- há 4 meses
Confira o resumo dos principais assuntos que foram destaques durante a semana na programação da TV Tribuna.
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NotíciasTranscrição
00:00Olá, bom dia! Você sabe usar o aparelho celular de forma correta? Médicos apontam problemas na
00:13coluna, na visão e até na pele. Os olhos precisam de uma atenção na hora de usar o celular. E será
00:21que os óculos com lentes azuis realmente funcionam? O oftalmologista doutor Marcelo
00:27da Alcol esclarece várias dúvidas para a gente. O importante é a gente obedecer a
00:32distância regular, não estar muito próximo às telas, por causa da luz ultravioleta, que já tem
00:39estudos que podem causar lesões, tanto no fundo do olho, na retina, quanto até mesmo na córnea.
00:45Então a gente tem que obedecer essa distância e o tempo de exposição. Crianças, como crianças,
00:50abaixo de cinco anos, o ideal é que nem tenham exposições à tela. Hoje o lente azul, ele
00:56realmente funciona? Funciona sim. Esses óculos, eles servem para criar uma barreira das luzes
01:03ultravioletas emitidas pelas telas. Então é importante usá-los para quem fica muito tempo
01:08exposto a esse tipo de tela. Mas tem um específico que você vai ficar tendo na hora de comprar.
01:13Qual seria o ideal? O ideal é você pedir um óculos que tenha a proteção de luz ultravioleta.
01:20não adianta só a lente ser azul, ela tem que ter a barreira para essas luzes.
01:26Pessoas reclamam muito de olho seco, porque quando a gente fica exposto à tela, você pisca menos.
01:31Qualquer atividade que você preste muita atenção, você pisca menos. Então a tela ainda tem a emissão
01:37da luz, que aí acaba contribuindo para piorar esses sintomas e geralmente em ambientes com
01:43ar-condicionado. Então a queixa é muito grande de olho seco, de olho vermelho, de irritações
01:49oculares devido a essa exposição.
01:51E tem algum exercício, digamos, né, para evitar, para amenizar o problema?
01:55Na verdade tem um descanso. Como você está muito focado na tela ali para perto, né, a tela
02:01geralmente é intermediária, mas se é celular, tablet, a distância é mais próxima. Geralmente as pessoas usam
02:06com 25, no máximo 30 centímetros, tela de celular, o ideal é você parar, dar um intervalo a partir de
02:12duas horas ali de exposição, para um pouco, olha para algum objeto longe, pela janela, para relaxar um pouco
02:19a musculatura do olho responsável por esse foco. Nós temos os colírios lubrificantes, que vão melhorar
02:25os sintomas relacionados ao olho seco. Essa falta, essa redução do piscar, essa falta da lubrificação.
02:32O ideal é você usar entre 4 a 6 vezes ao dia, de acordo com os seus sintomas e a sua exposição às telas.
02:40E quem está no computador também, tem que ter uma distância melhor ou não interfere?
02:45Sim, o ideal aí é a partir de 55, 60 centímetros, você está a essa distância, desde que você não tenha
02:52dificuldade para enxergar nessa distância.
02:54E os sintomas, assim, quem tem problema mesmo, como surgem esses problemas, quais são os sintomas?
02:59Ó, geralmente os sintomas, dificuldade de permanecer na tela por muito tempo, o olho sempre vermelho,
03:07sensação de corpo estranho, você piscar e sentir, às vezes, um pouco arranhar essa sensação
03:13do corpo estranho, que é a falta de lubrificação.
03:16Então, por isso que é importante usar o colírio.
03:18Por isso, é importante usar o colírio e obedecer a distância e o tempo.
03:22E qualquer problema, é importante procurar logo um profissional.
03:25Exatamente, procurar um oftalmologista referenciado.
03:28E o celular também pode causar sérios problemas na coluna.
03:33O doutor Guilherme Marins é ortopedista, especialista em coluna.
03:37O problema pode aparecer até nos pulsos e nas mãos.
03:41Vamos ver.
