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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial no Brasil, registrou alta de 0,48% em setembro, após queda de 0,14% em agosto, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (25). Alan Ghani analisou.
Comentarista: Alan Ghani

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Transcrição
00:00Falamos de economia agora, 9,24, porque a prévia da inflação de setembro apresentou alta de 0,48%.
00:08O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, 15, IPCA 15, que foi divulgado pelo IBGE,
00:13aponta que a maior variação e o maior impacto positivo vieram do grupo Habitação.
00:19Alan Gani está de volta aqui ao estúdio para comentar esse assunto para a gente.
00:23O que você destaca, Gani, desse IPCA 15? Surpreende que seja o grupo Habitação ou nem tanto?
00:30Não, não, foi esperado pelo seguinte.
00:32No mês anterior, no mês de setembro, houve uma deflação no IPCA 15,
00:38principalmente por conta da deflação da energia elétrica residencial que está dentro do grupo Habitação.
00:44Isso porque a conta de energia ficou mais barata, pelo fato do bônus de Itaipu ter sido incorporado à conta de energia.
00:52Acabou o tal do bônus de Itaipu e aí houve uma forte alta da energia elétrica residencial, mais de 10%,
01:01o que puxou o índice para cima, variação de 0,48%.
01:06Agora, foi uma variação um pouco abaixo das projeções do mercado financeiro.
01:10O IPCA 15 acumula uma alta de 3,76% no ano.
01:17Lembrando que a meta oficial lá do IPCA é de 3%, com tolerância até 4,5%.
01:24E nos últimos 12 meses, uma inflação acumulada próxima de 5,3%.
01:31Portanto, foi uma boa notícia essa desaceleração inflacionária.
01:37No entanto, ainda o jogo não está ganho e provavelmente a gente não deve bater a meta neste ano,
01:43não ficar nem dentro ali do limite superior da meta.
01:46Ganha essa pressão sobre o grupo habitação, pode ser então algo pontual ou tem chance também de contaminar outros setores?
01:54Não, foi algo bastante pontual.
01:55Agora, é claro que quando você tem uma alta da energia elétrica, como a energia elétrica é algo que está em todo o processo produtivo,
02:04isso poderia ser disseminado.
02:06Mas não é o caso, Soraya, porque foi muito específico em relação ao bônus de Itaipu.
02:11Na contramão, houve também uma queda dos alimentos.
02:17Continua essa queda, a deflação dos alimentos, principalmente arroz, café e agora também uma alta de frutas na contramão.
02:28E alta também de vestuário.
02:30Então, a roupa feminina aí, Soraya, vai ficar mais cara por conta da entrada da coleção Primavera-Verão.
02:37Mais do que já está?
02:38É.
02:38Meu Deus.
02:39Dani, só mais uma questão.
02:40Tem alguma mudança ou possibilidade da rota do que o Banco Central possa fazer daqui para frente?
02:47Acho muito difícil, muito improvável, até porque a ata do Copom foi muito clara em dizer que a Selic permanecerá em 15% por prazo indeterminado.
02:59E mais do que isso, lá no último parágrafo, disse que não hesitarão, caso necessário, em elevar novamente a taxa de juros.
03:09Ou seja, ainda deixou uma porta aberta para uma nova elevação da Selic.
03:15Acho muito improvável que a Selic caia para menos de 15% ainda neste ano, infelizmente, mas é um remédio amargo para combater a inflação.
03:26É isso.
03:26Valeu, Dani, até já, hein?
03:27A gente segue aqui analisando também com os nossos comentaristas de hoje, Cristiano Vilela e Cristiano Beraldo.
03:34Vilela, vou começar contigo desta vez.
03:36É um ponto aí, uma discussão que deve continuar na preocupação do governo federal.
03:43A inflação, a gente tem que estar sempre ali, observando de perto, para que não escape, né, Vilela?
03:49Pois é, Nonato.
03:50E você vê a incapacidade que o governo tem demonstrado em fazer com que a inflação volte para dentro da meta.
03:58Realmente, entra mês, sai mês, você vê pequenas variações que muitas vezes até representam ali um resultado positivo,
04:08mas que no conjunto da obra o Estado brasileiro vem se mostrando cada vez mais distante de conseguir retomar a meta,
04:16mesmo com taxa de juros alta, mesmo com a sinalização do Banco Central de que vai manter esse patamar da taxa de juros,
04:25que inclusive pode até voltar a aumentar a taxa de juros, mas de fato não cede de uma forma significativa a inflação existente atualmente no nosso país.
04:38Nesse sentido, o que demonstra, o que fica mais uma vez evidenciado,
04:42é que não adianta apenas se utilizar um remédio amargo como esse,
04:47mas o que precisa, acima de tudo, é um governo federal que esteja alinhado com as necessidades de boa governança,
04:56com as necessidades de diminuição do gasto público, sem uma gastança desordenada.
05:01Mas é impressionante, cada vez que uma autoridade do governo federal, especialmente o presidente da República,
05:07abre a boca, é justamente para falar de mais gastos, mais gasto público,
05:13como realmente se esse problema existente hoje no Brasil não representasse absolutamente nada.
05:20Geraldo, esse resultado então do IPCA 15 muda o clima de certo otimismo em relação à economia?
05:26Já é hora de ligar o sinal de alerta?
05:28Esse sinal de alerta, ele está ligado há muito tempo, Soraya,
05:32porque o governo não faz absolutamente nada para ajustar o Brasil e fazer com que o Brasil funcione de uma forma viável.
05:41Nós estamos aí contando os dias para chegar o momento, em 2027,
05:46em que a arrecadação do governo será insuficiente para pagar o custeio da máquina pública.
05:52E isso é a consolidação desse Brasil inviável, desse Brasil de uma administração irresponsável.
06:00O governo gasta muito e gasta mal.
06:03Nenhum dos problemas, dos verdadeiros problemas brasileiros, está sendo resolvido.
06:09Então nós temos demandas de todas as áreas, infraestrutura, segurança pública, educação, saúde,
06:17tudo precisa de investimento.
06:18Nós estamos num país que, em pleno 2025, sofre aí com ameaça de apagão,
06:25temos metade da população sem saneamento básico,
06:28temos limitação nas nossas estradas, nos nossos portos, nos nossos aeroportos.
06:34Nada disso está sendo tratado, endereçado e resolvido.
06:37O governo está simplesmente usando o dinheiro, pouco dinheiro que ainda tem em caixa,
06:42para fazer programa populista de olho na eleição do ano que vem.
06:46Então o Brasil vai ter que lidar com uma realidade trágica a partir de 2027.
06:53O próximo presidente terá, ainda antes de assumir,
06:56assim como foi feita a aprovação do arcabouço fiscal,
07:00antes do Lula assumir a presidência,
07:02o próximo presidente terá que aprovar, ainda nessa legislatura, no Congresso Nacional,
07:07um pacote de medidas que vai mexer profundamente numa série de benefícios sociais
07:13que simplesmente não cabem no orçamento e farão com que o Brasil se paralise
07:19de uma forma nunca antes vista a partir do ano de 2027.
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