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Transcrição
00:00Países se preparam para a 80ª Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque.
00:05Brasil faz discurso de abertura em meio à tensão com os Estados Unidos.
00:09Israel avança com invasão terrestre na faixa de Gaza.
00:12Operação militar é contestada até pelo exército e preocupa líderes estrangeiros.
00:19Talk show é cancelado nos Estados Unidos após comentários de apresentador sobre morte de Charlie Kirk.
00:26E Donald Trump comemora a decisão.
00:28O presidente norte-americano visita Reino Unido, conversa com o Ray Charles e Keir Starmer e assina acordo de investimentos.
00:36Meu nome é Fabrizio Naitz, que pela próxima meia hora nós vamos navegar juntos pelos principais assuntos do mundo.
00:43O JP Internacional está no ar.
00:52Olá, seja muito bem-vindo, seja muito bem-vinda.
00:55O JP Internacional dessa semana já está no ar e a gente começa o programa de hoje falando sobre expectativa.
01:02Expectativa para a 80ª edição da Assembleia Geral da ONU, com os debates entre os chefes de Estado programado para a próxima terça-feira.
01:12Tradicionalmente, quem abre a sessão é sempre o presidente brasileiro e dessa vez não vai ser diferente.
01:17Em sequência, vem o presidente do país anfitrião, os Estados Unidos.
01:21E a ordem de sequência é definida por sorteio.
01:24A edição desse ano gera grande expectativa pelo momento em que o mundo o atravessa.
01:29São guerras, conflitos, crises por todos os lados e tudo isso deve ser tratado na Assembleia da ONU lá em Nova Iorque.
01:37Mas será que alguma coisa vai mudar depois do encontro?
01:40É sobre isso que a gente conversa agora com o professor de Relações Internacionais, Danilo Porfírio de Castro Vieira.
01:46Professor, seja muito bem-vindo ao JP Internacional.
01:48Satisfação.
01:49Um prazer te receber aqui novamente.
01:51Vamos dar uma olhadinha no que deve ser destaque?
01:53A gente separou aqui esse mapa mental da Assembleia Geral da ONU com muitas questões para a gente trazer.
01:59Vamos dar uma voltinha por aqui.
02:01Meio ambiente, vai ter discussão envolvendo a COP, COP30 aqui no Brasil, marcada para Belém.
02:07Liberdade de expressão, tema sempre muito atual e agora nos Estados Unidos especificamente.
02:14Governança global.
02:15A gente sempre ouve falar, por exemplo, sobre reforma do Conselho de Segurança da ONU.
02:19A ONU estar ultrapassada ou não.
02:21Multilateralismo também está ligado nesse tema.
02:24A questão das tarifas impostas por Donald Trump está também bastante ligado a isso.
02:28Organização Mundial do Comércio, Organização Mundial da Saúde.
02:32Os BRICS talvez como uma forma de repensar a governança global.
02:36Um bloco que tem sido muito discutido, inclusive por Donald Trump.
02:40Aí passando aqui por países individuais.
02:43O Sudão, país que atravessa uma guerra civil muito longa, devastadora no continente africano.
02:50Aqui está escondido.
02:51Mas Venezuela também.
02:53Claro, toda a tensão envolvendo os Estados Unidos.
02:56E a crise interna também com o presidente Nicolás Maduro.
02:59Irã, por conta, claro, da questão do arsenal nuclear.
03:02Vai ser destaque disso.
03:04Teve os ataques esse ano com o Israel e os Estados Unidos.
03:09Palestina.
03:10Dez países anunciaram que vão reconhecer o Estado palestino agora na Assembleia Geral da ONU.
03:16E a gente está falando aqui de países europeus.
03:18Canadá e Austrália.
03:19Ou seja, países ricos, desenvolvidos.
03:21Que até então não haviam se manifestado dessa forma.
03:24Gaza e Israel.
03:26Obviamente a guerra que acontece já há quase dois anos.
03:30Um pouquinho, menos de dois anos.
03:31E Ucrânia e Rússia.
