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Após a grande repercussão de casos de superexposição infantil, a Câmara dos Deputados pauta nesta terça-feira (19) a votação em regime de urgência do chamado PL da Adultização. O projeto busca criar mecanismos para proibir publicidade e conteúdos que promovam a adultização precoce de crianças.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/07263TUfemI

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Transcrição
00:00A nossa repórter Vitória Bel está acompanhando um evento lá em Brasília e ela mandou pra gente aqui a informação de que o presidente da Câmara, Hugo Mota, já acertou com os líderes do Congresso Nacional para pautar a urgência do projeto da adotização de crianças e adolescentes.
00:17A gente sabe que esse projeto está enfrentando certa resistência pelo temor de que aquilo que seria voltado apenas para a proteção de crianças e adolescentes possa abranger também outras situações envolvendo redes sociais que levassem a algum tipo de censura de conteúdo ou crítica política ao atual governo, enfim, a tudo que está em andamento e acontecendo aqui no país.
00:40Mas depois de toda aquela situação e polêmica envolvendo a denúncia do influencer Felca, do youtuber Felca, esse debate foi intensificado e agarrado pelo presidente da Câmara e essa votação já deve acontecer nesta terça-feira segundo a apuração da Vitória Bel.
00:59Eu quero saber de vocês como é que vocês avaliam esse embate, porque parte da oposição está se colocando contrária a esse projeto e está, digamos assim, bastante resistente por esse temor que eu mencionei para vocês no começo aqui do argumento, de que isso se expanda demais, de que isso traga cobertura sobre outras camadas que nesse momento não teriam a necessidade de algum tipo de olhar mais profundo, fiscalização e etc.
01:28Como é que você avalia, Langani?
01:30Olha, o diabo mora nos detalhes e eu acredito que a preocupação da oposição ela é muito válida.
01:37É claro que uma regulação contra pedofilia na internet, contra terrorismo, tráfico de droga, incentivo a suicídio, isso todo mundo vai ser a favor, né?
01:50Por quê? Porque são questões muito sérias e também são questões muito concretas, não são vagas.
01:57A gente sabe identificar muito bem quando se trata de pedofilia, quando se trata de terrorismo.
02:03Muito bem.
02:04Agora, a ideia aí de que já ventilada pelo governo, já ventilada por alguns partidos de esquerda, de ter uma regulação mais ampla, aí que está o problema.
02:16Por quê? Porque começa a esbarrar, Evandro, em temas relacionados à opinião.
02:22Então, sei lá, uma determinada crítica vai ser rotulado de ataque à democracia, à desinformação, a discurso de ódio.
02:31E aí, com essas palavras vagas, você consegue calar opiniões críticas, calar opiniões oposicionistas.
02:40E lembrando que, quando muda de lado, isso se volta contra você.
02:44Então, eu vejo com muita preocupação.
02:46Eu sou a favor com algum grau de regulação, mas em questões muito específicas e muito concretas.
02:53Zé Maria Trindade, eu quero saber a sua avaliação sobre o andamento dessa proposta.
02:57E se, digamos assim, já há uma negociação com os líderes, como conta pra gente a Vitória e a Bel, provavelmente a urgência irá passar.
03:04Sim, vai, porque há uma força muito grande nesse sentido.
03:10Eu estou aqui até emocionado ao ouvir o Alan dizendo que já admite uma certa regulação dessas empresas.
03:18Zé, Zé, Zé, Zé, Zé, para, para, para, fazer igual o João Kleber.
03:21Para, para, para, Zé.
03:23Eu, relacionado a questões muito especificas.
03:28Então, por exemplo, pedofilia, terrorismo, algo muito concreto e de fácil identificação.
03:36Agora, não me venha falar em regulação com discurso crítico de desinformação, de discurso de ódio, que isso daí eu não sou a favor, não, Zé.
03:45Pronto, pode continuar.
03:49É um bom início.
03:50É um bom início.
03:51Na verdade, é o seguinte, o Felca, o Felca fez uma comprovação de que as plataformas incentivam, as plataformas dirigem, as plataformas editam e as plataformas fazem esse conteúdo.
04:10Não é um conteúdo tradicionalmente jornalístico, porque deixou falhas.
04:16Mas, esse mesmo processo que o Felca fez, e eu elogio muito o trabalho dele, né, já falei aqui de fragilidades, por exemplo, quando é publicado em nome dele, fica parecendo uma coisa pessoal, uma briga pessoal dele com outra influência lá que está preso.
04:33E não, isso não é pessoal, isso é coisa da sociedade, é uma proteção de todos.
04:37Então, ele pode amanhã fazer o mesmo trabalho com negros, com judeus, com gordas, com gordos, com feios, com feias, com depressivos, e vai ser o mesmo resultado.
04:51Ele vai ver que se ele começar a interessar com depressão, depressão, depressão, daqui a pouco ele está chorando todo dia, recebendo tudo quanto é produto depressivo.
05:01Então, é isso, se essas empresas fazem esse produto, é só responsabilizar a empresa e identificar as pessoas, pronto.
05:12Fala, Piper.
05:14Está perfeito, Zanis, porque, veja, a gente tem que considerar que uma plataforma, ela é uma empresa que vai lucrar cada vez mais se ela tiver mais audiência, se ela tiver visibilidade.
05:29O grande ativo dela é exatamente a audiência.
05:34Então, a questão é, até onde vai, qual é o limite para se alcançar a audiência a qualquer custo?
