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Em entrevista ao programa JP Ponto Final, o Deputado Federal Coronel Meira (PL-PE) fez uma análise da atual situação da segurança pública no país. Ele alertou para a expansão do crime organizado para o Norte e Nordeste e destacou que os policiais estão expostos a riscos, cobrando maior apoio do Estado. O parlamentar defendeu investimentos em tecnologia para combater o crime, além de controle rigoroso de recursos e aplicação da lei. Sobre a segurança municipal, Coronel Meira ressaltou a importância de polícias armadas e integradas e o uso de armas não letais para atuação local. Diante da crise na segurança pública, ele propôs investimentos estruturais e a criação de um Ministério da Segurança. Por fim, o deputado enfatizou a necessidade de valorização dos policiais, defendendo piso salarial, formação qualificada e aumento do efetivo para garantir maior efetividade nas ruas.

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Transcrição
00:00Deputado, a gente falava aqui sobre a interiorização do crime.
00:04E eu ouvi dados que mostram que o Norte e o Nordeste está tomado pelo crime organizado,
00:11que hoje é o principal contratador. É verdade?
00:16Com certeza, Zé Maria. É verdade, sim.
00:19A partir do momento que alguns estados fazem o enfrentamento correto ao crime organizado,
00:23o bandido, o assaltante de banco, que comete todo tipo de delito,
00:30ele não é burro, não. Ele é inteligente.
00:32Por isso que ele, inclusive, tem até crime organizado. É porque eles são organizados.
00:36Na hora que um governador toma uma decisão forte de combater,
00:40que dá apoio total a todo o aparato de segurança pública do seu estado,
00:45a polícia militar, a polícia civil, a polícia penal, enfim, a todos que fazem parte,
00:50ele muda. Ele não sabe trabalhar, ele não sabe fazer outra coisa a não ser roubar.
00:55Então, na hora que existem esses movimentos, como tem hoje o estado de Goiás já há alguns anos,
01:00que fez um cerco, fechou.
01:02Goiás, o Caiado, ele faz um belo trabalho.
01:05Quem diz isso são certos comandantes, eu mantenho contato sempre com alguns.
01:08Ele valoriza a polícia.
01:10Valoriza.
01:11E ele não pune. A corrigedoria é uma corrigedoria para ajudar ao policial.
01:17E ele defende. E realmente acabou com as rotas.
01:20Que aqui em Goiás tinham várias rotas, exatamente, do crime organizado, da droga, internacionais.
01:25A partir do momento que lá em São Paulo o governador Tarcísio coloca como secretário um capitão,
01:32um ex-capitão da polícia militar, da rota, que conhece, que é o Derrits,
01:36e que parte também para fazer o enfrentamento, que exatamente é onde tem, vamos dizer assim,
01:42a maior célula do crime organizado.
01:45E agora eles mudaram de modalidade.
01:47Agora eles estão.
01:47São donos agora de empresas de ônibus.
01:49São donos de postos de combustíveis.
01:51São donos de supermercados.
01:52Então, eles estão exatamente infiltrando em toda a sociedade
01:57para poder conseguir o seu intuito, que é de arrecadar o dinheiro, está certo?
02:03Que é de ter um poder na estrutura do Estado.
02:08Rio de Janeiro é outro exemplo.
02:10Então, na hora que um governador no Rio de Janeiro aperta,
02:13eles fogem e vão exatamente para onde?
02:15Para onde as estruturas de segurança pública são bem menores,
02:19que é o caso do Nordeste e do Norte.
02:20O senhor falou um assunto muito importante, sobre a corrigidoria.
02:24Ela é necessária, né?
02:26É preciso colocar limites, balizas para o profissional.
02:30Eu, deputado, eu tenho levantado uma bandeira.
02:33Eu, há muito tempo, fui o único a falar sobre isso.
02:37Quando o policial entra na profissão, ele sabe do risco de vida.
02:40E eu chamei a atenção para o risco jurídico.
02:45Quando um policial é expulso por um erro qualquer e o policial trabalha no fio da navalha.
02:52Eu não estou falando de polícia bandida.
02:54Policial bandido, nem policial gosta.
02:56Quando ele comete um erro, ele é expulso, ele não sabe fazer absolutamente nada.