03:32Um outro conflito que, bom, enfim.
03:34Não precisamos nem falar da relevância desse conflito ao redor do mundo.
03:40Professor Danilo.
03:41Qual é a sua aposta para tema que deve ser o principal?
03:46Será que ficou faltando alguma coisa aqui nessa lista?
03:48Eu creio que você conseguiu abranger bem.
03:51Abranger bem.
03:52Só que eu vou apostar dentre esses três sensíveis.
03:58A questão da guerra em Israel.
04:02A questão do drama palestino.
04:06E da busca de alternativas para uma solução.
04:10Entre eles, a possibilidade ou não da criação de um Estado palestino.
04:15Não há dúvida.
04:16Sim.
04:16A questão da guerra da Ucrânia.
04:19Os europeus têm muito interesse em discutir isso.
04:26Tratar da questão do direito de autonomia, de soberania da Ucrânia.
04:31E das arbitrariedades da Rússia.
04:35E vejo também que dentro da discussão do multilateralismo, existirão inúmeros países, entre eles, ligados ao BRICS, que questionarão as ações unilaterais dos norte-americanos.
04:56Entre eles, ações que são consideradas violações à soberania.
05:04Então, temos a questão do Brasil, temos a questão da Venezuela, temos a questão dos tensionamentos entre China e Estados Unidos.
05:14Então, eu acho que esses pontos serão, talvez, os basilares nas discussões da Assembleia Geral.
05:24Então, vamos começar falando de Gaza e Israel, Palestina, esse balaio também, vamos dizer assim.
05:31A gente tem 10 países, pelo menos, que anunciaram que vão reconhecer o Estado palestino.
05:35Tivemos agora, na sexta-feira, Portugal anunciando que também vai reconhecer, que vai entrar nessa lista.
05:43Então, aqui a gente está falando de um movimento que foi encabeçado pela França, mas a gente teve adesão do Canadá, teve adesão da Bélgica, teve adesão da Austrália, vários países europeus aí também no meio.
05:53Agora, o reconhecimento do Estado palestino por esses países europeus, pelo Canadá e pela Austrália também, ele é mais uma alegoria, professor?
06:02Ele não traz nada de substancial junto, não?
06:05Simbólico.
06:06Simbólico?
06:06Simbólico.
06:07O que nós temos que ver é que grande parte dos países que estão se manifestando pelo reconhecimento do Estado palestino são europeus.
06:20Europeus.
06:21Sim.
06:21E, sinceramente, Fabrício, os europeus perderam o timing.
06:30Qual era o timing?
06:31Então, o timing foi alguns anos atrás.
06:34A questão, talvez, de 30 anos atrás, quando a União Europeia tinha realmente peso.
06:41E na época dos Acordos de Oslo.
06:42Quando eu estou falando de 30 anos atrás, estou falando da década de 90, não é? Da década de 90, início dos anos 2000.
06:50E não só a questão do Acordo de Oslo, que também é um ponto que nós temos que levantar aqui, mas o próprio protagonismo, o peso político da União Europeia.
06:58Nós estamos vendo na prática, com a questão ucraniana, que os europeus não conseguem nem cuidar direito dos seus próprios interesses, quanto mais determinarem o destino ou a criação de um país.
07:14Quando a gente fala de União Europeia hoje, é um bloco que, de fato, perdeu toda a relevância. Qual é a posição da União Europeia hoje no cenário global?
07:26Percebe-se que a União Europeia militarmente é fragilizada.
07:31E diplomaticamente ela ainda tem força?
07:33Diplomaticamente ela tem força em países que possuem algum alinhamento histórico a ela.
07:41Mas no que se refere a decisões globais, ela perde espaço.
07:47E por que que eu digo? Volto a dizer.
07:49O político não se sustenta, Fabrício, sem o militar e o econômico.
07:55A Europa tem sérios problemas de autodeterminação na perspectiva militar.
08:04Vejamos a crise que eles têm com os russos.
08:06Sim.
08:07E um segundo momento é a questão econômica.