05:43Então, é isso que a gente tem que discutir.
05:45É evidente que você tem temas sensíveis.
05:48Então, por exemplo, quando ontem a gente viu lá o presidente Trump com o chanceler alemão, o Mers,
05:55eu lembrei que, isso foi em maio, o presidente Trump chamou o Mers de autoritário, atrasado e tal,
06:03porque o chanceler alemão se manifestou contra a divulgação de conteúdos que defendem o nazismo.
06:12Lá na Alemanha isso não pode, na Alemanha é crime.
06:15Lá nos Estados Unidos é diferente, há um outro entendimento da lei.
06:19Então, quando a gente fala dessa fronteira da opinião política,
06:27é claro que essa fronteira é sempre muito mais sensível.
06:32Agora, quando a gente está falando, por exemplo, desse tipo de conteúdo
06:36para o qual o Felca chamou atenção,
06:40eu não vejo, assim, uma fronteira tão sensível.
06:43Você está concordando absolutamente com o que eu falei.
06:46Eu não estou concordando com absolutamente tudo.
06:50Com tudo. Você elogiou o Zé, você me elogia também.
06:52Não, eu elogiei o Zé em relação a tudo,
06:56há muito do que o Zé defende historicamente aqui nesse programa.
06:59Porque, vejam só, as empresas, e esse para mim é o ponto fundamental,
07:04estabelecido, Alan Gani, qual o limite, quais as fronteiras,
07:10a plataforma, ela tem que ser responsabilizada como qualquer empresa.
07:15jornalística, a partir do momento em que ela dissemina conteúdos
07:21que não estão previstos do lado de dentro da fronteira.
07:25É, mas o meu receio é nessa zona cinzenta, os temas políticos,
07:29que é aí que é o problema.
07:30Você abrir um precedente de qualquer crítica ser transformada
07:34em discurso de desinformação, ataque à democracia, blá, blá, blá.
07:38Aí acabou o debate público no Brasil.
07:41Ô, Bruno Musa, você vê algum risco desse projeto da atodização
07:45esbarrar em alguma questão maior que impeça as pessoas
07:49de se manifestarem com liberdade nas redes sociais?
07:52Sem dúvida nenhuma, Evandro.
07:53Por quê?
07:54Veja, o gradualismo, ele vai abandonando os princípios da liberdade,
08:02ele não vai de uma vez, ele vai gradualmente acontecendo.
08:05E é sempre em nome do bem comum, sempre em nome da defesa de todos,
08:09sem perguntar para todos o que eles querem.
08:12É claro que comunicação ou algo agressivo, como nós já falamos,
08:18tudo aqui terrorismo, pedofilia, estupro, tudo isso,
08:22nós temos que ter um país que conduza aqueles que praticam os atos
08:26ou promovem esse tipo de informação, que eles sejam punidos, colocados presos.
08:31Mas o que acontece aqui no Brasil é que a gente culpa o termômetro pela febre,
08:34ao invés de irmos a fundo entender quais são os motivos da febre.
08:38Não, a culpa é do termômetro.
08:40Veja, para quem já leu, imagino que todos aqui têm um livro,
08:44é o livro de George Orwell, Revolução dos Bichos.
08:46E veja, Orwell era um socialista.
08:49Fazendo crítica nesse livro, mostrando como aos poucos,
08:53ali naquele livro, os porcos dominam o que antes era o papel do ser humano,
08:58e ele acaba determinando depois as funções de todos os outros bichos
09:02naquela granja, fazendo, obviamente, uma crítica até a Revolução Russa,
09:06de como aqueles políticos que chegam ao poder
09:10se tornam justamente aquilo que eles condenavam nos outros.
09:15Eles passam a ser indistinguíveis daqueles que eles criticavam.
09:19Eles se tornam eles, em essência.
09:22Tanto é que no livro, os porcos passam a beber uísque,
09:25a colocar as pessoas que o ajudaram na Revolução
09:27para ir à morte, para venderem, em troca disso,
09:30para comprar uísque, comprar roupa, se vestem de terno,
09:32andam com duas patas e não mais quatro patas.
09:35Ou seja, se tornam aqueles que eles criticavam
09:38que na obra dele eram os humanos.
09:40Isso acontece claramente em todos os momentos centralizadores.
09:45Dê poder para alguns poucos controlarem o que você deve falar
09:49e as pessoas passam a acreditar nisso.
09:52E, novamente, aos poucos as pessoas começam a acreditar
09:55que a servidão deles é em nome da liberdade,
09:59em nome do bem comum.
10:00E ele vai gradualmente tomando conta de suas próprias vidas.
10:03Quando você vê, você não pode sequer fazer uma crítica pequena
10:07a um governo, porque isso pode ser um discurso de ódio
10:10ou antidemocrático.
10:12Ainda mais no momento que nós vivemos,
10:14onde grande parte das pessoas se sentem ofendidas e fragilizadas.
10:18O que é uma ofensa para cada um?
10:20Como você caracteriza o que é se sentir ofendido?
10:24É impossível.
10:25E aquela pessoa que se sente ofendida,
10:27ele pode fazer o que quiser dizer que é um discurso de ódio
10:29ou que é contra a democracia.
10:31E a quem nós determinamos isso?
10:33A burocratas de turno?
10:34Para dizer o que nós devemos pensar ou falar?
10:37Ao matar o pensamento crítico,
10:39nós matamos a essência do ser humano
10:41e a nossa própria evolução.
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