03:41Bom, na nossa rotina do consultório, a gente vê que realmente o uso indevido do celular
03:46causa grandes problemas na coluna.
03:49A gente sempre recomenda o uso com apoio de braço, colocar as mãos na altura dos olhos,
03:55evitar ficar inquilando bastante o pescoço, para você não ter uma sobrecarga nem na cervical
03:59nem na coluna dorsal.
04:01Sempre recomendado diminuir o uso, né?
04:03A gente acaba ficando muito entertido com as coisas da atualidade.
04:08Mas, quando for usar, tenha consciência que o seu braço precisa estar apoiado.
04:14Tem dados da literatura que, à medida que a gente vai ganhando angulação do pescoço,
04:18a gente consegue fletir bastante o pescoço, né?
04:22A gente vai afundando um pouco no celular e aí a cabeça vai pesando cada vez mais.
04:28Esse braço de alavanca faz uma sobrecarga e aí começam a aparecer os problemas.
04:34Sempre sugere uma cadeira com apoio, utilização de mesas.
04:39Quando estivermos deitados, a gente tem aqueles suportes mais modernos de computador
04:45ou até mesmo uma mesinha de café da manhã.
04:48A gente consegue suportar o braço e a ideia também é um travesseiro, uma almofada.
04:55A gente consegue uma angulação melhor do seu campo de visão.
05:03A gente recomenda sempre ter quem usa o dia todo ou usa até o celular para trabalhar,
05:07que é uma ferramenta atual que a gente acaba lançando mão para o próprio trabalho.
05:13Então, usar os suportes e fica a dica aí do tripé.
05:17Vê que os adolescentes passam cada vez mais tempo no celular e, como são jovens,
05:24têm uma musculatura, na maioria das vezes, excelente,
05:28que nessa fase não vão ser muito cobrados por isso,
05:31mas à medida que forem envelhecendo,
05:33provavelmente vão carregar problemas que foram gerados nesses vícios.
05:38E quando nós usamos muito o celular, a tela esquenta.
05:42E isso pode piorar casos de manchas no rosto e até o envelhecimento da pele.
05:48A dermatologista, a doutora Lyle Spitz, nos orienta. Olha só.
05:53Existe uma dúvida muito frequente em meu consultório,
05:57que é a energia do celular se aquece e causa danos à nossa pele.
06:02Então, existem estudos que comprovam que existe uma irradiação que sai do celular e aquece e pode, sim, causar danos.
06:12Mas isso depende do tempo de exposição à tela, não só do celular, assim como computador, tablets e outros.
06:19Mas depende do tempo, de quantas horas e da distância também.
06:25Então, eu recomendo, se normalmente, uns 20 centímetros de distância do celular,
06:30se puder falar no fone de ouvido, é melhor, sim.
06:32Mas não se preocupem, se você usar o filtro solar, já diminui bastante o problema de manchas, de envelhecimento,
06:42porque a energia, ela causa dano no DNA da nossa célula, assim como o sol, mas numa intensidade bem menor.
06:50E especialistas ainda alertam que não aconselhava carregar o celular no sutiã ou no top.
06:56Isso pode desenvolver câncer de mama nas mulheres.
07:00Já os homens, é bom evitar carregar no bolso da calça.
07:04Além do risco de se machucar, a radiação e aumento do calor no local, próximo dos testículos, pode causar problemas de saúde.
07:13Bom evitar também, ao lado da cama, embaixo do travesseiro e no banheiro.
07:19Quem costuma sentar no vaso sanitário com o celular e passar muito tempo ali, vários minutos, na mesma posição,
07:27pode acabar desenvolvendo hemorroidas.
07:30Então, são dicas importantes que a gente deve ficar atento.
07:34E além de problemas no corpo, o mau uso do celular ainda causa problemas na saúde mental.
07:40E quem vai esclarecer pra gente é psicóloga Maria Fernanda Lima.
07:44Bom dia, doutora.
07:45Bom dia, é um prazer estar aqui com vocês.