08:09Nós sabemos hoje que os espaços outrora, vamos dizer, exercidos economicamente pela Europa,
08:17o protagonismo europeu, inclusive em função da indústria francesa e alemã, perde espaço.
08:25Principalmente em relação aos chineses e aos próprios americanos.
08:29Sim.
08:30Então, se eu perco força econômica, se eu perco força militar, eu vou também perdendo o quê?
08:38Voz.
08:39Voz. Perfeito.
08:40Poder vocal.
08:41E a gente pode esperar claramente uma reação de Benjamin Netanyahu.
08:45No discurso que ele deve fazer, vamos lembrar que ano passado, Benjamin Netanyahu levou um mapa mostrando o Irã
08:53e colocou o título em cima, a maldição.
08:57Ou seja, ele não poupa palavras, Benjamin Netanyahu.
09:00A gente sabe disso.
09:01Não há aqui nenhuma surpresa em relação à forma como Benjamin Netanyahu se comunica.
09:07Mas se você vai ter dez países anunciando o reconhecimento do Estado palestino,
09:12e possivelmente isso vai estar incluso no discurso de cada um dos chefes de Estado desses países,
09:17certamente a gente vai ter uma reação de Benjamin Netanyahu.
09:20Eu vou dizer pra você que eu espero três coisas do Netanyahu.
09:23O didatismo dele, nas suas explicações, mapas, divagações.
09:32Sim.
09:32A sua contundência no que se refere à defesa dos seus posicionamentos e nenhuma novidade.
09:43A base de toda a discussão será o quê?
09:45Em torno da defesa da soberania de Israel, da ação contra o Hamas enquanto uma ameaça à segurança de Israel
09:57e justificando, obviamente, as ações contra o Irã.
10:02Que são, que chamaram muita atenção esse ano, colocaram o mundo em um momento bastante delicado.
10:10A gente está falando do Irã, um país que supostamente estaria produzindo armas nucleares.
10:15Isso chama muita atenção.
10:17A gente pode esperar alguma conversa nesse sentido?
10:21Um novo, talvez, tratado...
10:22Não diria um novo, mas talvez uma atualização do Tratado de Não-Proliferação Nuclear?
10:28Eu acho que ainda esse projeto está distante.
10:32Muito distante.
10:33O que eu percebo, Fabrício, é que, na verdade, o que está exposto
10:38é uma fragilização militar do Irã na região do Oriente Médio.
10:48Isso se externou com o ataque por Israel.
10:53Sabemos que algumas bases subterrâneas não foram atingidas, mas nós esperávamos ações
11:02mais contundentes do Irã, que sempre receou em reagir e se mostrou o quê?
11:10Um rato que ruge.
11:13Falou grosso e não mostrou necessariamente para o que prometeu que viria.
11:19Não mostrou a que viria, pois é.
11:21Vamos agora falar de Ucrânia e Rússia.
11:23Você destacou esse tema também.
11:25Já são três anos de conflito.
11:27Estamos caminhando para o quarto ano de guerra entre Ucrânia e Rússia.
11:31Tivemos conversas nas últimas semanas entre Donald Trump e Vladimir Putin.
11:37Depois o Trump chama Zelensky e líderes europeus para a Casa Branca
11:42para colocá-los à par da situação.
11:43Então, no fim das contas, em português bem claro, não deu em nada.
11:47A situação continua exatamente igual, sem mudanças.
11:51Mas essa é uma guerra que tem custos, inclusive financeiros, até para os europeus,
11:56para o mundo todo.
11:57Um dos motivos da alta dos combustíveis está ligado a esse conflito, obviamente.
12:02E nesse momento sem perspectiva de fim.
12:05Quando o presidente Lula volta ao Palácio do Planalto em 2023,
12:10ele fala sobre fazer uma coalizão com lideranças internacionais interessadas pela paz.
12:15Esse assunto também acabou ficando debaixo dos panos.
12:19O que a gente pode esperar aqui nesse aspecto?
12:22Quanto às discussões na Assembleia, ao meu ver, apenas ataques recíprocos e justificação de testes.
