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O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, afirmou à Folha de S.Paulo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “jamais se deixará humilhar” por Donald Trump. A declaração foi dada em resposta a questionamentos sobre uma possível emboscada ao petista, enfatizando firmeza e respeito nas relações entre Brasil e Estados Unidos. Deysi Cioccari e Thulio Nassa comentaram.
Comentaristas: Deysi Cioccari e Thulio Nassa

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Transcrição
00:00E olha, o assessor especial da presidência da república, o Celso Amorim, disse ao jornal Folha de São Paulo
00:07que o presidente Lula, abre aspas, jamais se deixará humilhar, fecha aspas, pelo líder dos Estados Unidos, Donald Trump.
00:17Nas palavras do chanceler, essa possibilidade não existe, pode tirar da cabeça, disse Celso Amorim.
00:25Lula e Donald Trump, a gente lembra, se encontraram no dia 23 de setembro nos bastidores da Assembleia Geral da ONU
00:31e combinaram uma reunião para a semana seguinte. Só que o formato ainda está em discussão.
00:36É assunto aqui para o Túlio Nassa e também a Deise Siocari, que seguem com a gente aqui no Jornal da Manhã.
00:43Ô Deise, vou começar contigo essa rodada à medida em que temos essa fala aí do Celso Amorim.
00:48Por outro lado, a gente tinha muita expectativa de que essa conversa pudesse ocorrer nessa semana,
00:55mas pelo visto a coisa não está andando com a celeridade que talvez o assunto merecesse.
01:02Será que a gente não corre o risco de esfriar com declarações desse tipo
01:07e até mesmo com a distância da fala do Trump para marcar uma reunião?
01:11A gente estava surfando uma onda boa nesses últimos dias, né?
01:19Mas o Brasil tem que tomar muito cuidado com esse tipo de declaração,
01:22porque uma coisa é você defender a soberania do país.
01:26Isso ok, é legítimo, o Itamaraty deve fazer.
01:29Outra coisa é quando entra esse tipo de pensamento ou de frase,
01:34a gente já tem falado muito sobre isso, que é quando você pensa com o fígado,
01:38você deixa suas opiniões ideológicas sobressaírem.
01:41Por um lado fica o Itamaraty tentando apagar incêndio,
01:44aí de outro vem o ministro ou o próprio presidente Lula,
01:48deixando de lado todo o trabalho que foi feito com muita parcimônia.
01:53E o Brasil, de novo, ele não é um gigante diplomático.
01:56Então, numa mesa de negociação, esse tipo de declaração pode pesar muito, sim, no nato.
02:02Túlio, como que você vê essa declaração do ministro Celso Amorim,
02:06dizendo que Lula jamais se deixará humilhar por Trump,
02:09revela um pouco sobre o estilo diplomático do governo
02:13e é possível que isso também reflita, traga consequências, possivelmente,
02:19para essa reunião, esse encontro que ainda não tem data para acontecer?
02:25Com certeza, Soraya, reflete o estilo diplomático do governo
02:29e também pode trazer consequências ruins.
02:32Eu vou lembrar aqui de William Shakespeare, exatamente.
02:34Ele falava que é muito mais fácil conseguir o que se deseja com sorriso
02:38do que na ponta da espada.
02:40E o presidente Lula e a sua diplomacia estão querendo um acordo na ponta da espada,
02:45o tempo inteiro fazendo bravatas, o tempo inteiro aumentando a tensão,
02:49aumentando a temperatura nessa questão Brasil-Estados Unidos.
02:52É preciso distensionar, é preciso de paz e amor nesse momento.
02:57A gente precisa do Lula 1, do Lula 2, do Lulinha Paz e Amor,
03:00e não do Lula bravateiro, que é esse Lula 3, né?
03:03Agora, eu não sei se isso também ocorre, porque o Brasil não terá condições
03:07de levar na mala os itens realmente que os Estados Unidos desejam para essa negociação,
03:12como, por exemplo, desalinhamento político com os BRICS,
03:15parar de comprar óleo diesel da Rússia, a questão das terras raras.
03:19Então, é preciso ver também se isso não é um jogo de cena,
03:21porque o Brasil efetivamente não estaria disposto a negociar o que precisa ser negociado.
