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Senador do PL critica atuação do Supremo Tribunal Federal em alteração do Marco Civil da Internet, e ressalta que os ministros da corte não aceitam críticas, nem o contraditório: “Se não temos o poder de dizer o que pensamos, não somos seres humanos, somos escravos”

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Transcrição
00:00O Congresso Nacional aprovou o marco civil da internet, que foi considerado um marco exemplar no mundo inteiro.
00:08Foi considerado algo importantíssimo porque preservou a liberdade de expressão das pessoas.
00:13O Supremo derrubou o artigo 19, que é justamente esse que garante a liberdade de expressão,
00:20e é preciso ordem judicial para tirar conteúdo.
00:23Isto é, de novo, uma pressão do Supremo para que o Legislativo legisle de acordo com o que eles pensam que é correto.
00:33Como será a reação da direita, mais uma vez no Congresso Nacional, com essa nova tentativa,
00:41aliás o governo do PT toda vez que volta tenta cercear a liberdade de expressão,
00:45com o cerceamento da liberdade de expressão das pessoas em rede social?
00:49Olha, isso é típico de ditadura, né?
00:53Eu, nos debates que a gente faz lá no Congresso, eu tenho colocado que o comportamento do governo do Lula,
01:07e aí muito afinado com vários membros do Supremo Tribunal Federal, é de intolerância a qualquer crítica.
01:15Eles querem ser blindados, eles querem evitar que haja um acompanhamento por parte da sociedade.
01:22Você vê declarações que são absolutamente lamentáveis.
01:26A ministra Carmem Lúcia já fez duas, que ficaram na história, né?
01:30Primeiro, quando ela, num voto em 2022, ela ainda no Tribunal Superior Eleitoral,
01:38ela, de uma forma absolutamente descuidada, eu diria,
01:41fala que a censura é execrave, né?
01:46Mas que ela se permitiria votar a favor da censura só dessa vez,
01:50em função do fato de que poderia haver um desequilíbrio no pleito eleitoral,
01:55e veja, censura é prévia.
01:57Porque ela sequer conhecia o conteúdo documentário que ela censurou,
02:03que ela vetou, que ela impediu que os brasileiros tomassem conhecimento,
02:07que era um documentário do Brasil Paralelo, sobre a facada no presidente Bolsonaro.
02:13Então, esse voto lamentável, odioso,
02:17que tem que ser repugnado da ministra Carmem Lúcia e da maneira como ela se comportou,
02:21ela repete no marco civil da internet,
02:24quando ela acusa os brasileiros que têm voz, através das redes sociais,
02:30de serem tiranetes.
02:31que ela não pode ficar exposta a duzentos e tantos milhões de tiranetes.
02:38Então, esse tipo de expressão mostra o que eles pensam no íntimo, né?
02:44Não querem ser investigados, não querem ser prescrutados,
02:50não querem ser criticados, não querem ser...
02:55Enfim, a sociedade não tem o direito de saber o que eles fazem.
03:01Mas, olha, são pessoas públicas.
03:03Eu, quando eu fui relator da reforma trabalhista,
03:06Felipe, eu tive o meu prédio cercado.
03:10Minha filha, em vários momentos,
03:12na época eu tinha sete, oito anos,
03:13dentro de um banheiro, chorando,
03:15e não entendendo porque o pai estava sendo vilipediado lá fora.
03:19Eu disse, ó, minha filha, não é isso, é a política.
03:22Calma, mas chegaram a pichar meu prédio inteiro.
03:24Eu tive que pagar, porque os condanos foram para mim só.
03:26O prédio foi pichado por sua causa.
03:28Eu chegava no aeroporto em Natal,
03:31tinha uma comissão de recepção.
03:32Chegou um momento que eu já sabia
03:33quem eram os indivíduos que estavam me aguardando.
03:36Como é que está a sua esposa, seu filho e tal,
03:38porque virou até uma...
03:40Você tem que levar isso com bom humor.
03:42Na hora que não há agressão física,
03:44você não tem porquê evitar que as pessoas lhe critiquem
03:48pelo ponto de vista ou pela posição política
03:50que você publicamente teve.
03:52Agora, o Supremo Tribunal Federal no Brasil
03:55tem um comportamento que eu diria
03:57que é meio...
04:00Como é que eu...
04:02Eu não quero ser tão...
04:05Ele é meio esquisito,
04:06porque eles entram no debate público,
04:09eles falam a respeito de políticas públicas,
04:11eles se posicionam a respeito de posições políticas,
04:15eles antecipam resultados de julgamento,
04:18falam do que vão julgar
04:20e não querem ser contraditados.
04:23Se você critica um deles,
04:25você está criticando a instituição.
04:27Ora, mas foram eles que, como indivíduos,
04:31se propuseram a fazer o debate político.
04:33Ora, o debate político pressupõe contraditório.
04:36Se não sabe brincar, não desce para o play.
04:38Aliás, seria muito melhor para a nossa democracia
04:41se eles realmente ficassem
04:43nos seus respectivos lugares,
04:44como magistrados.
04:46Se debruçando sobre os processos,
04:47falando nos autos,
04:49definindo o que é ou não inconstitucional,
04:52seria muito melhor.
04:53Mas a vida hoje não é assim.
04:55Por isso que eu advogo, por exemplo,
04:57que haja uma reforma no judiciário,
05:02inclusive tornando aquela uma corte constitucional.
05:05E não a delegacia de polícia,
05:07como ela se tornou.
05:08Que trata de briga de galo
05:10a questão de aborto, por exemplo.
05:15De briga de terras.