12:30Perfeito.
12:31Porque a Rússia não está, e isso eu estou convicto, Fabrício,
12:38que a Rússia não está necessariamente preocupada em obtenção e simples manutenção de territórios ocupados.
12:47O que ela quer é conter qualquer possibilidade de influência da União Europeia.
12:55Eu vou chamar aqui da Liga Ocidental aqui, representada pela União Europeia e pela OTAN,
13:03dentro daquilo que Putin acha ser zona de influência historicamente russa.
13:13Então, nós o quê? Vamos ter a guerra prolongada enquanto essa situação de contenção não for resolvida.
13:22E os europeus não abrem mão do seu o quê?
13:27Das suas metas políticas, das suas ações políticas também na região.
13:32E a gente está vindo de uma semana de tensões, com a Rússia colocando drones próximos da Polônia.
13:38Isso chamou muita atenção.
13:40Também aviões que teriam sobrevoado ali a região de fronteira com a Estônia.
13:44Isso.
13:44Todos os países da OTAN.
13:45Claro.
13:46Então, assim, o debate vem aquecido.
13:49Claro, não há dúvida alguma.
13:50Claro que o Putin tenta mostrar força fazendo exercícios militares em Belarus, na Bielorrússia.
13:58Surge informações que, inclusive, são um tanto polêmicas sobre drones que foram encontrados na Polônia.
14:09Uhum.
14:09Não é?
14:10Foram encontrados...
14:11Isso gera uma sensação de insegurança e tensionamento dentro das grandes...
14:18Duas grandes forças dentro do grande continente eurasiano.
14:24Rússia e União Europeia.
14:26Tudo isso nos leva à discussão do multilateralismo e governança global.
14:31Muito se questiona sobre o formato do Conselho de Segurança da ONU.
14:36Cinco países permanentes, só para a gente ter ideia aqui do que a gente está tratando.
14:39Essa semana, houve mais uma votação no Conselho de Segurança para tentar aprovar uma resolução
14:44pedindo um cessar-fogo na faixa de Gaza.
14:46Resultado final.
14:4714 votos a favor, um voto contra, dos Estados Unidos, membro permanente do Conselho de Segurança.
14:53E aí, quando um membro permanente vota contra, isso automaticamente derruba a resolução.
14:58Pois é.
14:58Ou seja, o presidente Lula já falou sobre isso algumas vezes e parece uma demanda de países emergentes, principalmente,
15:06de que haja uma modificação nesse sistema.
15:09Muitas regiões não estão representadas.
15:11A África, por exemplo, não está representada no Conselho de Segurança da ONU com assentos permanentes.
15:16A América Latina também não está.
15:18A Ásia é pouco representada pelo tamanho que ela tem.
15:22Você tem grande parte da população mundial por lá.
15:26É viável hoje a gente repensar o Conselho de Segurança da ONU?
15:30É viável a gente repensar as organizações multilaterais que existem?
15:35Aqui eu vou ficar entre o dever ser e o ser.
15:38Ah, perfeito.
15:39Dever ser, seria o ideal que o quê?
15:42Que um palco que, pelo menos, promete ser plural, como a ONU, deve o quê?
15:51Zelar pela representatividade, pelo espaço efetivo de exposição, de voz e de tomadas de ação.
16:00Só que nós sabemos que não funciona bem assim.
16:07Fabrício, você é jovem, eu sou já um senhor, um senhor, e eu ouço sobre reforma da ONU
16:16desde o tempo que eu tinha uma idade inferior à sua.
16:22Inferior à sua.
16:23Então, essa promessa de uma reformulação da ONU, ainda, ao meu ver, continua distante.
16:31É por isso que as potências em ascensão, China, Rússia, Índia, o Brasil, de alguma maneira,
16:42buscam o quê?
16:43Outros palcos de agir.
16:46E aí os BRICS.
16:46São os BRICS.
16:47Sim, perfeito.
16:48Esse é o ponto.
16:49Então, e volto a insistir o que sempre digo.
16:52Nós, historicamente, no Brasil, superestimamos demais a ONU.