07:47Obrigada pela sua participação.
07:50Já podemos falar, né, desse celular que praticamente impossível hoje, normalmente, né, a maioria da população tem.
07:58E quantas horas por dia, em média, hoje as pessoas ficam usando o celular?
08:03A gente já tem estudos aí que as pessoas passam até nove horas conectadas.
08:10E aí a gente começa a perceber, né, e provocar a gente a pensar qual é a função desse excesso de tela.
08:20Nove horas.
08:21Nove horas.
08:21Sabendo que a maioria passa aí em vigília, né, o tempo acordado.
08:27Dezesseis horas, nós estamos falando de mais de cinquenta por cento de tempo conectados.
08:34E esse período todo causa problemas também, né, na saúde, não só física, mas mental.
08:41E você percebe um aumento?
08:43Qual o problema mais típico, assim?
08:45O que você mais recebe no consultório?
08:47Então, o problema das telas em si, esse tempo que a gente fica conectado, muitas vezes está atrelado à ansiedade, depressão.
08:58A gente tem uma vulnerabilidade no pessoal que tem aí o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade,
09:05que aí eles acabam tendo mais dificuldade com controle inibitório e passam muito tempo.
09:09Acabam tendo um hiperfoco nesse tipo de ação, que é ficar o maior tempo possível na tela.
09:16E aí, a gente não tem como dizer que isso hoje é um transtorno.
09:23A gente não tem o DSM, o CID para isso.
09:26Mas a gente já entende que, sabendo que a Organização Mundial de Saúde, a própria Sociedade Brasileira de Psiquiatria
09:33fala para a gente em torno mais saudável de três horas, nós estamos no excesso.
09:38Então, qual é a função que estar conectado ou ter essa necessidade de estar conectado faz parte da sua vida?
09:48Que lugar isso está ocupando?
09:50Aí a gente pode pensar em autorregulação.
09:53Tem pessoas que usam a internet, o fato de estar conectado para alívio.
09:58Eu estou cansada, eu vou ficar nas redes sociais.
10:02É como se isso fosse um refúgio das dores, do dia a dia, do caos, às vezes que a gente está inserido.
10:10E o quanto que isso é preocupante.
10:12Porque pensando aí, nesse tempo de vigília que a gente tem acordado,
10:1616 horas, você passar 8 horas, 8, 9 horas conectado, é muito tempo.
10:22Se você não trabalhar com isso.
10:24Tem pessoas que trabalham com as redes sociais.
10:26Mas vamos dizer que talvez seja a minoria.
10:29Então, a gente está em busca, talvez, de validação, de pertencimento.
10:34Porque existem tribos, existem comunidades ali dentro, né?
10:38Da internet, das redes sociais.
10:41E fazer parte daquilo talvez seja importante, mas ocupando que lugar?
10:45Cadê os seus objetivos? Cadê as suas prioridades?
10:50Por que eu tenho que dar uma tecnologia para uma criança aí menor de 2 anos
10:55que nem deveria estar com acesso à tela?
10:58E a gente tem esses dados aí da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, né?
11:02Até de pediatria.
11:04Falando sobre isso, qual a necessidade de você dar?
11:07Para você mesmo, adulto, ficar conectado?
11:11Estar se aliviando, se auto-aliviando?
11:13Então, eu acredito que esse excesso é um sintoma de algo que está por trás,
11:21que aí a gente vai falar da saúde mental.
11:22E como perceber os sintomas?
11:24Olha, realmente, eu estou com um problema.
11:26Como que a pessoa percebe que o celular, as telas,
11:31já começaram ali a prejudicar a saúde mental?
11:33Pensa comigo, né?
11:37Às vezes as pessoas não acham que é um excesso ficar 8 horas.
11:40Às vezes, eu vou te dizer, Manu, que eu acho que elas nem percebem que passaram por isso.
11:45Porque quando eles estão lá no consultório, eu falo assim,
11:47então beleza, abre o teu aplicativo, vamos lá e abre o teu celular,
11:50vamos ver quantas horas você está conectado.