03:26O Deise, e ainda nessa história, né, quando se fala em humilhar,
03:30a gente lembra do Zelensky lá com o Donald Trump e também o Círio Ramaphosa,
03:36que é o presidente da África do Sul.
03:38Os dois teriam tido ali uma certa rusga com o Donald Trump
03:42por alguns assuntos que o Trump trouxe à tona, trouxe à mesa.
03:47Mas aí quem vai conversar com o Trump também tem que estar preparado para isso, né?
03:50Porque se ele traz algum assunto que possa ser rebatido,
03:53você rebate e vida que segue.
03:55Agora, não dá também para a gente imaginar que você vai ser emparedado
04:00por simplesmente ter ocorrido dois desses cenários.
04:03Lembrando que Trump já se encontrou com vários outros governantes
04:06e não houve nenhum tipo de ação desse gênero, né?
04:11Eu fiquei prestando atenção aqui no que você falou, Nanata,
04:14em relação a...
04:15Normalmente os governantes, eles estão preparados para conversar com o Trump.
04:19O fato é que o Trump, ele é muito instável, né?
04:22Então, você até pode estar preparado para encontrá-lo,
04:25mas você nunca sabe a forma como ele vai reagir, né?
04:28Mas o que mais se preocupa nessa questão, nesse possível encontro ou telefonema
04:33entre o Trump e o presidente Lula é porque o Brasil até agora
04:39não conseguiu demonstrar uma reação à altura de todas as retaliações vindas dos Estados Unidos.
04:46Então, a gente, apesar de ter um corpo diplomático muito eficiente,
04:50apesar do Itamaraty ser um exemplo de diplomacia,
04:53mesmo assim a postura dos nossos líderes,
04:56ela acabou deixando de lado todo o trabalho feito através da diplomacia.
05:01Então, é isso que me preocupa.
05:02Não importa o que vem do outro lado, a gente espera mais ou menos.
05:06O Trump, ele é esse personagem instável, midiático,
05:09ele quer aparecer, ele quer ser o centro das notícias,
05:12mas importa muito mais o que a gente faz do lado de cá.
05:16E o que a gente tem feito até agora, principalmente por parte do presidente Lula,
05:21tem sido justamente mensagens intempestivas, não pensadas.
05:26Quando ele foge daquele script, daquele roteiro definido pelo corpo técnico dele,
05:32ele normalmente acaba, abre aspas, enfiando os pés pelas mãos,
05:36e aí é isso que preocupa muito mais.
05:37É essa reação muito mais emocional e não técnica do próprio presidente.
05:43De lá a gente sabe mais ou menos o que vem,
05:45mas aqui o que tem demonstrado até agora são reações intempestivas.
05:48E aí isso pode ser muito preocupante,
05:50reitero, com um país que não é nenhum gigante diplomático.
05:54Ô Túlio, você vê que com essa possível conversa entre Lula e Trump,
05:59até a lei da reciprocidade ou a decisão da aplicação dessa lei,
06:04ela acaba mudando um pouco de rumo, né?
06:07Pois é, Soraya.
06:09Numa negociação em que os espíritos sejam desarmados,
06:13em que haja um ambiente diplomático para isso,
06:15todas as questões podem ser colocadas na mesa.
06:18Todas as questões mesmo.
06:20Inclusive as questões comerciais e também as questões político-ideológicas.
06:25Agora, é preciso se preparar,
06:27e essa preparação envolve, evidentemente,
06:30o envio de sinais que sejam favoráveis,
06:33que sejam benevolentes e não sinais de guerra.
06:36Quando senta a mesa de negociação,
06:39os ânimos têm que estar já desarmados.
06:42Na arte da negociação, você não pode entrar para discutir
06:45com alguém que esteja com raiva de você,
06:47alguém que esteja magoado, ressentido.
06:50Então é por isso que o Brasil tem que ser muito pragmático,
06:53tem que começar a falar hoje
06:55que está aberto para discutir as terras raras,
06:58desde que haja interesse nacional,
07:00que não quer reciprocidade tarifária,
07:02que não vai aumentar as bravatas.
07:04Aí sim ele pode conseguir, como diz Shakespeare,
07:07melhores resultados com um sorriso do que na ponta da espada.
07:11A gente não está inventando um mundo.
07:13É evidente que essa situação,
07:15esse cenário do governo brasileiro,
07:17seria muito mais favorável
07:18do que continuar com essas bravatas.
07:20será.
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