16:59A ONU nunca teve a força que esperamos que ela tivesse.
17:04Pois é.
17:05Bom, terça-feira, então, começam os debates, os discursos dos chefes de Estado.
17:10Você vai acompanhar tudo aqui ao vivo na Jovem Pan.
17:12É tradução simultânea, serviço completo para quem nos acompanha em todas as plataformas.
17:17Vamos dar uma leve girada no assunto.
17:20Vou falar agora do exército de Israel, que deu início à etapa mais dura da invasão terrestre na faixa de Gaza.
17:27Milhares de pessoas receberam ordens de evacuação, precisaram abandonar a cidade em direção ao sul,
17:34só que a gente sabe que esse não é um processo simples.
17:37Tudo isso em meio a uma grave crise humanitária, pressão da comunidade internacional.
17:41A ordem para a entrada na cidade chegou a ser questionada pelo exército,
17:46que acredita que a operação é arriscada, pode colocar em risco a vida dos reféns israelenses,
17:51que ainda estão sob controle do Hamas.
17:53Aqui a gente está falando de 50 pessoas.
17:56Não se sabe exatamente quantas estão vivas, quantas estão mortas.
17:59A conta era mais ou menos 30 mortos e 20 vivos.
18:03Esse número pode estar defasado, pode não estar.
18:06Tudo muito difícil.
18:07Professor, nessa semana a gente teve a visita de Marco Rubio a Israel.
18:14Você viu que o Benjamim Netanyahu foram ao Muro das Lamentações,
18:18toda aquela conversa que a gente já está acostumado.
18:23Pode haver um alinhamento americano nesse momento com Israel
18:29para prosseguir com essa operação, enquanto a comunidade internacional,
18:33em sua maioria, tem sido muito crítica disso tudo?
18:36Os Estados Unidos, insisto sempre, são afiançadores das ações de Israel.
18:42Ainda mais nos governos republicanos.
18:47Eu vejo que, na verdade, a visita de Rubio ratifica esse apoio.
18:54E vou trazer um outro dado importante, meu caro Fabrício.
19:00Eu acredito que aquela tese, ou aquela ideia, aquele projeto do Trump,
19:07de um grande empreendimento imobiliário em Gaza,
19:12não saiu ainda das cogitações e que, de alguma maneira, me parece,
19:20que já gera uma simpatia em setores do próprio governo de Israel.
19:24Se não me falha a memória, foi Bezalel Smotrich, ministro das Finanças,
19:28que essa semana disse que a faixa de Gaza é uma mina de ouro imobiliária.
19:33A questão é o seguinte, o que eles vão precisar tirar de detrito ali da região
19:36também não é brincadeira.
19:38E o que fazer com a população também.
19:40E o que fazer com a população.
19:41Essa é a grande questão, certamente.
19:44Professor, queria voltar uma semaninha no tempo.
19:46Muito bem.
19:46Israel atacou Doha, no Catar.
19:49Sim.
19:49Um ataque contra membros do Hamas,
19:52que estavam ligados às negociações de cessar fogo ali na região.
19:57O Catar é um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio.
20:01A gente está falando de um país que tem uma base militar americana,
20:04base de Al-Udeid,
20:06que tinha sido alvo de ataques do Irã, inclusive,
20:08se a gente voltar no tempo lá em junho.
20:10E, assim, o que parece é que o timing dessa visita de Marco Rubio
20:17pode ter incluído esse assunto na conversa.
20:21Como que você acha que, se isso foi de fato abordado,
20:25a gente não tem uma informação concreta sobre isso,
20:28mas como ficam as relações de poder distribuídas no Oriente Médio
20:32depois do que aconteceu envolvendo o Catar?
20:34As alianças que os Estados Unidos têm com os países árabes barra muçulmanos
20:46é uma relação estratégica, necessária,
20:52mas não é plenamente confiável aos olhos dos americanos.
20:57Certo.
20:58Esse é o primeiro ponto.
20:58Dou sempre um exemplo.