11:53A pessoa nem sabe, às vezes, onde está, nas configurações.
11:58Aí quando olha, eu falo assim, nossa, olha quanto tempo, eu entendi.
12:02Mas aí, vamos conversar um pouquinho da sua vida,
12:04aí a pessoa está lá apresentando sintomas ansiosos,
12:08está apresentando algo que está muito presente na adolescência,
12:12até na vida adulta, que é comparação,
12:14comparando o seu bastidor com o palco dos outros.
12:19Porque a gente vai olhar a internet, é uma realidade construída.
12:24Eu só mostro ali o que eu quero que você saiba de mim.
12:28Então a gente vê muita perfeição, corpos perfeitos, viagens.
12:33E às vezes, no concreto da realidade, não funciona dessa forma.
12:37Você está na sua casa, você tem a rotina da sua casa,
12:40você tem a rotina do seu trabalho, da sua família, dos seus filhos.
12:44Às vezes, poxa, você não está fisicamente como você gostaria.
12:48Então ali é um palco de adoecimento absurdo, né?
12:52Há internet, é um palco de adoecimento.
12:55Principalmente, talvez, para os adolescentes?
12:57Sim, sim.
12:59Porque se a gente pensar que eles ainda não têm todas as funções cerebrais formadas,
13:04a gente vai pensar aí até em torno, alguns estudiosos vão falar de 25 anos.
13:09Então eles têm dificuldade de tomada de decisão,
13:12do próprio controle inibitório.
13:14Então a chance dele passar mais tempo lá, conectado, é maior.
13:19E mais, a gente tem a geração do quarto.
13:22Sabe?
13:23É aquela geração que...
13:24Que já vem desde a pandemia e piorou.
13:26Nossa, isso.
13:26E piorou.
13:27E a gente tem, assim, um discurso falando de dar a eles privacidade.
13:33Eu falei, poxa, mas será que eles precisam se trancar no quarto e você, como pai, responsável
13:39não ter acesso...
13:40Agora tem o limite, né?
13:41Isso aí.
13:41Uma horinha, agora o tempo inteiro, o dia inteiro.
13:44Sabe?
13:44Fica oito horas, nove horas ali.
13:46Às vezes, final de semana.
13:47Aí a gente tem até um livro, veio falar, trazer uma provocação absurda, falando que
13:52essa geração hoje é uma geração que tem o QI menor do que seus pais.
13:57Nunca aconteceu isso.
13:59Como eles têm muita informação, mas será que são informações profundas?
14:03Hoje, se você falar sobre leitura, as pessoas não querem ler.
14:06Elas jogam numa inteligência artificial para ela reduzir para você, entendeu?
14:13O conteúdo que ali está escrito, ou seja, é tão líquida, é tão volátil que você
14:19não tem tempo nem para ler.
14:21Você quer tudo pronto, quer tudo resumido, rápido.
14:25Tanto que quando você está na internet, a gente vai ver em torno de 20 minutos, tem
14:31alguns estudos que falam de 20 a 30 minutos.
14:33Você entrou, sabe, no celular à média e você fica passando.
14:39É reforço intermitente.
14:40Ruim, ruim, chato, né?
14:41Paro.
14:42Assistir.
14:42Ruim, ruim, ruim.
14:44Aí terminou, cansei.
14:45Aí eu vou para outro aplicativo, outra rede social, vou para o meu e-mail, vou não
14:50sei o que, vou não sei o que lá.
14:51E aquilo ali parece que vai te aliviando, mas vai causando um aceleramento da sua mente,
14:56dos pensamentos tão grande que tudo tem que ser rápido.
15:00E não descansa, a mente não descansa, né?
15:02Não descansa.
15:03Diferente da leitura de um livro.
15:05E se a gente for falar, sabe outra coisa?
15:07O sono.
15:08Como afeta o sono.
15:09A gente tem queixas e queixas dentro com o histórico de insônia, porque as pessoas
15:14ficam conectadas.