03:01O que ele sabe é ser polícia até então.
03:03Quer dizer, esse risco jurídico, ele é perigoso, porque sei de casos, inclusive o de RIT,
03:09que matou um componente de um crime organizado, e que teve que vender a casa para pagar o advogado,
03:17para se ter uma ideia.
03:18Quer dizer, esse risco jurídico não é contabilizado.
03:20Realmente, isso acontece sim, tá certo?
03:24A corrigedoria, ela devia apoiar.
03:27O caso de Pernambuco, vou dar um caso de Pernambuco, né?
03:29A tropa do BOP já vinham, exatamente, acompanhando.
03:34E aí houve um confronto onde os meliantes, tá certo?
03:37Foram abatidos.
03:39Foram abatidos.
03:40Numa casa.
03:41E aí, a estrutura deles era tão grande, Zé Maria, e quem está nos assistindo aqui,
03:46que as lâmpadas tinham câmaras.
03:47E foi filmada, exatamente, quando a tropa entrou, trocou tiro com eles, tá certo?
03:51E eles morreram.
03:53E foram presos, tá certo?
03:54A corrigedoria atuou.
03:56Estão hoje respondendo.
03:58A qualquer momento, podem, exatamente, ser expulsos da Polícia Militar de Pernambuco.
04:01E quando você vai puxar a ficha de todos que foram, tá certo?
04:05Mortos naquele momento, todos de alta periculosidade, assaltantes de banco.
04:12Então, que corrigedoria é essa?
04:13E aí, acontece, sendo expulsos, eles, como você bem colocou,
04:17um quadro verdadeiro, tá certo?
04:19Aprenderam a fazer polícia, que é, inclusive, diferente.
04:23Eu digo sempre, e hoje eu diferencio, depois de 31 anos e 6 meses na Polícia Militar,
04:27tá certo?
04:27O policial que realmente está combatendo é um fio, é um fio de navalha, tá certo?
04:34Entre o certo e o errado.
04:36É difícil você acertar.
04:36São segundos, né?
04:37São segundos você acertar.
04:39A gente sai do quartel, tá certo?
04:40Sem saber como vai o primeiro, se vai acontecer alguma operação.
04:44Segundo, acontecendo a operação, como ela vai terminar?
04:47Ninguém tem bola de cristal.
04:49Então, isso são decisões que são tomadas.
04:52E, em primeiro lugar, ele tem que, sim, em primeiro lugar, defender a sua vida.
04:55Porque ele é um pai de família, uma mãe de família, que sai fardado, armado, para
04:59defender a sociedade.
05:01Ele não pode esperar, tá certo?
05:03Para chegar a óbito, chegar a óbito e deixar sua família desamparada.
05:08E isso é uma das coisas que essa Comissão de Segurança Pública atual, da Câmara
05:12Federal, do qual eu me orgulho muito, estamos vendo todos esses cargalos.
05:16Ele tem que ter uma assistência jurídica, sim, total do Estado.
05:20Ele não está trabalhando para o Estado, né?
05:22Alguns estados têm.
05:23Mas quando chega em determinados crimes, não dá.
05:25Alguns estados já têm.
05:26Goiás tem.
05:27São Paulo tem.
05:28Paraná tem, que é uma excelente polícia.
05:29Está certo?
05:30Santa Catarina.
05:31Mas no Nordeste, onde você está trazendo esse foco espetacular, a gente poderia falar
05:35do Norte e Nordeste, onde o crime organizado está infiltrado em todas as cidades, quase.
05:41Não tem, não existe essa proteção para o policial.
05:44Então fica muito difícil se fazer polícia, se combater o crime organizado.
05:48Lá em Pernambuco, o ex-governador, que é um bandido, tá certo?
05:52É um bandido.
05:53E bandido, na minha visão como policial, é passar o gêmeo.
05:55Eu digo sempre, inclusive, isso.
05:57Eu quando...
05:58Não, Mera, tu fosse lá no Palácio aí para ver o presidente Lula.
06:01Eu digo, não, não vou não, meu amigo.
06:02Porque eu como policial, quando eu vejo o presidente Lula, a vontade que me dá é de
06:05passar o gema nele, tá certo?