20:59A mesma Arábia Saudita que tem um pacto desde 1941 com os americanos
21:04é a mesma Arábia Saudita que, de alguma maneira,
21:08deu apoio ao Al-Qaeda e financiou o ISIS.
21:14Sim.
21:14Da mesma forma, o Catar, que tem um papel estratégico
21:20nas ações americanas na região do Golfo,
21:23é o mesmo Catar que abriga a irmandade muçulmana.
21:28E lideranças do Hamas.
21:30E é isso que eu ia falar.
21:31E acolhe lideranças do Hamas.
21:34Então, eu vejo ali, lembrando uma coisa importante,
21:41o Catar se serve do sistema de defesa Patriot.
21:46Sim.
21:47E ele não funcionou no ataque israelense.
21:52Nós devemos supor o quê?
21:54Que os americanos vão repreender os israelenses?
21:57Eu acho que há uma advertência.
22:01Catar, você já levou um puxão de orelha nosso há tempos atrás
22:06em função do Aljazeera.
22:09Acho que é melhor, novamente, repensar posicionamentos.
22:13Muitas coisas para a gente ficar de olho.
22:15Professor Danilo Porfírio, muito obrigado pela sua visita no JP Internacional.
22:19Eu que agradeço, querido.
22:19Volte sempre.
22:20Eu agradeço, estou à disposição.
22:22Ótimo.
22:23Olha só, agora a gente se despede,
22:25porque está chegando aí o Radar Internacional.
22:27Radar Internacional chegando com o que foi destaque,
22:36que foi manchete ao redor do mundo na última semana.
22:39Muita coisa aconteceu e o Radar está de olho em tudo.
22:42A gente começa pelos Estados Unidos,
22:44onde a rede ABC anunciou a suspensão do talk show de Jimmy Kimmel,
22:48um dos principais nomes da TV americana.
22:51Essa decisão está ligada a comentários feitos pelo apresentador
22:54sobre a morte do ativista Charlie Kirk, assassinado na última semana.
22:58A ABC foi pressionada pelo FCC,
23:01que é o órgão responsável pela regulação das empresas de comunicação do país.
23:05O presidente Donald Trump comemorou a decisão.
23:08Ele falou, inclusive, que canais de TV que falem contra ele
23:12deveriam perder a licença de operação.
23:15Qual que é a discussão aqui?
23:16A questão envolvendo a primeira emenda da Constituição norte-americana
23:20que fala sobre a liberdade de expressão.
23:22Os Estados Unidos sempre deixaram muito claro, com muito orgulho, inclusive,
23:26que são o país da liberdade de expressão.
23:28Acontece que, na última semana, o Partido Republicano, a Casa Branca,
23:33o governo Trump, tem feito uma pressão muito grande
23:36contra qualquer pessoa que se manifeste contrária a Charlie Kirk,
23:41cobrando, inclusive, para que essas pessoas sejam demitidas dos seus empregos.
23:44E isso tem gerado uma discussão envolvendo a liberdade de expressão nos Estados Unidos.
23:50Agora, com Jimmy Kimmel, que era um crítico, inclusive, de Donald Trump,
23:55já conhecido por isso, usava do humor como sátira para criticar o presidente Donald Trump.
24:01Se a questão da liberdade de expressão ser um direito absoluto ou não,
24:05se ela tem limites ou não, já é uma outra história.
24:09Mas isso tem dado muito a que falar lá nos Estados Unidos.
24:13E está muito ligado, inclusive, ao próximo assunto que a gente vai trazer aqui.
24:16Falando, inclusive, sobre o presidente Donald Trump, que anunciou que vai classificar o movimento Antifa
24:21como uma organização terrorista.
24:23Ele afirmou que o movimento é extremamente radical e responsável por ações violentas no país.
24:30O republicano também disse que as autoridades vão investigar quem são os financiadores da Antifa.
24:36Mas qual que é a questão aqui?
24:38A Antifa é um movimento descentralizado.
24:40Diferente, por exemplo, do Turning Point, que era liderado por Charlie Kirk.