15:15A luz branca, a luz azul emitida, ela traz uma dificuldade do seu hormônio principal,
15:23que é a melatonina, para você poder dormir.
15:26Então as pessoas estão dormindo mal.
15:27E se a gente for pensar que a insônia, ela é quase que a mãe dos transtornos mentais,
15:33vem dela, muitas vezes, a falta do sono, reparador.
15:38A gente está conectado.
15:39As pessoas pegam e falam assim, agora eu vou descansar.
15:42Vai para a cama, perto da hora de dormir, fica lá.
15:45Às vezes adormece ali com aquela luz, aí parece que dormiu, mas não dormiu.
15:50Como que a pessoa percebe?
15:51Assim, estou dormindo mal.
15:54Eu tenho necessidade de estar conectado o tempo todo.
15:59Não consigo fazer alguma coisa e deixar meu aparelho fora, porque parece aquele medo
16:04de perder alguma coisa, ou é uma informação, ou é uma mensagem, ou é um like, ou é um
16:11direct.
16:12Se não deixar no silencioso, então, é aquele barulhinho que você já quer saber.
16:16Ou você vai viajar, aí você não teve uma previsão de que quando tu chegou lá, que
16:22você ia chegar lá naquele local e você ia ficar desonectada, porque não tem sinal.
16:26Surta.
16:27Fala, como assim?
16:28Como assim?
16:29Vou passar o final de semana e vai nos lugares, assim, para ver se acha.
16:34Cara, e o ócio?
16:36O descanso?
16:38Aquele tempo de curtir na mesa?
16:40Alguns artistas até viralizaram nos shows, todo mundo querendo filmar o show inteiro.
16:45Não, calma, filma um pouquinho.
16:47Mas também curte o show.
16:48Curte a música.
16:49E presente, né, no aqui e agora, presente não tem.
16:52Sentar à mesa.
16:54As pessoas sentam à mesa, eu não sei se você já parou para perceber, eu sou muito
16:58observadora.
16:58Sim, não posso de celular.
16:59Você vai nos lugares, as pessoas estão ali sentadas em família, todo mundo conectado.
17:05E qual a orientação que você dá?
17:08Resumindo, assim, o que fazer para evitar, né, entrar também nesse vício, digamos.
17:14Pode ser.
17:14Ó, a primeira coisa, coloque blocos de tempo para você entrar na sua rede social como
17:24um prêmio, alguma coisa para ti, depois que você fez o que você precisava fazer.
17:28Estabeleça suas prioridades.
17:30Então, procure o mínimo possível permitir que você se estenda a ponto de que isso ocupe
17:39um lugar tão grande na sua vida, que você perca tempos preciosos com família, com
17:44amigos, de contemplar o belo, né, que é algo que talvez hoje as pessoas não estão
17:50fazendo.
17:51Verdade, doutora.
17:52Muito obrigada.
17:53Dicas aí, né, importantíssimas para o dia a dia.
17:56Afinal, todo mundo hoje, né, basicamente a maioria das pessoas tem celular, então é
18:00importante ficar atento a essas dicas.
18:02Muito obrigada pela sua participação.
18:04Obrigada, privilégio.
18:05Nós vamos para um rápido intervalo, daqui a pouquinho estamos de volta.
18:09Estamos de volta e uma menina de nove anos já é um talento no piano.
18:34A Marina Brandão já se apresentou até na Europa e ganhou o concurso por lá.
18:39Veja só.
18:43Pare um pouquinho, ouça e se emocione.
18:56Senhoras e senhores, com vocês, Marina Brandão.
19:01Eu fico até meio sem graça de interromper.
19:04Eu tô aqui com o cinegrafista, Marina, e tá, ó, não, fala, fala, fala, fala.
19:08Eu não, eu tô sem graça de interromper.
19:11Parabéns, Marina.
19:13Obrigada.
19:13Fala pra gente que música que você tocou.
19:16Eu toquei Valsetude, de William Gillock.