06:08Porque o cara é um bandido.
06:09Então a mesma coisa lá em Pernambuco.
06:11O ex-governador bandido não queria saber da polícia.
06:14Não equipou, não aumentou efetivo.
06:16Ficamos abandonados anos e anos.
06:19E o que acontece com isso?
06:20Acontece que o crime organizado vai e cresce.
06:23Acontece que não se tem uma estrutura.
06:26E quem paga com isso?
06:26Quem paga com isso verdadeiramente é a população que precisa de segurança pública.
06:30Ô deputado, às vezes eu tenho a impressão que a polícia parou um pouco no tempo.
06:35Mas não é culpa do policial, é culpa dos governadores.
06:39Tem que investir em tecnologia, em câmeras, mas para proteger o policial, em drones, que
06:47é a última novidade em termos de armamento, né?
06:50E tecnologia, porque hoje o crime está migrando para a internet, que é uma forma de violência.
06:56Eu recebo 10 telefones por dia de golpes.
07:02Com certeza.
07:03E tem um ponto que é muito mais importante, tá certo?
07:06É a tecnologia.
07:07Nós temos que trabalhar em cima da tecnologia.
07:09Banco de dados.
07:10Tem que ser monitorado todo o crime organizado, todo o tipo de delito que é feito no Brasil.
07:15Dominar as prisões.
07:16Para dominar, exatamente.
07:17As prisões têm que acabar.
07:19Nós visitamos, fizemos visita aqui nos presídios federais, tá certo?
07:22Que são 5 no Brasil.
07:24Eles têm um sistema muito bom, tá faltando botar exatamente de bloqueio.
07:27Mas nos estados, tá misturado.
07:29E aí a gente vê o quê?
07:30A gente tem a figura, exatamente, do bandido.
07:34Esse tem que estar preso mesmo, sem visita íntima, sem banho de sol, sem nada.
07:38Tá certo?
07:38Esse que matou, que estrupou, tá certo?
07:40Que vive assaltando.
07:42Então esse tem que estar.
07:43Tem o marginal, que é aquele que comete um crime, tá certo?
07:46Mas tem que ser recuperado.
07:48E tem o pior, que são as crianças.
07:50A gente não pode colocar, tá certo?
07:52O Estado tem que intervir.
07:55E eu digo sempre, a educação é fundamental.
07:57A gente tem que resgatar essas crianças que foram cooptados pelo crime organizado, tá certo?
08:02Para ser aviãozinho, para levar droga, entendeu?
08:05Para fazer pequenos assaltos.
08:07Porque uma criança, eles usam, né, para cometer exatamente determinado delito.
08:13E isso tem que ser visto pelo Estado.
08:16Então, é muito difícil essa estrutura que está montada, tá certo?
08:21No Brasil, de segurança pública.
08:23A gente entende que o Brasil deveria ter um Ministério da Segurança Pública, Zé Maria.
08:27Não tem o Ministério da Saúde?
08:29Não tem o Ministério da Educação?
08:31Então a gente tem que exatamente resgatar o Ministério da Segurança Pública,
08:35que já teve, né, na época do presidente Michel Temer.
08:39Ele criou.
08:40E erroneamente, sou bolsonarista, todo mundo sabe,
08:43mas eu disse ao presidente na época que ele errou.
08:46Acabar o Ministério da Segurança Pública.
08:48A segurança pública é toda fatiada.
08:50Um pedaço dela está onde?
08:51No Ministério da Defesa.
08:53Porque eu entendo que segurança pública é uma única.
08:55Na hora que a Marinha, o Exército, a Aeronáutica,
08:57bota uma farda e vai para a rua armado,
09:00está fazendo segurança pública, tá certo?
09:02Um outro pedaço está no Ministério da Justiça.
09:05Que são exatamente as polícias.
09:07E aí eu queria até, trouxe até para você aqui,
09:09a PEC 18, que foi mandada pelo ministro,
09:12do Ministério da Justiça, Lewandowski,
09:14que está aqui para você se debruçar, tá certo?
09:17E você já tem ela.
09:19Mas eu fiz questão de trazer,
09:20porque é um ponto hoje que é discutido a nível de segurança pública,
09:23a nível do crime organizado.