24:44Tinha Charlie Kirk como CEO, sem comparar aqui o que faz cada movimento.
24:49Como que ele vai classificar um movimento descentralizado como terrorista,
24:54que é a grande questão, que é a grande dúvida.
24:57Diferente, por exemplo, quando a gente falou aqui de grupos terroristas,
25:00a Al-Qaeda tinha como líder Osama Bin Laden.
25:02E aí, obviamente, quem integrava o Caio, independentemente de ter participado de um ato terrorista ou não,
25:08já era classificado como terrorista.
25:10Agora, será que isso vai se aplicar para qualquer pessoa que se auto-intitula antifascista nos Estados Unidos?
25:17Isso também vai dar muito o que falar lá no país e vai repercutir, certamente, em todo o mundo.
25:23Você vai ficar de olho em tudo aqui na Jovem Pan.
25:25Vamos falar de clima?
25:26O buraco na camada de ozônio vai desaparecer completamente nas próximas décadas.
25:32É o que prometeu o boletim da Organização Meteorológica Mundial, a OMM, nesta semana.
25:38A expectativa é de que a camada recupere os valores da década de 80.
25:42E isso deve ter impactos, inclusive, na saúde do ser humano.
25:46Reduzir os riscos de catarata, câncer de pele e, claro, a degradação dos ecossistemas,
25:52porque evita a entrada de raios ultravioleta aqui na atmosfera,
25:57o que acaba dificultando todas essas questões.
26:00Segundo a OMM, essa alteração está ligada a fatores naturais da atmosfera,
26:05mas também da ação internacional, com o Protocolo de Montreal,
26:08que foi assinado lá na década de 80,
26:10e que causou a eliminação de 99% do consumo e da produção de produtos químicos
26:17que afetam a camada de ozônio.
26:19Eu lembro, na época da escola, quando a gente falava sobre a camada de ozônio,
26:22todo mundo ficava absurdamente preocupado.
26:25E que bom que vai ter essa mudança, que a coisa está melhorando.
26:28A gente espera que isso sirva para outras ações envolvendo o clima,
26:31por exemplo, o Acordo de Paris para tentar regular a temperatura média do planeta.
26:35Vamos virar a página aqui do Radar Internacional, ver o que mais aconteceu.
26:39A gente vem para a América do Sul.
26:40Em resposta aos Estados Unidos, a Venezuela realizou exercícios militares
26:44na ilha de La Hortilla, que fica na região do Caribe.
26:47A movimentação veio após os americanos confirmarem o ataque.
26:51Mais duas embarcações venezuelanas em águas internacionais, com pelo menos três mortos.
26:57Segundo a Casa Branca, todas essas embarcações estavam carregadas de drogas.
27:01O ministro da Defesa de Caracas, Vladimir Padrino Lopes,
27:05também afirmou que os países estão em uma guerra não declarada
27:10por conta da movimentação dos navios da Marinha Norte-Americana.
27:13Foi um deslocamento grande que realizou a Venezuela.
27:16Mais de 2.500 militares, navios, membros da milícia, da polícia local também.
27:23Tudo isso a Venezuela se preparando para uma eventual invasão dos Estados Unidos,
27:27que ainda parece um pouco distante.
27:29Mas esse tipo de movimentação sempre preocupa,
27:31ainda mais que é um país vizinho aqui ao Brasil.
27:34Arábia Saudita e Paquistão, um dos países ao redor do mundo que possui armas nucleares,
27:38assinaram um acordo estratégico de defesa mútua.
27:42O texto foi oficializado dias após o ataque de Israel contra membros do Hamas no território do Catar.
27:49A gente acabou de falar disso aqui com o professor Danilo.
27:51E também quatro meses após Paquistão e Índia entraram em pé de guerra na região da Cachimira.
27:59Qual vai ser o desenrolar, a repercussão desse acordo,
28:01você também vai ficar sabendo de tudo aqui na Jovem Pan.
28:03E o Equador, voltando aqui para a América do Sul,
28:06pode ter uma nova Assembleia Constituinte bem em breve.