05:16Então, eu acredito que não há hoje dentro do legislativo
05:22tração para se submeter
05:26ao que quer o Supremo Tribunal Federal
05:30e o Executivo.
05:33Não acredito que vá haver uma regulamentação
05:37nos moldes propostos pelo judiciário.
05:41Agora, a decisão judiciária se cumpre.
05:43Como se cumpre,
05:45e é o que temos,
05:47eu defendo que haja uma regulamentação
05:49definindo o que pode ser retirado da internet
05:53sem a expressa autorização judicial,
05:58sem o direito do contraditório,
06:00sem que haja uma exposição de fato
06:03de lado a lado,
06:04para verificar se aquilo de fato
06:05atinge alguém é pedofilia,
06:07incentiva ao homicídio.
06:09Mas isso existe, né?
06:10É, você definir três ou quatro itens
06:13que são execráveis sobre qualquer aspecto,
06:16que nós, como civilização, repudiamos,
06:19e sejam esses os itens
06:21elencados pelo Parlamento
06:24atendendo à decisão judicial
06:27da derrubada do artigo 19.
06:29Agora, a questão da liberdade de expressão,
06:31outra área muito preocupante
06:33foi o não respeito ao artigo 53 da Constituição.
06:36da Constituição.
06:37Foi relativizado.
06:38Foi relativizado.
06:39Como isso é possível?
06:40O Parlamento vai deixar passar?
06:43É isso também?
06:43Eu sou neto de João Amarinho,
06:45você sabe disso, né?
06:46Foi o meu avô, em 1968,
06:49era o presidente da Comissão de Constituição e Justiça
06:51da Câmara Federal,
06:53e é o nome da Comissão de Constituição,
06:54tem um retrato dele,
06:55ele foi seis ou sete vezes
06:56o presidente da Comissão de Constituição e Justiça.
06:59E tem um episódio famoso,
07:00vou aproveitar seu programa,
07:01porque eu entrei na vida pública
07:03em função da admiração que eu tenho
07:05pelo meu avô,
07:06é a minha referência na vida pública.
07:09Ele foi instado pelos militares
07:12a processar e caçar um parlamentar,
07:15o Márcio Moreira Alves,
07:16porque ele havia feito um discurso
07:18num pinga-fogo,
07:19naquela época não tinha TV Câmara,
07:20e alguém te anotou,
07:22onde ele estimulava as mulheres,
07:25as esposas dos militares,
07:27a não fazerem sexo com os militares,
07:29porque eles estavam invadindo
07:30as universidades e impedindo o direito de reunião.
07:33Olha que discurso bobo.
07:35E meu avô, como presidente da comissão,
07:37foi chamado pelo presidente,
07:39pelo ministro da Justiça,
07:40olha, o senhor precisa processar,
07:42e ele foi resistindo.
07:43Chegou a um ponto que a arena,
07:45que era o partido dele,
07:46substituiu os parlamentares
07:48que estavam na comissão
07:49e que votariam com a posição dele
07:51de não processar o deputado,
07:53por outros.
07:53ele foi vencido na comissão,
07:57o veredito lá foi para se processar
08:02e caçar o deputado,
08:04meu avô levou esse
08:05ao colegiado,
08:07ao plenário,
08:09como uma Câmara recursal,
08:11e o plenário derrotou o governo,
08:13apesar de três quartos do plenário
08:15ser a arena.
08:16Derrotou o governo,
08:17e três dias depois foi decretado,
08:18aí cinco,
08:19o congresso foi fechado,
08:20o parlamento foi fechado,
08:22e mais de cem parlamentares
08:23foram caçados.
08:24Então a história se repete,
08:26e ele dizia naquela oportunidade
08:27que não poderia admitir
08:31que um parlamentar fosse caçado,
08:35fosse impedido de se manifestar,
08:38porque a outorga que ele recebeu
08:41dos seus eleitores
08:42não pertencia a ele,
08:43mas à instituição,
08:44e que a figura do foro
08:47não era para impedir
08:48que alguém fosse processado
08:50por um crime,
08:52mas impedir que ele fosse
08:53perseguido por suas ideias.
08:56Então é evidente que para mim
08:58é absolutamente inaceitável
09:01o que está acontecendo hoje.
09:03Essa relativização do foro,
09:05ou da palavra do parlamentar
09:08que representa o povo brasileiro,
09:10porque a injúria,
09:12a calúnia, a difamação
09:13estão previstas
09:13no nosso código penal.
09:15Estão lá.
09:15A comissão de ética
09:17das duas casas
09:18precisa funcionar.
09:20O que não dá
09:21é para que um parlamentar,
09:23no exercício do seu mandato,
09:25por exemplo,
09:26de uma forma contundente,
09:28mostre como aconteceu
09:29com o Marcelo Van Rath.
09:31Vou dar só um exemplo.
09:33Que o delegado Fábio Schó,
09:36ele ultrapassou
09:40o seu limite
09:42como funcionário público
09:44quando ele processa,
09:46quando ele,
09:47na sua investigação
09:48do seu inquérito,
09:49utiliza provas falsas,
09:52fraudulentas,
09:53para permitir que um cidadão
09:55fique seis meses preso
09:56numa solitária.
09:58Em algum momento
09:59numa solitária,
09:59numa prisão,
10:00em algum momento
10:00numa solitária.
10:01Então, a liberdade
10:02é o valor mais importante
10:04do ser humano.
10:04se nós não temos
10:07livre-arbítrio,
10:08se nós não temos
10:09o poder de nos deslocar,
10:11dizermos o que pensamos,
10:13nós não somos
10:13seres humanos,
10:14somos escravos.
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