09:25Mas dizendo, continuando aqui exatamente o raciocínio,
09:27que o Ministério da Justiça tem as federais
09:30e os governadores com as polícias estaduais,
09:32polícia militar, bombeiro militar, polícia civil,
09:35polícia penal.
09:36As guardas municipais estão onde?
09:38Estão exatamente subordinadas a prefeitos.
09:41Então você não tem nem banco de dados,
09:44nem uma linha única, tá certo?
09:46Um comando único para se verdadeiramente combater todos os delitos.
09:51E aí o que a gente vê é exatamente isso.
09:52Vamos dividir em ponto aqui essa fala do senhor.
09:55Primeiro, Ministério da Segurança Pública.
09:58Eu acho que o Ministério da Justiça foi o primeiro ministério criado ainda por Dom Pedro,
10:03como escritório dos negócios jurídicos, né?
10:07Foi o primeiro ministério.
10:09Tá, de lá para cá mudou muito.
10:11Tirando a segurança pública do Ministério da Justiça,
10:14fica lá a defesa do consumidor, fica índios, né?
10:18Não era o caso de mudar o nome e colocar alguém do ramo
10:21no Ministério da Segurança e Justiça?
10:24Não seria o caso?
10:26É, tem que se estudar, tá certo?
10:28Eu acho que a gente tem que ter um Ministério da Segurança Pública,
10:31inclusive para poder ver os recursos como são aplicados.
10:34E colocar alguém do ramo, né?
10:36Do ramo.
10:37Tem que ser um ministro do ramo.
10:38Do ramo.
10:39Tá certo?
10:40Que entenda, que goste, que saiba.
10:41E que apoie exatamente o trabalho de todos que fazem segurança pública no Brasil.
10:48Então isso não existe.
10:49O senhor chegou a visitar o Salvador?
10:51Não, não tive oportunidade ainda.
10:53Foi uma missão.
10:53Estou inscrito exatamente para a próxima missão.
10:56Mas o sistema prisional lá funciona.
10:58Os deputados voltaram de lá impressionados.
11:01Exatamente.
11:02O Brasil pode chegar a esse ponto?
11:04De ter que adotar um regime que lá suprimiu direitos, né?
11:09Tem muita gente que falou aqui o Kim Categuiri
11:12que só com mudanças na Constituição é possível combater o crime.
11:17É, realmente tem que se debruçar sobre a Constituição Federal.
11:20Tem que se endurecer mais ainda.
11:22Agora, a verdade é que existem muitas leis.
11:24Estamos falando para crime organizado, né?
11:26Exatamente.
11:26O crime organizado.
11:27Inclusive tem alguns PLs, né?
11:30E algum aspecto que nós estamos colocando aí e que vai endurecer.
11:34A nossa comissão está trabalhando fortemente para esse endurecimento.
11:41Agora, o que precisa realmente é cumprir o que está escrito, tá certo?
11:45Já na Constituição.
11:46Não pode.
11:47A gente tem que modificar esse problema de justiça também, certo?
11:49Essa audiência de custódia, isso libera muitas vezes, antes até mesmo da polícia,
11:54do policial concluir ali o boletim de ocorrência.
11:58A gente tem que haver um endurecimento, né?
12:01A prisão tem que funcionar como prisão para dar exemplo.
12:04Não de dentro da prisão, tá certo?
12:05Eles estão comandando fora.
12:08Quantos de vocês não receberam a ligação de presídio com o trote?
12:12Isso não pode existir.
12:13Então, eu acho que tem mecanismo, antes de chegar a esse nível, exatamente, de El Salvador,
12:19que pode ser adotado, que tem que ser adotado.
12:21Agora, a gente precisa ter, em primeiro lugar, um presidente da República que não seja um presidiário, né?
12:28Porque até hoje, ele não foi absolvido.
12:31Então, o que a gente coloca é isso.
12:33A gente precisa ter, realmente, uma situação onde possa realmente haver uma união total.
12:39Não essa união de palavrinhas, mas da segurança pública.
12:43Como é na saúde e como é na educação?
12:46Então, o SUS funciona.
12:47Bem ou mal, mas funciona.
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