu último dinheiro.
14:23Pois eu vou entrar com um processo na justiça que a senhora vai perder até a calçola.
14:27Isona, ele pode fazer isso?
14:29Não ouça o que minha tia está dizendo, ela está surtando.
14:32Vamos conversar lá dentro comigo, vem.
14:33Se aquele pescador xexeleto quer me levar aos tribunais, que eu faça?
14:40Que juiz desta comarca tendo diante de si um acusador descamisado e uma acusada aristocrata vai dar ganho de causa a ele?
14:49Me diga, é só olhar para o aspecto rústico daquela criatura.
14:53É, ali são as coisas mudarem, né?
14:55O seu tio-avô, Regino Proença, já não é mais ministro da justiça.
15:00E hoje em dia, a justiça pode falhar, pode tardar, mas está um pouquinho mais justa.
15:07E Guma está com a razão.
15:09E como é que você pode saber disso, Isona?
15:12Hein?
15:12Ô, criatura, mas o Guma não subiu para os quartos?
15:16Você não viu o que a querida disse?
15:17Ah, estão todos mancomunados para proteger o pescador.
15:22É um colunho, um conchavo, um complô.
15:27Chega, vai, paciência tem limite, porque a minha já chegou no fim.
15:30Ah, Rosado, a quem você quer enganar?
15:34Você está aí cantando de galo para disfarçar.
15:38Porque o dinheiro estava sob sua guarda e sumiu sem explicação.
15:44Eu não tenho explicação, ninguém tem.
15:47E se você quiser mesmo me acusar, prove que eu roubei.
15:51Prove que não roubou.
15:52Prove você que não roubou.
15:53Prove você que eu roubei.
15:56Eu só não entendo a porquê que não chamam a polícia.
15:59Não, não, não, não.
16:00É melhor deixar a polícia fora disso.
16:03É, eu também acho, hein.
16:04Ainda mais o comprador me fez assinar uma cláusula de sigilo, né?
16:07Rodolfo, você acha que o próprio comprador mandou alguém aqui em casa para roubar esse dinheiro?
16:13Não, Netinho, acho que não.
16:14Não me dá na cara que não foi esse Guma.
16:18Então quem foi?
16:19Só espero que não sobe para mim, porque se isso acontecer, eu vou imitar Guma.
16:23Vou entrar na justiça, eu também fui acusada.
16:25Eu não estou dizendo.
16:27Ainda é um complô generalizado contra mim.
16:31Então eu perco os meus donos, as minhas últimas doletas e ainda vou acabar pelas das grandes.
16:40É justo isso, meu pai de Deus?
16:42É.
16:42Pois eu em seu lugar, eu ia pedir perdão para Guma assim.
16:46Quem sabe ele releva.
16:47Eu pedi perdão ao pescador de cocorocas.
16:57Acho também que importa isso agora.
17:00Se tudo deu errado outra vez.
17:04Se eu voltei para a miséria.
17:06Se é para evitar o processo, eu vou lá.
17:12E peço perdão de joelhos.
17:16Finjo que Guma é São Pedro.
17:19E beijo as sandálias do pescador.
17:23E depois me mato.
17:26Eu me mato!
17:27Olha, quanto ao seu suicídio, nós programamos depois.
17:30Agora vem comigo que você vai pedir perdão para Guma assim.
17:35O que você quer aqui?
17:38Falar com ele.
17:39Olha lá, Antia.
17:42Vê bem o que você vai falar.
17:44Desculpe.
17:46O que foi que a senhora falou aí?
17:48Me desculpe, eu não quis dizer aquilo.
17:49Você não precisa me processar.
17:51Olha, dona Augusta.
17:52Só um pedido de desculpa.
17:53Não adianta se ele não for sincero.
17:56A senhora acredita nisso que está falando?
17:57Ou quer que eu leve o caso adiante?
17:59Será que depois não vai me acusar pelas costas?
18:01Quanto a isso, meu amor, nem se preocupe.
18:05Depois da conversa que eu vou ter com ela,
18:07a Tia Augusta vai pensar dez vezes antes de pronunciar o seu nome.
18:12Eu...
18:12Eu não sou mais ninguém, meu rapaz.
18:16Não acho mais nada.
18:18Aliás, eu peço que você fique para almoçar.
18:22Não foi isso que você veio fazer aqui?
18:24Mande que ir nascer o seu peixe.
18:26Se o convite é de coração, eu agradeço.
18:28Mas eu estou puxando meu barco.
18:31E quanto ao insulto,
18:33sou capaz de relevar
18:34porque eu não gosto de carregar sentimento ruim dentro do meu coração.
18:38Mas em sua casa eu não fico mais na longa, Augusta.
18:40É.
18:41Hoje o dia está confuso, mas você vai voltar sim.
18:45Sempre que eu te convidar e sempre que você quiser, meu amor.
18:48É, infelizmente, a gente não está com muita cabeça aí para comer, né?
18:52Mas eu quero lhe agradecer
18:54pelo belo pargo.
18:56Quem sabe amanhã não lhe traga um outro peixe.
19:01Até logo, doutor Jolta.
19:02Até logo.
19:03A gente se vê depois.
19:04Eu vou te levar até a porta.
19:13Você viu, Augusta?
19:16Não doeu nada pedir desculpa.
19:17O que está me doendo mortalmente, Oswaldo,
19:23é o roubo do meu dinheiro.
19:25Diante disso, o resto é Pinto.
19:29O que está me doendo, o resto é Pinto.
19:30Eu vou te levar até o outro peixe.
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