19:22Simplesmente fantástica, né?
19:24Marina tem apenas nove anos de idade.
19:26Talento, aptidão, dedicação, tudo que eu possa falar aqui pra elogiá-la vai ser pouco.
19:33E só falar não basta, né?
19:34É necessário ouvir.
19:35Então vamos ouvir mais um pouquinho a Marina tocar.
19:38Essa é a Valsetude, de William Gillock, um compositor americano conhecido por suas inúmeras obras pedagógicas pra piano.
19:52E além da técnica apuradíssima, Marina tem uma sensibilidade fora do comum pra idade dela.
19:58As mãos são pequenas, os dedinhos magrinhos, mas as notas alcançam o coração.
20:06Você pretende mesmo, sim, seguir carreira?
20:08Sim.
20:10Ó a professora olhando lá, a tia olhando.
20:12Sim, sim.
20:15A mamãe também.
20:16Sim, sim, sim.
20:18Por falar na mamãe, o orgulho, claro, é enorme, né?
20:22Mês passado, Marina fez as primeiras apresentações internacionais dela e logo de cara na Europa, berço da música erudita.
20:30Foram momentos inesquecíveis, que ficarão pra sempre, assim, guardados tanto na minha memória quanto na dela.
20:37Porque a gente o tempo todo tava estudando, apresentando, às vezes dava um tempinho pra passear, mas no geral era focada nas apresentações e nos concursos.
20:48Foi muito legal, eu toquei em Barcelona, em Girona.
20:52Em Granada, em Porto, em muitos lugares.
20:58Nossa pequena, notável Capixaba fez seis apresentações entre Portugal e Espanha.
21:04Participou de dois concursos.
21:05Em um deles, ela foi segundo lugar.
21:07E em outro, a grande campeã.
21:10Uma verdadeira turnê de sucesso em solo europeu.
21:17Alguns jurados falaram comigo, muitos deles, né?
21:21E o que eles falaram?
21:22Eles falaram que alguns me convidaram pra tocar em alguns lugares, outros falaram outras coisas, né?
21:29De bom, que foi bom, que gostaram.
21:32Lógico que o talento é enorme, né?
21:34Inegável, mas ele é regado com muita dedicação.
21:38Até mesmo porque, mundo afora, tem muito talento barra pesada.
21:42Ele começou a perceber de forma mais séria depois de dois meses de aula.
21:45Aí começamos a investir, porque ela era muito estudiosa e a mãe muito dedicada.
21:49Isso também vai da família.
21:50Então, ela começou a estudar, começou a sentir, eu vi que ela poderia fazer algo diferente.
21:55Começamos a estimulá-la a fazer competições de piano, a estudar mais, a participar.
22:00Aí foi desenvolvendo.
22:01Não é fácil, é uma coisa muito difícil.
22:03Mas a Maria tem estudado de forma muito séria, a mãe dela também.
22:06E esse concurso lá, as competições na Europa, foi uma coisa assim, fantástica.
22:10O que ela conseguiu foi ser uma coisa inédita.
22:13E eu fiquei muito feliz pelo crescimento musical que ela tem evoluído de uma forma incrível.
22:17E você reparou que Marina é tímida, né?
22:19Fala com um pouquinho de vergonha, é humilde, modesta.
22:23Isso faz dela uma gigante.
22:25Na família não existe nenhum músico, mas digamos que a música escolheu Marina.
22:30E se ela vai seguir carreira daqui pra frente, a gente não sabe, né?
22:34Ela que vai decidir.
22:35Mas a gente tá aqui, na torcida.
22:37Eu quero tocar, eu quero, eu já tô estudando um pouco, mas eu quero sim.
22:43Eu gostaria que ela seguisse, né?
22:45Mas se for a vontade dela, que é o mais importante, ela tem que querer.
22:49Mais do que os pais.
22:50Os pais estão aqui pra incentivar, pra apoiar, né?
22:53Mas ela que tem que querer.
22:55Do fundo do coração tem que ser a vontade dela.