28:10Foi a sugestão do presidente Daniel Noboa,
28:12que quer levar esse assunto para a consulta popular.
28:15Segundo ele, uma nova carta magna do país pode ter leis mais duras
28:19contra o tráfico de drogas e o crime organizado.
28:22A atual Constituição está em vigor desde 2008,
28:26assinada pelo ex-presidente de esquerda, Rafael Corrêa.
28:29E o novo texto pode acabar autorizando a instalação de bases militares estrangeiras
28:35no território equatoriano.
28:37Do Equador sai uma quantidade muito grande de drogas para outros países,
28:43incluindo os Estados Unidos e também, claro, para a Europa,
28:46vias marítimas.
28:48Pouquíssimos contêineres são fiscalizados no Equador.
28:50Isso facilita a operação das gangues por lá,
28:53que nem produzem as drogas no país.
28:55Mas como o Equador não tem muito controle da fronteira,
28:57as drogas entram por lá e são exportadas para outros cantos do mundo.
29:02Um assunto muito interessante para a gente ficar de olho,
29:05também aqui na América do Sul.
29:06Esse foi o Radar Internacional dessa semana.
29:08Semana que vem ele está de volta com mais notícias.
29:17Donald Trump chegou à residência oficial de campo
29:20do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer,
29:22a 70 quilômetros de Londres,
29:25depois de passar dois dias em Windsor,
29:27onde foi recebido com pompa pela monarquia local.
29:29Quem traz os detalhes é o Grieco Holtz.
29:34Apesar das diferenças ideológicas,
29:36o chefe de governo trabalhista
29:38buscou criar uma ponte entre o presidente americano
29:41e seus aliados europeus,
29:43sobretudo em relação à guerra na Ucrânia
29:45e ao conflito na faixa de Gaza.
29:47A viagem do republicano também teve um caráter econômico marcado,
29:51com a presença de grandes executivos em eventos e recepções,
29:54além do anúncio de investimentos bilionários.
29:57Durante o encontro, Trump e Starmer assinaram um acordo
30:00para impulsionar a cooperação em inteligência artificial,
30:03computação quântica e energia nuclear.
30:06Microsoft, Google e Blackstone
30:08se comprometeram com aportes de mais de 150 bilhões de dólares,
30:12cerca de 790 bilhões de reais.
30:15Ainda não está claro, no entanto,
30:17se a reunião resultará em uma eventual suspensão da tarifa
30:20sobre o aço anunciada por Trump em maio.
30:23No campo geopolítico, o presidente americano se distanciou de Vladimir Putin,
30:28afirmando que o líder russo o decepcionou ao prolongar a guerra na Ucrânia,
30:32mesmo diante de seus esforços diplomáticos.
30:35Pensei que seria mais fácil pela minha relação com o presidente Putin,
30:39mas ele me decepcionou, realmente me decepcionou,
30:42declarou Trump ao lado de Starmer.
30:44Já o primeiro ministro britânico reforçou a necessidade de intensificar a pressão contra Moscou.
30:49Discutimos hoje como podemos reforçar nossas defesas,
30:53apoiar a Ucrânia e aumentar de forma decisiva a pressão sobre Putin
30:57para que ele aceite um acordo de paz duradouro, afirmou.
31:01No último dia da visita oficial,
31:03Trump exaltou o vínculo inquebrável entre Washington e Londres
31:06e destacou o acordo tecnológico como símbolo da renovação da parceria estratégica entre os dois países.
31:13O JP Internacional dessa semana vai ficando por aqui,
31:19mas a gente segue de olho em tudo o que acontece ao redor do mundo.
31:23Vem chegando a semana da Assembleia Geral da ONU,
31:25o Oscar do Jornalismo Internacional,
31:28e eu te espero por essa cobertura especial aqui na Jovem Pan.
31:31A gente se vê ao longo de toda a semana e, claro, no sábado que vem,
31:35em um JP Internacional que vai ser bem especial, certamente.
31:39Muito obrigado pela sua companhia e até a próxima.
31:43A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente
31:48a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
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