23:07E nós estamos na torcida mesmo, tá Marina?
23:18Você é um sucesso.
23:19Parabéns.
23:21Olha, e mulheres ameaçadas de morte, ou que por conta da violência extrema, não podem voltar pra casa,
23:28podem contar com o apoio e segurança da Casa Abrigo.
23:32Jovem, mãe de duas crianças, ameaçada de morte pelo ex-marido.
23:39Com medo, a vítima se esconde e recebe apoio da Casa Abrigo Estadual Maria Cândida Teixeira.
23:47Eu saio de um ciclo de violência, né?
23:50E eu tô mais protegida com as meninas aqui.
23:54Eu me sinto mais protegida, mais amada.
23:56Por segurança, não vamos divulgar o endereço do local, que traz um pouco de paz a quem não quer perder a vida.
24:04Você chegou a ser agredida grávida?
24:07Grávida, depois de um resguardo.
24:12E ele te ameaçou de morte?
24:14Sim, sim, ele me ameaçou de morte.
24:17Por isso que eu vim procurar a rede de apoio.
24:19A Casa Abrigo foi inaugurada em 2005 e leva o nome de uma vítima da violência doméstica,
24:27Maria Cândida Teixeira.
24:29De 2024 até agora, 177 mulheres foram amparadas.
24:35Elas podem ficar no local com os filhos por até três meses.
24:40Em alguns casos, esse prazo pode ser estendido.
24:43Até as conversas com os familiares acontecem por telefone, com número privado.
24:50No momento, apenas a dona de casa, que conversou conosco, está na residência.
24:55Aqui nós temos uma equipe psicossocial que acolhe, que orienta o psicólogo, a assistência social.
25:02Nós temos o apoio da Defensoria Pública, do Ministério Público,
25:05que são parceiros integral e de outros programas dentro da Secretaria de Direitos Humanos.
25:11Tem mulheres que a gente precisa encaminhar para outros programas.
25:13Aqui na Casa Abrigo, as mulheres também são acolhidas com os filhos, crianças e adolescentes menores de 14 anos.
25:21E aquelas crianças que estão no período escolar.
25:24Aqui, nessa sala de estudo, tem uma professora e, diariamente, as atividades são atualizadas.
25:30A gente abriga mulheres com seus filhos.
25:34Então, por vezes, vem uma mulher com quatro crianças, uma mulher com cinco crianças, com três, com duas.
25:41A gente não faz nenhuma distinção daquelas pessoas que precisam ser acompanhadas junto com essa mulher.
25:47Porque a partir do momento que essa mulher está em eminente risco de morte,
25:51os seus familiares, seus filhos ali próximos dela também estão.
25:54Nos últimos dois anos, mais de 22 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica no Espírito Santo.
26:02Em 2024, 35 mulheres foram vítimas de feminicídio.
26:07Este ano, até julho, foram 16 mortes.
26:12Por isso, é importante esse apoio.
26:14Porque, além do endereço, essas mulheres podem mudar até de nome.
26:19Dependendo da gravidade do caso, da investigação, o autor do crime fica preso, mas ele vai sair em algum momento.
26:27Muitas vezes, como elas chegam aqui?
26:29Elas chegam com o documento rasgado, com suas roupas queimadas, rasgadas.
26:33Porque a violência contra a mulher, muitas vezes, é isso.
26:36É querer ferir o seu rosto, é tirar a sua beleza, é tirar a sua identidade.
26:41A vontade desse agressor é destruir essa mulher em toda a sua integridade.
26:46A residência conta com uma vigilante por 24 horas.
26:51Sensação de paz e acolhimento a quem precisa de apoio.
26:56Agora, cuidar do meu filho, trabalhar e seguir minha vida.
27:00E o Minuto TN especial de sábado fica por aqui.
27:03Eu vou tirar uns 15 dias de férias e te espero quando retornarem.
27:07Um beijo e um ótimo final de semana.
27:10Até lá.
27:16E aí
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